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LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO JURÍDICA 
 2º SEMESTRE – 2019 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DO TEXTO ARGUMENTATIVO EM ÂMBITO JURÍDICO 
 
O primeiro objetivo [da argumentação] é convencer outra pessoa, ou seja, fazê-la 
mudar de opinião, ou pelo menos, tentar. Bernard Meyer. A arte de argumentar. 
 
DO DISCURSO JURÍDICO 
 
A comunicação é o meio pelo qual os homens podem compreender idéias e chegar a um 
consenso. A argumentação surge do dissenso, ou seja do conflito de ideias ou pensamentos. De 
acordo com José Luiz Fiorin argumentar é construir um discurso com finalidade de persuadir. 
Essa ação ou ato retórico envolve três elementos: o enunciador(emissor/orador), o enunciatário 
(receptor/auditório) e o discurso(mensagem/argumentação). 
 
O emissor ou orador é a pessoa que constrói a argumentação. O receptor ou auditório é 
o conjunto de pessoas que são alvos do discurso ou argumento e devem ser persuadidas por ele. 
 
A mensagem ou argumentação é a defesa de um ponto de vista, ideologia ou 
pensamento. Se objetiva, a argumentação precisa ser lógica e caso seja subjetiva deve gerar 
comoção ou emoção tanto no orador/emissor como no receptor ou auditório. 
 
Existem diversas formas de comunicação entre pessoas, por meio de diálogo verbal, 
gestual ou por meio da escrita. A comunicação verbal é essencial ao operador do direto 
especialmente em audiências ou sustentação oral, frisando que o Juizado especial rege o 
princípio da oralidade. 
 
É imprescindível também que o profissional do Direito saiba desenvolver um bom texto, 
dotado de coesão, clareza e objetividade. Deve ter domínio da língua portuguesa, conhecer as 
regras ortográficas e gramaticais e utilizar termos específicos da área jurídica. 
 
A redação dos parágrafos pode ser descritivo (reprodução da realidade de um local, 
imagem, pessoa, etc), narrativo (exposição de fatos e circunstancias) e dissertativo 
(posicionamento do autor sobre o tema). O parágrafo dissertativo pode ser expositivo (exposição e 
discussão da ideia) ou argumentativo (persuasão, influência ou convencimento do leitor acerca da 
ideia). 
 LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO JURÍDICA 
 2º SEMESTRE – 2019 
 
 
 
O parágrafo deve ter unidade (Único raciocínio e ideia central), coerência (as ideias 
devem ser lógicas, não contraditórias), ênfase (escolha de palavras mais relevantes), concisão 
(precisão e síntese), clareza (afastamento de dúvida ou incerteza). 
 
O parágrafo como qualquer texto deve contemplar introdução (tópico frasal, delimitação 
genérica do tema), desenvolvimento (explanação do tema central, exposição dos argumentos) e 
conclusão (fecho redacional, incisivo que soluciona a introdução) 
 
As formas mais comuns de desenvolvimento do tema central são a explanação da 
declaração inicial (desdobramento da ideia introdutória), o contraste (diferenças e oposições ao 
paragrafo introdutório) , a enumeração (indicação de fatores e funções da ideia central para fins 
de classificação ou evolução), a exemplificação (exemplos que reafirmam a ideia introdutória), 
causa-consequência (apresenta-se a causa ou motivo/razão e a consequência ou 
efeito/resultado), resposta á interrogação (introdução formada de questionamento), tempo e 
espaço ( ideias datadas que obedecem ordem cronológica). 
 
Em todas as áreas do Direito, é a argumentação o recurso persuasivo, por excelência, 
porque objetiva o convencimento da tese postulada. Não só as partes, mas também o julgador 
precisa fundamentar seu posicionamento. Assim, a motivação da sentença outra técnica não 
utiliza senão a dissertativa, permeada, como há de ser, de elementos descritivos e narrativos, 
nunca fazendo do “contar” o fato o interesse central, e sim, descrevendo o fato para fazer dele 
“leituras” que demonstrem a aceitabilidade do ponto de vista do redator. 
 
A consciência da natureza persuasiva do discurso jurídico contribui para o emprego mais 
preciso dos vocábulos – material ideológico – e de suas relações formais e materiais na 
enunciação silogística1. 
 
Já se falou que o Direito não é Lógica Formal, mas os recursos da Lógica são técnicas 
dissertativas de alto efeito persuasivo. 
 
Em última análise, não há discurso sem o elemento dissertativo porque a neutralidade 
absoluta não é encontrada sequer nas ciências sociais que a exigem, como no saber sociológico. 
 
1 Um silogismo é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a conclusão deduzida de premissas, a 
argumentação lógica perfeita. É um argumento dedutivo construído de três proposições declarativas que se 
conectam de tal modo que, a partir das duas primeiras, é possível deduzir uma conclusão. 
 LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO JURÍDICA 
 2º SEMESTRE – 2019 
 
 
 
Como é natural a presença de diferentes opiniões para um só fato, a prevalência desta ou daquela 
se dá pela força argumentativa obrigatória no discurso jurídico. 
 
A ARGUMENTAÇÃO 
 
A argumentação consiste em um instrumento que busca a adesão do receptor da 
mensagem ao propósito específico daquele que emite. Logo, a delimitação de uma tese e a sua 
respectiva sustentação são etapas que necessariamente devem ser intrínsecas durante toda a 
argumentação da peça. 
 
Durante a leitura de um texto argumentativo, o receptor da mensagem deve ser envolvido 
de uma tal maneira que a partir da tese sustentada, torne-se um apoiador do autor da peça. 
 
Para que a conquista seja total do leitor, indispensável que o redator busque provas que 
corroborem para um maior envolvimento, através de legislação, doutrinas e jurisprudência que 
fundamentem eventual pedido. Portanto, a utilização de tipos de provas corretas é fundamental 
para a obtenção do êxito. 
 
Por exemplo, acaso esteja sendo discutido um erro médico, indispensável que seja 
utilizado um laudo técnico como prova para argumentação, por exemplo. 
 
Também, na estrutura do texto argumentativo, a introdução é uma parte considerável, a 
qual busca a contextualização da questão exposta na narrativa valorada e os termos jurídicos 
empregados para convencer o leitor. 
 
A REDAÇÃO FORENSE 
 
A boa redação consiste numa transmissão de ideias a partir de uma estrutura linguística 
da qual surge o português jurídico. Por português jurídico ou redação forense compreende-se a 
aplicação das regras gramaticais usuais no discurso dos operadores do direito, sejam os 
advogados, juízes, promotores, professores e tantos outros profissionais que são contemplados. 
 
O domínio da norma culta é algo essencial, principalmente no que tange à redação das 
peças processuais e à produção do texto jurídico. Para tanto, há uma série de termos jurídicos 
empregados na prática forense cujo conhecimento é indispensável para aqueles que redigem 
 LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO JURÍDICA 
 2º SEMESTRE – 2019 
 
 
 
textos, cujo intuito é transmitir ideias e instigar o raciocínio daquele que as absorve em 
determinado sentir. 
 
Quando um advogado redige uma petição inicial, sua necessidade é expor as razões de 
fato e de direito de forma tendenciosa no sentir de induzir aquele que irá receber suas ideias e 
aceitá-las, neste caso, o juiz. O mesmo papel do advogado é ao redigir a contestação, embora 
esteja rebatendo as ideias expostas pelo colega na petição inicial, contestando por meio de fatos, 
muito bem argumentados, através de uma narrativa valorada juridicamente. Assim como nos 
recursos em espécie. Portanto, vislumbra-se que cada peça processual, a finalidade é distinta.

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