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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES CENTRO DE TECNOLOGIA INDUSTRIAL TARSIS BATISTA BARBOSA RELATÓRIO DO EXPERIMENTO: ATRITO – EXPERIÊNCIAS: AM5 E AVS3. Vitória 2019 TARSIS BATISTA BARBOSA RELATÓRIO DO EXPERIMENTO: ATRITO – EXPERIÊNCIAS: AM5 E AVS3. Relatório técnico apresentado como requisito avaliativo para disciplina de Física Clássica, no curso de Engenharia de Produção - Noturno, na Universidade Federal do Espírito Santo. Prof. Ayres Geraldo Loriato Vitória 2019 2 RESUMO Este relatório narra as experiências AM5 e AVS3, experimentos esses que visam mostrar as propriedades e atuações das forças de atrito, de forma estática e cinética, aplicadas à um bloco e uma superfície em sistemas reais, neste caso específico, as duas experiências possuem o bloco feito de aço, alternando então o material da superfície entre: madeira e vidro, no segundo caso analisado há um sobrepeso imposto no bloco. Para tal analise, foi necessário filmar diversas vezes o experimento; o acrônimo AM5, refere-se à quinta filmagem do bloco de aço deslizando sobre o plano inclinado de madeira, enquanto a sigla AVS3, a terceira filmagem do bloco de aço, com sobrepeso, sobre a superfície de vidro no plano inclinado. Palavras-chave: Forças de atrito, estático, cinético, plano inclinado. 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4 2 DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 5 2.1 Fundamentação teórica ...................................................................................... 5 2.2 Método experimental ........................................................................................... 6 2.2.1 Coeficiente de atrito estático e dinâmico: AM5 e AVS3 ...................................... 10 2.2.1.2 Coeficiente de atrito estático ............................................................................... 12 2.2.1.3 Coeficiente de atrito dinâmico ............................................................................. 13 2.2.1.4 Aceleração do movimento ................................................................................... 14 2.3 Resultados experimentais ................................................................................ 14 2.3.1 Coeficiente de atrito estático ........................................................................... 18 2.3.1.1 Coeficiente de atrito estático – experiência AM5 ................................................. 19 2.3.1.2 Coeficiente de atrito estático – experiência AVS3 ............................................... 20 2.3.2 Coeficiente de atrito dinâmico ......................................................................... 21 2.3.2.1 Coeficiente de atrito dinâmico – experiencia AM5 ............................................... 21 2.3.2.2 Coeficiente de atrito dinâmico – experiencia AVS3 ............................................. 22 3 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 23 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 24 4 1 INTRODUÇÃO O presente relatório compõe-se de registros, fórmulas, cálculos, tabelas, fotos, e conclusões envolvendo o estudo dos coeficientes de atrito, sendo eles: dinâmicos e estáticos, a partir da análise virtual de determinado corpo de prova, com especificações bem definidas e explanadas no decorrer deste; os testes para coleta dos dados, foram realizados no laboratório de física da USP, visando proporcionar a comparação de ambos coeficientes supracitados, confrontando-os com as leis do atrito, tais leis que Leonardo da Vinci já mencionava no ano de 1493 em seus esboços, onde “a força de atrito que atua entre duas superfícies deslizantes é proporcional à carga que às pressiona e que o atrito é independente da área aparente de contato entre as duas superfícies”, ratificada no século XVII por um cientista francês Guillaume Amontons, observando a mesma lei alegando que “a força de atrito é proporcional à força normal perpendicular à superfície de contato dos corpos, com um coeficiente de proporcionalidade adimensional, independente de uma carga”. Mas na verdade tal coeficiente de atrito depende não só da carga, mas também das propriedades mecânicas, geométricas e químicas das superfícies de atrito. 5 2 DESENVOLVIMENTO Os coeficientes de atrito tratados nas experiências são classificados como estático e cinético, onde ambos possuem relação da força atrito com a força normal, cada um com sua peculiaridade, na estática estando assim o corpo em repouso em relação à superfície de contato e na dinâmica em regime de movimento em relação à mesma. 2.1 Fundamentação teórica A força de atrito (𝐹𝑎𝑡) é uma força tangencial à trajetória do corpo, seu sentido é sempre contrário ao movimento ou a tendência de seu movimento. As leis empíricas do atrito nos dizem que: • “A força de atrito se opõe ao movimento de um corpo que desliza apoiado sobre um plano.” • “A força de atrito se opõe à tendência ao movimento de um corpo que apoiado sobre um plano.” • “A força de atrito é proporcional à força normal (�⃗⃗� ) que o plano exerce sobre o corpo, ou seja, 𝐹 𝑎𝑡 = 𝑚 × �⃗⃗� ”. Para relacionar o atrito à superfície é necessário compreender as três leis de Newton, as quais estão pautadas abaixo, de forma lacônica: • Primeira lei de Newton, ou lei da inércia, diz que “o corpo tende a manter seu estado natural, ou seja, em repouso ou em movimento retilíneo uniforme, se nenhuma força for exercida sobre o mesmo”; • Segunda lei de Newton, nos mostra que “a força resultante que age sobre um corpo é proporcional ao produto de sua massa, pela aceleração adquirida pelo mesmo”; 6 • Terceira lei de Newton, nos remete “a interação entre duas forças, onde para toda ação ou força em um determinado corpo, em resposta a interação com este, há uma ação ou força de mesmo valor e direção, porém em sentido oposto”. Através dos experimentos AM5 e AVS3, relatados nesta exegese, conseguiremos observar e explanar a relação das leis de atrito com as leis de Newton, determinando assim as forças de atrito estático e cinético como mostra a figura 1 – Diagrama de corpo livre e o referencial adotado para o problema, onde possuímos um plano inclinado, um corpo e as forças atuando sobre o mesmo. . 2.2 Método experimental Nos experimentos AM5 e AVS3, foram utilizados os seguintes objetos para realização da mesma: Figura 2 - Trena e fita métrica: As trenas mensuram os catetos do triângulo retângulo no qual a hipotenusa é o plano inclinado. A fita métrica é a referência para a obtenção das posições do bloco ao longo do movimento; para medir a altura, a leitura deve ser feita na parte inferior da fita métrica. Figura 1 - Fonte: Lab. Virtual de Física da USP. 7 Figura 3 - Plano Inclinado: Um arranjo foiconstruído com placas de madeiras envernizadas, sendo essas, ajustáveis permitindo assim que os experimentos sejam realizados nos dois cenários explorados por este relatório. Figura 4 - Bloco de aço: é o material principal de análise nas experiências, seu movimento com atrito no decorrer do plano inclinado é o objeto de estudo Figura 2 - Fonte: Lab. Virtual de Física da USP. Figura 3 - Fonte: Lab. Virtual de Física da USP. 8 central dos experimentos referidos, sua massa é de: 380,7 ± 0,05 g, sem sobrepeso(usado na experiencia AM5), e 781,0 ± 0,05 g, com sobrepeso (usado na experiencia AVS3), suas dimensões: altura de 7,6 cm; base com 2,79 cm referente a face menor e 3,63 cm para face maior. Figura 5 - Bloco de madeira: Este objeto tem a finalidade de parar o bloco de aço assim que o mesmo que saia do campo de filmagem. Figura 6 - Macaco com filmadora: para que se haja um ajuste de altura perfeito e fixo à dimensão usada no plano inclinado, foi utilizado um macaco com uma filmadora acoplada, focando assim o bloco de aço, deixando-o dentro do campo de filmagem no início de seu deslizamento sobre o plano. Outro objeto também pode Figura 4 - Fonte: Lab. Virtual de Física da USP. Figura 5 – Fonte: Lab. Virtual de Física da USP. 9 ser usado no lugar do macaco, desde que o campo de filmagem permaneça focado no início do deslizamento do bloco de aço. Figura 7 - Motor elétrico: Sua função é aumentar gradativamente a inclinação da rampa, de forma a evitar trancos que ocasionalmente provoquem o início do deslizamento antes da inclinação máxima correspondente à iminência de movimento plano abaixo. Figura 6 - Fonte: Lab. Virtual de Física da USP. Figura 7 - Fonte: Lab. Virtual de Física da USP. 10 Figura 8 - Placa de vidro: Atua como superfície do plano inclinado, onde o bloco de aço desliza no experimento AVS3. 2.2.1 Coeficiente de atrito estático e dinâmico: AM5 e AVS3 Para o cálculo deste coeficiente, obteve-se o ângulo de inclinação máximo que o plano possui, de forma que o corpo de prova manteve-se em inércia, esse ângulo foi determinado a partir de sua tangente, de acordo com a base e altura do plano, onde a base é o cateto adjacente e a altura o cateto oposto ao ângulo em questão, aplicou-se assim, tais dados nas formulas descritas abaixo, referente às experiências AM5 e AVS3. AM5: Sendo sua massa em gramas igual a 380,7 ± 0,05 ou 0,3807 kg e os valores da base e altura: 48,6 cm e 12,8 cm, respectivamente, aplicou-se a fórmula tan(𝛼) = 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑠𝑒 , obtendo o valor aproximado de: 0,2633 cm de inclinação, aplicou-se também 𝑡𝑎𝑛−1, tendo como resultado o valor do ângulo aproximadamente: 14,75; portanto definimos α como 14,75°, seguem os cálculos abaixo: 𝑡𝑎𝑛(𝛼) = 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑠𝑒 ( 1 ) tan(𝛼) = 12,8 48,6 = 0,2633 tan−1 0,2633 = 14,75 ∴ 𝛼 = 14,75° Figura 8 - Fonte: Lab. Virtual de Física da USP. 11 AVS3: Sendo sua massa em gramas igual a 780,0 ± 0,05 ou 0,78 kg, e os valores da base e altura: 48,6 cm e 9,5 cm, respectivamente, aplicando-se à fórmula tan(𝛼) = 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑠𝑒 , obtendo o valor aproximado de: 0,1954 cm de inclinação, aplicou-se 𝑡𝑎𝑛−1, e como resposta o valor do ângulo aproximado é: 11,06; portanto definiu-se α como 11,06°, seguem os cálculos abaixo: tan(𝛼) = 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑠𝑒 tan(𝛼) = 9,5 48,6 = 0,1954 tan−1 0,1954 = 11,06 ∴ 𝛼 = 11,06° Ao analisar o diagrama de corpo livre (Figura 1), observe que, as projeções da força peso no referencial escolhido são dadas pelas equações Px = m.g.sen(α) e Py = – m.g.cos(α). Porém a movimentação do bloco acontece somente na direção de x, ao longo da superfície inclinada, ou seja, não há movimento na direção de y, fazendo com que a resultante de forças na direção y seja nula, deduzindo então que: Aplicou-se os valores obtidos, massa (kg) e α (angulação), de AM5 à equação 2 obtendo: 𝑁 = 0,3807 × 9,81 × cos(14,75) 𝑁 = 3,6 Newtons De maneira análoga, os dados coletados em AVS3 aplicados à equação 2: 𝑁 = 0,78 × 9,81 × cos(11,06) 𝑁 = 7,5 Newtons 𝑁 = 𝑚.𝑔. cos(𝛼) ( 2 ) 12 Ou seja, a força normal, exercida em AM5 e AVS3 são respectivamente 3,6 N e 7,5 N. O corpo de prova estando parado ou não, esse resultado será válido, agora observando restritamente na direção de x surgirão duas possibilidades: i. Quando há deslizamento para baixo (no sentido positivo de x), a força de atrito está orientada para cima (no sentido negativo de x), pois se opõe ao movimento. Sendo sua intensidade Fat,c, (Força de atrito cinético) a resultante de forças na direção x é tal que: 𝑚.𝑎𝑥 = 𝑚.𝑔.sen(𝛼) − 𝐹𝑎𝑡,𝑐 ( 3 ) ii. Quando não há movimento, a resultante de forças na direção x é nula, e a força de atrito orienta-se para cima, pois se opõe à tendência de movimento. Sendo sua intensidade 𝐹𝑎𝑡,𝑒,(Força de atrito estático) ela será tal que: 𝐹𝑎𝑡,𝑒 = 𝑚. 𝑔. 𝑠𝑒𝑛(𝛼) ( 4 ) Com tais equações determina-se os coeficientes de atrito estático e dinâmico. 2.2.1.2 Coeficiente de atrito estático A equação 4 mostra que a força de atrito estático aumenta proporcionalmente com o angulo de inclinação do plano – portanto, não há uma relação de proporcionalidade entre a força de atrito estático e a força normal, ao contrário do que acontece com o atrito cinético. O coeficiente de atrito estático é definido pela razão entre os módulos da força de atrito e da força normal na situação de limite do deslizamento, de maneira que a relação geral entre força de atrito estático e força normal é representada pela seguinte desigualdade: 13 |𝐹 𝑎𝑡,𝑒| ≤ μ𝑒 |N⃗⃗ | ( 5 ) Substituindo as equações 2 e 4 na equação 5, obtém-se: 𝑚.𝑔. 𝑠𝑒𝑛(𝛼) ≤ μ𝑒 .𝑚. 𝑔. cos(𝛼) Assim, então obtém-se: μ𝑒 ≥ tan(𝛼) O valor do coeficiente de atrito estático é, portanto, a tangente do maior ângulo em que podemos inclinar o plano sem que haja deslizamento do corpo de prova, 𝛼𝑙𝑖𝑚 ou seja: μ𝑒 ≥ tan(𝛼𝑙𝑖𝑚) ( 6 ) 2.2.1.3 Coeficiente de atrito dinâmico O coeficiente de atrito cinético, ou dinâmico, μ𝑐 é definido pela razão entre a força de atrito e a normal, ou seja: |𝐹 𝑎𝑡,𝑐| = μ𝑐. |N⃗⃗ | ( 7 ) A proporcionalidade direta entre a força de atrito e a normal é uma das leis empíricas do atrito de contato. Substituindo as equações 2 e 7 na equação 3 e isolando o coeficiente de atrito, obtemos: μ𝑐 = 𝑔. 𝑠𝑒𝑛(𝛼) − 𝑎𝑥 𝑔. cos(𝛼) ( 8 ) 14 2.2.1.4 Aceleração do movimento O coeficiente 𝑎𝑥, aceleração do movimento, pode ser obtido experimentalmente pela inclinação da reta média do gráfico da velocidade em função do tempo; para elaborar tal gráfico foi necessário a análise de cada quadro de filmagem realizado em cada situação, tanto para AM5 quanto para AVS3. Chamaremos de 𝒕𝒊 o valor do tempo, em segundos,no quadro de número 𝒊 e 𝒙(𝒕𝒊) a posição, em metros, do bloco na mesma foto. Para determinar a velocidade com melhor precisão, calculou-se o instante médio do intervalo de tempo [𝒕𝒊-1; 𝒕𝒊+1] usado para estimar a derivada da posição, ou seja, para cada 𝒊 foi calculado o instante médio 𝒕′𝒊 pela seguinte expressão: 𝑡′𝑖 = 𝑡𝑖−1 + 𝑡𝑖+1 2 ( 9 ) Calcula-se também a velocidade instantânea no instante médio 𝒕′𝒊 como sendo a velocidade média no intervalo de tempo [𝒕𝒊−𝟏; 𝒕𝒊+𝟏], ou seja: 𝑣 (𝑡′𝑖) = 𝑥(𝑡𝑖+1) −𝑥(𝑡𝑖−1) 𝑡𝑖+1 − 𝑡𝑖−1 ( 10 ) Com os dados coletados em cada filmagem, construiu-se um quadro 𝒕𝒊 × 𝒙(𝒕𝒊), utilizando gráficos para uma melhor representação dos números e visualização da evolução temporal da velocidade, não é possível estimar a velocidade nem no primeiro nem no último quadro, a partir de um certo momento, o bloco fica borrado nos quadros de filmagem impossibilitando a leitura de sua respectiva posição, mas a mesma foi lida lê-la ao menos em seis dos quadros, determinando a posição com 0,5 mm de precisão. 2.3 Resultados experimentais A figura 9, vista adiante, é uma das amostras capturadas durante a realização da experiência AM5, neste frame de filmagem, o tempo catalogado foi de 6,840 segundos após o início da mesma; é possível observar junto ao quadro 1, que as variações de tempo e espaço são exíguas, portanto há uma grande necessidade de 15 cautela para aferição e coleta das informações, para que haja qualidade na tratativa dos dados. Figura 9 - Fonte: Lab. Virtual de Física da USP No quadro abaixo estão os dados calculados referentes ao experimento AM5: 𝒊 𝒕𝒊 [s] 𝒙(𝒕𝒊) [m] instante médio do intervalo de tempo [𝒕𝒊−𝟏; 𝒕𝒊+𝟏] velocidade instantânea no instante médio 𝒕′𝒊 1 6,74 0,1875 𝒊 instante médio 𝒕′𝒊 [s] velocidade instantânea 𝒗(𝒕 ′ 𝒊) [m/s] 2 6,773 0,1875 1 - - 3 6,807 0,188 2 6,7735 0,007462687 4 6,84 0,19 3 6,8065 0,037313433 5 6,874 0,1925 4 6,8405 0,067164179 6 6,907 0,1965 5 6,8735 0,097014925 7 6,94 0,201 6 6,907 0,128787879 8 6,974 0,2056 7 6,9405 0,135820896 9 7,007 0,213 8 6,9735 0,179104478 10 7,04 0,219 9 7,007 0,203030303 11 7,074 0,226 10 7,0405 0,194029851 12 7,107 0,235 11 7,0735 0,23880597 13 7,14 0,245 12 - - Quadro 1 - Evolução temporal da velocidade experimental AM5 𝑀 é a inclinação da reta, logo tomando os pontos 𝒊 = 8 e 𝒊 = 9, temos: 𝑀 = [ 𝑣(𝑡′9) − 𝑣(𝑡′8) 𝑡′9 − 𝑡′8 ] 16 0,007462687 0,037313433 0,067164179 0,097014925 0,128787879 0,135820896 0,179104478 0,203030303 0,194029851 0,23880597 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 6,7735 6,8065 6,8405 6,8735 6,907 6,9405 6,9735 7,007 7,0405 7,0735 velocidade instantânea v(t'i) [m/s] in s ta n te m é d io t ’i [ s ] Sabendo que 𝑀 é a inclinação da reta, mas também a aceleração do bloco no plano inclinado, afirma-se que: 𝑀 = 0,9484 ∴ 𝑀 = 𝑎 = 0,9484 𝑚/𝑠² Abaixo segue o gráfico mostrando a evolução temporal da velocidade [𝒕′𝒊 × 𝒗(𝒕 ′ 𝒊)] Gráfico 1 - Evolução temporal da velocidade em AM5 Já na experiência AVS3, a figura 10, abaixo, representa a captura de um dos quadros de filmagem no tempo de 0,567 segundos após o início da experiência, de forma símil à anterior, o quadro 2 apresenta os dados coletados confrontando o tempo e o espaço percorrido pelo objeto de prova. Figura 10 - Fonte: Lab. Virtual de Física da USP 17 No quadro abaixo estão os dados calculados referentes ao experimento AVS3: 𝒊 𝒕𝒊 [s] 𝒙(𝒕𝒊) [m] instante médio do intervalo de tempo [𝒕𝒊−𝟏; 𝒕𝒊+𝟏] velocidade instantânea no instante médio 𝒕′𝒊 1 0,4 0,213 𝒊 instante médio 𝒕′𝒊 [s] velocidade instantânea 𝒗(𝒕 ′ 𝒊) [m/s] 2 0,434 0,2135 1 - - 3 0,467 0,214 2 0,4335 0,014925373 4 0,534 0,2175 3 0,484 0,04 5 0,567 0,221 4 0,517 0,07 6 0,601 0,224 5 0,5675 0,097014925 7 0,634 0,2285 6 0,6005 0,111940299 8 0,667 0,235 7 0,634 0,166666667 9 0,701 0,2405 8 0,6675 0,179104478 10 0,734 0,2475 9 0,7005 0,186567164 11 0,767 0,251 10 0,734 0,159090909 12 0,801 0,2645 11 0,7675 0,253731343 13 0,834 0,274 12 0,8005 0,343283582 13 - - Quadro 2 - Evolução temporal da velocidade experimental AVS3. 𝑀 é a inclinação da reta, logo tomando os pontos 𝒊 = 7 e 𝒊 = 8, temos: 𝑀 = [ 𝑣(𝑡′8) − 𝑣(𝑡′7) 𝑡′8 − 𝑡′7 ] Sabendo que 𝑀 é a inclinação da reta, mas também a aceleração do bloco no plano inclinado, afirma-se que: 𝑀 = 0,3712 ∴ 𝑀 = 𝑎 = 0,3712 𝑚/𝑠² 18 Abaixo segue o gráfico mostrando a evolução temporal da velocidade [𝒕′𝒊 × 𝒗(𝒕 ′ 𝒊)] Gráfico 2 - Evolução temporal da velocidade em AVS3 Após as deduções das fórmulas citadas anteriormente nesta explanação, e com a análise e coleta dos respectivos dados referente as diferentes experiências, consegue-se então calcular os coeficientes de atrito estático e cinético. 2.3.1 Coeficiente de atrito estático Como dito nas seções anteriores, para que se calcule o coeficiente de atrito é necessário obtermos os ângulos, o módulo da força normal, aceleração do movimento, tudo isso obtivemos através de analises experimentais utilizando os recursos apropriados, os quais também foram explanados neste relatório, a seguir estão os dados calculados e resultantes. Os dados utilizados a seguir foram mencionados anteriormente, essa seção vindoura, destina-se exclusivamente para os cálculos e resultados do início ao fim de cada experiência. 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,4335 0,484 0,517 0,5675 0,6005 0,634 0,6675 0,7005 0,734 0,7675 0,8005 velocidade instantânea v(t'i) [m/s] in s ta n te m é d io t ’i [ s ] 19 2.3.1.1 Coeficiente de atrito estático – experiência AM5 O ângulo de inclinação do plano foi calculado da seguinte forma: 𝑡𝑎𝑛(𝛼) = 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑠𝑒 tan(𝛼) = 12,8 48,6 = 0,2633 tan−1 0,2633 = 14,75 ∴ 𝛼 = 14,75° Após, foi calculado a força normal: 𝑁 = 0,3807 kg × 9,81m/s² × cos(14,75) 𝑁 = 3,6 Newtons Então, a força de atrito estático referente a experiência AM5: 𝐹𝑎𝑡,𝑒 = 𝑚. 𝑔. 𝑠𝑒𝑛(𝛼) 𝐹𝑎𝑡,𝑒 = 0,3807 𝑘𝑔 × 9,81 𝑚/𝑠² × 0,2546 𝐹𝑎𝑡,𝑒 = 0,9508 𝑁 E por fim, o coeficiente de atrito estático: 𝑚.𝑔. 𝑠𝑒𝑛(𝛼) ≤ μ𝑒 .𝑚. 𝑔. cos(𝛼) 0,9508 ≤ μ𝑒3,6090 0,2634 ≤ μ𝑒 O valor do coeficiente de atrito estático é, portanto, a tangente do maior ângulo em que podemos inclinar o plano sem que haja deslizamento do corpo de prova: μ𝑒 ≥ tan(𝛼𝑙𝑖𝑚) μ𝑒 ≥ tan(14,75°) μ𝑒 ≥ 0,2632 𝑁 = 𝑚.𝑔. cos(𝛼) 20 2.3.1.2 Coeficiente de atrito estático – experiência AVS3 De forma análoga à seção anterior, todos os passos foram repetidos, de acordo com os respectivos dados e análises da experiência AVS3. O ângulo de inclinação do plano foi calculado da seguinte forma: tan(𝛼) = 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑠𝑒 tan(𝛼) = 9,5 48,6 = 0,1954 tan−1 0,1954 = 11,06 ∴ 𝛼 = 11,06° Após, foi calculado a força normal: 𝑁 = 0,78 kg × 9,81m/s² × cos(11,06) 𝑁 = 7,5 Newtons Então, a forçade atrito estático referente a experiência AVS3: 𝐹𝑎𝑡,𝑒 = 𝑚. 𝑔. 𝑠𝑒𝑛(𝛼) 𝐹𝑎𝑡,𝑒 = 0,78 𝑘𝑔 × 9,81 𝑚/𝑠² × 0,1918 𝐹𝑎𝑡,𝑒 = 1,4676 𝑁 E por fim, o coeficiente de atrito estático: 𝑚.𝑔. 𝑠𝑒𝑛(𝛼) ≤ μ𝑒 .𝑚. 𝑔. cos(𝛼) 1,4676 ≤ μ𝑒 . 7,5096 0,1954 ≤ μ𝑒 𝑁 = 𝑚.𝑔. cos(𝛼) 21 O valor do coeficiente de atrito estático é, portanto, a tangente do maior ângulo em que podemos inclinar o plano sem que haja deslizamento do corpo de prova: μ𝑒 ≥ tan(𝛼𝑙𝑖𝑚) μ𝑒 ≥ tan(11,06°) μ𝑒 ≥ 0,1954 2.3.2 Coeficiente de atrito dinâmico Conforme realizado na seção anterior, nesta, a sequência é idêntica, atentando para alteração das fórmulas, pois trataremos de um coeficiente dinâmico. Abaixo, estão os cálculos referente às experiências AM5 e AVS3; a variável 𝑎𝑥 , a qual será utilizada nos cálculos a seguir, foi encontrada a partir da análise dos quadros de evolução temporal da velocidade, registrados anteriormente. 2.3.2.1 Coeficiente de atrito dinâmico – experiencia AM5 Calculamos então a força de atrito cinético, ou dinâmico: 𝑚.𝑎𝑥 = 𝑚.𝑔.sen(𝛼) − 𝐹𝑎𝑡,𝑐 0,3807 kg . 0,9484 m/s² = 0,3807 kg.9,81 m/s² . 0,2546 − 𝐹𝑎𝑡,𝑐 𝐹𝑎𝑡,𝑐 = 0,5898 N 22 E por fim, o coeficiente de atrito dinâmico: μ𝑐 = 𝑔. 𝑠𝑒𝑛(𝛼) − 𝑎𝑥 𝑔. cos(𝛼) μ𝑐 = 9,81 𝑚/𝑠2. 0,2546 − 0,9484 𝑚/𝑠² 9,81 𝑚/𝑠². 0,9670 μ𝑐 = 0,1633 2.3.2.2 Coeficiente de atrito dinâmico – experiencia AVS3 De forma idêntica à anterior, logicamente atentando para os dados obtidos em análise à experiência AVS3, calculamos então a força de atrito cinético, ou dinâmico: 𝑚.𝑎𝑥 = 𝑚.𝑔.sen(𝛼) − 𝐹𝑎𝑡,𝑐 0,78 kg . 0,3712 m/s² = 0,78 kg . 9,81 m/s² . 0,1918 − 𝐹𝑎𝑡,𝑐 𝐹𝑎𝑡,𝑐 = 1,1781 N E por fim, o coeficiente de atrito dinâmico: μ𝑐 = 𝑔. 𝑠𝑒𝑛(𝛼) − 𝑎𝑥 𝑔. cos(𝛼) μ𝑐 = 9,81 𝑚/𝑠2. 0,1918 − 0,3712 𝑚/𝑠² 9,81 𝑚/𝑠². 0,9814 μ𝑐 = 0,1568 23 3 CONCLUSÃO Os resultados obtidos dos cálculos dos coeficientes de atrito, referente a cada uma das experiências, estão pontuados abaixo: • Para experiência AM5: μ𝑐 = 0,1633 e μ𝑒 ≥ 0,2634; • Para experiência AVS3: μ𝑐 = 0,1568 e μ𝑒 ≥ 0,1954. Concluindo a análise dos números, observamos que os resultados condizem com a realidade, pois as leis empíricas do atrito nos dizem que o coeficiente de atrito estático é maior ou igual ao coeficiente de atrito dinâmico. Observa-se também, que para realizar o cálculo dos coeficientes de atrito dinâmico, não é necessário saber a massa do corpo de prova, ou objeto, basta somente conhecer a distância percorrida pelo mesmo, a inclinação do plano em que ocorre o deslizamento, e o tempo gasto para tal. 24 REFERÊNCIAS TANAKA, Leticia. Laboratório virtual do Instituto de Física da USP é único no mundo. JORNAL DA USP, 2018. Disponível em: <http://jornal.usp.br/universidade/laboratorio-virtual-do-instituto-de-fisica-da-usp-e- unico-no-mundo/ >. Acesso em: 24 de abril de 2019. SUNDERMIER, Ali. Da Vinci's 'irrelevant' doodles actually contain his most revolutionary physics Discovery. BUSINESS INSIDER, 2016. Disponível em: <https://www.businessinsider.com.au/da-vincis-irrelevant-doodles-actually-contain- his-most-revolutionary-physics-discovery-2016-7/>. Acesso em: 26 de abril de 2019. AWREJCEWICZ, Jan; OLEJNIK, Paweł. Analysis of Dynamic Systems With Various Friction Laws. Department of Automatics and Biomechanics, Technical University of Lodz, Lodz, Poland, V. 58 - Novembro de 2005. Disponível em: <http://msvlab.hre.ntou.edu.tw/AMR-Awre-2005.pdf />. Acesso em: 26 de abril de 2019.
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