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01 - Roteiro de Estudo

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QUESTIONÁRIO PARA ESTUDO DIRIGIDO:
1. Discorra sobre a constituição do discurso sobre a diferença sexual apresentada por Joel Birman em seu livro “Gramaticas do erotismo”.
R: Joel Birman defende que o paradigma da diferença sexual é pioneiro e ligado a modernidade. Construído como uma ordem no imaginário cultural na virada do século XVIII ao XIX, ele substitui a concepção de sexo único, vigente desde a Antiguidade. Esse deslocamento do paradigma fundado no sexo único para o da diferença sexual, que entende que há dois sexos bem diferenciados um do outro, correspondeu a uma mudança de percepção e representação da diversidade sexual e teve efeitos importantes sobre as relações sociais entre os sexos.
2. Segundo Birman e Silvia Alexim, a subjetividade feminina encontrou na maternidade seu lugar de direito. Explique tal afirmação discutindo as consequências dessa construção.
R: O que caracteriza a mulher é a maternidade, definido assim, sua finalidade biológica e sua inserção na sociedade. A partir do século XVIII e durante o século XIX o papel da mulher na sociedade passa por alterações. As transformações que concernem às atribuições femininas delimitam os papéis masculino e feminino e a constituição de uma relação de interdependência entre homens e mulheres, sendo a mulher a guardiã da família, devendo ela abrir mão do próprio bem-estar em detrimento dos filhos e do marido, tornando-se portadora de uma essência masoquista na qual “ser mãe é padecer no paraíso”.
3. Descreva, a partir de seu entendimento, a construção da identidade feminina.
R: A identidade é transformada continuamente, é definida historicamente e não biologicamente, assumindo essa afirmação e o contexto histórico no qual a mulher está inserida, entende-se que o homem sempre está delimitando o papel da mulher, como nos primórdios a imagem de inferioridade, sendo ela até tratada como um animal devido sua condição de mulher, depois assumir o papel de guardiã familiar, e hoje, devendo buscar incessantemente seu espaço na sociedade como igual do homem. 
4. No seu livro, “A parte obscura de nós mesmo” Elisabeth Roudinesco tenda responder onde começa a perversão e que são os perversos. Qual a relação da religião cristã com esse começo?
R: Segundo a autora a relação está presente na concepção entre a ideia de pecado e desejo do perverso em transgredir a lei. Na fase da história em que o cristianismo assumia um grande poder na sociedade, pregavam que tudo relacionado ao corpo e ao sexo era considerado “sujo’ e para se purificar o “fiel” utilizava de métodos autopunitivos, pois, a ideia de se machucar o corpo (fonte de desejo impuro, sendo, portanto, o causador do pecado) agradaria a Deus e expurgaria sua culpa, na ocasião “a lei” era a religião, então o perverso seria aquele que praticasse todos os atos considerados “imorais” pela religião. 
5. Roudinesco delineia uma breve história da perversão a partir de famosos “perversos” do Ocidente, mostrando, de certo modo, que a perversão tem diferentes facetas e é intrínseca ao ser humano. Discorra sobre essa ideia.
R: Roudinesco apresenta relatos de perversos, como o Marquês de Sade, entre outros, que praticavam atos, na nossa visão, horrendos, mas que não eram consideradas ilegais, visto que não estavam desrespeitando as leis daquele momento da história, religião ou civis. O desejo de submeter o “outro” a sua vontade e ao seu bel prazer. Ao afirmar que todos somos perversos e apenas não damos razão aos nossos vícios devido aos limites socialmente impostos, Roudinesco nos leva ao questionamento “tudo é possível, mas tudo deve ser feito? ” Se buscarmos à saciedade completa dos nossos instintos a vida em sociedade se torna inviável, por isso o perverso se enquadra nessa categoria, ele “sempre vai desafiar as regras”.
6. Qual o papel do discurso médico no estabelecimento do conceito de perversão tal qual o conhecemos hoje?
R: Com o passar do tempo, as práticas sexuais “pouco usuais” foram deixando de ser controladas e condenadas pela igreja e pelas leis, passou a ser considerado perversão somente, aquela prática não consensual e praticada com vulneráveis, nesse âmbito o discurso médico prevalece como finalidade regular o prazer, determinar o que era uma perversão sexual e de que maneira era possível prevê-la.
7. A partir das discussões em sala de aula, o que podemos afirmar sobre a questão da sexualidade contemporânea?
R: Sexualidade é o conjunto de processos sociais que produzem e organizam a expressão do desejo e o gozo dos prazeres corporais.  A sexualidade é o nome que se pode dar a um dispositivo histórico, não a uma realidade subterrânea que se apreende com dificuldade, mas à grande rede da superfície em que a estimulação dos corpos, a intensificação dos prazeres, a incitação ao discurso, a formação do conhecimento, o reforço dos controles e das resistências, encadeiam-se uns aos outros, segundo algumas grandes estratégias de saber e de poder.
8. O que é biopoder?
R: Para Foucault, o biopoder está relacionado ao poder existente nas relações entre os homens. Nesta perspectiva, há pessoas que são capazes de dominar outras.
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