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Trabalho de Clínica Psicanalítica

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CURSO DE PSICOLOGIA
Willams Oliveira Lima
ARACJU-SE
2019
Willams Oliveira Lima
CLÍNICA PSICANALÍTICA
 Trabalho solicitado Pela Prof.ª Ana Manuela Lima Santana
 de Santana Titular da disciplina Clínica Psicanalítica como
 requisito avaliativo da AV1 do curso de Psicologia. 
ARACJU-SE
2019
Atividade 1
O que é histeria?
R: É uma psicose caraterizada por alterações transitórias da consciência, como períodos de anamnésias ou perda de memória, e por várias manifestações sensitivas ou motoras, também passageiras, como tiques, perda da sensibilidade cutânea, paralisia dos membros, cegueiras ou convulsões.
Quais os tipos de histerias descreva cada uma delas?
R: Do ponto de vista psiquiátrico a histeria pode ser dividida em dois tipos: histeria conversiva e histeria dissociativa.
- Histeria conversiva: Esse termo é utilizado para designar a forma sintomática da neurose em que o conflito psíquico se simboliza em sintomas corporais diversos. Sejam eles de maior intensidade, como uma crise emocional com totalidade ou mais duradouros, como anestesias e paralisias histéricas.
- Histeria dissociativa: O estímulo é sentido de forma tão intensa que quebra a funcionalidade da própria mente, descoordenando-a e levando a pessoa a atos dissociados da realidade que a cercou por mais ou menos tempo. Quando eu dissocio, saio da realidade, fujo da realidade.
Faça um histórico da histeria.
R: A histeria muito presente entre as mulheres do séc. XIX apresenta sintomas como paralisia e anestesia, confusão mental, múltipla personalidade e apatia em relação ao mundo exterior ou, ao contrario, aqueles ataques nervosos que os leigos associam à palavra histeria. O nome vem do grego hystéra, que significa útero. “Acreditava-se, na antiguidade, que a energia vital desse órgão se deslocava para outras regiões do corpo, causando os ataques. Já na Idade Média, eles eram considerados manifestações de bruxaria e não foram poucas mulheres queimadas vivas por causa disso. A psiquiatria do séc. XIX, por sua vez, acreditava que a raiz devia estar em uma lesão orgânica, enquanto outros falavam em fingimento”.
	O que os médicos nunca haviam percebido era que a histeria representou um grito de socorro das mulheres contra sua repressão sexual. Esse segredo começou a ser desvendado pelo Francês Jean Martin Charcot (1825-1893), um dos pais da neurologia, que descobriu, por meio da hipnose, que tais sintomas tinham origem psíquica. O mais célebre aluno de Charcot, Sigmund Freud, demonstrou que essa origem estava sempre um trauma sexual – ponto de partida para a criação de uma nova disciplina: a Psicanálise. Com as mudanças sociais e culturais do séc. XIX, a histeria deixou de ser tão comum e seu lugar foi ocupado pela depressão, o principal distúrbio psicológico da atualidade.
Descreva a 1ª tópica Freudiana.
R:- 1ª. Consciente: Local de idéias que tiveram acesso direto.
- 2ª. Pré-consciente: A localização do material suscetível de ser tornar consciente.
- 3ª. Inconsciente: A localização de tudo o que havia sido reprimido da consciência e se tornou, assim, inacessível a ela.
Descreva a 2ª. Tópica Freudiana.
R: - 1ª. Id: Tem um correspondente quase exato na primeira tópica – o inconsciente. È o povo pulsional. Na Segunda Tópica pulsão de vida e pulsão de morte pertence a ele. No id não há lugar para a negação, nem princípio de não contradição, ignora os juízos de valor, o bem, o mal, a moral. Regido pelo princípio do prazer – desejo.
- 2ª. Ego: è polo defensivo do psiquismo. È um mediador. Por um lado pode ser considerado como uma diferenciação progressiva do id que leva a um contínuo aumento de controle sobre o resto do aparelho psíquico. Por outro ponto de vista, o ego se forma na sequência de identificações a objetos externos, que são incorporados ao ego. De qualquer forma, o ego não é uma instancia que passe a existir representativamente, é uma construção.
	O ego não equivale ao consciente, não se superpõe ao consciente, nem se confunde com ele. O ego tem raízes no inconsciente, como é o caso dos mecanismos de defesa, que são funções do ego, assim como o desenvolvimento da angustia.
	A função do ego é mediadora, integradora e harmonizadora entre as pulsões do id, as exigências e ameaças do superego w as demandas da realidade exterior. É regido pelo princípio de realidade – mediador entre o id e o Superego.
- 3ª. Superego: É o herdeiro do complexo de Édipo. É estruturado por processo de identificação. A identificação com o superego dos pais. Assume três funções: auto- conservação; consciência moral; função de ideal – ideal do ego.
	 O superego é constituído pelo precipitado de rejeições e identificações que a criança faz com aspectos parciais dos pais, com as proibições de conduta e o tipo de relacionamento desses pais entre si. É regido pela moral, ética e castrador.
Fale sobre os mecanismos de defesas.
R: - Recalque: Mecanismo de defesa qual individuo tenta eliminar do seu inconsciente representações que considera inaceitáveis. 
	Ex.: Uma pessoa, que está insatisfeita, reprimida e critica sobre determinado assunto ou situação, mas sem um motivo ou justificativa plausível aparente.
- Resistencia: Ato ou efeito de resistir. Força que se opõe a outra, que não cede a outra. Força que defende um organismo do desgaste de doença, cansaço, fome, etc. Aquilo que se opõe ao deslocamento de um corpo que se move.
- Sublimação: É a transformação de impulso indesejado em algo menos prejudicial. Isto pode ser simplesmente uma libertação de distração ou pode ser uma peça construtiva e valiosa de trabalho. 
	Ex.: Estou com raiva. Eu saio e vou cortar madeira. Eu acabo com uma pilha de lenha útil. Eu desconto minha raiva e mais ninguém sai prejudicado. 
- Projeção: É um deslocamento de um impulso interno para o exterior, ou do indivíduo para o outro. Os conteúdos projetados são sempre desconhecidos da pessoa que projeta, justamente porque tiveram de ser expulsos para evitar o desprazer de tomar contato com esses conteúdos. Um exemplo é uma mulher que se sente atraída por outra mulher, mas projeta essa no marido, gerando desconfiança de que será traída, ou seja, de que a atração é sentida pelo marido. Além desse, outros exemplos de projeção podem estar na causa de preconceitos e violência.
- Racionalização: São premissas lógicas que ajudam a afastar da nossa violência afetiva certos fatos que nos causam dor, sofrimento. São motivos lógicos e racionais que encontramos para afastar pensamentos, lembranças etc. Desfaçamos os verdadeiros motivos que nos incomodam.
- Regressão: Volta a níveis anteriores, diante de frustação, é primitivo e não apresenta uma solução no momento, apenas regride e continua no inconsciente.
- Formação Reativa: Hábito psicológico oposto ao desejo recalcado. É a inversão do verdadeiro desejo. Ás vezes um problema nascido na infância ou na adolescência é contrariado a vida toda, mas o valor continua importante. Aquilo que causa sofrimento acaba recebendo uma reação contrária em nossos atos.
Sonhos
R: São atividades mentais ativadas pelo inconsciente quando as pessoas estão dormindo. A principal teoria a respeito dos sonhos partiu de Sigmund Freud que caracterizou os sonhos como liberação de desejos reprimidos, ou seja, para Freud as coisas que desejamos e que não nos encorajamos a fazer são liberadas pelo inconsciente quando dormimos.
	Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, decidiu seguir seu próprio caminho e defender suas idéias que eram diferentes propostas por Freud. Carl concordava que os sonhos eram manifestações do inconsciente, só que de forma a buscar o equilíbrio do eu e refletir sobre si mesmo.
- Elaboração Onírica: A transformação do conteúdo latente em conteúdo manifesto após algumas deformações.
- Elaboração Secundária: Modificação do sonho, a fim de que ele seja mais coerente e compreensível, perdendoa sua aparência de absurdidade.
- Figuração: Seleção e transformação dos pensamentos do sonho em imagens ou pensamentos.
- Condensação: O conteúdo manifesto é menor do que o conteúdo latente. O contrário nunca acontece.
- Deslocamento: Também é obra da censura dos sonhos. Substitui elementos do conteúdo latente por outros mais remotos que funcione em relação ao primeiro com uma simples alusão e acentua um acontecimento de menos importância, como forma de descentralizar o de importância. 
Qual a diferença de Instinto e Pulsão?
R: Um instinto poderia ser em outras palavras, um comportamento biologicamente herdado, igual em todos os membros de uma determinada espécie, que perante um estímulo motiva ações em finalidade ligada à sobrevivência e/ou reprodução. Já Pulsão seria então, representante de forças impulsionadoras que se originam no interior do corpo e são transmitidas ao aparelho mental, pressionando no sentido de descarga. São inconscientes e fazem parte de que Freud chamou de Processo primário, ou seja, ocorrem antes da ação do Recalque. As Pulsões buscam restaurar um estado anterior das coisas.
	Contudo, enquanto nosso instinto de sobrevivência só nos permite mover os músculos para fugir quando encontramos um leão na selava, nossa Pulsão utilizará de combustível para impulsionar o que está em nosso mundo interno em busca de descarga: a libido.
Fale sobre os três tipos de fantasias.
R: - A fantasia de sedução tenta explicar a origem do desejo, porque você deseja essa pessoa, ou é desejado por essa pessoa.
- As fantasias da cena primária como desejo desse pai e dessa mãe concorreram para o nascimento desse filho.
- A fantasia de castração que é uma fantasia para tentar entender qual é a relação simbólica da diferença entre o sexo e entre o gênero, a hipótese que a criança de que a mulher é um homem castrado opera no psiquismo como uma fantasia, como uma espécie de especulação que dá para a criança um material imaginário e uma gramática de simbolização para o seu próprio desejo e para o desejo do outro, a fantasia é o conceito chave para o tratamento porque todo o sintoma está determinado por várias fantasias, assim como uma fantasia multidetermina vários sintomas, na medida em que o tratamento vai caminhando a gente vai construindo, a fantasia que organizando o conjunto do sintoma no sujeito e que rege de forma mais profunda do ponto de vista das identificações quanto do ponto de vista das escolhas dos objetos.
Diferença entre pulsão de morte e pulsão de vida.
R: A pulsão de vida seria representada pelas ligações amorosas que estabelecemos com u mundo, com as pessoas e com nós mesmos, enquanto a pulsão de morte seria manifestada pela agressividade que poderá está voltada para si mesmo e para o outro. O princípio do prazer e as pulsões eróticas são outras características de pulsão de vida. Já a pulsão de morte, além de ser caracterizada pela agressividade traz a marca de compulsão à repetição, do movimento de retorno à inércia pela morte também.
Fale das fases do desenvolvimento para Freud.
R: - 1ª. Fase Oral (do nascimento aos 12-18 meses):
- a criança recebe gratificação através da boca, língua e lábios;
- Nesta fase, sugar e morder adquire especial importância;
* A região erógena: boca.
- Boca é a primeira fonte de satisfação: relação com o mundo.
- Necessidade básica que precisa de outros para ser suprida: sensação de confiança e conforto;
- Não resolução adequada: questões envolvidas com dependência e agressividade;
- Problemas relacionados com a saúde: alcoolismo, transtorno alimentares, tabagismo.
2º Fase Anal (dos 12-18 meses aos 3 anos):
- Ânus e áreas vizinhas é fonte de interesse e gratificação, principalmente no ato de fechar, nesta fase é importante o treino do controle dos esfíncteres.
* Região erógena: Ânus.
- Treino ao banheiro X pais (Substitutos);
- Sentimentos envolvidos: sensação de competência, produtividade e criatividade;
- Não resolução adequada: questões envolvidas com a dependência e a agressividade (Sadismo anal);
- Problema relacionado à saúde: Obsessão.
3ª. Fase Fálica (dos 3 aos 5 – 6 anos):
- A gratificação é obtida através da estimulação genital;
- Nesta fase encontra-se o complexo de Édipo;
- É comum a masturbação e está presente a angústia de castração (Temor de perda ou danos dos órgãos genitais);
* Região erógena: Genital;
- Diferença: Meninos X Meninas;
- Complexo de Édipo;
- Meninas: Inveja do pênis;
- Meninos: Medo de castração;
4ª. Fase de Latência (dos 6 anos até o início da puberdade):
- Período de relativa tranquilidade sexual entre os anos pré-escolares e a adolescência;
- As pulsões sexuais são desviadas para objetivos aceitos socialmente (estudo, desporto);
- Formação da consciência e do senso moral ético (conceito sobre o certo e o errado, o bem e mal), no final do período;
- Desenvolvimento do Ego e do Superego;
- Tranquilidade;
- Período Escolar (Acadêmico);
- Relações Sociais com pares;
- Fase de exploração intelectual e social;
- Autoconfiança, habilidades sociais e de comunicação.
5ª. Fase Genital (da puberdade em diante):
- As mudanças hormonais dão origem à sexualidade adulta e a um novo tipo de relacionamento (intimidade) com o sexo oposto.
- Desenvolvimento sexual;
- Interesse pelo sexo do outro
- Busca o equilíbrio entre as diversas áreas da vida;
- Maturidade.
Fale sobre o mal estar da civilização.
R: Estamos em busca da felicidade, do sentimento oceânico que um dia vivenciamos no útero e primeiros cuidados com a mãe.
	Quando envelhecemos tentamos em vão recuperar este sentimento de êxtase e completude.
	Quando crescemos o nosso eu vai sendo moldado, vamos instaurando a realidade dentro de cada um de nós como cérebro é o único lugar que o presente, passado e futuro coexistem, a noção do sentimento oceânico ainda está na memória. Assim buscamos o prazer.
	A busca do prazer é uma questão evolutiva, mas alguns fatores não colaboram para que sejamos felizes: nosso corpo, relações humanas e a natureza dominante. Todos esses são fatores para infelicidade da civilização, do ser humano. Porém, cada um vai burla essa condição: neurose, amor pelo outro, admiração pelo belo, fuga ou paranoia. Mas nenhumas dessas táticas garantem resultados seguros ou eficientes, elas podem acabar virando também causa de infelicidade.
	Talvez a cultura pudesse proteger o ser humano? Ela faz com que fiquemos unidos, mas ao mesmo tempo ela ameaça nossas características primais, nossa pulsão. A cultura impede descarregar a pulsão, cria restrições. A cultura tenta regulares as relações humanas vetando nossa agressividade, instintos primitivos. Um efeito colateral possível da agressividade contida, por exemplo, seria apontar essa agressividade para o próprio eu.
	 A repressão da cultura forma o Superego-ego, é criado quando existe uma privação instintual. Quando o ego quiser realizar-se, o superego trará a culpa. No caso da ética pode ser usada como tentativa terapêutica para esta situação.
Transferência e Contratransferência.
R: A transferência seria um mecanismo de resistência que se manifesta pela tentativa de impedir que a análise continue.
	A contratransferência, na psicanálise freudiana, é compreendida como o “conjunto das reações inconscientes do analista à pessoa do analisando e, mais particularmente, à transferência desta”, que segundo Freud, seria um obstáculo à análise que deveria ser neutralizado e superado.
Atividade 2
Escreva a Biografia de Breuer.
R: Nascido na Áustria no dia 15 de Janeiro de 1942. Josef Breuer foi um fisiologista que teve um papel chave no desenvolvimento da psicologia e psicanálise. 
	Breuer era médico fisiologista que em determinado momento de sua vida trabalhou com a paciente Bertha Pappeheim, muito conhecida como “Anna O”.
Foi com Anna O que Breuer usou o metodo que hoje é chamado de catarse. Através da hipnose ele fazia com que ela lembrasse memórias já inconscientes, trazendo-as para a consciência e eliminando assim o sintoma.Depois, descobriu ainda que era possível alcançar a catarse sem o uso da hipnose, apenas conversando e provocando a paciente a acessar algumas memórias mais escondidas.
 	Com isso, ele acabou criando a cura pela fala. O problema é que a paciente o seduziu, fazendo com que sua esposa, enciumada, lhe desse um ultimato para que se afastasse de tal paciente. Essa sedução teve também papel importante, pois foi à primeira prova que Freud descobriria posteriormente como um dos principais pilares da psicanalise, a transferência e a contratransferência. Foi ao seu amigo e também judeu Sigmund Freud que Breuer então ensinou seus métodos e descobertas, que viriam depois a ser tornar como bases para a formação da psicanálise.
	Anos depois, em 1893, Breuer e Freud publicaram o famoso “Estudos sobre a histeria”. O livro é hoje considerado o ponto inicial do desenvolvimento da psicanálise, na época foi muito criticado, deixando Breuer muito entristecido. Posteriormente ele e Freud se desentenderam quanto à compreensão da sedução infantil e Breuer decidiu se desvencilhar da psicanálise.
	Breuer morreu em 1925, aos 83 anos, na Áustria, sua filha cometeu suicídio pouco tempo depois, recusando-se a cair nas mãos dos nazistas, porém uma de suas netas foi capturada.
Quem era Bertha Pappenheim – “Anna O”?
R: Bertha Pappenheim, mais conhecida como Anna O, nasceu em Viena, em 27 de Fevereiro de 1859, falecendo em Iselberg, na Alemanha, em 28 de Maio de 1936. Foi uma líder do Movimento Feminista, assistente social e escritora judia austro-alemã.
	De personalidade sensível, por volta dos vinte anos de idade, Bertha sofreu muito com a longa doença terminal de seu pai que, juntamente com tensões da infância, foram as responsáveis pelo desencadear de se quadro de histeria, marcado por sintomas como depressão, nervosismo, tendência ao suicídio, paralisia, perturbações visuais, contraturas musculares e outros e que deixavam praticamente invalida. Foi então, levada ao médico Josef Breuer, pertencente a elite de cientista vienenses da época, sendo por ele tratada de 1880 a 1882.
Qual a relação que Bertha Pappenheim, Anna O tinha com seu pai?
R: Anna O fora muito apegada a o pai e cuidava dele junto com sua mãe enquanto ele estava em seu leito de morte. Durante seus estados de consciência alterada, Anna podia recordar fantasias nítidas e sentimentos poderosos que ela experimentara enquanto seu pai estava morrendo. Seu Pai que lhe ensinou a ler aos quatros anos de idade e a sua relação era de muito amor e cumplicidade.
Qual era a relação que Bertha Pappenheim, Anna O tinha com sua mãe?
R: Bertha não se dava muito bem com sua rígida genitora, não tinha uma relação boa com ela, mas devotava ao pai que a mimava, um amor verdadeiramente apaixonado.
Porque Anna O usou pseudônimo masculino na época?
R: Para assinar seus primeiros livros, Paul Bertold tirado de suas próprias iniciais B. P. invertida. 
	Bertold é também a versão masculina de seu nome. Ela usou o nome masculino, porque se soubessem que fosse produzida por uma mulher ninguém compraria.
Quais as características que Anna O apresentou quando cuidada de seu pai?
R: Nessa época, apresentou excesso de tosse e períodos de sonolência e inquietação que durava toda tarde.
- Paralisia;
- Falava mais de cinco idiomas;
- Ficava cega;
- Histérica.
Qual o significado de “Talking cure e Chimney Sweeping”?
R: Talking cure significa a cura pela palavra e Chimney Sweeping limpeza da chaminé.
Falar sobre a morte do Pai de Anna O.
R: No dia cinco de Abril a noticia da morte do Pai de Anna O, causou-lhe um grande choque. Os parentes havia lhe escondido à verdade acerca do estado de seu pai e ela reagiu muito mal a isso. Dizia-lhe que haviam roubado seu último olhar e suas últimas palavras. Anna O não foi permitida ir porque estava muito debilitada.
Como Anna O, ficou depois da morte do pai?
R: Passou dois dias em estado estuporoso e recusou-se a falar com os parentes, alegando não entender sua língua nativa. Breuer era o único que aceitava e reconhecia, chegando até alimentá-la. Breuer era o tipo médico da família.
Quando Anna O se recuperou da doença, como ela ficou?
R: Bertha dirigiu, a partir de 1895, um orfanato, fez várias viagens aos Balcãs, Oriente Médio e Rússia para fazer investigações sobre o tráfico de escravas brancas e sobre a prostituição. Em 1904, fundou a Liga das Mulheres Judias e três anos após, um estabelecimento de ensino filiado a essa organização. Foi responsável também pela criação de casa de recuperação de prostitutas. Todo esse trabalho social fez dela a fundadora do serviço social da Alemanha e uma das primeiras mulheres a lutar pelos direitos femininos, no inicio do século. Morou com sua mãe até o falecimento desta e morreu solteira em Frankfurt, em 1936.
O que são reminiscências?
R: São recordações do passado, memórias vagas. Recordações do passado o que se mantem na memoria.
Fale sobre as divergências de Freud e Breuer.
R: Em 1896 Breuer e Freud separam-se e nunca mais se falaram. Pareceu haver desacordos sobre a questão da realidade das memorias dos pacientes terem sido seduzidos na infância.
- A princípio eram amigos;
- Breuer ajudou financeiramente Freud;
- Breuer não entende sobre a sexualidade infantil do complexo de Édipo e da Transferência.
Fale sobre o rompimento de Freud e Breuer.
R: O caso Anna O, tratado por Breuer, seria a fonte de publicações com o famoso “Estudos sobre a Histeria”, em 1895. Com a publicação deste livro, marcando os desacordos teóricos entre os dois homens, a relação entre Freud e Breuer foi quebrada. Breuer também sofria de Reminiscência.
Como ocorreu a descoberta da Psicanálise? Porque Breuer se intitulou o Pai da Psicanálise?
R: Através da Associação livre.
Freud afirma que trazer um recalcado para atividade consciente na terapia, possibilita a solução do conflito, por três razões diversas. Quais são?
R: - Porque o desejo pode ser aceito, mesmo em parte;
- Porque ele é “Sublimado”, dirigindo-se para outras funções;
- Porque ele é conscientemente julgado como inconveniente.
Atividade 3
Quando um leigo pergunta a Freud: O que faz efetivamente um analista.
R: “Nada acontece entre eles, salvo que conversam em si. O analista não faz uso de qualquer instrumento, nem mesmo para examinar o paciente, nem receitar quaisquer remédios”. O analista só trabalha com a escuta, de preferencia despido de qualquer questão.
O que Freud quis dizer: A psicanálise receita pessoas?
R: O tratamento, em síntese, resume-se em uma conversa. O tratamento da alma gira em torno da troca convencional, e mostra-se aos leigos, aparentemente, abstrato demais para promover mudanças concretas na vida de alguém.
Faça a relação entre o tratamento analítico e a mágica descrita por uma pessoa leiga para Freud.
R: “Assim é uma espécie de mágica, comenta ele: O senhor fala e dissipa seus males. Isto mesmo. Seria mágica se surtisse efeito um pouco mais rapidamente, Um atributo essencial de um mágico é a rapidez – poder-se-ia dizer a subtaneidade, do sucesso. Mas os tratamentos analíticos levam meses e mesmo anos: mágica tão lenta perde seu caráter miraculoso. E incidentalmente não desprezamos a palavra. Afinal de contas, ela é um instrumento poderoso; é o meio pelo qual transmitimos nossos sentimentos a outros, nosso metodo de influenciar outras pessoas, As palavras podem fazer um bem indizível e causar terríveis feridas. Sem dúvida no começo foi a ação e a palavra veio depois; em certas circunstancias ela significou um progresso de civilização quando os atos foram maciados em palavras. Mas originalmente a palavra foi magia – um ato mágico. E conservou muito de seu antigo poder”. (Freud 1926 e p 183).
O que a palavra pode fazer em uma pessoa?
R: As palavras podem fazer terríveis males e bens indizíveis. Elas constroem, destroem, transforma, revelam e servem de alternativa para a ação e, por conseguinte, atuam como instrumento civilizatório.Como deve ser o ambiente para o processo analítico?
R: Esse ambiente, que procura o relaxamento e também a fala, costuma ter pouca luz, ser aconchegante, personalizado, silencioso, e, principalmente, contar com a presença de um divã, além de uma poltrona posicionada atrás de sua cabeceira. 
Qual o papel do Divã?
R: O divã faz parte de certo cerimonial que compõe o faze clinico da psicanálise. Forma-se, a partir desses aspectos, a atmosfera de base, que alimenta de um sabor terapêutico de trabalho de fala.
Pode existir entrevista inicial no processo analítico? Explique por quê?
R: Pode. É usual, nos atendimentos psicanalíticos, serem feitos entrevistas iniciais, com o padrão de entrevistas psicológicas comuns, em que os interlocutores se encontram frente a frente, com uma conversa.
O que é o ritual de passagem para o Divã?
R: A passagem ao divã, por significar a introdução ao paciente da regra fundamental, tem como consequência todos os aspectos que esta envolve: ficar deitado, dizer tudo que vem à mente passou da ação às palavras.
	Estar cooperativo ao que o trabalho propõe implica em uma entrega à regra dita, especificamente, como o sujeito deve se comportar ao falar. Significa, de modo geral, obedecer à regra fundamental da associação livre, a todo custo.
Qual a regra fundamental da análise?
R: A regra fundamental, associada à organização especial, são os componentes constituintes, sustentadores e incentivadores desse modo de produção da fala diferenciada, proposto pela associação livre.
O que o paciente deve dizer no processo analítico?
R: O que vai me dizer deve diferir, sob determinado aspecto, de uma conversa comum. O paciente deve dizer tudo que lhe passa pela mente, sem se esquecer de que prometeu ser absolutamente honesto e nunca deixar nada de fora, por uma razão ou outra, é desagradável dizê-lo.
O que Freud quis dizer quando afirmou que a fala deveria ser direcionada pelo pensamento?
R: Não podem ser excluído quaisquer ideias intrusas que ocorram ao pensamento, devendo estas ser comunicadas sob qualquer esforço independentemente do que seja.
Qual o princípio de cooperação conversacional em psicanálise?
R: A regra fundamental estabelece como o falante deve se comportar no decorrer daquela interlocução específica, e se a atenção flutuante dita como o ouvinte deve se comportar. É o falar livremente.
Qual a diferença em ser cooperativo em analise de uma conversa comum entre as pessoas?
R: Ser cooperativo, em analise, é esforçar-se para não deixar de falar. Na conversa comum, é falar somente o que interessa para o assunto.
Qual princípio específico do trabalho em análise?
R: Esse princípio específico, baseado no proposito do tratamento, que é, grosso modo, acessar o inconsciente, tem como definidoras as características do sistema inconsciente: não contradição, intemporal idade, condensação e deslocamento. Acessar o inconsciente.
O que é o esquecimento para a psicanálise?
R: É o material recalcado.
O que é a resistência no processo psicanalítico? Cite exemplo de resistência.
R: É a força contraria ao tratamento. Fazendo com o que o paciente deixe de verbalizar o que vem a mente.
Ex.: - iniciar a sessão em silencio; 
- hoje eu não tenho nada para falar;
- mudança de assunto;
- racionalizar;
- chegar atrasado;
- Sair mais cedo.
A quantidade do que é dito em análise pode variar? De acordo com o quê?
R: Sim, de acordo com a atuação da resistência do paciente.
Não significa dizer que o paciente falando muito pode trazer muito material consciente, porque no último ou trinta segundos ele pode falar algum material do inconsciente.
Qual a relação do silêncio com o recalque?
R: O silêncio na psicoterapia significa que o paciente está fazendo ou recalcando material que se encontra no inconsciente. O Material recalcado é inconsciente.
Qual o proposito do trabalho analítico, com relação à resistência?
R: Deixar que venha a tona tudo que se encontra no inconsciente através de material recalcado. Isto é, quebrar a resistência.

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