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A importância da brincadeira na educação infantil

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A importância da brincadeira na educação infantil
BORGES, Isabella Carolina
bellacarol93@hotmail.com
Aluna do Curso Estratégias de Ensino e Aprendizagem
Instituto Federal de Minas Gerais - IFMG
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Resumo
Este ensaio científico visa analisar a importância do brincar no desenvolvimento e aprendizagem na educação infantil, e objetiva-se na compreensão do universo lúdico, onde a criança comunica-se consigo mesma e com o mundo, aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais, e constrói conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente. 
Palavras-chave: Brincar. Educação infantil. Universo lúdico.
Introdução
A educação infantil é a fase fundamental para o desenvolvimento emocional e compreensivo da criança, e um dos primeiros questionamentos aos educadores é a definição de quais estratégias pedagógicas devem ser adotadas para estimular a aprendizagem.
O grande desafio dos educadores é proporcionar aulas interessantes e atraentes, e através da aplicação de jogos e brincadeiras cria-se um espaço de interação 
no qual a criança explora e compreende diversos sentimentos e conhecimentos.
O objetivo central é analisar a importância do brincar na educação infantil, compreendendo o universo lúdico.
A importância do brincar no universo lúdico
A brincadeira sempre se fez presente na rotina dos seres humanos. Não tinham finalidades específicas e exerciam função de diversão. Com o Renascimento, ganharam caráter educativo, e só a partir do século XX a educação encontra, nas brincadeiras, formas prazerosas de ensinar (KISHIMOTO, 1996).
Segundo Oliveira (2000), o brincar caracteriza-se como uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo, assim, desenvolve capacidades importantes como atenção, memória, imitação, imaginação, e áreas de personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.
De acordo com Vygotsky (1998), a criança, por intermédio das atividades lúdicas, atua, simbolicamente, nas diferentes situações vividas pelo ser humano, reelaborando sentimentos, conhecimentos, significados e atitudes.
A brincadeira permite a criança vivenciar o lúdico e aprender a realidade, tornando-se capaz de desenvolver seu potencial criativo (SIAULYS, 2005).
O principal indicador da brincadeira é o papel que as crianças assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente á realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido (BRASIL, 1998, p. 27, v.01).
Santos (2002) relata que as brincadeiras simbólicas, ou faz-de-conta, permitem que as crianças se expressem dramaticamente. Assim, a criança experimenta diversos papéis e funções sociais generalizadas a partir da observação do mundo dos adultos.
Na brincadeira, a criança determina outros sentidos aos objetos e jogos, seja a partir de sua própria ação ou imaginação, sendo de fundamental importância para o desenvolvimento infantil na medida em que a criança transforma e produz novos significados (CERISARA, 2002).
Ensino-aprendizagem através do brincar 
De acordo com Moyles (2006), os jogos estimulam o raciocínio lógico, a curiosidade, e desafiam as crianças a explorar, cooperar e aprender a conviver. Para brincar é necessário entender e respeitar as regras, conviver com o outro e suas diferenças e solucionar problemas, pois a brincadeira permite uma exploração palpável, real e imaginária dos objetos.
Na educação infantil o brincar é um potente veículo de aprendizagem experiencial. A proposta do lúdico é promover uma alfabetização significativa, com aumento do rendimento escolar, além do conhecimento, oralidade, pensamento e sentido.
O processo de ensino-aprendizagem torna-se mais concreto e interessante com a utilização de materiais que despertem o interesse das crianças, além de envolvê-las e desenvolver sua capacidade de abstração (FORTES, 2008).
O trabalho pedagógico deve promover a integração dos conteúdos escolares com os conhecimentos que cada aluno traz da sua realidade, possibilitando aos alunos expressar sentimentos, ideias e desejos; manusear objetos concretos; e trabalhar em grupo, lidando com as regras, o respeito, os limites e as diferenças.
Através do brincar o professor trabalha com diferentes recursos capazes de desfazer preconceitos culturais e raciais, e pode ser trabalhado o letramento, com leitura e escrita livre (FORTES, 2008).
Ao propor uma brincadeira, o educador deve elaborar, planejar, organizar, selecionar e traçar objetivos claros, além de auxiliar nos momentos de dúvida, estimulando o raciocínio lógico, contribuindo para a formação psicológica, afetiva e motora, permitindo que as crianças expressem seu sentimento e sua criatividade, e aprendam a fazer escolhas, tomar decisões e criar soluções.
Conclusão
Na educação infantil, o brincar é, fundamentalmente, um meio para a criança adquirir determinadas competências, como a socialização. Assim, a prática lúdica não deve ser considerada como um simples passatempo, e também não se restringe à mera diversão.
É no ato de brincar que as crianças desenvolvem diversas capacidades, como a comunicação, e por meio da brincadeira reproduzem seu cotidiano. 
Em concordância com os autores citados, conclui-se que o brincar facilita a aprendizagem e o desenvolvimento integral nos aspectos físico, social, cultural, afetivo e cognitivo. Portanto, é imprescindível que os professores compreendam a importância da brincadeira e suas implicações para organizar o processo educativo de modo positivo, contribuindo para o desenvolvimento das crianças. 
Referências
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil/Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998, volume: 1 e 2.
CERISARA, A. B. O brincar e suas teorias (pp.123-138). São Paulo: Pioneira-Thomson Learning, 2002.
FORTES, S. C. A. Caderno Discente do Instituto Superior de Educação. Ano 2, n. 2. Aparecida de Goiânia, 2008.
KISHIMOTO, T. M. (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 1996.
MOYLES, J. R. et al. A excelência do brincar. Tradução de Maria Adriana Veríssimo Veronese. São Paulo: ArtMed, 2006.
OLIVEIRA, V. B. de (org). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
SANTOS, S. M. P. dos. O lúdico na formação do educador. 5 ed.  Vozes, Petrópolis, 2002.
SIAULYS, M. O. C. Brincar para todos. Brasília: MEC/SEESP, 2005.
VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. 6ª ed. São Paulo, SP. Martins Fontes Editora LTDA, 1998.

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