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Breuer, Anna O. e o Método Catártico na Psicanálise

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AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
CLÍNICA PSICANALÍTICA 
Aula 03: Breuer, Anna O. e o método catártico 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
Breuer e o tratamento da “Anna O.” 
• Breuer, um dos mais respeitados médicos de Viena e amigo de 
Freud, relata para Freud um caso de uma paciente histérica no 
qual a hipnose vinha sendo utilizada por ele como uma forma 
da paciente poder expressar, em palavras, as fantasias 
emotivas que a estavam dominando no momento. Quando 
fazia isso, a paciente sentia-se aliviada. 
 
• Sendo assim, Breuer já estava usando a hipnose apenas como 
forma de fazer a paciente falar. 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
Breuer e o tratamento da “Anna O.” 
O famoso caso Anna O. influenciou Freud enormemente na 
criação de uma nova técnica de investigação e tratamento da 
histeria – a livre associação – e, consequentemente, na 
descoberta da Psicanálise. 
A partir do caso Anna O., Breuer passou a utilizar a hipnose de forma diferente da usada na 
época, para fazer surgir a origem dos sintomas. 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
Breuer e o tratamento da “Anna O.” 
Anna O. foi um caso muito importante para a 
história da Psicanálise, porque permitiu o 
surgimento da “cura pela fala” e o do método 
catártico, segundo o qual podemos considerar o 
“meio do caminho” para o surgimento da 
associação livre. 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
Breuer e o tratamento da 
“Anna O.” 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
• No método catártico, o paciente era hipnotizado e levado a lembrar-se da 
história do desenvolvimento de sua doença. 
 
• O paciente era reconduzido até o momento das primeiras manifestações de seu 
sofrimento, ou seja, até a cena traumática, e incentivado a revivê-la de forma 
adequada, liberando a reação afetiva necessária e que, na época da vivência do 
trauma, por algum motivo, não foi efetivada. 
Método catártico 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
Método catártico 
Método catártico — este método objetivava proporcionar 
que a cota de afeto utilizada para manter o sintoma (que 
estava ali contida) pudesse ser dirigida para um caminho 
que finalizasse com a descarga pela fala. Isso também foi 
chamado de abreação. 
Método catártico — este método objetivava proporcionar 
que a cota de afeto utilizada para manter o sintoma (que 
estava ali contida) pudesse ser dirigida para um caminho 
que finalizasse com a descarga pela fala. Isso também foi 
chamado de abreação. 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
Método catártico 
• O método catártico, descoberto por Breuer, teve influência 
fundamental para o surgimento da Psicanálise. 
 
Foi através dele que Freud percebeu a importância da cura pela 
fala, o que mais tarde iria se tornar a livre associação, pedra 
angular da Psicanálise. 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
*O estado hipnóide caracteriza-se por manter o nível de excitação intracerebral em níveis 
parecidos aos da vigília, mas o funcionamento representacional tem as características do estado 
de sono, ou seja, o decurso associativo é inibido. 
• Freud (1914) considera a teoria de Breuer relativa à histeria muito incompleta por não tocar 
no problema da etiologia das neuroses. 
 
• Enquanto Freud acreditava que toda histeria tinha na sua base uma problemática sexual, 
Breuer acreditava que a doença não era determinada pelo conteúdo da lembrança, mas pelo 
estado psíquico do sujeito no momento do trauma, estado que ele chamava de hipnóide*. 
Breuer X Freud 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
Mas ao adotar esse método, Freud deparou-se com duas 
dificuldades: 
• a primeira era que nem todas as pessoas podiam ser 
hipnotizadas; 
 
• a segunda seria o que caracteriza a histeria e a distingue de 
outras neuroses, ou seja, o método catártico era ineficaz quanto 
à etiologia da histeria, pois só eliminava os sintomas. 
 
Freud começa a buscar uma melhora no método, e constata que, 
unindo o método catártico de Breuer com o método de repouso de 
Weir Mitchell* atingia melhores resultados. 
Freud e a hipnose 
*Esse método combinava repouso no leito, isolamento, alimentação abundante, massagem e 
eletricidade, de forma estritamente controlada, para superar os estados de exaustão nervosa 
graves e de longa duração. 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
Inicialmente, Freud formula o problema etiológico da histeria em termos de 
quantidade de energia: 
 
• A histeria deve-se a um excesso de excitação que não foi descarregada por via 
verbal, ou somática, porque a representação psíquica do trauma, ao ter sido 
impedida de expressão, torna-se um corpo estranho que atua no psiquismo. 
 
• O afeto como excitação psíquica é convertido em excitação somática, ou seja, em 
sintoma corporal. 
O PROBLEMA ETIOLÓGICO DA HISTERIA 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
Do ponto de vista descritivo, a histeria apresenta uma 
entidade clínica definida, com sintomatologias e traços 
estruturais próprios. 
Do ponto de vista relacional, reproduz um vínculo doentio 
com o outro que se repete na transferência. 
O problema etiológico da histeria 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
• A histeria é uma neurose geralmente latente que eclode por ocasião de 
acontecimentos marcantes, ou em períodos críticos da vida de um sujeito. 
 
• É possível pensar a histeria como o teatro da subjetividade, como um fundamento 
da construção subjetiva que tem necessariamente seu eixo na ênfase da relação 
com o outro. 
 
• O sofrimento histérico expressa-se, principalmente, através de sintomas somáticos 
que, em sua maioria, são transitórios, não resultam de nenhuma causa orgânica e 
que, em sua localização corporal, não obedecem a nenhuma lei anatômica ou 
fisiológica. 
O PROBLEMA ETIOLÓGICO DA HISTERIA 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
ATENÇÃO 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
A PERSONALIDADE / Teorias... 
 
Histeria de conversão – patologia caracterizada pela existência de sintomas descritos por 
pacientes, mas que não têm causa patológica. Existe o sintoma, mas não uma doença. 
 
Somatizações – Caracterizam-se pelo adoecimento motivados por causas emocionais. As 
doenças são reais. Atualmente todas as doenças são consideradas psicossomáticas. 
ATENÇÃO 
O problema etiológico da histeria 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
O PROBLEMA ETIOLÓGICO DA HISTERIA 
A neurose será definida como uma “afecção patogênica onde os sintomas são a expressão 
simbólica de um conflito psíquico com raízes na história infantil do sujeito, e constitui 
compromissos entre o desejo e a defesa”. (LAPLANCHE e PONTALIS) 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
O PROBLEMA ETIOLÓGICO DA HISTERIA 
A histeria é uma forma neurótica de funcionamento do aparelho 
psíquico, que se manifesta por meio de múltiplas maneiras, sendo que 
as duas formas sintomáticas mais bem identificadas são a histeria de 
conversão e a histeria de angústia (a fobia ). 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
Fragmento da Análise de um caso de Histeria – Dora (1905) 
• É no caso Dora que Freud descobre que a transferência vista como algo prejudicial na análise(Anna O.) torna-se seu mais poderoso auxiliar. 
• Dora interrompeu seu tratamento com 11 semanas, mas foi o suficiente para o insight de Freud 
de entender que ele assumiu para Dora o papel de pai e do Herr K. 
• HISTÓRIA: O pai de Dora teve um caso com Frau K. e o marido de Frau K., Herr K. descobre. Para 
se vingar, corteja Dora que sentia-se apaixonada por ele por lembrar seu pai. Herr K. a 
surpreende um dia, abraça-a e a beija. Chocada ela se afasta dele e lhe dar um tapa. Desde então 
ela sente-se envergonhada por desejar e repulsar o Herr K. e generaliza para todos os homens. 
Ela tentar revelar isso para seu pai que a acusa de inventar a história. Ela então começa a sofrer 
distúrbios nervosos e de depressão ameaçando suicídio. 
• A TRANSFERÊNCIA é uma figura importante do passado sendo projetada no presente na pessoa 
do psicanalista. (QUINODOZ, 2007) 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
A transferência no caso Dora 
• Freud não conseguiu perceber nem lidar com a transferência a tempo: em função da solicitude 
de Dora que colocava na mão de Freud uma parte rica do material patogênico, ele esqueceu-se 
de prestar atenção a esta outra via de manifestação; 
 
• Na fantasia de Dora, Freud substituía o pai e, algumas vezes, o próprio Sr. K; 
 
• Freud foi surpreendido pela transferência: em função de alguma semelhança com o pai e com o 
Sr. K, Dora se vinga de Freud e o abandona como foi abandonada por eles. 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
Na histeria, encontramos a escolha de um mecanismo de defesa específico, entre outros: a 
conversão 
 
Conversão – a carga de afeto ligada à ideia é transformada em sintoma somático. 
O problema etiológico da histeria 
ALTERAÇÕES DA PSICOMOTRICIDADE 
Conversão: Surgimento abrupto de sintomas físicos (paralisias, anestesias, cegueira) de origem 
psicogênica. Ocorre geralmente em situações estressantes, de ameaça ou conflito intrapsíquico ou 
interpessoal significativos para o indivíduo. A conversão expressa a representação simbólica de um 
conflito psíquico em termos de manifestações motoras. Frequente na histeria e no transtorno de 
personalidade histriônica. 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
O problema etiológico da histeria 
Histeria de Angústia, de caráter fóbico, como no caso do Pequeno Hans (1909). 
• Freud foi procurado pelo pai de Hans porque 
seu filho, um menino de cinco anos, se recusava 
a sair de casa, alegando medo de ser mordido 
por um cavalo. A partir do relato do pai, Freud o 
orienta, o que resultou num dos casos mais 
famosos de Freud, ao qual ele deu o nome de “o 
pequeno Hans”. 
 
• O pequeno Hans se recusava a sair à rua 
(inibição) porque tinha medo de que um cavalo 
iria morde-lo (sintoma) 
• Se o pequeno Hans, estando apaixonado pela 
mãe, mostrara medo do pai, não podemos apenas 
dizer que tinha uma neurose ou uma fobia. 
 
• O que a transformou em neurose foi apenas uma 
coisa – a substituição do pai por um cavalo. Tal 
deslocamento é possível na tenra idade de Hans 
porque as crianças ainda não reconhecem nem 
dão exagerada ênfase ao abismo que separa os 
seres humanos do mundo animal. O conflito é 
contornado por um dos impulsos conflitantes 
(ódio) que são dirigidos para outra pessoa (cavalo) 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
O PROBLEMA ETIOLÓGICO DA HISTERIA 
A partir das noções de resistência, defesa e conversão ocorre a 
mudança de concepção de terapia. 
 
Objetivo da terapia – não mais produzir a abreação do afeto, mas tornar 
conscientes as ideias patogênicas possibilitando sua elaboração. 
 
Método catártico Método psicanalítico 
AULA 03: BREUER, ANNA O. E O MÉTODO CATÁRTICO 
Clínica Psicanalítica 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
Breuer, Anna O. e o Método Catártico

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