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DIREITO ECONÔMICO

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DIREITO ECONÔMICO 
Conceituação: Conjunto de regras de conteúdo econômico que, pelo princípio da economicidade, almeja compatibilizar interesses individuais e coletivos de acordo com a ideologia constitucionalmente adotada em busca da efetivação da política econômica vigente.
Princípio da Economicidade: Esse princípio é a utilização do raciocínio econômico nas decisões do estado (3 poderes). Dentro da teoria geral do direito econômico, toda e qualquer intervenção do estado na economia, deve-se levar em consideração o princípio da economicidade. Ele está relacionado sempre a forma em que o estado intervém no modelo econômico vigente. Esse princípio possui fundamentação constitucional (artigo 70, CF).
Quanto a Função (aspecto teleológico): Quanto à função, o princípio da economicidade exerce uma função hermenêutica, interpretativa. Desenvolve um elemento de interpretação dos dispositivos constitucionais e tenta conforma-los, ele tenta compatibilizar diversas situações que parecem contraditórias. É um sinônimo de razoabilidade e proporcionalidade, pois ele serve como uma forma de balancear qual situação prevalecerá.
Quanto ao Entendimento: Esse princípio encerra o elemento ideológico. Isso ocorre porque nessa perspectiva de entendimento, o princípio da economicidade vai dizer qual a opção do legislador afim de ajudar em questão conflituosas legislativas. 
Ex: Uma pessoa quer abrir um negócio próprio, o estado não poderá impedir a pessoa de executar a atividade econômica, pois a todo o indivíduo foi garantida a liberdade de iniciativa. Contudo é necessário cumprir alguns requisitos para que ela possa empreender (ex: expedir alvará de funcionamento).
Disciplina Recente: Só teve projeção constitucional a partir de 98, a sua consolidação em diploma legal surge somente com a constituição de 1988, como um ramo do direito autônomo. Art. 24, I e 170 ao 192 da CF – consolidação do Direito Econômico
Intervenção do Estado na Economia = Parâmetros Normativos. O estado faz esse tipo de intervenção pautado nos parâmetros normativos criados por ele. Há uma infinidade desses parâmetros (ex: a resolução da anac que determinou que deveríamos pagar pela bagagem de 23kg). Sempre que estiver falando de intervenção do estado na economia, está se falando de parâmetros normativos dos mais diversos. É A forma pela qual o Estado vai intervir na economia e regular algumas relações independente de ter adotado o sistema capitalista, o que a doutrina vai chamar de sistema de Iniciativa Dual, impondo alguns parâmetros normativos a serem seguidos pelos agentes econômicos. Art. 174 CF.
Parâmetros Normativos: imposição por parte do Estado no plano judicial obrigando os agentes econômicos a executarem uma ordem. Os parâmetros normativos são criados tanto para os agentes particulares quanto para o Estado enquanto agente público econômico.
Agentes econômicos: Os agentes econômicos são os fornecedores e os consumidores. As normas de direito econômico atuam normalmente sob os fornecedores. Agente econômico é todo e qualquer agente que escolhe o que produzir e o que consumir.
AGENTE ECONÔMICO
UNIDADE ECONOMIA DE PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
ESCOLHEM O QUE PRODUZIR/ CONSUMIR
UNIDADE ECONOMIA DE DISPÊNDIO
Fontes do Direito Econômico: 
Lei: Fonte imediata é a lei. A constituição federal é a norma mais importante para o direito econômico. Também existe a lei 12529/11 (lei de defesa da concorrência) e a lei 4595/64 (estrutura o sistema financeiro nacional e foi recepcionada pela constituição como lei complementar).
Atos administrativos: Principalmente atos expedidos pelas agências reguladoras (ans, anac, ana...)
Contratos: Contratos de fusão, de aquisição... Criam determinadas regras por meio da jurisprudência. Jurisprudência do Cad e pelo poder judiciário.
Jurisprudência: administrativa, a qual corresponde a 98% no Direito Econômico.
Costume: pratica reiterada no mercado, cheque pós-datado, o que gera indenização por danos gerais se retirado antes da data prevista pelo vendedor.
Normas de Direito Econômico -> Feição instrumental
Natureza de coordenação: dentro da perspectiva de ideologia constitucionalmente adotada e o estado intervindo na economia, são essas normas que vão coordenar toda uma sistemática para que a atividade econômica seja desenvolvida (seja fiscalizada, efetivada..). Está relacionada a estrutura. São instrumentos de coordenação, porque são normas que, via de regra, estruturam o modo de funcionamento da atividade econômica as quais irão delimitar o que os agentes econômicos podem, o que e como vão fazer, e de que forma o Estado vai intervir nas relações econômicas particulares.
Natureza de subordinação: Possuem o aspecto da cogência, pois impõe determinada regra, ou seja, obrigam o seu destinatário. Essas normas são imperativas, ou seja, seu destinatário não pode deixar de observar essas normas.
Características: rol não exaustivo, a doutrina também aponta características
a) Recenticidade: CF/88 – direito econômico passa a ser consolidado a partir da constituição de 88.
b) Singularidade: tem um conjunto de regras econômicas para disciplinar o fato econômico característico – aquilo que se apresenta dentro da realidade econômica nacional. Ex.: valor pago pelo cigarro, parte dele é imposto, perfume importado etc. O direito econômico possui legislação singular específica para dar o regramento a este fato econômico característico.
c) Mutabilidade: As normas de direito econômico não tem como serem imutáveis. Falar de realidade política e mercado econômico é falar de algo que está em constante mudança e para regrar estes comportamentos é preciso que ocorra mudanças ora sim ora não para atender e acompanhar essa mutabilidade por meio de aperfeiçoamentos necessários. Ex.: redução de IPI (imposto sobre produto industrializado). 
d) Maleabilidade: a perspectiva desta característica está relacionada ao fato de que a forma pela qual o estado regula a atividade econômica não está distrita ao poder legislativo, integra também outras regras ligadas ao poder executivo e judiciária. Ou seja, todo o comportamento estatal não advém só de lei. 
e) Influência dos valores políticos: governo de direita: políticas econômicas de cunho liberal, governo de esquerda: políticas econômicas de cunho intervencionista. A depender do ideal político-partidário vai refletir na forma de governo e, portanto, na forma de política econômica, planejamento econômico.
f) Ecletismo: as normas de direito econômico devem ser observadas tanto por uma perspectiva pública quanto por uma perspectiva privada. Ou seja, as normas de direito econômico não se projetam só para o setor privado, mas também para o próprio estado (setor público).
g) Concretismo: Fenômeno Social Concreto (ex.: práticas anticopetitivas). Característica ligada à ideia de que o direito econômico regula o fenômeno sócio econômico concreto, ou seja, que todas as normas de direito econômico são pensadas a partir de situações concretas. Todo e qualquer ato seja do poder executivo, legislativo ou judiciário precisa levar em consideração uma situação concreta.
Relação com demais ramos do Direito Positivo
Direito Constitucional: relação ontológica porque é a partir da cf/88 que se tem a consolidação do direito econômico. O fenômeno de constitucionalização faz com que o direito econômico ganhe tamanha vergadura e ao mesmo tempo trabalha a ideologia que será executada pelo estado regulador
Direito Administrativo: confere ao estado o poder de polícia, por meio das agências reguladoras no âmbito do poder executivo. Fiscalização. Art. 174 CF
Direito Empresarial: defesa da concorrência. Controle exercido pelo CADE – controle de estruturas de mercado. Não se confunde com o direito econômico, porque este é autônomo, tem sua legislação própria e princípios próprios
AUTONOMIA: O que confere autonomia ao direito econômico é que ele possui regras próprias e princípios próprios.
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA: Quando se fala da competência para legislar sobre o direitoeconômico, se fala de uma competência concorrente, porém residual. Ela é residual das matérias que não são trabalhadas no artigo 22. Tudo aquilo que não for trabalhado nesse artigo é residualmente de competência dos estados e da própria união. 
Art 22, VII, VIII, IX e XIX (competência privativa): Matérias no âmbito do direito econômico. 
Art. 24, I (competência Concorrente): Os estados possuem competência concorrente residual para legislar sobre as matérias desse artigo.
ORDEM JURÍDICO-ECONÔMICO NA CRFB/88: Tem como início o artigo 170 da CF. 
Constituição Econômica: Conceito Tripartido: É aquela parte da CF que abrangem princípios, fundamentos, política agrária, política urbana, intervenção do estado na constituição econômica... Nesse contexto, é encontrado um conceito tripartido na constituição econômica, pois nele se encontra a ordem econômica fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa; tem por fim garantir a ordem econômica e por fim, há os princípios (fundamentos + objetivos + princípios = conceito tripartido)
Fundamentos
Livre iniciativa: Não se leva em consideração esse fundamento de maneira absoluta, pois a economicidade serve como contrabalanço para temperar a utilização desses princípios. A livre iniciativa é a liberdade de empreender, ou seja, a liberdade que o ser humano tem de escolher em qual área quer empreender. Pilar fundante da nossa ordem econômica (capitalista que admite o estado com interventor – neoliberalismo). Para que se mitigue a livre iniciativa é necessário 2 requisitos, segundo o STF: competência e proporcionalidade (economicidade). A competência está ligada a quem fiscaliza a empresa, quem tem competência de legislar e punir sobre assuntos ligados àquela empresa (ex: ANS legislando sobre algo relacionado a saúde). Já a proporcionalidade depende muito de casa caso.
Valorização do trabalho Humano: Buscar a empregabilidade. Dar a esse empregado condições para que ele trabalhe de forma digna. Normas garantidoras do efeito trabalhista. Garantir condições exequives para que esse trabalhador consiga exercer suas atividades laborais.
Objetivos
Existência Digna e Justiça Social: A garantia da existência digna e da justiça social está relacionada principalmente a garantia dos direitos sociais. Mínimo vital ≠ mínimo existencial (mínimo que o estado deve garantir para que seja o indivíduo tenha suas necessidades básicas atendidas pelo estado). Essa garantia esta relacionada a grande maioria dos direitos sociais, o legislador está falando a garantia de acesso pelo cidadão de direitos sociais (saúde, lazer, esporte, educação, saneamento), se o estado consegue intervir para garantir a existência digna, ele deve proteger todos esses direitos sociais. Não confundir o minimo vital com minimo existêncial, porque quando o legislador trabalha o minimo existência ele fala das garantias que o estado deve garantir (não das necessidade básicas do individuo) para que o ser humano possa suprir necessidades básicas e ter acesso a direitos sociais. 
Princípios: Esses são os princípios explícitos na CF (art. 170)
Soberania Nacional: Falar de soberania nacional é falar da independência do estado brasileiro a qualquer organismo internacional ou estado estrangeiro. É falar da independência do estado brasileiro a qualquer organismo internacional, ou estado estrangeiro. Se o Brasil quisesse estabelecer um teto sobre as taxas de juros do banco, ele poderia, sem depender de qualquer outro país, observado os diplomas que o Brasil seja signatário.
Propriedade Privada: é uma das condições mais necessárias para que um modelo ou um sistema capitalista se instale, é basicamente um pressuposto para que o capitalismo se instaure. É pressuposto do capitalismo um modelo que salvaguarde a propriedade privada, e sem propriedade privada também é difícil falar da livre inciativa, como vou empreender sem o direito da propriedade privada, dentro da propriedade privada que eu vou empreender dentro do que eu quero.
Função social da propriedade: Toda a propriedade deve cumprir uma função social sob a pena de o estado intervir nessa propriedade. A função social da propriedade. Portanto, é uma função limitadora da autonomia privada sobre os bens.
Livre concorrência: A manutenção de um espaço ou de um ambiente concorrencialmente saldável. É por meio dela que se encontra a garantia da competitividade entre os agentes econômicos fazendo com que estes aperfeiçoem suas atividades, melhorem as inovações e tecnologias e aumentem o bem-estar do consumidor.
Defesa do Consumidor: Um dos agentes econômicos no mercado é o próprio consumidor, ou seja, ele tem muito interesse no âmbito da interferência econômica por parte do Estado. 
Defesa do meio ambiente: Desenvolvimento é diferente de crescimento. Desenvolvimento está relacionado ao aspecto qualitativo.
Redução das Desigualdades Sociais/Regionais: É importante fazer uma diferenciação entre crescimento e desenvolvimento, falar de desenvolvimento é falar de uma diferença qualitativa. Crescer no PIB não significa que o brasil desenvolveu, o desenvolvimento se descobre através do IDH, ter crescimento no PIB não necessariamente vai interferir no IDH, o crescimento vai está relacionada a diferença quantitativa.
Busca do Pleno Emprego: relação com valorização do trabalho humano, mas este tem como objetivo a busca da empregabilidade, enquanto que o outro se relaciona com direitos trabalhistas.
Tratamento favorecido às EPP: Só serve para empresas de pequeno porte. Se eles não forem tratados de maneira desigual nunca poderão competir com as outras empresas, existe um tratamento tributário que o Brasil da, uma vez que existe essa desigualdade. (tratar os desiguais de acordo com as suas desigualdades)
Conflito aparentemente ideológico: Conflito na interpretação desses princípios.

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