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DIREITO DO TRABALHO II AVISO PRÉVIO O objetivo do aviso prévio é a comunicação da intenção de reincidir o contrato de trabalho, para que o adverso não seja pego de surpresa e tenha tempo para se programar. O aviso prévio é um dever/obrigação reciproca para ambos os sujeito do contrato, empregador e empregado. Aquele que por ventura tiver interesse em reincidir o contrato está obrigado em comunicar o seu adverso com uma antecedência mínima definida em lei. O empregado não pode abrir mão do aviso prévio, o empregador pode, decorrente do princípio da proteção. O aviso prévio é um direito irrenunciável e só se aplica aos contratos indeterminados. Na extinção do contrato por meio de acordo o empregado pode abrir mão do aviso prévio. Os dispositivos que tratam desse instituto são: Art. 7º, XXI, CF/88 “XXI – Aviso prévio será proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei.” Art. 487 e seguintes CLT “Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de: I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior. II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. § 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. § 3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os efeitos dos parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço. § 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta. § 5o O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. § 6o O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais. Art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral. Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do inciso lI do art. 487 desta Consolidação. Art. 489 - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. Parágrafo único - Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado. Art. 490 - O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida. Art. 491 - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo. LEI 12506/11 “Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.” Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. Modalidades do AVISO PRÉVIO A partir da lei 12506/11 o período do aviso prévio pode variar de 30 a 90 dias, se a demissão for porte do empregador. Definido de acordo com o tempo de serviço do empregado. Quando é o empregado que pede demissão não a proporcionalidade, o pedido de demissão será sempre de 30 dias. Quando é o empregador que demite o aviso prévio será proporcional de acordo com o tempo de serviço do empregado na empresa. A cada 1 ano acrescenta-se 3 dias. Ex: 1 ano e 2 meses o aviso prévio é de 33 dias, 2 anos o aviso prévio é de 36 dias. Quando a demissão for promovida pelo empregador, esse deverá escolher a modalidade, indenizado ou trabalhado. DEMISSÃO PROMOVIDA PELO EMPREGADOR INDENIZADO Art. 487, CLT - § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. O aviso prévio será recebido 10 dias depois da rescisão do contrato. TRABALHADO Art. 488, CLT - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral. Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do inciso lI do art. 487 desta Consolidação. Empregador comunica o empregado sobre o aviso prévio trabalhado, que será cumprido trabalhando 2 horas ou passar 7 dias corridos sem trabalhar durante o período. O empregado não pode trabalhar esses 2 horas como horas extras, pois o aviso prévio é um direito irrenunciável. Será considerado abandono de emprego se o empregado dizer que não vai cumprir o aviso prévio trabalhado. Depois de trabalhado o período do aviso o empregado recebe a rescisão depois de 10 dias. AVISO PRÉVIO CUMPRIDO EM CASA O empregado cumpre o tempo do aviso prévio em casa. A diferença do aviso prévio cumprido em casa para o indenizado é o tempo para pagamento dos direitos. Aviso prévio em casa o tempo para pagamento é de 40 dias, 30 trabalhado e 10 para o pagamento e o indenizado é de 10 dias. DEMISSÃO PROMOVIDA PELO EMPREGADO Quando o empregado pede demissão não será proporcional, será de 30 dias. INDENIZADO Se o empregado pedir demissão deverá pagar uma multa no valor do seu salário ao patrão. TRABALHADO Empregador comunica o empregador sobre o aviso prévio trabalhado, que será cumprido trabalhando os 30 dias normalmente. E não haverá redução de carga horaria. Independente da modalidade do aviso prévio, este, será contabilizado como tempo de serviço para fins previdenciários. Orientação Jurisprudencial 82/TST-SDI-I - Aviso prévio. Baixa na CPTS. CLT, art. 487. “A data de saída a ser anotada na CPTS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado.” RECONSIDERAÇÃO DO AVISO PRÉVIO Art. 489, CLT - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. Parágrafo único - Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado. O ato de demitir é um ato unilateral do empregador, e ao demitir ele vai apenas comunicar qual a modalidade. A reconsideração pode ser tácita. Art. 490, CLT - O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração correspondente ao prazodo referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida. Art. 491, CLT - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo. No abandono de trabalho pelo empregado a dispensa sem justa causa NÃO será convertida para dispensa por justa causa. Quais os efeitos da não concessão do aviso prévio? É a indenização. Seja pelo empregado ou pelo empregador. O aviso prévio não se destina aos contratos por prazo determinado, e é incompatível com o instituto da estabilidade provisória. EXCEÇÃO – GESTANTE E ACIDENTARIO
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