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Propriedades de pasta, claridade de pasta e gel

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA 
 DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS 
TAL 439 - TECNOLOGIA DE PANIFICAÇÃO, MASSAS, AMIDOS E DERIVADOS 
 
 
 
 
 
 
 
Particularidades e semelhanças entre amido de milho e 
amido de mandioca: propriedades de pastas, claridade 
de pastas, géis e suas aplicações 
 
 
 
 
 
 
Daniela Gonzaga Martin - 86225 
Everaldo Brum Afonso - 86217 
 
 
 
 
VIÇOSA-MG 
SETEMBRO, 2019. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Dentre os diversos tipos de amidos existente destacam-se o amido de milho 
e o amido de mandioca. Peculiaridades e similaridades entre as duas fontes são 
encontradas, por meio de propriedades da pasta, claridade da pasta e géis. A 
realização destas análises é de extrema importância para a escolha de um amido 
ideal em determinado tipo de alimento. Dentre as diferenças entre os amidos 
analisados podemos citar, de acordo com os estudos realizados por Moore, 
Geovana que: “Os amidos foram caracterizados quanto ao conteúdo de amilose, 
tendo encontrado 24,26% de amilose no amido de milho e 16,67% no amido de 
mandioca. As diferenças entre os amidos de milho e mandioca se repetem quanto 
ao poder de inchamento, determinado nas temperaturas de 75, 80, 85, 90 e 95 °C, 
com resultados significativamente superiores para o amido de mandioca em todas 
as temperaturas comparadas.” 
“​As propriedades de pasta do amido são de particular interesse na maioria 
das aplicações industriais. Na indústria alimentícia, a temperatura de gelatinização, 
poder de inchamento, viscosidade e estabilidade da pasta são de grande 
importância e determinam a utilização de um amido.”(Andrade,p9) 
“A claridade da pasta de amido é uma propriedade útil para a fabricação de 
alguns alimentos que exigem transparência, como geléias, doces de frutas, recheios 
de torta, sopas, pudins e cremes, quando se requer um produto brilhante, sem 
mudança de coloração inicial”. (Ribeiro, Ana 2011). E ainda, a claridade “está 
relacionada com a tendência à retrogradação do amido e, portanto, tem influência 
em outras características tecnológicas da pasta. De maneira geral, amidos com alta 
tendência à retrogradação produzem pastas mais opacas que aquelas com baixa 
tendência a retrogradação.”(Andrade, 2019, p12) 
Dentre os objetivos principais desta aula prática podemos citar: “Fazer a 
leitura e interpretação dos amilogramas de diferentes fontes de amido, além de, 
estudar o efeito da concentração do amido nas propriedades de pasta e 
géis.”(Roteiro Pirozi, Batista, 2019) 
 
 
1 
2. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
2.1 MATERIAIS 
 
Na aula prática utilizou-se os seguintes materiais: Fécula de mandioca da 
marca Pacha (Data de validade:01/04/2016), e amido de milho, a priori sem 
marca, comprado a granel (Data de validade:17/12/2019). 
 
2.2 MÉTODOS 
 
Método modificado, adaptado para tubo de 40 ml, com base no roteiro Pirozi, 
Batista, 2019. 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
A prática realizada foi dividida em duas partes: 
 
a) Propriedades de pasta 
 
Em um primeiro momento foi feita a leitura das propriedades de pasta 
de dois amilogramas (amido de milho e amido de mandioca), na 
mesma concentração, obtendo os seguintes resultados presentes na 
tabela abaixo: 
 
Tabela 1​: Propriedades de pasta de dois amilogramas (amido de milho 
e amido de mandioca), na concentração de 7,5% (m/v). 
Propriedades de 
pasta 
Amilograma 
amido de milho 
Amilograma 
amido de mandioca 
Temperatura 
inicial de pasta 
59ºC 57ºC 
2 
Viscosidade 
máxima 
780 U.A 
 
780 U.A 
 
Temperatura de 
Máxima 
Viscosidade 
50ºC 66ºC 
Viscosidade 
Mínima 
60 U.A 60 U.A 
Estabilidade 720 U.A 720 U.A 
Viscosidade 
final 
140 U.A 80 U.A 
Tendência à 
retrogradação 
80 U.A 20 U.A 
Em um segundo momento, foi feita a leitura das propriedades de pasta 
de dois amilogramas de amido de mandioca, em duas concentrações 
diferentes, 4,5% (m/v) e 7,5% (m/v), obtendo os seguintes resultados 
presentes na tabela abaixo: 
 
Tabela 2​: Propriedades de pasta de dois amilogramas de amido de 
mandioca, nas concentrações de 4,5% (m/v) e 7,5% (m/v). 
Propriedades de 
pasta 
Amilograma 
amido de mandioca 
4,5% (m/v) 
Amilograma 
amido de mandioca 
7,5% (m/v) 
Temperatura 
inicial de pasta 
60ºC 57ºC 
Viscosidade 
máxima 
600 U.A 780 U.A 
 
3 
Temperatura de 
Máxima 
Viscosidade 
68,5ºC 66ºC 
Viscosidade 
Mínima 
0 U.A 60 U.A 
Estabilidade 600 U.A 720 U.A 
Viscosidade 
final 
20 U.A 80 U.A 
Tendência à 
retrogradação 
20 U.A 20 U.A 
 
Comparando às fontes de amido de milho e amido de mandioca 
presentes na Tabela 1 nota-se que quanto a seguinte propriedade de 
pasta: 
I) Temperatura inicial de pasta: o amido de mandioca apresenta uma 
temperatura inicial menor que o amido de milho, o que acarreta em 
uma primeira mudança na viscosidade mais rápida. Segundo Oliveira 
(2017,p.62) ‘’ o aumento da temperatura leva a gelatinização do 
amido, o que provoca o aumento da viscosidade, devido ao 
inchamento dos grânulos de amido. Nesse ponto, polímeros com 
menor massa molecular, particularmente amilose, começam a ser 
lixiviados dos grânulos. A temperatura na qual os grânulos começam a 
inchar é denominada temperatura de pasta’’. 
II) Viscosidade máxima: tanto o amido de milho e o amido de 
mandioca apresentam o mesmo valor de viscosidade máxima. 
III) Temperatura de máxima viscosidade: o amido de milho apresenta 
temperatura menor que o amido de mandioca. 
4 
IV) Viscosidade mínima: tanto o amido de milho e o amido de 
mandioca apresentam o mesmo valor de viscosidade mínima. 
V) Estabilidade: tanto o amido de milho e o amido de mandioca 
apresentam o mesmo valor de estabilidade. 
VI) Viscosidade final: o amido de milho apresenta viscosidade final 
maior que o amido de mandioca. 
VII) Tendência à retrogradação: o amido de milho apresenta tendência 
à retrogradação maior que o amido de mandioca. 
Por fim, comparando as duas fontes de amido de mandioca presentes 
na Tabela 2 observa-se que quanto a seguinte propriedade de pasta: 
I) Temperatura inicial de pasta: a temperatura inicial de pasta diminui 
com o aumento da concentração do amido de mandioca. 
II) Viscosidade máxima: a viscosidade máxima aumenta com o 
aumento da concentração do amido de mandioca. 
III) Temperatura de máxima viscosidade: a temperatura de máxima 
viscosidade diminui com o aumento da concentração do amido de 
mandioca. 
IV) Viscosidade mínima: a viscosidade mínima aumenta com o 
aumento da concentração do amido de mandioca. 
V) Estabilidade: a estabilidade aumenta com o aumento da 
concentração do amido de mandioca. 
VI) Viscosidade final: a viscosidade final aumenta com o aumento da 
concentração do amido de mandioca. 
VII) Tendência à retrogradação: a tendência à retrogradação é a 
mesma independente da concentração do amido de mandioca. 
5 
 
b) Claridade de pastas e de géis de amidos. 
De acordo com a prática realizadasobre claridade de pastas e géis de 
amido, observou-se os seguintes resultados: 
Comparação entre os géis e pastas de amido: 
 
Imagem 1​: Géis de mandioca (MA) a esquerda e milho (MI), a direita 
Como pode-se observar com a ​Imagem 1​, a principal diferença entre 
os géis de amido de milho e mandioca são a presença de bolhas no amido de 
mandioca que se deve principalmente à elevada viscosidade do mesmo. Isto 
provavelmente aconteceu pela diferente estrutura dos grânulos dos amidos 
de espécies distintas. Isto também pode explicar o porque o gel de milho é 
menos viscoso do que o gel de mandioca. O amido de milho se encontra 
mais leitoso, enquanto o de mandioca é mais translúcido. “É importante 
ressaltar que durante o processo de gelatinização do amido ocorre mudança 
na coloração devido à perda da estrutura e cristalinidade dos grânulos de 
amido, tornando-se gel com certa opacidade.” (Wanderley, 2007) 
6 
 
Imagem 2:​ Pastas de mandioca (MA) a esquerda e milho (MI), a 
direita 
Ao ser realizado o preparo das pastas (mostradas na ​Imagem 2​) foi 
possível observar que a pasta de amido de mandioca obteve uma maior 
consistência mais rapidamente do que a pasta de amido de milho isso se 
deve ao fato de que o que determina a quantidade de tempo de um grânulo 
se tornar pasta é a energia necessária para quebrar as ligações de 
hidrogênio deste. “Quando grânulos de amidos são aquecidos, em excesso 
de água, a estrutura cristalina é rompida e as moléculas de água se unem por 
pontes de hidrogênio aos grupos hidroxila expostos da amilose e da 
amilopectina, o que causa um aumento do inchaço e da solubilidade dos 
grânulos” (Kokini et al., 1992). 
De acordo com um experimento realizado por Guerreiro (2008, p.87) 
:”O maior teor de amilose foi da fécula de mandioca, 21,34% e o menor teor 
foi do amido de milho “Novation” 9460, que foi de 7,12%.” Com isso, 
podemos citar que quanto maior a limitação da amilose mais devagar a 
estrutura chega no ponto onde o grânulo se rompe liberando os compostos 
presentes em seu interior, aumentando sua viscosidade. 
Além disso,notou-se que o escoamento da pasta de milho é maior do 
que da pasta de mandioca devido a sua menor viscosidade. 
7 
 
Imagem 3​: Pasta de milho (MI 2) a esquerda e gel de milho (MI), a 
direita 
Ao contrário das diferenças gritantes entre a pasta e o gel de amido de 
mandioca, estas do amido de milho são bem poucas, entre elas, podemos citar que 
a pasta se apresenta mais clara do que o gel, e ainda, a pasta é menos viscosa 
isso, pelo fato de ainda não ter tido tempo para sofrer a retrogradação do amido. 
 
Imagem 4​: Pasta de mandioca (MA 2) a esquerda e gel de mandioca 
(MA), a direita 
Como podemos observar comparando a pasta e o gel de amido de mandioca 
(contidos na ​Imagem 4​) estes apresentam bolhas, nota-se que as bolhas na pasta 
se apresentam em uma maior quantidade do que as bolhas no gel, isso se deve ao 
fato de que o gel teve um tempo para que ele se estabilizasse e assim as bolhas 
saem e ainda, quanto a coloração, a pasta se encontra em um aspecto mais leitoso 
8 
do que o gel (este se encontra mais transparente).”Para efeito de comparação, 
Serrano (2005) acredita que apesar da pouca estabilidade térmica que o gel de 
amido de mandioca apresenta, sua baixa temperatura de pasta, baixa tendência a 
retrogradação, alta claridade da pasta, além do sabor neutro, o qualificam como um 
bom ingrediente a ser utilizado em diversos produtos alimentícios, por exemplo 
sopas desidratadas com preparo instantâneo.” 
Tabela 3 ​: valores de transmitâncias obtidas para as pastas e géis de milho e 
mandioca respectivamente, em espectrofotrômetro: 
Amido Transmitância de pastas 
(nm) 
Transmitância de 
géis 
(nm) 
Milho 1,81 1,64 
Mandioca 16,6 
 
17,6 
 
 
 
A ​Tabela 3 ​ressalta as observações já mencionadas acima no que se diz 
respeito a claridade das pastas e géis. 
 
4. CONCLUSÃO 
De acordo com os resultados e discussões apresentados ao longo desse 
trabalho pode-se inferir que o objetivo da prática foi atendido. Atestou-se que 
há diferenças significativas entre as duas fontes de amido estudadas, tanto 
no que tange às propriedades de pasta, claridade de pastas e de géis de 
amido e que para uma mesma fonte em diferentes concentrações existem 
também diferenças significativas. 
 
9 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 
 
Amido de milho e mandioca na produção de maltodextrinas Moore, Geovana 
Rocha Plácido Tecnologia de alimentos Amido Mandioca - Receitas Hidrolise 
Maltodextrina, Disponível em: 
http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/79729 Acesso em: 10 
Setembro. 2019, 13 horas e 20 minutos. 
Andrade, Nisia Disponível em : 
https://www.passeidireto.com/arquivo/48870196/cap-11-amido​. Acesso em: 
10 Setembro. 2019, 13horas. 
 
APLEVICZ, K. S.; DEMIATE, I. M. Caracterização de amidos de 
mandioca nativos e modificados e utilização em produtos panificados. 
Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas , v. 27, n. 3, p. 478-484, Set. 
2007. Dispon ível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101206120070003
00009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 09 Setembro. 2019, as 15 horas 
 
Estudo reológico dos amidos de amaranto, de mandioca e de suas misturas 
sob condições de acidez e tratamento térmico / Lizielle Maria Ricardo 
Guerreiro. – Campinas, SP: [s.n.], 2008. Disponível em : 
http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/256449/1/Guerreiro_Li
zielleMariaRicardo_D.pdf​ Acessado em: 09 Setembro. 2019, as 15:30 horas. 
 
KOKINI, J.L., LAI, L., CHEDID, L.L. Effects of starch structure on starch 
rheologicalproperties. Food Technology,n. 6, p. 124-139, 1992. Acessado em: 
09 Setembro. 2019, as 15:30 horas 
 
OLIVEIRA, M. D. et al. Amido de milho modificado por processo de 
fosfatação em diferentes tempos de reação. Brazilian Journal of Food 
10 
Research, Campo Mourão, v. 8, n. 2, p. 57-67, abr./jun. 2017. Disponível em: 
https://periodicos.utfpr.edu.br/rebrapa 
 
Ribeiro, Ana Paula, 2011. Disponível em: 
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/4018 ​Acessado em: 10 Setembro, 
ás 13 horas. 
 
Roteiro Pirozi, Batista, 2019. 
 
Wanderlei, 2007. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-7054200700010
0023​ Acessado em: 09 Setembro. 2019, às 15:40 horas. 
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