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Processos de Fabricação Aplica-se a todos os processos de fabricação onde ocorre a remoção de material sob a forma de cavaco (DIN 8580) Definição sobre Usinagem Usinagem Confere forma, dimensão e acabamento a peça por meio da remoção de material sob a forma de cavaco. Cavaco Porção irregular de material da peça que é retirado pela ferramenta. O estudo da usinagem é baseado na mecânica (atrito, deformação), na termodinâmica (calor) e nas propriedades dos materiais. Usinagem Importância da Usinagem na Industrial Metal - Mecânica Material elaborado por Prof.MEng.Ivandro Bonetti Sequência da Fabricação de Peças Usinadas Projeto Conceitual Modelamento Tridimensional Detalhamento Dimensional Planejamento - MOB - Material - Equipamentos - Ferramentas - Dispositivos - Sistema de Medição - Operações - Parâmetros de corte - Tempo de usinagem C A D U S IN A G E M (c o n v e n c io n a l o u C N C ) Importância da Usinagem na Industrial Metal - Mecânica Limites dos processos de Usinagem Fundamentos Usinagem dentro dos processos de fabricação Desbaste: conferir forma e dimensões próximas às finais Acabamento: obter dimensões finais com acabamentos finais especificados Operações de Usinagem ➔ Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida ➔ Usinagem com Ferramentas de Geometria Não Definida ➔ Usinagem por Processos Não Convencionais Classificação dos processos de usinagem Operações de Usinagem Desbaste: conferir forma e dimensões próximas às finais Acabamento: obter dimensões finais com acabamentos finais especificados - Remoção da maior parte do material - Sobremetal para acabamento - Tempo de usinagem tende a ser menor - Garantia das tolerâncias requeridas pelo projeto da peça - Ferramentas adequadas a forma do produto final - Grandes tempos de usinagem com pequena remoção de material. Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida Usinagem Convencional - Torneamento Torneamento Retilíneo Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida Torneamento Cilíndrico Externo Torneamento Cilíndrico Externo Torneamento Cônico Externo Torneamento Cônico Interno Torneamento Retilíneo Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida Sangramento Axial Sangramento Radial Perfilamento Radial Perfilamento Axial Torneamento Curvelíneo Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida Curvelíneo Externo Usinagem Convencional - Fresamento Fresamento Tangencial Fresamento Frontal Angular Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida Fresamento Processo mecânico de usinagem destinado à obtenção de superfícies quaisquer com o auxílio de ferramentas geralmente multicortantes Cilíndrico Tangencial Frontal Usinagem Convencional - Furação Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida Furação Movimento de giro da peça ou da ferramenta com movimento simultâneo da peça ou da ferramenta com deslocamento retilíneo Furação em cheio Escareamento Furação escalonada Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida Furação Furação de centro Trepanação Realizado em peças que sofrerão posterior torneamento Furação em que o núcleo da peça furada ficará maciça Furação profunda em cheio Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida Alargamento Processo mecânico de usinagem destinado ao desbaste ou acabamento de furos cilíndricos ou cônicos Alargamento Cilíndrico de Desbaste Alargamento Cônico de Desbaste Alargamento Cilíndrico de Acabamento Alargamento Cônico de Acabamento Usinagem Convencional - Aplainamento Aplainamento de Guias Aplainamento de Superfície Côncava Aplainamento de Ranhuras em "T" Aplainamento de Perfis Aplainamento de rasgos Aplainamento Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida Processo mecânico de usinagem destinado à obtenção de superfícies regradas obtidas a partir do movimento alternativo entre peça e ferramenta Aplainamento de guias Aplainamento de superfícies Aplainamento de perfil Aplainamento de rasgos em T Usinagem Convencional - Retificação Retífica Plana Retífica Interna Usinagem Convencional - Mandrilamento É o processo de usinagem utilizado para corrigir pequenas irregularidades, deixando o cilindro, ou mancal, com rugosidades adequadas às suas funções. Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida Mandrilamento Processo mecânico de usinagem destinado à obtenção de superfícies de revolução com auxílio de uma ou mais ferramentas de barra Mandrilamento Cilíndrico Superfície usinada é cilíndrica de revolução eixo da peça coincide com o eixo da ferramenta Mandrilamento Radial Superfície usinada é plana e perpendicular ao Eixo em torno do qual gira a ferramenta Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida Mandrilamento Usinagem Convencional - Brochamento Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida Brochamento Obtenção de superfícies quaisquer com Ferramentas multicortantes Brochamento Interno Brochamento externo Usinagem Convencional - Serramento e Roscamento Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida Serramento Processo mecânico de usinagem destinado ao recorte ou seccionamento de peças utilizando ferramentas multicortantes Serra Alternativa Serramento Continuo Serramento de recorte Serra Circular Serra com Rebolo Usinagem com Ferramentas de Geometria Não Definida Usinagem com Ferramentas de Geometria Não Definida Retificação Usinagem com Ferramentas de Geometria Não Definida Brunimento Processo mecânico de usinagem por abrasão utilizado para realizar acabamento em furos cilíndricos Usinagem com Ferramentas de Geometria Não Definida Lapidação Processo mecânico de usinagem por abrasão utilizando abrasivo aplicado em porta ferramenta, empregado para realizar acabamento fino Usinagem com Ferramentas de Geometria Não Definida Polimento Processo mecânico de usinagem por abrasão no qual a ferramenta é constituída por um disco ou conglomerado de discos revestidos de substâncias abrasivas Usinagem com Ferramentas de Geometria Não Definida Tamboreamento Processo mecânico de usinagem no qual as peças são colocadas no interior de um tambor rotativo, junto ou não de materiais especiais, para serem rebarbados ou receberem um acabamento Usinagem com Ferramentas de Geometria Não Definida Jateamento Processo mecânico de usinagem por abrasão no qual as peças são submetidas a um jato abrasivo para serem rebarbadas, asperizadas ou receberem um acabamento Usinagem Não – Convencional - Eletroerosão A eletroerosão baseia-se na destruição de partículas metálicas por meio de descargas elétricas. TIRO 60 AE M4 Usinagem Não – Convencional - Metalurgia do Pó Tolerância Dimensional Tolerância Dimensional Conceitos Sistemas de Ajustes e Tolerâncias O sistema de ajustes e tolerâncias ISO determina três condições fundamentais: 1. Uma série de grupos de diâmetros de 1 a 500 mm. 2. Uma série de tolerâncias fundamentais que determinam a qualidade dausinagem. Existem 18 qualidades distintas: IT01, IT0, IT1, IT2, IT3...IT16. 3. Uma série de posições da tolerância que definem a sua posição em relação à linha zero, ou seja, a sua classe de ajuste. Unidade de Tolerância É um valor numérico calculado em relação às médias geométricas das dimensões limites de cada grupo. Ela serve de base ao desenvolvimento do sistema de tolerâncias e fixa a ordem de grandeza dos afastamentos. Símbolo: i [µm] D = Média geométrica dos valores extremos de cada grupo de dimensões nominais [mm]. As séries de tolerâncias fundamentais válidas para as várias dimensões nominais são designadas por IT01 até IT16. Elas foram determinadas baseando-se nas seguintes regras: i) IT6 até IT11: Foram calculadas segundo a Eq. (1.1). Cada qualidade tem uma tolerância 60% maior que a qualidade imediatamente inferior. ii) IT12 até IT16 são dez vezes maiores que os valores IT7 a IT 11. Ex.: IT12=10.IT7. iii) IT1 até IT5 não seguem lei matemática geral. IT5 é aproximadamente igual a 7i. iv) Os valores de IT01 a IT1 são: IT01 = 0,3+0,008D; IT0 = 0,5 + 0,012D; IT1 = 0,8 + 0,020D. (Equação 1.1) Os valores de IT2 a IT4 foram determinados interpolando-se geometricamente os valores de IT1 a IT5: IT2: Segundo termo da P.G. calculada através da interpolação de três termos entre a1 (dado pela tolerância IT1) e a5 (dado pela tolerância IT5). ⇒ t=a2 IT3: Terceiro termo da P.G. calculada através da interpolação de três termos entre a1 (dado pela tolerância IT1) e a5 (dado pela tolerância IT5). ⇒ t=a3 IT4: Quarto termo da P.G. calculada através da interpolação de três termos entre a1 (dado pela tolerância IT1) e a5 (dado pela tolerância IT5). ⇒ t=a4 Unidade de Tolerância Exemplo: Ø = 12 mm IT2, IT3 e IT4=? Solução: IT2=?; Das tabelas tem-se: IT1=1,2µm; IT5=8µm; Outro Exemplo Calcule a tolerância de Fabricação para o intervalo de 6 a 10 mm Solução D = 7,746 ~ 8,0 mm = 0,908 Tolerância = 40.0,908 = 36,3 36µm 64.0,908 = 58,1 58µm Outro Exemplo Calcule a tolerância de Fabricação para o intervalo de 30 a 50 mm Solução D = 38,73 ~ 40,0 mm = 1,579 Tolerância = 7.1,579 = 11,053 11 µm 10.1,579 = 15,790 16 µm Exemplo 3 a. Qual a unidade de tolerância para 12 mm? b. Determinar a tolerância fundamental para a qualidade de tolerância IT7, utilizando-se do cálculo. Resolução a. O grupo de dimensões no qual está inserido o valor 12 mm, tem como valores extremos 10 e 18 mm (ver tabela), portanto, a média geométrica é: D = 10x18 = 13,41 mm i = 0,45 313,41 + 0,001 X 13,41 i = 1,0824 μm b. A tolerância fundamental para a qualidade de trabalho IT7 é dada por: t = 16 i t = 16 X 1,0824 = 17,32 μm Obs.: Tolerâncias < 100: arredondamento deve ser múltiplo de 1, portanto, t = 17 μm. Todavia, a tabela apresenta o valor 18 μm Conjunto de princípios, regras, fórmulas e tabelas que permitem a escolha racional de tolerâncias no acoplamento EIXO/FURO, para se obter, economicamente, uma condição preestabelecida. Têm por finalidade estabelecer, em função da dimensão nominal, valores padronizados para as folgas ou interferências, isto é, o modo como as peças deverão trabalhar em conjunto. Sistemas de Ajustes 2.1.9. AJUSTAGEM É estabelecer as dimensões de uma peça e os limites de variação dessas, de modo que fique bem determinado o funcionamento do conjunto a ser fabricado. 2.1.10. CATEGORIA DO AJUSTE É a classificação dos ajustes segundo a possibilidade de movimento relativo entre seus elementos. • Ajustes com FOLGA ⇒ O afastamento superior do EIXO é menor ou igual ao afastamento inferior do FURO. • Ajuste com INTERFERÊNCIA ⇒ O afastamento superior do FURO é menor ou igual ao afastamento inferior do EIXO. FOLGA ⇒ F > 0 e f > 0 • Ajustes INCERTOS ⇒ F > 0 e IM > 0 (f < 0) INTERFERÊNCIA ⇒ IM > 0 e Im > 0 Ajustes 2.1.11. FOLGAS MÁXIMA E MÍNIMA - F e f É a maior e a menor diferença entre as dimensões que deve existir em um acoplamento especificado para trabalhar com folga. F = DmáxF - dmínE = (D + As) - (D + ai) ⇒ F = As - ai f = DmínF - dmáxE = (D + Ai) - (D + as) ⇒ f = Ai – as 2.1.12. INTERFERÊNCIA MÁXIMA E MÍNIMA - IM e Im IM = dmáxE - DmínF = (D + as) - (D + Ai) ⇒ IM = as - Ai Im = dmínE - DmáxF = (D + ai) - (D + As) ⇒ Im = ai - As Obs.: Os valores das folgas e interferências são sempre POSITIVOS, porém para cálculos pode-se considerar: F = - Im f = - IM 2.1.13. TOLERÂNCIA DE FUNCIONAMENTO - T É a soma das tolerâncias de fabricação do FURO (tf) e do EIXO (te). T = tf + te = (As - Ai) + (as - ai) ⇒ T = F – f 2.1.14. CAMPO DE TOLERÂNCIA É o valor da dimensão compreendida entre os afastamentos superior e inferior da peça. A (a) até G (g) ⇒ ajustes móveis, livres, com folga. J (j) até N (n) ⇒ ajustes incertos (folga e/ou interferência, porém pequenas). P (p) até ZC (zc) ⇒ ajustes com interferência. H ⇒ ajustes no Sistema FURO-BASE (S.F.B.) h ⇒ ajustes no Sistema EIXO-BASE (S.E.B.) Eixo-base Sistema de ajustes no qual as folgas ou interferências exigidas são obtidas pela associação de furos de várias classes de tolerâncias com eixos de uma única classe de tolerância. Neste sistema a dimensão do eixo é idêntica à dimensão nominal, isto é, o afastamento superior é zero. Furo-base Sistema de ajustes no qual as folgas ou interferências exigidas são obtidas pela associação de eixos de várias classes de tolerâncias com furos de uma única classe de tolerância. Neste sistema a dimensão mínima do furo é idêntica à dimensão nominal, isto é, o afastamento inferior é zero. 2.1.15. SISTEMA FURO-BASE - S.F.B. É o sistema pelo qual, para todas as categorias de ajuste, a dimensão mínima do FURO é igual à dimensão nominal. O número de ajustes possíveis e que satisfaçam as condições de operação do conjunto é extremamente elevado. Para maior simplicidade, sempre que possível, deve ser adotada a posição H do campo de tolerâncias para FURO, obtendo-se, a partir destes, as tolerâncias do EIXO. 2.1.16. SISTEMA EIXO-BASE - S.E.B. É o sistema pelo qual, para todas as categorias de ajuste, a dimensão máxima do eixo é igual à dimensão nominal. Utiliza a letra h para o seu campo de tolerância. 2.1.17. SISTEMA MISTO Quando o ajuste é feito fora dos sistemas FURO-BASE e EIXO- BASE, o sistema chame-se misto. Posição do Campo de Tolerâncias Posição do Campo de Tolerâncias SISTEMA ISO DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES As principais características do sistema ISO são: • divisão em grupos de dimensões nominais, variando de 1 a 500 mm • série de 20 tolerâncias fundamentais para cada grupo de dimensões acima. • série de posições, em relação a linha zero, que determinam a categoria do ajuste (folga ou interferência) Este conjunto de características é resumido em uma das mais importantes tabelas, Tabela de tolerâncias fundamentais, e é obtida da seguinte forma: GRUPO DE DIMENSÕES Os grupos de dimensões são colocados na 1ª coluna e são obtidos através de séries geométricas, baseadas na teoria dos números normalizados (séries de Renard), conforme mostrado abaixo. 2.3. ESCOLHA DO AJUSTE Os principais fatores que influenciam a escolha do ajuste são: • acabamento superficial das superfícies em contato. • comprimento de contato. • movimento relativo entre as peças. • velocidade de funcionamento. • tipo dematerial das peças. • temperatura. • lubrificação. • quantidade de peças • custo da produção 2.4. RECOMENDAÇÕES PARA ESCOLHA DO AJUSTE 1. Evitar excesso de precisão, utilizando na fabricação das peças as tolerâncias mais amplas possíveis, de acordo com as condições de trabalho do conjunto; 2. Verificar a possibilidade de execução das peças, de acordo com as limitações dos processos de usinagem recomendados ou disponíveis; 3. Optar por tolerâncias mais amplas para o furo e mais apertadas para o eixo, devido a maior facilidade de usinagem e medição; 4. Coerência entre as tolerâncias do furo e do eixo, de acordo com as recomendações abaixo: 5. Utilizar sempre que possível os ajustes recomendados, devido à certeza de funcionamento adequado; 6. Seguir sempre as recomendações dos fabricantes e as tabelas constantes em livros especializados em ajustagem mecânica e normas técnicas. O ANEXO 1 apresenta alguns ajustes recomendados e suas características. 2.6. EXEMPLOS DE AJUSTES Nas páginas seguintes, encontram-se alguns exemplos de projetos mecânicos contendo indicações de tolerâncias, ajustes, tolerâncias geométricas e rugosidade superficial normalmente utilizadas. Qualidade da Superfície Rugosidade DEFINIÇÕES Alguns conceitos, parâmetros e definições serão agora descritos. Eles são importantes para o entendimento das técnicas de medição e determinação do procedimento correto para a avaliação da rugosidade superficial. SUPERFÍCIES 1. SUPERFÍCIE GEOMÉTRICA Superfície ideal prescrita no projeto, onde não existem erros de forma e acabamento. 2. SUPERFÍCIE REAL Superfície que limita o corpo e o separa do meio que o envolve. 3. SUPERFÍCIE EFETIVA Superfície avaliada pela técnica de medição, com forma aproximada da real. Depende do método e do instrumento utilizado para a medição. Diferentes sistemas de medição, analógicos, como diferentes raios de ponta de apalpadores, ou digitais (sistemas a laser), podem resultar em diferentes superfícies efetivas, como mostra a figura 6.7. 3. SUPERFÍCIE EFETIVA Superfície avaliada pela técnica de medição, com forma aproximada da real. Depende do método e do instrumento utilizado para a medição. Diferentes sistemas de medição, analógicos, como diferentes raios de ponta de apalpadores, ou digitais (sistemas a laser), podem resultar em diferentes superfícies efetivas, como mostra a figura 6.7. Linha Média – LM Linha que separa o perfil de rugosidades em regiões de mesma área (acima e abaixo), dentro do percurso de medição. AVALIAÇÃO DA RUGOSIDADE Existem dois sistemas distintos de medição da rugosidade superficial: • Sistema M, baseado na linha média (LM) e empregado em diversos países (Brasil, EUA, GB, Japão) e utiliza a normalização ISO. • Sistema E: Também chamado de sistema de envolvente, empregado na Alemanha, França e Itália. O sistema M é composto por três classes, que se distinguem por serem baseadas: • na altura/profundidade das rugosidades, • nas distâncias entre as rugosidades e • em ambas as anteriores (proporcionalidade entre altura/profundidade e distância). 1. RUGOSIDADE (ou DESVIO) MÉDIO ARITMÉTICO – (Ra, AA ou CLA): Média aritmética dos valores absolutos das ordenadas de afastamento (yi), em relação à linha média, dentro do percurso de medição. Este parâmetro é conhecido também como CLA (Center Line Average) ou AA (Aritmetical Average). O cálculo da rugosidade Ra é baseado em algumas hipóteses: • considera que a topografia da superfície é regular, • a superfície tem um padrão repetitivo. Isto é típico de superfícies metálicas obtidas por processo de usinagem. A rugosidade deve ser determinada pela equação abaixo. Qualidade da Superfície Cinemática Geral dos Processos de Usinagem Cinemática Geral dos Processos de Usinagem Cinemática Geral dos Processos de Usinagem Cinemática Geral dos Processos de Usinagem É o movimento entre a ferramenta e a peça que provoca remoção de cavaco durante uma única rotação ou um curso da ferramenta. Geralmente este movimento ocorre por meio da rotação da peça. Movimento de Corte É o movimento entre a ferramenta e a peça que, juntamente com o movimento de corte, possibilita uma remoção contínua do cavaco ao longo da peça. Movimento de Avanço (f) É o movimento entre a ferramenta e a peça, no qual é predeterminada a espessura da camada de material a ser removida Movimento de Profundidade (ap) Cinemática Geral dos Processos de Usinagem Cinemática Geral dos Processos de Usinagem É o movimento entre a ferramenta e a peça, empregado para compensar alterações de posição ,devido por exemplo, pelo desgaste da ferramenta. Movimento de Ajuste É o movimento da ferramenta em direção à peça, com a finalidade de posicioná-la para iniciar a usinagem Movimento de Aproximação É a direção instantânea do movimento de avanço. Direção de Corte Direção de Avanço É a direção instantânea do movimento de corte. Cinemática Geral dos Processos de Usinagem É o espaço percorrido sobre a peça pelo ponto de referência (ponto teórico no gume da ferramenta) da aresta cortante, segundo a direção de corte. Percurso de Corte É o espaço percorrido pela ferramenta, segundo a direção de avanço. Deve-se diferenciar os componentes do movimento de avanço. Percurso de Avanço É o plano que contém as direções de corte e de avanço (passando pelo ponto de referência da aresta cortante),onde se realizam todos os movimentos responsáveis pela formação do cavaco. Percurso Efetivo de Corte Plano de Trabalho É o percurso efetivo percorrido pelo ponto de referência da aresta cortante, segundo a direção efetiva de corte. Cinemática Geral dos Processos de Usinagem Grandezas Relativas ao Avanço Avanço (f) – é o percurso de avanço em cada volta ou em cada curso da ferramenta; Avanço por Dente (fz) – é o percurso de avanço por dente e por volta ou curso da ferramenta, medido na direção do avanço. Corresponde à distância entre duas superfícies em usinagem consecutivas, considerada na direção do avanço. Avanço de Corte (fc) – é a distância entre duas superfícies consecutivas em usinagem, medida no plano de trabalho e perpendicular à direção de corte. Tem-se assim que: fc = fz. senφ Cinemática Geral dos Processos de Usinagem NO PLANO DE TRABALHO Cinemática Geral dos Processos de Usinagem NO PLANO DE TRABALHO Cinemática Geral dos Processos de Usinagem É o ângulo entre a direção de avanço e a direção de corte. Ângulo φ da direção do avanço Cinemática Geral dos Processos de Usinagem É o ângulo entre a direção efetiva de corte e a direção de corte. Ângulo η da direção do avanço Quando a velocidade de avanço é pequena em relação à velocidade de corte, η é desprezível.. Com a ressalva, de que na usinagem de roscas de grande passo, η não é desprezível, pois representa o ângulo de inclinação da rosca. Geometria da Ferramenta Cada par, material de ferramenta / material de peca, tem uma geometria de corte apropriada ou ótima. Onde: α = ângulo de incidência β = ângulo de cunha γ = ângulo de saída ε = ângulo de quina ᵡ = ângulo de direção de corte λ = ângulo de inclinação rε = raio de quinaA geometria da ferramenta influencia na: ➔ Formação do cavaco ➔ Saída do cavaco ➔ Forças de corte ➔ Desgaste da ferramenta ➔ Qualidade final do trabalho Geometria da Cunha de Corte FACE : Superfície da cunha sobre a qual o cavaco escoa. FACE REDUZIDA : É uma superfície que separa a face em duas regiões - face e face reduzida - de modo que o cavaco entre em contato somente com a face reduzida. FLANCO : Superfície da cunha voltada para a peça. FLANCO PRINCIPAL: Superfície da cunha voltada para a superfície transitória da peça. FLANCO SECUNDÁRIO: Superfície da cunha voltada para a superfície usinada da peça. QUEBRA CAVACO : São alterações presentes na face reduzida com o objetivo de controlar o tamanho do cavaco de modo que não ofereça risco ao operador e não obstrua o local de trabalho. Superfície da Ferramenta QUINA: É o encontro do gume principal com o gume secundário. GUME: É o encontro da face com o flanco, destinada a operação de corte. GUME PRINCIPAL: Interseção da face e do flanco principal. GUME SECUNDÁRIO: Interseção da face e do flanco secundário. GUME ATIVO: É a parte do gume que realmente está cortando. GUME PRINCIPAL ATIVO: É a parte do gume principal que realmente está cortando. GUME SECUNDÁRIO ATIVO: É a parte do gume secundário que realmente está cortando. Gumes e Quinas Para definir os planos e medir os ângulos da ferramenta é preciso selecionar um ponto de referência posicionado em qualquer parte do gume principal. Sistema de Referência FERRAMENTA NA MÃO: Usado para medir os ângulos da ferramenta. Pr (Plano de referência da ferramenta): É paralelo à base da ferramenta no ponto selecionado. Pf (Plano de trabalho convencional): É perpendicular ao Pr e paralelo à direção de avanço. Pp (Plano passivo da ferramenta): É perpendicular ao Pr e ao Pf. Sistema de Referência e Planos Sistema de Referência e Planos Pr (Plano de referência da ferramenta): É paralelo à base da ferramenta no ponto selecionado. Pp (Plano passivo da ferramenta): É perpendicular ao Pr e ao Pf. Pf (Plano de trabalho convencional): É perpendicular ao Pr e paralelo à direção de avanço. Pn (Plano normal ao gume): É perpendicular ao gume no ponto selecionado; Po (Plano ortogonal da ferramenta): É perpendicular ao Pr e Ps no ponto selecionado. Sistema de Referência e Planos Ps (Plano do gume da ferramenta): É tangente ao gume no ponto selecionado e perpendicular ao Pr. MOVIMENTO DE CORTE : É o movimento relativo entre a peça e a ferramenta que força o material da peça a escoar sobre a face da ferramenta, proporcionando a formação de cavaco. MOVIMENTO DE AVANÇO : É o movimento relativo entre a peça e a ferramenta o qual, combinado ao movimento de corte, proporciona uma remoção contínua do cavaco e consequente formação de uma superfície usinada. MOVIMENTO RESULTANTE DE CORTE : É o movimento resultante dos movimentos de corte e de avanço. Movimento de Corte Movimento de Corte Movimento de Corte NO PLANO DE REFERÊNCIA Ângulos da Ferramenta NO PLANO DE GUME Ângulos da Ferramenta NO PLANO PASSIVO Ângulos da Ferramenta NO PLANO DE TRABALHO Ângulos da Ferramenta NO PLANO ORTOGONAL Ângulos da Ferramenta AINDA NO PLANO ORTOGONAL Ângulos da Ferramenta NO PLANO NORMAL Ângulos da Ferramenta AINDA NO PLANO NORMAL Ângulos da Ferramenta Estudo do Cavaco Cavaco é o material removido do tarugo durante o processo de usinagem, cujo objetivo é obter uma peça com forma e dimensões definidas. Para um melhor entendimento podemos fazer uma analogia com o ato de apontar um lápis, onde: -lápis é o tarugo; -lamina do apontador é a ferramenta de corte; -material removido é o cavaco. Formação do Cavaco Etapas da Formação 1)Recalque do material da peça contra a face da ferramenta 2)Material recalcado sofre deformação plástica que aumenta progressivamente até atingir a tensão de cisalhamento necessária ao deslizamento. Inicia-se o deslizamento do material recalcado segundo os planos de cisalhamento. Os planos instantâneos definem uma região entre a peça e o cavaco denominada região de cisalhamento. 4)Com a continuidade do movimento relativo (peça/ferramenta) ocorre o escorregamento da porção de material deformado e cisalhado (cavaco) sobre a face da ferramenta. O processo se repete, sucessivamente, com o material adjacente. 3)Com a continuidade da penetração da ferramenta (movimento relativo) ocorre ruptura parcial ou completa na região de cisalhamento, dependendo das condições de usinagem e ductilidade do material Decompondo a força de corte (F) que a ferramenta exerce sobre o material da peça, obtém-se: A componente Fsh (força de cisalhamento ao longo do plano de cisalhamento) é responsável pelo surgimento do plano de cisalhamento. Origem do Plano de Cisalhamento O material da peça tem estrutura granular, isto é, composta por grãos. Logo, a componente Fsh não propaga-se em linha reta e sim através dos grãos, formando uma região onde os grãos são fortemente deformados. Plano de Cisalhamento Tipos de Cavacos CAVACO CONTÍNUO -Mecanismo de Formação O cavaco é formado continuamente, devido a ductilidade do material e a alta velocidade de corte. -Acabamento Superficial Como a força de corte varia muito pouco devido a contínua formação do cavaco, a qualidade superficial é muita boa. Tipos de Cavacos CAVACO CISALHADO -Mecanismo de Formação O material fissura no ponto mais solicitado. Ocorre ruptura parcial ou total do cavaco. A soldagem dos diversos pedaços (de cavaco) é devida a alta pressão e temperatura desenvolvida na região. O que difere um cavaco cisalhado de um contínuo (aparentemente), é que somente o primeiro apresenta um serrilhado nas bordas -Acabamento Superficial A qualidade superficial é inferior a obtida com cavaco contínuo, devido a variação da força de corte. Tal força cresce com a formação do cavaco e diminui bruscamente com sua ruptura, gerando fortes vibrações que resultam numa superfície com ondulosidade. Tipos de Cavacos CAVACO ARRANCADO -Mecanismo de Formação Este cavaco é produzido na usinagem de materiais frágeis como o ferro fundido. O cavaco rompe em pequenos segmentos devido a presença de grafita, produzindo uma descontinuidade na microestrutura. -Acabamento Superficial Devido a descontinuidade na microestrutura produzida pela grafita ( no caso do FoFo), o cavaco rompe em forma de concha gerando uma superfície com qualidade superficial inferior. Tipos de Cavacos INDESEJÁVEIS (Cavacos longos) - Oferecem risco ao operador; - Obstruem o local de trabalho; - Podem danificar tanto a ferramenta quanto prejudicar o acabamento superficial da peça; - Dificultam o manuseio e a armazenagem; - Causam aumento da força de corte e da temperatura com consequente redução da vida da ferramenta. Formas de Cavacos BONS -Ocupam pouco volume; -Não obstruem o local de trabalho; -São removidos facilmente ; Fatores que Influenciam na Forma e no Tipo de Cavaco O quebra cavaco(alteraçao na face da ferramenta) é usado principalmente para reduzir o tamanho de cavacos longos, com o objetivo de: -Evitar o "enrolamento" do cavaco na ferramenta; -Diminuir o tempo de contato do cavaco com a ferramenta e desta maneira reduzir a tranferência de calor. Quebra - Cavaco Quebra - CavacoINFLUÊNCIA DA PROFUNDIDADE DE USINAGEM NA QUEBRA DO CAVACO Ap/r pequeno = dificuldade na quebra ap/r grande = facilidade na quebra a b c a) Quebra-cavaco fixado mecanicamente; b) Quebra-cavaco usinado diretamente na ferramenta;. c) Quebra-cavaco em pastilha sinterizada Tipos mais comuns de quebra-cavacos A forma do cavaco é alterada pelo uso de fluido de corte devido os seguintes fatores: -Diminuição da resistência ao escoamento causada pelo atrito. -Deflexão do cavaco causada pela injeção de fluido. -Encruamento do cavaco devido a ação do fluido de corte. Fluido de Corte Grande avanço (f) produz alta concentração de material na zona de cisalhamento, aumentando a “resistência” ao corte, gerando flutuações na força de corte, produzindo consequentemente cavaco cisalhado. Condições de Corte Usando um ângulo de saída de 5o em A, obtemos um processo pouco contínuo devido a alta flutuação da força de corte. Tal flutuação é gerada pela fragmentação do cavaco causada pelo alto valor da componente da força total que “passa” pelo plano de cisalhamento. Em B o ângulo de saída assume um valor de 15o, resultando num processo mais contínuo. Isto ocorre devido a redução na flutuação da força total causada pela diminuição da da sua componente que passa pelo plano de cisalhamento. Ângulo de Saída Material HSTR onde os ângulos são de: C=5, D=10 e E=15o Ângulo de Saída Quina arredondada provoca dobramento transversal e longitudinal do cavaco. Raio de Quina Fator de Recalque: é a relação entre o comprimento de corte = 3,14.d.l e o comprimento do cavaco Fator de Recalque Durante o processo de corte é gerado calor que se transmite através das partes envolvidas, a saber : peça, ferramenta e cavaco. A maior porção do calor transmite-se para o cavaco. Geração de Calor e Distribuição de Temperaturas Geração de Calor e Distribuição de Temperaturas Relações que envolvem a qualidade de uma peça usinada Desvantagens dos Processos de Usinagem ► Processos lentos, quando comparados com outros. ► Altos custos envolvidos 1. Mão de obra altamente especializada; 2. Maquinário caro; 3. Ferramental caro; 4. Alta produção de resíduo. (10% =>cavaco) Disponibilidade de uma Máquina Operatriz Depende do tempo entre panes e do tempo de reparo D......... Disponibilidade da Máquina TMED...... Tempo médio entre defeitos TMR........ Tempo médio entre reparos Segurança de uma máquina – se define por sua capacidade de cumprir sua função sem causar riscos à saúde e à integridade dos operadores. Segurança de funcionamento – define a capacidade de uma máquina satisfazer, ao longo de sua vida, às necessidades de seu usuário. Escolha da Máquina Operatriz • Andamento da superfície; • Dimensões da obra; • Quantidade de peças; • Precisão exigida; • Disponibilidade. Cálculo do Número de Equilíbrio TA, TB Tempo de preparação das máquinas A e B, respectivamente tA, tB Tempo de execução de uma peça nas máquinas A e B, respectivamente CMA, CMB Custo das máquinas A e B, incluindo mão de obra, em R$/min CA, CB Custo total de uma peça quando fabricada nas máquinas A e B, em R$ Para um lote de n peças, temos: CA.n = (TA + n.tA).CMA CB.n = (TB + n.tB).CMB Considerando o número n0 como sendo o número de equilíbrio, temos: CA. n0 = CB. n0 logo: (TA + n0.tA).CMA = (TB + n0.tB).CMB Ciclo de Trabalho da Máquina Especializada • Alimentação; • Aproximação rápida da ferramenta; • Corte na velocidade indicada; • Retirada rápida da peça; • Controle da Fabricação. Conceitos da Técnica de Usinagem Movimentos e Relações Geométricas Figura 1 Conceitos da Técnica de Usinagem Movimentos e Relações Geométricas Figura 2 Conceitos da Técnica de Usinagem Movimentos e Relações Geométricas Figura 3 Conceitos da Técnica de Usinagem Movimentos e Relações Geométricas Figura 4 Conceitos da Técnica de Usinagem Movimentos e Relações Geométricas Figura 5 Fresamento tangencial com fresa cilíndrica. Percurso de corte lc, percurso efetivo de corte Ie; percurso de avanço lf (Os dentes 1 e 2 mostram o movimento da fresa). Conceitos da Técnica de Usinagem Movimentos e Relações Geométricas Figura 6 Torneamento cilíndrico com ferramenta de barra. Plano de trabalho contendo o ângulo φ da direção de avanço e o ângulo η da direção efetiva de corte. Conceitos da Técnica de Usinagem Movimentos e Relações Geométricas Figura 7 Fresamento tangencial com movimento discordante. Plano de trabalho com o ângulo φ da direção de avanço e o ângulo η da direção efetiva de corte (φ < 90°). USINAGEM DISCORDANTE • O MOVIMENTO DE CORTE DA FERRAMENTA E O MOVIMENTO RELATIVO DE AVANÇO DO MATERIAL ENCONTRAM-SE OPOSTAMENTE SINCRONIZADOS. • É O MÉTODO MAIS EMPREGADO, PRINCIPALMENTE EM EQUIPAMENTOS CONVENCIONAIS DE AVANÇO MANUAL. • O PRIMEIRO CONTATO DO GUME DA FERRAMENTA COM A MADEIRA (A) NÃO INICIA O CORTE, O QUAL ACONTECE UM POUCO MAIS ADIANTE (B), E SIM, APENAS RASPA E FORÇA. FORMA-SE, ENTÃO, UMA APARA COMPRIDA DE ESPESSURA CRESCENTE, ATÉ ATINGIR OS PONTOS DE SAÍDA DO GUME DA FERRAMENTA (C1 E C2). • VANTAGENS: MAIOR FENDILHAMENTO; MAIOR DURABILIDADE DE CORTE; MELHOR ÂNGULO DE CORTE; REDUÇÃO DA FORÇA MOTRIZ; POSSIBILIDADE DO MOVIMENTO DE ENTRADA E SAÍDA DO MATERIAL. • DESVANTAGENS: FIBRAS REVERSAS EM MADEIRAS MACIÇAS GERAM MÁ QUALIDADE DE CORTE, OCORRENDO ARRANCAMENTOS E LASQUEAMENTOS DO MATERIAL. Conceitos da Técnica de Usinagem Movimentos e Relações Geométricas Figura 8 Fresamento tangencial com movimento concordante. Plano de trabalho com o ângulo φ da direção de avanço e o ângulo η da direção efetiva de corte (φ > 90°). USINAGEM CONCORDANTE • O MOVIMENTO DE CORTE DA FERRAMENTA E O MOVIMENTO RELATIVO DE AVANÇO DO MATERIAL ENCONTRAM-SE SINCRONIZADOS NO MESMO SENTIDO. • O PRIMEIRO CONTATO DO GUME DA FERRAMENTA COM A MADEIRA, PONTO DE IMPACTO, É O INÍCIO DA OPERAÇÃO DE CORTE, COM OS GUMES DA FERRAMENTA CORTANDO A ESPESSURA MAIOR PARA A MENOR, NÃO FORMANDO TENSÕES DE LASQUEAMENTO. O CAVACO É COMPACTO PELA AÇÃO DO CORTE, QUE TERMINA NO PONTO ZERO (0) SOBRE A SUPERFÍCIE USINADA . • VANTAGENS: SUPERFÍCIE DE CORTE LISA (MESMO COM FIBRAS REVERSAS); MENOR ESFORÇO NO MOVIMENTO DE AVANÇO; POSSIBILIDADE DE TRABALHAR COM VELOCIDADES DE AVANÇO MAIORES. • DESVANTAGENS: DEVIDO AOS ÂNGULOS NA GEOMETRIA DE CORTE E À FALTA DE FENDILHAMENTO DA MADEIRA DURANTE A USINAGEM, HÁ MAIOR CONSUMO DE ENERGIA MOTRIZ E MENOR DURABILIDADE DE CORTE DA FERRAMENTA; TIPO DE USINAGEM EMPREGADO COM AVANÇO MECÂNICO, DEVIDO AOS ALTOS RISCOS AO OPERADOR EM AVANÇO MANUAL. Conceitos da Técnica de Usinagem Movimentos e Relações Geométricas Figura 9 Fresamento frontal. Variação do ângulo φ da direção de avanço. Conceitos da Técnica de Usinagem Movimentos e Relações Geométricas Figura 10 Retificação plana frontal. Variação do ângulo φ da direção de avanço. Conceitos da Técnica de Usinagem Movimentos e Relações Geométricas Figura 11 Conceitos da Técnica de Usinagem Movimentos e Relações Geométricas Figura 12 Fresamento discordante. Avanço por dente, fz , por corte, fc, e avanço efetivo. Conceitos da Técnica de Usinagem Movimentos e Relações Geométricas Figuras 13 e 14 Fresamento tangencial. Largura de corte ap; espessura de penetraçãoe Fresamento frontal. Profundidade de corte ap; espessura de penetração e. Conceitos da Técnica de Usinagem Movimentos e Relações Geométricas Figuras 15 e 16 Aplainamento. Profundidade de corte ap; avanço f=fc. Retificação frontal. Profundidade de corte ap; espessura de penetração e. Conceitos da Técnica de Usinagem Movimentos e Relações Geométricas Figuras 17 Brochamento Conceitos da Técnica de Usinagem Movimentos e Relações Geométricas Figuras 18 e 19 Retificação plana tangencial. Largura de corte ap; espessura de penetração e. Furação. Largura de corte ap=d/2. Conceitos da Técnica de Usinagem Movimentos e Relações Geométricas Figura 20 Grandezas Relativas ao Cavaco Analogia Torneamento Interno e Furação Determinar a potência do motor de um torno universal que deve fazer um torneamento cilíndrico em uma barra de aço 8620 com diâmetro 50 mm. Parâmetros de corte: Vc = 110 m/min, ap = 1,4 mm e f = 0,4 mm/rot. Ferramenta: Metal duro s/fluido de corte. Rendimento mecânico da transmissão do motor à árvore principal: 70%. Exercício Materiais para Ferramenta de Corte Elevada dureza a quente; Elevada dureza a frio bem superior à da peça usinada; Tenacidade para resistir aos esforços de corte e impactos; Resistência à abrasão; Estabilidade química; Facilidade de obtenção a preços econômicos. Aços ferramenta Aços rápidos comuns Aços rápidos ao cobalto Ligas fundidas Carbonetos sinterizados Cerâmicas de corte Diamantes Nitreto de boro cristalino cúbico (CBN) Variação da dureza de alguns materiais de ferramentas de corte com a temperatura Evolução da Vc (velocidade de corte) Comparação dos materiais para ferramentas de corte Materiais para ferramentas de corte Aço-carbono - C de 0,8 a 1,5 %; - Até 1900 eram os únicos materiais disponíveis para ferramentas - utilizados em baixíssimos Vc, no ajuste de peças. - Comum até 200° C (limas, machos manuais); - Com elementos de liga (V, Cr, Mo e W) até 400° C (brocas, machos, etc.) - Baixo custo - Facilidade de usinagem (gumes muito vivos) - Fácil tratamento térmico - Quando bem temperado, elevada dureza e resistência ao desgaste - Boa tenacidade. Materiais para ferramentas de corte Aço-rápido - Desenvolvido por Taylor e apresentado publicamente em 1900 na exposição mundial de Paris; - Indicados para operações de baixa e média Vc; - Dureza a quente até 600° C; - Elementos de ligas, W, Co, Mo, Cr e V; - Desvantagens: preço elevado e difícil tratamento térmico. Surgiram em 1921; O cobalto aumenta a dureza a quente e a resistência ao desgaste, mas diminui a tenacidade; Teor de Co varia de 5 a 12%. Revestimento de TiN (1 a 3 m de espessura) aplicado por processos PVD (Physical Vapor Deposition) abaixo de 550°C conferem aparência dourada; Redução do desgaste da face e do flanco, pelo aumento da dureza; Diminuição do coeficiente de atrito reduzindo Fc e melhorando o acabamento superficial; TiN protege o metal base contra temperatura; Sucesso da ferramenta depende mais da adesão do revestimento do que da sua espessura; Lascamento do revestimento tem sido a principal causa de falha; Bons resultados em usinagem com corte interrompido (fresamento, plainamento, etc.) Aço rápido sinterizado Obtidos por processos de metalurgia do pó (sinterização); Estrutura cristalina muito fina e uniforme; Menor deformação na têmpera e no revenido; Menos tendência a trincas e tensões internas; Tenacidade um pouco mais alta; Vida mais longa; Melhor aderência de revestimentos de TiN. Descobertas por Haynes em 1922; Altas porcentagens de W, Cr e Co; As ligas são fundidas e vazadas em moldes; Nomes comerciais: Stellite, Tantung, Rexalloy, Chromalloy, Steltan (Brasil); Composição típica: W = 17%, Cr = 33%, Co = 44%, Fe = 3% Elevada resistência a quente permite utilização em temperaturas em torno de 800º C; Qualidades intermediárias entre o aço rápido e o metal duro. Em 1927 a Krupp lançou o produto Widia (“Wie diamant” – como diamante); Composição típica: 81% de W, 6% de C e 13% de Co; Tungstênio (W), metal de mais alto ponto de fusão (3387º C) Maior resistência à tração (4200 N/mm2) Mais baixo coeficiente de dilatação térmica A dificuldade de fusão do W levou ao desenvolvimento da metalurgia do pó Elevada dureza; Elevada resistência à compressão; Elevada resistência ao desgaste; Possibilidade de obter propriedades distintas nos metais duros pela mudança específica dos carbonetos e das proporções do ligante. Controle sobre a distribuição da estrutura. Adição de carboneto de titânio e de tântalo ao metal duro reduz grandemente o atrito; Estes carbonetos apresentam dureza maior que o de tungstênio; Atualmente são usados como componentes dos metais duros. WC – Co O carboneto de tungstênio é solúvel no cobalto, e em decorrência disso temos uma alta correspondência entre a resistência de ligação interna com boa resistência de gume. Porém o carboneto de tungstênio tem limitações de velocidade de corte devido a sua alta afinidade de difusão em temperaturas mais elevadas. TiC Pouca tendência à difusão Maior resistência a quente; Menor resistência de ligação interna Menor resistência do gume; Metais duros com altos teores de TiC são frágeis e de fácil fissura; Usados para usinagem de materiais ferrosos em altas velocidades. TaC Pequenas quantidades diminuem o tamanho dos grãos aumentando a tenacidade e a resistência do gume NbC Efeito semelhante ao TaC Revestimentos em camadas TiN (nitreto de titânio) - Maior estabilidade química e dureza do que o TiC; - Menos propício ao desgaste de cratera na usinagem de materiais ferrosos. - Revestimento usado em aplicações gerais (SHAW, 2005); TiCN (carbonitreto de titânio) - Revestimento multicamada que concilia a aderência do TiC ao substrato com a estabilidade química e menor fragilidade e coeficiente de atrito do TiN. Revestimento usado em corte interrompido (SHAW, 2005); TiNAl - Revestimento multicamada que combina as propriedades do óxido de alumínio e do nitreto de titânio; - Bastante utilizado em ferramentas para fabricação de moldes e matrizes, oferecendo alta resistência e baixa condutividade térmica - (GAMARRA, 2003). Este revestimento é usado em aplicações HSC para corte à seco. Al2O3 (óxido de alumínio) - Elevada fragilidade; - Preponderantemente empregado em operações de torneamento; - Susceptível a quebras por choques mecânicos e térmicos; - Sua aplicação sobre o metal duro necessita de uma camada prévia de TiC para ancoragem ao substrato; - A principal vantagem é a isolamento térmico e elétrico por causa de sua baixa condutividade Processo de deposição química a vapor - CVD (Chemical Vapour Deposition); - Deposição por meio de reações químicas; - Faixa de temperatura entre 900 e 1100°C. Processo de deposição física a vapor - PVD (Physical Vapour Deposition); - Deposição ocorre por meio de vapores geradosno interior de um forno a baixa pressão; - Temperaturas em torno de 500° C; - Possibilidade de revestir substratos de aço-rápido; - Obtenção de revestimentos com granulometria mais fina. Efeito de alguns elementos sobre o metal duro Classes de metais duros Classe P: (WC + Co com adições de TiC, TaC e às vezes NbC) aplicamos a usinagem de aços e materiais que produzem cavacos longos; Classe K: (WC + Co puros) usinagem do FoFo e das ligas não ferrosas que produzem cavacos curtos; Classe M: intermediária. As ferramentas de cortes de metal duro operam com elevadas Vc, temperaturas até 1300°C. Cermet é um composto formado por cerâmica e metal (CERâmica/Metal); 1930, os primeiros cermets (Ti/Ni),frágeis e pouco resistentes à deformação plástica; Evoluiram a margem do metal duro. boa resistência a corrosão; baixa tendência a formação de gume postiço; boa resistência a corrosão; boa resistência ao desgaste; resistência a temperatura elevada; alta estabilidade química; Hoje encontramos dois tipos básicos de cerâmica: base de óxido de alumínio. base de nitreto de silício. Alta dureza à quente (1600oC) Não reage quimicamente com o aço; Longa vida da ferramenta; Usado com alta velocidade de corte; Não forma gume postiço. 1/3 da densidade do aço; alta resistência a compressão; muito quebradiço; módulo de elasticidade em torno de 2 vezes ao do aço; baixa condutividade térmica; velocidade de 4 à 5 vezes a do metal duro; baixa deformação plástica; Ferro Fundido; Aço endurecido; (hard steels) Ligas resistentes ao calor. (Heat resistant alloys) Pó finíssimo de Al2O3 (partículas compreendidas entre 1 e 10 mícrons) mais ZrO2 (confere tenacidade a ferramenta de corte) é prensado, porém apresenta-se muito poroso. Para eliminar os poros, o material é sinterizado a uma temperatura de 1700° C ou mais. Durante a sinterização as peças experimentam uma contração progressiva, fechando os canais e diminuindo a porosidade. Máquina Ferramenta com extrema rigidez e potência disponível Usinagem a seco para evitar choque térmico; Evitar cortes interrompidos; Materiais que não devem ser usinados: Alumínio, pois reage quimicamente Ligas de titânio e materiais resistentes ao calor, pela tendência de reagir quimicamente, devido a altas temperaturas envolvidas durante o corte; Magnésio, berílio e zircônio, por inflamarem na temperatura de trabalho da cerâmica. Material relativamente jovem, introduzido nos anos 50 e mais largamente nos anos 80, devido a exigência de alta estabilidade e potência da máquina- ferramenta São mais estáveis que o diamante, especialmente contra a oxidação; Dureza elevada; Alta resistência à quente; Excelente resistência ao desgaste; Relativamente quebradiço; Alto custo; Excelente qualidade superficial da peça usinada; Envolve elevada força de corte devido a necessidade de geometria de corte negativa, alta fricção durante a usinagem e resistência oferecida pelo material da peça. Usinagem de aços duros; Usinagem de desbaste e de acabamento; Cortes severos e interrompidos; Peças fundidas e forjadas; Peças de ferro fundido coquilhado; Usinagem de aços forjados Componentes com superfície endurecida; Ligas de alta resistência a quente(heat resistant alloys); Materiais duros (98HRC). Se o componente for macio (soft), maior será o desgaste da ferramenta Recomendações Alta velocidade de corte e baixa taxa de avanço (low feed rates); Usinagem a seco para evitar choque térmico. Nomes comerciais Amborite; Sumiboron; Borazon. Monocristalino Tipos: Carbonos, ballos e Borts. Característica marcante: são os materiais que apresentam maior dureza. Materiais que podem ser empregados: usinagem de ligas de metais, latão, bronze, borracha, vidro, plástico, etc. Velocidade de corte permitida: 100 a 3000m/min; Avanço: 0,002 a 0,06 mm; Profundidade de corte: 0,01 a 1,0 mm; Ferramentas de diamante não podem ser usadas na usinagem de materiais ferrosos devido a afinidade do C com o ferro; Não pode ser usado em processos com temperaturas acima de 900°C devido a grafitização do diamante. Usinagem fina, pois é o único material para ferramenta de corte que permite graus de afiação do gume até quase o nível de um raio atômico de carbono. Usinagem onde é exigido ferramentas com alta dureza, por exemplo, furação de poços de petróleo. Material sintético obtido em condições de extrema pressão e temperatura; Propriedades semelhante ao encontrado no diamante natural, porém mais homogênio; São usados na usinagem de materiais não ferrosos e sintéticos; Ocorre grafitização para uma determinada condição de corte. Definição: - Usinabilidade é a propriedade que os materiais têm de se deixarem trabalhar por ferramentas de corte. Desgaste rápido ou super aquecimento da ferramenta; Empastamento ou enganchamento da ferramenta pelo material da peça; Lascamento do gume de corte; Mau acabamento superficial da peça usinada; Necessidade de grandes forças ou potências de corte. VARIÁVEIS DEPENDENTES DA MÁQUINA: Rigidez estática da máquina, do porta- ferramenta e do dispositivo de sujeição da peça; Rigidez dinâmica: amortecimento e freqüências próprias de vibração na faixa de trabalho; Potência e força de corte disponíveis na ponta da ferramenta; Gama de velocidades de corte e de avanço. VARIÁVEIS DEPENDENTES DA FERRAMENTA Geometria da ferramenta: ângulos, raio de quina, dimensões, forma do gume, etc. Material da ferramenta: composição química, dureza a quente, tenacidade, tratamento térmico, etc. Qualidade do gume: grau de afiação, desgaste, trincas, rugosidade da face e dos flancos, etc. VARIÁVEIS DEPENDENTES DA PEÇA Forma, dimensões, rigidez da peça; Propriedades, físicas, químicas e mecânicas da peça: dureza, resistência à tração, composição química, inclusões, afinidade química com o fluido de corte ou com a ferramenta, microestrutura, etc. Temperatura da peça VARIÁVEIS DEPENDENTES DO FLUIDO DE CORTE Propriedades refrigerantes; Propriedades lubrificantes; Temperatura do fluido; Forma e intensidade de aplicação. VARIÁVEIS DEPENDENTES DO PROCESSO Velocidade de corte; Dimensões de usinagem: avanço e profundidade; Modo de atuação da ferramenta sobre a peça: condições de entrada e saída, corte contínuo ou interrompido, comprimento de contato entre o gume e a peça, etc. Critérios para avaliação do grau de usinabilidade de um material Vida da ferramenta entre duas reafiações sucessivas (expressa de diversas formas); Grandeza das forças que atuam sobre a ferramenta e da potência consumida; Qualidade do acabamento superficial obtido pela usinagem; Facilidade de deformação do cavaco. A falha de uma ferramenta de corte pode ocorrer de três formas distintas: Lascamento do gume; Desgaste do flanco (superfíciede incidência) formando uma marca de desgaste; Desgaste da face (superfície de saída) sob a forma de uma cratera; Lascamento Quebra de pedaços do gume, produzindo superfícies ásperas e irregulares devido a solicitações térmicas e/ou mecânicas. Ângulo de cunha n ou ângulo de quina r muito pequenos; Mau acabamento do gume; Pastilha muito dura ou pouco tenaz para o serviço que está sendo executado; Cortes interrompidos ou impactos, especialmente na usinagem de materiais muito tenazes; Inclusões duras no material da peça. Estas inclusões provocam lascamentos parciais, especialmente nos graus mais duros e resistentes ao desgaste de metal duro e nas cerâmicas. Os aços rápidos são pouco sensíveis a este tipo de solicitação excessiva; Dimensões excessivas do cavaco; Vibrações de qualquer origem, principalmente em ferramentas de metal duro ou cerâmicas. resfriamento brusco de pastilhas muito quentes, na afiação ou na usinagem. Usar ângulos de incidência adequados; Empregar ângulos de saída negativos em todos os trabalhos severos com pastilhas de metal duro ou cerâmicas, especialmente em cortes interrompidos, usinagem de fundidos com inclusões duras, peças com cordões de solda, etc; Emprego de metal duro de grau adequado; Retificado fino ou polido da face e do flanco da ferramenta; Na usinagem com fortes impactos devidos a cortes interrompidos ou com grandes avanços, ou de materiais com inclusões de alta dureza, tem-se obtido ótimos resultados com um leve “cegamento” do gume por meio de uma pedra de afiar (“oilstone”). A pedra, segura num ângulo de 30 a 45o, é passada no gume até que se forma um pequeno chanfro com largura igual a aproximadamente 20% do avanço. É a concavidade que se forma na face (superfície de saída) da ferramenta devido ao atrito da mesma com o cavaco; É caracterizada pela sua profundidade KT e pela distância ao meio do gume KM. Pode ser o colapso da ferramenta, a marca de desgaste ou o efeito combinado. O desgaste provoca um deslocamento do gume. Causas do desgaste da ferramenta Os fatores principais de desgaste são: Deformação plástica Abrasão Aderência Difusão Oxidação Correntes elétricas iônicas Falha completa da ferramenta; Falha preliminar da ferramenta; Largura da marca de desgaste no flanco; Vibrações intensas da peça ou da ferramenta, ruídos fortes por vibração da máquina; Profundidade de cratera KT ou distância KL; Deficiência de acabamento superficial; Formação de rebarbas de usinagem na peça; Brusca variação na forma dos cavacos; Alterações de dimensões da peça; Força de corte, torque ou potência; Aumento da força de avanço; Aumento na temperatura do gume. Tempo de máquina (principalmente em máquinas automáticas). Tempo efetivo de corte (mais usual). Volume do metal removido. Número de peças usinadas. Velocidade de corte equivalente Principais funções dos fluidos de corte são: Refrigeração a altas velocidades; Lubrificação a baixas velocidades. Proteção contra corrosão Arrastamento dos cavacos Eliminação do gume postiço Aumentar a vida da ferramenta Aumentar a eficiência de remoção de material Melhorar o acabamento superficial Reduzir a força e potência de corte Resistência a infectação por bactérias e fungos. Não ter tendência ao envelhecimento (formação de borras, espumas, oxidação, perda de estabilidade). Não afetar a saúde, quer pelo contato direto, quer pelos seus vapores e névoas. Facilidade de preparação e manutenção. Não atacar metais, plásticos, tintas, borrachas, elementos de vedação e outras peças da máquina. Não atacar ligantes dos rebolos (na retificação). Boa transparência, para permitir a observação do processo de usinagem. Baixa inflamabilidade. Não afetar ou poluir o meio ambiente, nem na utilização nem no descarte. Não ter cheiro incomodativo. Poder de remover impurezas. Boa molhabilidade e resistência a altas pressões. Boa filtrabilidade. Não formar espuma. Meios lubri-refrigerantes miscíveis com a água: Soluções aquosas (representam poucos % do consumo) Emulsões (representam 40% do consumo) óleos minerais puros óleos graxos óleos mistos óleos com aditivos polares óleos com aditivos de extrema pressão (ativos e inativos). Gases e névoas. Sólidos. Podemos ainda subdividir o grupo dos fluidos refrigerantes em três grandes grupos: Óleos de corte integrais (puros): óleos minerais (derivados de petróleo), óleos graxos (de origem animal ou vegetal), óleos sulfurados (enxofre) e clorados (cloro) que são agentes EP; Óleos emulsionáveis ou solúveis: são fluidos de corte em forma de emulsão composto por uma mistura de óleo e água na proporção de 1:10 a 1:1000. Sua composição é à base de óleos minerais, óleos graxos, emulsificados, agentes EP (enxofre, cloro, fósforo ou cálcio) e água. Fluidos químicos ou sintéticos: não contêm óleo mineral em sua composição, formam soluções transparentes (boa visibilidade no processo de corte). Composto por misturas de água e agentes químicos (aminas e nitritos, fosfatos e boratos, sabões e agentes umectantes, glicóis e germicidas). Não existe um fluido universal, a escolha do fluido com determinada composição depende do material a ser usinado, do tipo de operação e da ferramenta usada. Os fluidos de corte solúveis e os sintéticos são indicados quando a refrigeração for mais importante; Os óleos minerais e graxos usados juntos ou separados, puros ou contendo aditivos especiais, são usados quando a lubrificação for o fator mais determinante.. Fofo cinzento: são normalmente usinados a seco, porém um óleo emulsionável pode ser útil para ajudar a remover o cavaco que é o tipo de ruptura; • O alumínio e suas ligas podem ser usinados a seco. Para algumas ligas é necessário o fluido de corte, que pode ser uma emulsão com mistura de óleo mineral e graxo e a maioria das emulsões solúveis. Não requer aditivos EP e o enxofre ataca o metal instantaneamente; • Magnésio e suas ligas normalmente são usinados secos e a altíssimas velocidades de corte, entretanto, um refrigerante pode ser usado. Emulsões são proibidas, pois a água reage com o cavaco para liberar hidrogênio, que apresenta riscos de ignição. O enxofre ataca o metal; • O cobre e suas ligas geralmente usam óleos solúveis. O enxofre causa descoloração das peças; • Devido a altas fragilidades das ferramentas cerâmicas, deve-se tomar cuidado ao aplicar um refrigerante, porque os choques térmicos podem causar trincas superficiais. Direção A: Aplicação convencional de fluido na forma de jorro à baixa pressão (sobre-cabeça); Direção B: Aplicação de fluido entre a superfície de saída da ferramenta e a parte inferior do cavaco. Nesta aplicação, estudada em algumas pesquisas, o fluido é aplicado sob alta pressão; Direção C: Aplicação do fluido entre a superfície de folga da ferramenta e a peça. Jorro de fluido à baixa pressão (torneira à pressão normal); • Pulverização; • Sistema à alta pressão. Aplicação por jorro do fluido de corte semi-sintético, vazão total de 1230 l/h. Sistema de Jato d’água a alta pressão Fixação de Pastilhas PastilhasClasses Sandvik Coromant - Classes para torneamento - Classes para corte, canais e rosqueamento - Classes para fresamento - Classes para furação As tabelas nas páginas a seguir fornecem uma visão geral do programa de classes Sandvik Coromant. Elas fornecem informações sobre as áreas de aplicação juntamente com fatos sobre o material da ferramenta de corte, projetadas para facilitar o processo de seleção de classe. As áreas de aplicação são exibidas em negrito para as classes de primeira escolha e em fonte normal para indicar uma classe que pode ser usada como uma escolha complementar na área ISO. Letras-símbolo especificando os materiais de corte duro: Metais duros: HW Metal duro sem cobertura, contendo basicamente carboneto de tungstênio (WC) HT Metal duro sem cobertura, também chamado cermet, contendo basicamente carbonetos de titânio (TIC) ou nitretos de titânio (TIN) ou ambos. HC Metais duros, como mencionado acima, mas com cobertura. Cerâmicas: CA Cerâmicas a base de óxido, contendo basicamente óxido de alumínio (Al2O3). CM Cerâmica mista, contendo basicamente óxido de alumínio (Al2O3) mas com outros componentes, além dos óxidos. CN Cerâmica de nitreto, contendo basicamente nitreto de silício (Si3N4). CC Cerâmica, como acima mencionado, mas com cobertura. Diamante: DP Diamante policristalino ¹) Nitreto de boro: BN Nitreto cúbico de boro ¹) ¹) Diamante policristalino e nitreto cúbico de boro também são chamados de materiais de corte superduros. Aplicações da área ISO Símbolos: Tipo de metal duro Espessura da cobertura Classes para torneamento Classes para corte, canais e rosqueamento Classes para fresamento Classes para furação Geometria de Corte Geometria de Corte Geometria de Corte Geometria de Corte Geometria de Corte Geometria de Corte Geometria de Corte Geometria de Corte Geometria de Corte Força de Usinagem Força de Usinagem Força e Potência de Corte Potências de Usinagem POTÊNCIA DE CORTE Fc [N] e Vc [m/min] POTÊNCIA DE AVANÇO Ff [N] e Vf [mm/min] Como Pf<<<Pc costuma-se dimensionar o motor da máquina operatriz apenas pela Pc Potência fornecida pelo motor ᶯ = 60% a 80% para máquinas convencionais e 90% para máquinas CNC Potências de Usinagem A força de corte pode ser expressa pela relação: Ks = Pressão específica de corte A = b.h = ap.f = Área da seção de corte CÁLCULO DA PRESSÃO ESPECÍFICA DE CORTE - KS Segundo Kienzle, Ks é função da espessura de corte h Sendo Ks1 e (1-z) valores tabelados em função do material (ver tabela V.4, página 187 do Dino Ferraresi), e obtidos em ensaios experimentais onde foram usados os seguinte ângulos de saída: Potências de Usinagem ᵞk = 6º para tornear peças de aço ᵞk = 2º para tornear peças de fºfº Para usinagens em que o ângulo de saída usado não coincida com o ângulo de Kienzle, deve ser feita a seguinte correção no valor da força de corte: Força na Furação Força no Fresamento
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