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Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria 12 Fundamentos de METROLOGIA científica e industrial www.labmetro.ufsc.br/livroFMCI 1 Motivação Analisar a confiabilidade de medições realizadas em condições de produção com base em análises estatísticas do processo de medição Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Medições na Indústria Ocorrem em condições bem menos controladas que na calibração. Devem fornecer resultados confiáveis. Através de ferramentas estatísticas é possível verificar a confiabilidade das medições nas condições de produção. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Medições na Indústria Os resultados obtidos nessas análises são úteis: Como critério de aceitação de novos SM. Para comparar diferentes SM nas condições de uso. Para investigar um SM sob suspeita de mau funcionamento. Para comparar o desempenho do mesmo SM antes e após uma ajustagem ou regulagem. Para avaliar os potenciais riscos de erros de classificação no CQ usando um SM. Para avaliar os potenciais riscos de erros de ajuste de processos usando um SM. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 12.1 Recomendações de Normas de Garantia da Qualidade Fundamentos de METROLOGIA científica e industrial www.labmetro.ufsc.br/livroFMCI Normas de Garantia da Qualidade ISO 9001: IM deve ser conhecida e compatível com exigências. ISO 10012: necessária análise ampla de incertezas. ISO 14253-1: IM deve ser considerada para verificação de conformidade. ISO/TS 16949: define os requisitos de confiabilidade metrológica através de análises da capacidade estatística do processo de medição Guia MSA: diretriz estabelecida pelas montadoras automotivas americanas para avaliar processos de medição utilizados nas empresas de toda a sua cadeia produtiva. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 12.2 Variabilidade de Processos de Produção e de Medição Fundamentos de METROLOGIA científica e industrial www.labmetro.ufsc.br/livroFMCI Variabilidade do Processo Produtivo Projetado Executado META Processo Máquina Mão de Obra Material Meio Ambiente Método TENDÊNCIA E VARIÂNCIA Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Processo sob Controle Estatístico Um processo está sob controle estatístico quando suas variações naturais são estáveis e se situam dentro de limites previsíveis. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Capacidade de um Processo Um processo é dito capaz quando está sob controle estatístico e produz dentro das tolerâncias de projeto ou processo. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Capacidade e Controle Estatístico Tolerância Tolerância Tolerância Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana ... Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana ... Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana ... Tolerância Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana ... Capaz Não Capaz Sob controle Fora de controle Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 CEP Gráficos da Média e Amplitude Média Amplitude (máx – mín) n Peças medidas Variação comum Variação especial Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Influência da incerteza de medição na capacidade do processo FABRICAÇÃO X Como os produtos realmente são: MEDIÇÕES Incerteza das Medições X Como a medição os “enxerga” Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Características de Processo de Medição Adequado Deve ser capaz de identificar pequenas variações nas características medidas nos produtos; A variabilidade do processo de medição (erros aleatórios) deve ser pequena quando comparada com a variabilidade do processo produtivo e com os limites de especificação das tolerâncias do produto; O processo de medição deve estar sob controle estatístico, o que significa que as variações do processo de medição são devidas somente às causas comuns e não às especiais. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 12.3 Parâmetros Utilizados na Análise Estatística dos Processos de Medição Fundamentos de METROLOGIA científica e industrial www.labmetro.ufsc.br/livroFMCI 1. Tendência Diferença entre a média das indicações obtidas de um processo de medição e um valor de referência. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 2. Repetibilidade É a precisão de medição determinada em condições de repetibilidade. Corresponde à faixa dentro da qual as indicações do processo de medição são esperadas para um mesmo operador em condições operacionais idênticas. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 3. Reprodutibilidade É a precisão de medição determinada em condições de reprodutibilidade. Corresponde à faixa dentro da qual as indicações do processo de medição são esperadas quando são envolvidos diferentes operadores nas condições operacionais naturais do processo de medição. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 4. Estabilidade Capacidade do sistema de medição em manter suas características estatísticas ao longo do tempo. Corresponde à variação da tendência ao longo do tempo. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 5. Desvio Linear da Tendência Está associado à forma como varia a tendência em função do valor da indicação. Corresponde à inclinação da reta da figura. Será nulo se o valor da tendência não varia significativamente ao longo da faixa de medição. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6. Capacidade de Discriminação entre Peças A discriminação de um processo de medição mede a sua capacidade em medir de modo confiável pequenas variações nas características medidas. Tradicionalmente tem sido definida em relação à tolerância do produto, como uma fração dessa tolerância. Recentemente essa relação tem sido estabelecida em relação à variação do processo (VP), o que é mais consistente com a filosofia de melhoria contínua já que, uma vez que os processos de fabricação evoluem, os sistemas de medição têm que evoluir também. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6. Capacidade de Discriminação entre Peças 1 categoria 2 a 4 categorias 5 ou mais categorias ndc (número de distintas categorias): relação numérica entre a variabilidade do processo de fabricação e a variabilidade do processo de medição (estimado pelo parâmetro R&R). Para que o processo de medição possa ser usado para estimar índices e parâmetros do processo de fabricação (Cp, Cpk), o ndc deve ser maior do que 5. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 12.4 Avaliação Experimental de Processos de Medição Fundamentos de METROLOGIA científica e industrial www.labmetro.ufsc.br/livroFMCI Condições para Avaliação O melhor local para avaliar o desempenho de um processo de medição destinado a controlar um dado processo produtivo é no próprio processo produtivo. Por meio de métodos estatísticos é possível inferir várias características que espelham o desempenho do processo de medição. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Ensaios de Avaliação Avaliação da Capacidade de Processos de Medição. Avaliação da Estabilidade de longo prazo. Avaliação da Estabilidade de curto prazo. Avaliação da Tendência Avaliação do Desvio Linear da Tendência. Avaliação de Repetibilidade e Reprodutibilidade Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Preparação dos Ensaios Planejamento dos ensaios: Delimitar parâmetros e abrangência. Seleção das amostras: Representativas do processo. Devem ser numeradas. Mediçãoe registro: Procedimentos usuais da produção adaptados para o tipo de teste. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 1. Avaliação da Capacidade do Processo de Medição Diferentes níveis de capacidade de um processo produtivo: Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Índices de Capacidade dos Processos Produtivos: Bilateral: Para processos não centrados: Cp e Cpk > 1,33 => processo capaz Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Medição de uma Peça de Referência Diferentes níveis de capacidade de um processo de medição: Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Índices de Capacidade dos Processos de Medição: Bilateral: Para processos não centrados: Cg e Cgk > 1,33 => processo capaz Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Avaliação da Capacidade do Processo de Medição Necessário um mensurando com valor de referência bem conhecido: Um padrão com valor de referência bem conhecido ou Um exemplar do produto cujo valor de referência tenha sido determinado por um processo de medição melhor. Medições repetidas são usadas para avaliar a tendência e dispersão. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Padrão medido “n” vezes Cálculo da média e desvio padrão Cálculo do índice de capacidade Cgk Cgk > 1,33 Processo de medição não é capaz não Processo de medição capaz sim tolerância Preparação e documentação Descrição da amostra Descrição do SM Descrição do padrão Descrição do procedimento Preparação do experimento Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Exemplo 12.1 Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 N.° INDICAÇÃO (mm) DIFERENÇA (mm) N.° INDICAÇÃO (mm) DIFERENÇA (mm) 1 99,998 -0,002 11 99,999 -0,001 2 99,996 -0,004 12 99,997 -0,003 3 99,998 -0,002 13 99,999 -0,001 4 99,998 -0,002 14 99,998 -0,002 5 99,996 -0,004 15 99,999 -0,001 6 99,997 -0,003 16 99,997 -0,003 7 99,998 -0,002 17 99,999 -0,001 8 99,996 -0,004 18 99,998 -0,002 9 99,996 -0,004 19 99,997 -0,003 10 99,998 -0,002 20 99,999 -0,001 Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Quando o processo de medição é incapaz, o que fazer? Melhorar o procedimento de medição. Calibrar e ajustar o sistema de medição. Melhorar condições ambientais. Treinar os operadores. Selecionar SM similar, mas com incerteza melhor. Mudar o método de medição. Utilizar um SM mais robusto. Selecionar um SM que opere de forma automatizada, sem interferência do operador. Selecionar SM com outro princípio de medição. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 2. Avaliação da Estabilidade de Longo Prazo Peça calibrada Medida n vezes e calculada a tendência e amplitude PERIODICAMENTE: Tendência Amplitude (máx – mín) Tempo Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Identificação de Causas Especiais de Variação Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Interpretações das cartas: Valores elevados na carta de amplitudes indicam que a incerteza do processo de medição não é boa. Há fortes efeitos de influências aleatórias. Instabilidades na carta das médias indicam que o processo de medição sofreu mudanças que alteraram sua tendência. Há fortes efeitos de influências sistemáticas. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 3. Avaliação da Estabilidade de Curto Prazo Nem sempre há condições para realizar ensaios de estabilidade de longo prazo. A estabilidade de curto prazo pode ser avaliada com base na amplitude dos resultados de vários operadores medindo amostras da produção (não calibradas). Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 39/64) Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Exemplo de avaliação da estabilidade de curto prazo Um experimento foi realizado com o objetivo de analisar a estabilidade de curto prazo de um processo de medição. Foram coletadas dez peças do processo produtivo, e dois operadores foram envolvidos, cada um medindo cada peça repetidamente por três vezes. As peças possuem uma tolerância dimensional de ± 0,08 mm. 1 2 3 ... João Manoel 10 Processo Peças Dados Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Exemplo 12.2 Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Peças Operadores 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 João Medição 1 20,010 20,003 20,018 20,011 20,012 20,016 20,008 20,013 20,012 20,005 Medição 2 20,012 20,004 20,016 20,012 20,013 20,014 20,007 20,011 20,014 20,006 Medição 3 20,011 20,006 20,017 20,010 20,010 20,014 20,008 20,010 20,012 20,007 Média 20,011 20,004 20,017 20,011 20,012 20,015 20,008 20,011 20,013 20,006 Amplitude 0,002 0,003 0,002 0,002 0,003 0,002 0,001 0,003 0,002 0,002 Manuel Medição 1 20,011 20,003 20,015 20,013 20,014 20,014 20,004 20,010 20,014 20,004 Medição 2 20,011 20,003 20,015 20,011 20,015 20,013 20,005 20,014 20,013 20,003 Medição 3 20,010 20,005 20,017 20,011 20,012 20,015 20,007 20,011 20,011 20,006 Média 20,011 20,004 20,016 20,012 20,014 20,014 20,005 20,012 20,013 20,004 Amplitude 0,001 0,002 0,002 0,002 0,003 0,002 0,003 0,004 0,003 0,003 Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Cartas da amplitude A análise dessas cartas de controle não revela sinais de instabilidade como pontos fora dos limites de controle ou tendências. Dessa forma, o processo de medição pode ser considerado sob controle e com boa estabilidade de curto prazo. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 4. Ensaio de Avaliação da Tendência Tem o objetivo de determinar a capacidade do sistema de medição em fornecer resultados próximos do valor verdadeiro. As seguintes atividades devem ser realizadas: Selecionar um mensurando com valor próximo a faixa central da variação do processo produtivo; Calibrar este mensurando em um sistema de medição com incerteza (idealmente) dez vezes menor do que a tolerância do produto; Fornecer este mensurando ao operador do sistema de medição que o medirá dez vezes ou mais, empregando o procedimento de medição normalmente praticado no dia a dia do controle de qualidade. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 45/64) Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 4. Ensaio de Avaliação da Tendência A diferença da média das indicações obtidas pelo operador para o valor calibrado do mensurando corresponde à tendência. Para avaliar se a tendência é estatisticamente significativa ou não, deve-se comparar o valor desta tendência com o seu intervalo de confiança, obtido a partir da receptibilidade das indicações resultantes do próprio ensaio. Se os limites numéricos do intervalo de confiança tiverem o mesmo sinal algébrico, a tendência e significativa e deve ser corrigida. Caso tenham sinais opostos (um negativo e o outro positivo), a tendência não é estatisticamente significativa e não precisa ser corrigida. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial - Capítulo 11 - (slide 46/64) Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 4. Ensaio de Avaliação da Tendência Intervalo de confiança Valor de referência Tendência + + Valor de referência Tendência Intervalo de confiança + - Tendência é estatisticamente significativa Tendência não é estatisticamente significativa Capítulo 12 – Confiabilidadede Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 4. Ensaio de Avaliação da Tendência Mensurando calibrado Medições repetidas Cálculo da Média Cálculo da Amplitude Cálculo da Tendência Cálculo do Desvio padrão Cálculo dos Limites do Intervalo de Confiança Limites possuem mesmo sinal algébrico? Tendência é estatisticamente significativa SIM Tendência não é estatisticamente significativa NÃO Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Procedimento Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Exemplo de Ensaio de Avaliação da Tendência Peça calibrada VR = 450,006 ± 0,001 mm Desvio padrão Tendência = X – VR = +0,006 mm Limites do Intervalo de confiança Como LI e LS têm sinais opostos, a tendência não é estatisticamente significativa. Medições repetidas Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 5. Ensaio de Avaliação do Desvio Linear da Tendência Determina a componente linear da variação da tendência associada ao processo de medição ao longo da faixa de medição. É formado por um conjunto de ensaios de tendência, realizados com padrões de diferentes dimensões. O desvio linear de tendência é bem determinado na calibração. Com o uso, tende a se modificar, diminuindo a eficácia da correção. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Mensurandos calibrados 5. Ensaio de Avaliação do Desvio Linear da Tendência Medições Repetidas Cálculo das Tendências Cálculo dos Intervalos de confiança Cálculo da reta de regressão por MMQ Tendência Faixa de Medição Erro Intervalos de confiança Reta ajustada por mínimos quadrados O desvio linear de tendência é estatisticamente significativo se a “linha do erro zero” estiver fora do intervalo de confiança para a reta de regressão. “Linha do erro zero” Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 5. Ensaio de Avaliação do Desvio Linear da Tendência Faixa de Medição Erro O desvio linear de tendência é estatisticamente significativo. Faixa de Medição Erro O desvio linear de tendência não é estatisticamente significativo. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6. Ensaio de Repetibilidade e Reprodutibilidade (R&R) Enquanto os ensaios de tendência e o desvio linear da tendência fornecem informações principalmente acerca dos fatores sistemáticos atuando em um processo de medição, os ensaios de R&R, fornecem informações acerca de erros aleatórios atuando no processo de medição. Envolve a medição de várias amostras, por vários operadores, repetidas vezes. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6. Ensaio de Repetibilidade e Reprodutibilidade (R&R) Repetibilidade (VE): Variação inerente ao processo de medição. Reprodutibilidade (VO): Variação ocorrida no processo de medição quando um dos seus componentes é modificado (normalmente o operador) Variaçãode Processo (VP): Variação inerente ao processo de fabricação. Variação Total (VT): variação devida à ação combinada do processo de medição e do processo de fabricação. Discriminação (NDC): capacidade do processo de medição em medir de modo confiável pequenas variações no processo produtivo. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6. Ensaio de Repetibilidade e Reprodutibilidade (R&R) Variação do Processo (6s) Tolerância de Projeto (Tol) LIT LST LSC LIC Produtos reais Variação Total (VT) Variabilidade da Medição R&R Variação do Processo (VP) Processo Máquina Mão de Obra Material Meio Ambiente Método Medição Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6. Ensaio de Repetibilidade e Reprodutibilidade (R&R) ROTEIRO Planejamento dos experimentos Experimentação e coleta dos dados Cálculo e avaliação de Indicadores Numéricos Construção e análise de gráficos Diagnóstico do Processo de Medição %R&RTOL = %R&RVT = Amostras Operadores Repetições X X Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Interpretação do Parâmetro R&R %R&R Conclusão %R&R < 10% Processo de mediçãoaceitávelpara controle de produto (%R&RTOL) ou controle de processo (%R&RVT) 10% ≤ %R&R ≤ 30% Processo de mediçãopode ser aceitável, dependendo da importância da aplicação, custo do sistema de medição e dos custos para obter melhorias. %R&R > 30% Processo de mediçãonão é aceitávele precisa ser melhorado. Devem ser feitos esforços para identificar os problemas e minimizá-los. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6.1 Exemplo de R&R pelo Método de Média e Amplitude 1 2 3 ... João Manoel 10 Processo Peças Produto 20 ± 0,3 (Tolerância = 0,6 mm) Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6.1 Exemplo de R&R pelo Método de Média e Amplitude Cálculos de médias e de amplitudes Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6.1 Exemplo de R&R pelo Método de Média e Amplitude Repetibilidade (VE): Reprodutibilidade (VO): K1 = constante dependente do número de repetições K2 = constante dependente do número de operadores *VO é assumida como zero. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6.1 Exemplo de R&R pelo Método de Média e Amplitude Variação de Processo (VP): Variação Total (VT): K3 = constante dependente do número de peças Parâmetro R&R: Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6.1 Exemplo de R&R pelo Método de Média e Amplitude %R&R em relação à variação total %R&R em relação à tolerância do produto Processo de medição não apto para aplicação em controle de processo (CEP) Processo de medição apto para aplicação em controle de produto (verificar se está dentro ou fora da tolerância) Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6.1 Exemplo de R&R pelo Método de Média e Amplitude Avaliação da discriminação do processo de medição Como ndc < 5, o processo de medição o processo de medição não está apropriado para estimar índices e parâmetros de processo (Cp, Cpk), pois fornece apenas uma estimativa aproximada. Processo de medição não apto para aplicação em controle de processo (CEP). ndc = número de distintas categorias Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6.2 Exemplo de R&R pelo Método de Análise de Variância Análise de variância (ANOVA) é uma técnica estatística muito útil para compreender e explicar as relações existentes entre várias fontes de variação que agem sobre um mesmo fenômeno. Entre várias outras aplicações, essa técnica pode ser utilizada para analisar o erro de medição e outras fontes de variação do processo de medição. No ensaio de R&R, comparado ao método de média e amplitude, apresenta vantagens como a de poder estimar as variâncias com maior exatidão, além de avaliar a existência de interação entre amostra e operador, que é a diferença de comportamento entre operadores ao lidar com diferentes de peças. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6.2 Exemplo de R&R pelo Método de Análise deVariância 1 2 3 ... João Manoel 10 Processo Peças Produto 20 ± 0,3 (Tolerância = 0,6 mm) Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Fonte de variação GL SQ MQ F P Peça 9 0,0213477 0,0023720 1260,7 0,00% Operador 1 0,0000001 0,0000001 0,04 85,5% InteraçãopeçaXoperador 9 0,0000169 0,0000019 0,71 70,0% Repetibilidade 40 0,0001067 0,0000027 – – Total 59 0,0214713 – – – 6.2 Exemplo de R&R pelo Método de Análise de Variância Resultados da análise de variância do problema P = 0,00%: É praticamente nula a probabilidade de errar ao afirmar que esta é a fonte de variação predominante Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 Fonte de variação Variância Desvio-padrão Contribuição Repetibilidade 0,052 0,2280 1,16% Reprodutibilidade 0,01475 0,1214 0,33% Operador 0,001028 0,03206 0,02% Interaçãopeçaoperador 0,01372 0,1171 0,31% Processo 4,410 2,100 98,51% Total 4,477 2,116 100,00% 6.2 Exemplo de R&R pelo Método de Análise de Variância Contribuição de cada fonte de variação na variação total do processo Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6.3 Gráficos úteis na análise dos resultados dos ensaios de avaliação Gráficos são muito convenientes para representar resultados. Além de grande poder de síntese, eles permitem visualizar alguns efeitos e características de um fenômeno que não seriam facilmente percebidos de outra forma. Nos ensaios de avaliação de processos de medição são empregados diversos tipos de gráficos. Minitab Minitab Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6.3 Gráficos úteis na análise dos resultados dos ensaios de avaliação Cartas de controle das médias dos operadores. Indica: Diferença entre operadores Existência de interação peça x operador Variabilidade da medição comparada à variabilidade entre peças Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6.3 Gráficos úteis na análise dos resultados dos ensaios de avaliação Peça versus operador: médias das medições obtidas por cada operador para cada peça medida. Indica: Reprodutibilidade caso ocorram diferenças significativas entre as médias dos vários operadores; interação entre alguma peça e o operador. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6.3 Gráficos úteis na análise dos resultados dos ensaios de avaliação Medições versus operador: média e a dispersão das medições de todas as peças realizadas por cada operador. Indica: Presença de desvios entre as médias dos operadores; Diferenças das dispersões dos resultados entre os operadores. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6.3 Gráficos úteis na análise dos resultados dos ensaios de avaliação Medições versus peça: médias obtidas por cada operador para cada uma das peças medidas. Indica: Variações localizadas na dispersão, indicando a existência de interação entre peça e operador. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6.3 Gráficos úteis na análise dos resultados dos ensaios de avaliação Gráfico de erros: desvios individuais de cada operador em relação aos valores de referência. Indica: Diferença entre operadores Existência de interação peça x operador Diferenças entre as repetições de cada operador Como variam os resultados de cada operador Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6.3 Gráficos úteis na análise dos resultados dos ensaios de avaliação Carta de indivíduos normalizada: leituras individuais menos a média global de todas as leituras Indica: Reprodutibilidade; Consistência entre operadores; Existência de pontos anormais; Interações entre peça e operador. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6.3 Gráficos úteis na análise dos resultados dos ensaios de avaliação Carta de bigodes: valores máximo e mínimo junto com a média, por peça e por operador. Indica: Consistência entre operadores; Existência de pontos anormais; Interações entre peça e operador. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72 6.3 Gráficos úteis na análise dos resultados dos ensaios de avaliação Gráfico de correlação: comparações entre as médias das medições efetuadas pelos operadores. Indica: Diferença entre operadores. Existência de interação peça x operador. Variabilidade da medição comparada à variabilidade entre peças. Capítulo 12 – Confiabilidade de Processos de Medição na Indústria- ‹nº›/72