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APOSTILA ISO 14001

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Curso 
 14001 ISO 
CursosOnlineSP.com.br 
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Conteúdo: 
 
O que é a ISO 14001? ......................................................................................... Pág. 7 
Benefícios da ISO 14001 ..................................................................................... Pág. 8 
Planejar, Fazer, Checar, Agir ............................................................................... Pág. 11 
Estabelecendo um Sistema de Gestão Ambiental ............................................... Pág. 13 
Controle de Documentos e Dados ....................................................................... Pág. 15 
Monitoramento, Medição, Análise ........................................................................ Pág. 16 
Ações Corretivas e Preventivas ........................................................................... Pág. 17 
Política Ambiental ................................................................................................ Pág. 19 
A questão ambiental na empresa ......................................................................... Pág. 21 
As Pressões Ambientais ...................................................................................... Pág. 22 
Estratégias para o Desempenho Ambiental ......................................................... Pág. 23 
A Qualidade Total e a Gestão Ambiental ............................................................. Pág. 24 
Princípios ............................................................................................................. Pág. 25 
Modelos de SGA .................................................................................................. Pág. 27 
Normas de Gestão ............................................................................................... Pág. 29 
O Capitalismo Natural .......................................................................................... Pág. 30 
Educação Ambiental ............................................................................................ Pág. 31 
A Legislação Ambiental ........................................................................................ Pág. 33 
Os 3 Rs ................................................................................................................ Pág. 41 
Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou 
Utilizadoras de Recursos ..................................................................................... Pág. 42 
Tecnologias Ambientais para Minimizar Impactos no Ar e no Solo, 
Tratamento de Resíduos ...................................................................................... Pág. 44 
Poluição da Água ................................................................................................. Pág. 50 
Águas: Abundância e Escassez ........................................................................... Pág. 52 
Aterro Sanitário .................................................................................................... Pág. 54 
Conclusões SGA .................................................................................................. Pág. 61 
 
 
 
7 
CAPÍTULO I - O que é a ISO? 
 
 
 
A ISO, a “International Organization for Standardization” (Organização 
Internacional para Padronizações), que possui sede em Genebra, Suíça, foi 
fundada em 1946. É uma organização não governamental que congrega 
mais de 100 países, inclusive o Brasil. 
Tem como objetivo o desenvolvimento de normas internacionais 
consensuais e voluntárias para modelos de fabricação, comércio e sistemas 
de gerenciamento. 
Sua missão é promover o comércio internacional, através da harmonização 
de normas. Em todos os países, há um representante, por exemplo: 
 Brasil (ABNT) – Associação Brasileira de Normas Técnicas; 
 Alemanha (DIN) – Deutsches Institutfur Nomung; e 
 Estados Unidos (ANSI) - American National Standards Institute. 
O que é o SGA? 
 
Um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é uma estrutura desenvolvida para 
que uma organização possa, consistentemente, controlar seus impactos 
significativos sobre o meio ambiente e melhorar, continuamente, as 
operações e negócios. 
 
O que significa a ISO 14001? 
 
A ISO 14001 é uma norma internacionalmente aceita, que define os 
requisitos para estabelecer e operar um Sistema de Gestão Ambiental. 
A norma reconhece que organizações podem estar preocupadas tanto com 
a sua lucratividade quanto com a gestão de impactos ambientais. 
A ISO 14001 integra estes dois motivos e provê uma metodologia altamente 
amigável, para conseguir um Sistema de Gestão Ambiental efetivo. 
Na pratica, o que a norma oferece é a gestão de uso e disposição de 
recursos. É reconhecida mundialmente como um meio de controlar custos, 
reduzir os riscos e melhorar o desempenho. 
 
Não é só uma norma “no papel” – ela requer um comprometimento de toda a 
organização. Se os benefícios ambientais e seus lucros aumentam, as 
partes interessadas verão os benefícios. 
 
 
 
8 
CAPÍTULO II - Benefícios da ISO 14001 
 
 
 
 
O modelo de “melhoria contínua” – Planejar, Fazer, Checar e Agir - 
identificado antes, é compatível tanto com a ISO 9001:2000 quanto com a 
ISO 14001. 
 
Ao operar um sistema de gestão da qualidade, sua documentação deve 
estar adequadamente configurada, para um Sistema de Gestão Ambiental 
efetivo. 
 
Por exemplo: 
 
Uma Diretora de Negócios Corporativos de uma companhia de manufatura 
de médio porte, que foi recentemente auditada e certificada pela ISO 14001. 
Sua experiência com o processo de certificação a ajudará a compreender 
que muito de um SGA e da ISO 14001 trata de praticas de negócios simples 
e sólidas. 
 
Eles trazem benefícios tanto corporativos quanto financeiros, desde a 
melhoria dos relacionamentos com as partes interessadas até a obtenção de 
custos reduzidos, através do uso responsável de materiais e praticas 
ambientalmente sensíveis, sempre que possível. 
 
VEJAM ALGUMAS PARTES DA ENTREVISTA: 
 
Pergunta: 
 
Sua companhia já mantém um bom controle de seus requisitos legais e 
regulatórios. Que outros benefícios vocês obtiveram ao investir tempo e 
dinheiro em um Sistema de Gestão Ambiental baseado na ISO 14001? 
 
9 
Resposta: 
 
Nós queríamos demonstrar nossa capacidade e atender às expectativas de 
nossas partes interessadas, bem como aumentar o lucro, através de uma 
maior eficiência. Isto é simplesmente bom negócio. O fato de que nós 
podíamos reduzir o impacto ambiental e prevenir a poluição ao mesmo 
tempo, foi um bônus importante. 
 
Pergunta: 
 
Que benefícios você obteve? 
 
Resposta: 
 
Nós reduzimos significativamente os gastos de nossa empresa com 
materiais. 
 
Durante este processo, nós também reduzimos nossos custos de descarte 
de resíduos. Nós conseguimos reciclar energia de calor para reduzir nossas 
contas de energia. 
 
Nós ajustamos os processos de produção e como os resultados nos 
tornaram mais eficientes, reduzimos o risco de incidentes. 
 
Nossa última reunião com as partes interessadas foi bem, já que eles 
reconheceram que nós estamos mais bem preparados para evitar multas e 
penalidades futuras, por não cumprir a legislação ambiental. Mas, você 
provavelmente encontraria uma mistura diferente de benefícios que seriam 
igualmente bem-vindos! 
 
Pergunta 
 
Que outros benefícios pode esperar uma organização? 
 
Resposta 
Bem, comunicações internas e o moral podem melhorar – frequentemente, 
levando a soluções ambientais sólidas sugeridas pelos funcionários, os 
quais são, em última análise, os proprietários dos processos de negócio. 
Os custos de seguro podem ser reduzidos através da demonstração de uma 
melhor gestão do risco. 
 
A percepção pública da norma significa que vocêpode, também, ganhar 
vantagem competitiva, levando a oportunidades melhoradas de vendas. 
 
Pergunta: 
 
Até que ponto você implementou o sistema devido às pressões de colegas 
ou clientes? 
 
 
 
10 
Resposta: 
 
Nós certamente recebemos pressão para demonstrar que somos uma 
organização ambientalmente sensível. Uma vez que nós obtivemos um 
melhor entendimento do SGA e seus objetivos, começou a fazer um pleno 
sentido de negócios. 
 
Estes benefícios simples de melhoria de negócio e a economia de custos 
fizeram o investimento de tempo e dinheiro valer a pena. Com esta 
compreensão, a pressão dos clientes tornou-se menos significativa, como o 
agente impulsionador para implementar e usar um SGA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
CAPÍTULO III - Planejar, Fazer, Checar, Agir 
 
 
 
 
 
Existe uma metodologia pratica a seguir – A abordagem de melhoria 
contínua Planejar-Fazer-Checar-Agir (PDCA) para gerenciar um sistema de 
processos. 
 
Esta é, também, a base da ISO 9001:2000 para Gestão da Qualidade, logo 
muitas pessoas já estão familiarizadas com ela. 
 
A interpretação da ISO 14001 do modelo PDCA é demonstrada abaixo. A 
ISO 14001 também adiciona quatro pontos de enfoque para a Gestão 
Ambiental, um para cada elemento do modelo PDCA. 
 
 
O PDCA e os quatro enfoques 
 
São princípios fundamentais que norteiam o espírito da norma. 
 O primeiro é “COMPROMETIMENTO”, Expresso através da Política 
Ambiental e do Planejamento, e está relacionado a PLANEJAR no 
modelo PDCA. 
 
Tomar uma decisão de usar uma abordagem de sistema à gestão ambiental 
é um grande passo. Significa tornar-se pró-ativo em vez de reativo, definir e 
cumprir objetivos, e usar uma política ambiental, a qual guia toda a 
organização em temas ambientais.’ 
 
Este comprometimento deve vir da alta administração. Um sistema de 
gestão somente pode ser verdadeiramente efetivo se for apoiado pelo 
comprometimento total da alta administração, já que mudanças 
fundamentais na pratica de negócios podem necessitar ser implementadas. 
 
 
 Etapa FAZER, expressada pela Implementação e Operação, o 
enfoque está na “Prevenção”. 
 
 
 
 
 
12 
“Nós precisamos liderar através do exemplo e, em particular, prevenir 
em vez de corrigir. 
 
Você descobrirá que quando não tiver mais que “apagar incêndios”, 
você economizará tempo e dinheiro.” 
 
Isto significa ser “proativo”, em vez de “reativo”. Utilizar o bom senso para 
gerenciar um negócio. 
 
 CHECAR, expresso através da Verificação e Ação Corretiva; o 
enfoque está em “Cuidado razoável e conformidade regulatória”. 
 
Esta é uma expansão da pratica ambiental atual. “Nós não somente temos 
que cumprir a legislação, nós necessitamos de um sistema que assegure 
que podemos identificar quando estamos em risco de não conformidades ou 
quando já estamos não conformes, e que possa, também, demonstrar a 
decisão de encarar a situação.” 
 
Precisamos prover evidências de processos de sistema projetados para 
corrigir e prevenir futuros incidentes. 
 
 O quarto enfoque é “melhoria contínua”, ou a Análise Crítica pela alta 
Administração, levando à Melhoria Contínua, e está relacionado com 
AGIR. 
 
“Nosso SGA é projetado para atingir melhoria contínua. Como 
consequência, a organização constantemente evolui, tornando-se 
melhor, mais forte, mais enxuta e mais eficiente.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
CAPÍTULO IV - Estabelecendo um Sistema de Gestão Ambiental 
 
 
 
 
Imagem: www.biosfer.com 
 
Para que um Sistema de Gestão Ambiental seja efetivo, a alta administração 
deve mantê-lo com sua propriedade desde o início. Eles têm que estar 
comprometidos com seu sucesso a longo prazo. 
 
Uma das coisas que têm que fazer é identificar os aspectos ambientais e 
avaliá-los quanto à sua significância relativa. 
 
 A identificação dos aspectos significativos ajudará no planejamento de seu 
sistema e suas atividades. 
 
É muito bom ter uma cultura que fala de melhoria contínua e de atender aos 
requisitos regulatórios e estatutários. 
 
A estrutura organizacional deve apresentar, de forma que o pessoal conheça 
suas responsabilidades. 
 
Para atender aos requisitos da ISO 14001,a organização deve enfocar todos 
os elementos da norma. 
 
É necessário formalizar o Sistema de Gestão Ambiental para lhe dar 
legitimidade. 
 
A Cláusula 4.1 da norma, o direciona a documentar, implementar emanter 
um SGA sustentável e melhorar continuamente a sua efetividade. 
 
 
 
14 
É comum ter um representante da administração executivaresponsável por 
implementar o Sistema de Gestão Ambiental, e relatar à esta administração 
o desempenho do sistema, quando requerido, e em reuniões periódicas de 
análise crítica pela administração executiva. 
 
Através da análise do desempenho do SGA em períodos de tempo 
definidos,as iniciativas de melhoria podem ser adequadamente 
implementadas. 
 
Qualquer coisa que possa afetar o meio ambiente precisa ser controlada. 
 
Isto inclui pessoas executando atividades do dia a dia, as ferramentas que 
usam e os serviços de apoio. 
 
Qualquer um, cujo trabalho possa envolver um impacto ambiental, deve ser 
treinado, independentemente dos requisitos legais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
CAPÍTULO V - Controle de Documentos e Dados 
 
 
 
 
 
Algumas informações já são requeridas por lei; outros detalhes necessitam 
documentação para atender os requisitos da ISO 14001, tais como 
treinamento de pessoal, monitoramento de atividades e auditorias internas. 
 
Procedimentos e outras informações são passados somente àqueles que 
realmenteos necessitam e, claro, um registro é mantido daquilo que é 
distribuído a quem. 
 
A norma também requer que as organizações controlem a documentação 
que criam. 
 
Cada vez mais se usa a documentação eletrônica e a distribui emintranets. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
CAPÍTULO VI - Monitoramento, Medição, Análise 
 
 
 
 
 
A medição de desempenho em relação aos objetivos ambientais é a chave 
para o uso de um SGA com sucesso. 
 
Neste caso, diz-se da medição de aspectos que podem ajudar a melhorar o 
negócio, bem como demonstrar que os requisitos da norma estão sendo 
atendidos. 
 
A norma requer medição, monitoramento e relato de todas as atividades 
requeridas por licença.Usualmente, isto envolve técnicas estatísticas. 
 
Na realidade, é mais que medir processos. 
 
EXISTEM TRÊS CLASSIFICAÇÕES: 
 
 Medição de Processo: envolve atividades que necessitam controle, 
tais como emissões, e pode incluir a calibração de equipamento 
usado para medições; 
 Medição de Conformidade: avalia o desempenho em relação aos 
requisitos legais; e 
 Medição de Sistema: inclui o progresso em relação a objetivos e o 
resultado de auditorias internas. 
 
 
Fazer gráficos destas medições juntamente com resultados de avaliação, 
ações corretivas e preventivas, e Análise Crítica pela Administração, podem 
ser usados para medir e demonstrar melhoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
CAPÍTULO VII - Ações Corretivas e Preventivas 
 
 
 
 
Devemos verificar sempre se estamos dentro da norma. 
Como fazer uma avaliação? 
 
Nenhuma organização é perfeita. 
 
É, por isso, que temos normas! A meta de cumprir os requisitos da norma é 
prevenir a não conformidade. 
 
Análises críticas de não conformidades, identificadas durante uma auditoria, 
devem ser executadas na proporção dos efeitos e importância dos 
problemas potenciais. 
 
Lembre-se, é necessário manter um registro de quaisquer ações corretivas epreventivas tomadas. A ISO 14001 é apenas uma, de um conjunto de 
normas. 
 
As normas estão se tornando cadavez mais compatíveis e a última filosofia 
de 
gestão é integrar todas as normas aplicáveis emuma iniciativa única. 
 
ATENÇÃO: 
 
Um trabalho básico para a ISO 9001:2000 servirá para a ISO 14001. 
 
 
POR EXEMPLO: 
 
 O modelo de “melhoria contínua” Planejar Fazer Checar e Agir, identificado 
antes, é compatível tanto com a ISO 9001:2000 quanto com a ISO 14001. 
 
 
18 
 
 
Ao operar um sistema de gestão da qualidade, sua documentação estará 
adequadamente configurada, para um Sistema de Gestão Ambiental efetivo. 
 
- Plan (Planejar) 
 Definir um conjunto de metas que permitam avaliar se o objetivo 
foi ou não alcançado; 
 Criar um sistema de indicadores que permita avaliar o 
desempenho da organização no tempo, em direção às metas 
estabelecidas; e 
 Desenvolver um conjunto de ações que permitam (Padronização) 
atingir a meta e alcançar o objetivo desejado. 
 
- Do (Executar) 
 Treinar os executores para que saibam O QUE FAZER E COMO 
FAZER, para realizarem conforme o Planejado; e 
 Acompanhar a evolução dos índices medidos pelos indicadores no 
tempo. 
 
- Check (Verificar/Analisar) 
 Verificar se o que está sendo realizado ou medido está de acordo 
com o programado e em direção à meta estabelecida; e 
 Proceder a análise crítica de desempenho, interpretando os dados 
levantados, no decorrer do acompanhamento dos indicadores. 
 
- Act (Agir ou Corrigir) 
 Agir com base na verificação e análise realizada, promovendo 
ajustes no plano e implementando ações corretivas. 
 
 
 
 
19 
CAPÍTULO VIII - Política Ambiental 
 
 
 
 
Após as avaliações iniciais, o passo seguinte é definir qual a política 
ambiental a ser seguida pela empresa. 
Maimon (1996, p.73) define política ambiental como: “declaração quanto aos 
princípios e compromissos assumidos em relação ao meio ambiente.” 
 
 A decisão de qual política irá ser adotada é uma definição que a alta 
administração deverá tomar e disseminar por toda a empresa, como, 
também, divulgar para seus fornecedores, investidores, clientes e 
comunidade em geral. 
 
Martins e Nascimento (1998, p.7) destacam que essa fase tem importância, 
pois a mesma norteará os passos seguintes do SGA, além de mostrar “o 
pensamento, visão e o comprometimento da empresa com o meio 
ambiente”. 
 
Evolução das Políticas Ambientais no Brasil. 
 
 1514 – Ordenações do Reino (antigas leis portuguesas), com 
capítulos dedicados à preservação dos recursos naturais; 
 
 1605 – Regimento do Pau-Brasil, a primeira lei de uso e preservação 
da Mata Atlântica; 
 
 1805 – Por recomendação de José Bonifácio, são baixadas as 
primeiras instruções para reflorestar a costa brasileira; 
 
 1808 – É criado o Real Horto Botânico, no RJ, por Dom João VI. 
Pioneira, a área da unidade de conservação é de 2,5 mil hectares. 
Hoje restam apenas 137 hectares; 
 
20 
 1809 – Aos escravos que denunciam o contrabando de Pau-Brasil é 
concedida a liberdade; 
 1844 – O ministro Almeida Torres propõe desapropriações e plantios 
de árvores para salvar os mananciais do Rio de Janeiro; 
 
 1861 – Dom Pedro II cria, em áreas desmatadas para o café, as 
Florestas da Tijuca e das Paineiras, atual parque nacional da Tijuca; 
 
 1911 -É criada a primeira Reserva Florestal do Brasil, no antigo 
território do Acre; 
 
 1921 – É criado o serviço Florestal do Brasil, atual IBAMA; 
 
 1937 – É inaugurado o Parque Nacional de Itatiaia, a primeira unidade 
de conservação do Brasil; 
 
 1985 a 1995 – A Mata Atlântica perde mais de 1 milhão de hectares 
entre São Paulo e Santa Catarina; 
 
 1973 – É criada a secretaria Especial do meio Ambiente do Governo 
Federal; 
 
 1986 – É criada a Fundação SOS Mata Atlântica; 
 
 1992 – A conferência Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento 
ECO 92 é organizada pela ONU, no Rio de Janeiro; 
 
 1999 – É promulgada a primeira lei de crimes ambientais da era 
Republicana; 
 
 2000 – É aprovada a lei do sistema Nacional de unidades de 
conservação, que estabelece normas e critérios para as unidades de 
conservação; 
 
 2003 – O INPE divulga o aumento de 40% no desmatamento da 
Amazônia Brasileira, entre 2001 e 2002; 
 
 2004 – Em uma ação para conter o desmatamento na Amazônia, o 
governo divulga o plano de combate ao desmatamento; 
 
 2007 – É criado o instituto Chico Mendes de Conservação da 
Biodiversidade, com o objetivo de administrar as unidades de 
conservação Federais; 
 
 2008 – O ministro do meio Ambiente divulga o plano Nacional de 
Mudanças Climáticas; e 
 
 2009 – Em dezembro, o Brasil participa da COP 15, em Copenhague. 
 
 
21 
CAPÍTULO IX - A questão ambiental na empresa 
 
 
 
As empresas não só devem “tornar-se verdes”, mas manter e melhorar sua 
posição competitiva ao se tornarem verdes. 
 
Dois pontos principais são enfatizados (KINLAW, 1997): 
 
 
a) Quanto antes as organizações enxergarem a questão ambiental como 
uma 
oportunidade competitiva, maior será sua probabilidade de sobreviver e 
lucrar; 
 
b) É pela ênfase da questão ambiental, como uma oportunidade de lucro que 
se pode controlar melhor os prejuízos que se tem causado ao meio 
ambiente. 
 
 
Para Donaire (1999, p. 54), a questão ambiental nas empresas envolve: 
 
 Produtos: obtidos de matéria prima renováveis ou recicláveis, que não 
agridem o meio ambiente e baixo consumo de energia no processo; 
 
 Processos: poluição controlada, mínima geração de resíduos, nenhum 
risco para os trabalhadores, baixo consumo de energia; e eficiência 
na utilização dos recursos; 
 
 Conscientização ambiental: objetivando a competitividade; 
 
 Padrões ambientais: geração de novas oportunidades; 
 
 Comprometimento gerencial: envolvimento da totalidade dos 
colaboradores; 
 
 Capacitação do pessoal: treinamento em todos os níveis; 
 
 Capacidade da área de pesquisa e desenvolvimento: produtos 
ecologicamente corretos; 
 
 Capital: disponibilidade para investimentos em novas tecnologias. 
 
 
 
22 
CAPÍTULO X - As Pressões Ambientais 
 
 
 
A implantação de uma Gestão Ambiental na empresa, antes de ser uma 
iniciativa ecológica, é uma necessidade, que tem origem nas crescentes 
pressões para mudar e responder às questões ambientais. 
 
Para Kinlaw (1997, p.46), essas pressões incluem: 
 
 Observância da lei; 
 
 Multas e custos punitivos; 
 
 Culpabilidade pessoal e prisão; 
 
 Organizações ativistas ambientais; 
 
 Cidadania despertada; 
 
 Sociedade, coalizões e associações; 
 Códigos internacionais de desempenho ambiental; 
 
 Investidores ambientalmente conscientes; 
 
 Preferência do consumidor; 
 
 Mercados globais; 
 
 Política global e organizações internacionais; 
 
 Concorrência; e 
 
 Variável ambiental na composição do custo total. 
 
A resposta a essas pressões será evidenciada, também, através de um 
gerenciamento logístico pró-ativo, fortalecendo na empresa sua posição 
competitiva,de maneira a evitar os custos de multas, despoluição e 
processos judiciais e, ainda, reduzindo os custos de manuseio e descarte de 
resíduos. 
 
 
23 
CAPÍTULO XI - Estratégias para o Desempenho Ambiental 
 
 
O desempenho sustentável é a microdescrição daquilo que cada empresa 
ouindústria deve fazer para traduzir o conceito de desenvolvimento 
sustentável em praticas empresariais. 
 
ESTRATÉGIAS GERAIS: 
 
 Produção mais limpa; 
 
 Substituição ou modificação dos processos, produtos e serviços 
existentes; 
 
 Recuperação de resíduos e produtos secundários; 
 
 Redução do uso de materiais;e 
 
 Descoberta de novos nichos demercado, os nichos verdes (Kinlaw, 
1997). 
 
Como se pode observar, estas estratégias estão ligadas ao gerenciamento 
do ciclo logístico. Isto enfatiza a revisão dos processos ou serviços, visando 
à redução douso de materiais que são de difícil recuperação após o 
descarte. 
 
Estas estratégias, quando aplicadas, podem abrir novas oportunidades de 
mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
CAPÍTULO XII - A Qualidade Total e a Gestão Ambiental 
 
 
 
Os conceitos de TQM - Total Quality Management, também devem agora 
convergir para a gestão do meio ambiente, impulsionado pelas necessidades 
da competitividade nos negócios, criando o TQEM – Total Quality 
Environmental Management. 
 
 
Os pontos a serem enfatizados são: 
 
 A qualidade de um processo pode ser melhorada através da 
eliminação ou aperfeiçoamento das fases envolvidas, isto é, 
transporte, espera, operação e inspeção; 
 
 A qualidade de um processo deve aperfeiçoar a interação entre o uso 
de energia e materiais com o meio ambiente natural (KINLAW, 1997). 
 
Nas organizações, o departamento de qualidade normalmente é o 
coordenador dos aspectos ligados à satisfação dos clientes. 
 
Isto significa que a performance dos produtos e a imagem da empresa, junto 
à comunidade, dependem da ação de um sistema de qualidade sincronizado 
com as questões e normas ambientais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
CAPÍTULO XIII - Princípios 
 
 
 
A Norma ISO série 14001 define sistema de gestão ambiental como a parte 
do sistema de gestão global que inclui estrutura organizacional, atividades 
de planejamento, responsabilidades, praticas, procedimentos, processos e 
recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e 
manter a política ambiental (NBR ISO 14001, p.4). 
 
Um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é importante devido à valorização 
quese tem dado às empresas que já têm o sistema implantado e 
funcionamento. 
 
A formatação é básica para todas as empresas, mas, autores como Donaire 
(1999), Carvalho (TACHIZAWA & CARVALHO, 2000) e Zibetti (FARIAS & 
ZIBETTI, 1997), procuram dar ênfase aos aspectos que agregam um maior 
valor em um sistema de gestão ambiental. 
 
Gestão Ambiental é o comprometimento das empresas com a política de 
meio ambiente, expressa em planos, programas e procedimentos 
específicos, visando a melhoria contínua do seu desempenho (FARIAS & 
ZIBETTI, 1997). 
 
Segundo Farias & Zibetti (1997, p.196), três questões fundamentais devem 
ser solucionadas por empresas comprometidas com a implantação de um 
Sistema de Gestão Ambiental: 
 
 ONDE ESTAMOS? 
 
A realização de uma primeira avaliação ambiental permitirá quea empresa 
responda a esta questão. 
 
 ONDE QUEREMOS CHEGAR? 
 
 A política de meio ambiente da empresa é seu “termo de compromisso”. 
 
 
 
 
26 
 COMO CHEGAR LÁ? 
 
A implementação de planos de ação e de programas de gestão específicos, 
associados ao treinamento e à conscientização dos empregados, 
possibilitam à empresa a conquista de objetivos e metas ambientais. 
 
Para Andrade, Tachizawa & Carvalho (2000, p.34), a prioridade na 
organização é reconhecer a gestão do ambiente como fator determinante do 
desenvolvimento sustentável, visando a gestão ambiental integrada com as 
políticas, programas e procedimentos, conduzindo as atividades de modo 
ambientalmente seguro. 
 
Para Donaire (1999, p.60), devem ser analisados 16 princípios quando da 
implantação de um Sistema de Gestão Ambiental: 
 
- A Prioridade Organizacional; 
 
- A Gestão Integrada dos Processos; 
 
- Os Processos de Melhorias; 
 
- A Educação Ambiental; 
 
- A Prioridade de Enfoque; 
 
- Os Produtos e Serviços; 
 
- Orientação ao Consumidor; 
 
- Os Equipamentos e a Operacionalização; 
 
- A Pesquisa e Desenvolvimento; 
 
- O Enfoque Preventivo; 
 
- Relação com Fornecedores e Contratados; 
 
- Planos de Emergência; 
 
- Transferência de Tecnologia; 
 
- Contribuição do esforço comum; 
 
- Transparência de Atitude; e 
 
- Atendimento e Divulgação. 
 
 
 
27 
CAPÍTULO XIV - Modelos de SGA 
 
 
 
 
Para a implantação de um SGA, a empresa terá que escolher um caminho 
baseado em um modelo que responda a todos os princípios descritos 
inicialmente. 
 
Esta decisão é facilitada em função da quantidade de informações 
disponíveis, tanto em literatura como em empresas especializadas em 
consultoria ambiental. 
 
O modelo apresentado por Andrade, Tachizawa & Carvalho (2000, p.112), 
apresenta um enfoque no planejamento estratégico ambiental, criando uma 
metodologia própria. 
 
Mostra a gestão ambiental como um processo. Onde os inputs são dados 
pela Análise e Diagnóstico Ambiental. 
 
A Gestão Estratégica é o processamento das informações, e a Gestão 
Ambiental o output. 
 
Donaire (1999, p.108), apresenta quatro modelos de gestão ambiental: 
 
 Modelo Winter, desenvolvido pela empresa Ernst Winter&Sohn; 
 
 Planos de Ação de Backer; 
 
 Programa Atuação responsável da ABIQUIM ou Responsible Care;e 
 
 Sistema de Gestão Ambiental ISO 14000. 
 
O Modelo Winter consiste em um modelo prático de integração empresarial. 
 
Os Planos de Ação de Backer visam criar uma estratégia ecológica, 
apresentando as seguintes etapas: 
 
 
 
28 
1. Diagnóstico Ambiental realizado em todos os departamentos da 
empresa; 
2. Planos de ação para cada situação de não conformidade;e 
 
3. Implantação da Estratégia Ecológica. 
 
O Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001, é uma Norma que especifica os 
requisitos relativos a um sistema de gestão ambiental, permitindo a uma 
organização formular uma política e objetivos que levem em conta os 
requisitos legais e as informações referentes aos impactos ambientais 
significativos (NBR ISO 14001, p.3). 
 
 
A ESCOLHA DE DETERMINADO MODELO DEPENDE DOS OBJETIVOS 
DA EMPRESA COM AIMPLANTAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL. 
 
 
O Modelo Winter facilita a integração empresarial, mas é pouco abrangente 
em relação à comunidade. 
 
No modelo Plano de Ação de Backer, já se tem um formato sistêmico, 
apresentando diagnósticos e planos de ação. Como o modelo Winter, 
também não é claro em relação à comunidade. 
 
O Programa da ABIQUIM é específico para as indústrias químicas, focando, 
principalmente, o aspecto segurança do meio ambiente e comunidade. 
 
O modelo preconizado pela ISO 14001 é uma Norma de gestão ambiental e 
de uso simples para empresas que já possuem a Norma série ISO 9000. 
 
No Brasil, as empresas vêm adotando a SGA – ISO 14000, como base para 
a implantação da gestão ambiental e norma de certificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
CAPÍTULO XV - Normas de Gestão 
 
 
 
Como se vem observando, as normas de meio ambiente não são uma 
questão de modismo, mas de sobrevivência empresarial. 
 
A ISO 14000 passa a se tornar importante exigência de mercado, 
principalmente para a exportação de produtos de potencial poluidor 
destinados aos países desenvolvidos. 
 
As Normas NBR ISO 14000 abrangem seis áreas bem definidas: 
 
 Sistema de Gestão Ambiental; 
 
 Avaliação de Desempenho Ambiental; 
 
 Auditorias Ambientais; 
 
 Rotulagem Ambiental; 
 
 Aspectos Ambientais nas Normas de Produtos; e 
 
 Análise de Ciclo de Vida do Produto. 
 
 
A aplicação das normas poderá permitir a identificação de áreas 
degradadas, determinação de efeitos ou impactos ambientais, avaliação de 
riscos ambientais, preparação de planos de emergência ou 
contingenciamento, realização de relatório de auditoria ambiental, novos 
projetos para o meio ambiente. 
 
Possibilitará, em longo prazo, produtos e processos mais limpos, 
conservação de recursos naturais, gestão de resíduos industriais,gestão 
racional do uso de energia e redução da poluição global. 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
CAPÍTULO XVI - O Capitalismo Natural 
 
 
 
Em se tratando de gestão ambiental, algo de novo está sendo pesquisado e 
servindo como um modelo de direcionamento para a eficiência da gestão. 
Trata-se do Capitalismo Natural, muito bem focado pelos autores Hawken, A 
Lovis & H Lovins (1999, p.4). 
 
O capitalismo natural reconhece a interdependência fundamental entre a 
produção e o uso do capital produzido pelo homem, por um lado, e a 
conservação e o fornecimento do capital natural, por outro. 
 
Na realidade, uma economia requer quatro tipos de capital para funcionar 
adequadamente: 
 
 O capital humano, na forma de trabalho e inteligência, cultura e 
organização; 
 
 O capital financeiro, que consiste em dinheiro, investimentos e 
instrumentos monetários; 
 
 O capital manufaturado, inclusive a infraestrutura, as máquinas, as 
ferramentas e as fábricas; e 
 
 O capital natural, constituído de recursos, sistemas vivos e os 
serviços do ecossistema. 
 
A pratica do capitalismo natural está fundamentada nos princípios das boas 
praticas dos negócios, que protege e pode melhorar o ambiente, tornando o 
negócio lucrativo e competitivo. 
 
Um time de boas praticas ajuda as empresas a redefinirem seus produtos, 
processos e organização estratégica que explora as grandes e, também, 
subvalorizadas oportunidades. 
 
 
 
 
 
31 
CAPÍTULO XVII- Educação Ambiental 
 
 
 
Em todas as etapas da gestão ambiental, é de grande importância o 
treinamento das pessoas diretamente ligadas à esta gestão. 
A educação ambiental deve considerar os aspectos relevantes ao consumo 
responsável, o uso racional de energia e da água, e o lixo em todas suas 
formas. 
 
Segundo a educadora ambiental Patrícia Blauth (Seabra, 2001a), os projetos 
educacionais abordam do início ao fim a pergunta: 
 
 
“NADA DURA MUITO E TUDO VAI PARA O LIXO. 
E O LIXO, PARA ONDE VAI? MAS O FOCO DEVERIA SER NO PONTO 
ONDE TUDO COMEÇA: 
PORQUE PRODUZIMOS TANTO LIXO?” 
 
 
 
OS três R’S: REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR - DEVEM FORMAR A 
FUNDAMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS. 
SEGUNDO CHRISTOPHER FLAVIN (APUD CASAGRANDE, 2001), 
PRESIDENTE DO WORLD WATCH INSTITUTE 
 
 
A escola precisa informar a nova geração sobre a gravidade dos problemas 
e incentivar os alunos a buscarem soluções. Para que, quando eles 
crescerem, levem esse espírito para suas áreas de atuação. 
 
Parcerias na educação ambiental estão sendo criadas, e algumas já são 
atuantes, como, por exemplo: projetos ambientais patrocinados pelas 
empresas Alcan, Alcoa e Latasa, além de ONGs diversas. 
 
Importante, também, foi à criação em 1999 do PBR – Programa Brasileiro de 
Reciclagem (apud Casagrande, 2001). 
 
Para o pessoal que já atua no ambiente industrial, não tendo oportunidade 
anterior de educação ambiental na escola, a empresa deve, através de 
treinamentos constantes, corrigir esta falha (Seabra, 2001b). 
 
 
32 
NA NBR ISO 14001, ITEM 4.4.2– Treinamento, conscientização e 
competência, cita: 
 
 A organização deve identificar as necessidades de treinamento; 
 
 Ela deve determinar que todo o pessoal cujas tarefas possam criar um 
impacto significativo sobre o meio ambiente receba treinamento 
apropriado; e 
 
 A educação ambiental de uma maneira geral observa que a 
preocupação dos educadores com o manuseio e movimentação de 
resíduos é cada vez mais discutida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
CAPÍTULO XVIII - A Legislação Ambiental 
 
 
 
No princípio 16 da Declaração do Rio de Janeiro, firmada em 1992, 
encontramos que “as autoridades nacionais devem esforçar-se para 
promover a internalização dos custos de proteção do meio ambiente e o uso 
dos instrumentos econômicos, levando-se em conta o conceito de que o 
poluidor deve, em princípio, assumir o custo da poluição, tendo em vista o 
interesse público, sem desvirtuar o comércio e os investimentos 
internacionais”. 
 
No mesmo sentido, a OMC firmou orientação, durante o encontro realizado 
em Roterdã, em 1992, para que os agentes econômicos aperfeiçoem o 
princípio do poluidor pagador, introduzindo o conceito do passivo ambiental, 
mensurado pelo impacto das atividades industriais ou comerciais no meio 
ambiente, com destaque para a destinação dos resíduos, administração de 
gastos energéticose de recursos híbridos/atmosféricos, grau de reciclagem, 
padrões de qualidade etc., de forma a interferir no resultado das auditorias 
contábeis e de qualidade, reforçando a prevenção e o uso de tecnologias 
limpas nos empreendimentos. 
 
O Brasil, apesar de ter uma Legislação Ambiental moderna e abrangente, 
sua utilização é restrita, devido ao desconhecimento dessas Leis, por parte 
da população, e a pouca atuação dos órgãos federais, pois não fazem uma 
divulgação que alcance todas as camadas sociais. 
 
A Legislação Ambiental procura representar a multiplicidade de interesses 
dos diversos segmentos da sociedade. 
 
As 17 Leis Ambientais mais Importantes do País 
 
A indicação é de Paulo Affonso Leme Machado, especialista brasileiro em 
Direito Ambiental internacionalmente reconhecido. São leis que - ao lado da 
Constituição Federal - regulamentam diferentes setores da vida moderna. 
 
Ação Civil Pública (Lei 7.347, de 24/07/1985) 
 
Trata-se da Lei de Interesses Difusos, que trata da ação civil pública de 
responsabilidades por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, e 
ao patrimônio artístico, turístico ou paisagístico. 
 
 
34 
A ação pode ser requerida pelo Ministério Público, a pedido de qualquer 
pessoa, ou por uma entidade constituída há pelo menos um ano. 
Normalmente ela é precedida por um inquérito civil. 
 
Agrotóxicos (Lei 7.802, de 11/07/1989) 
 
A Lei dos Agrotóxicos regulamenta desde a pesquisa e fabricação dos 
agrotóxicos até sua comercialização, aplicação, controle, fiscalização e 
também o destino da embalagem. Impõe a obrigatoriedade do receituário 
agronômico para venda de agrotóxicos ao consumidor. 
 
Também exige registro dos produtos nos Ministérios da Agricultura e da 
Saúde e no IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis). 
 
Qualquer entidade pode pedir o cancelamento deste registro, encaminhando 
provas de que um produto causas graves prejuízos à saúde humana, meio 
ambiente e animais. A indústria tem direito de se defender. 
 
O descumprimento da lei pode render multas e reclusão inclusive para os 
empresários. 
 
Área de Proteção Ambiental (Lei 6.902, de 27/04/1981) 
 
Lei que criou as figuras das "Estações Ecológicas" (áreas representativas de 
ecossistemas brasileiros, sendo que 90% delas devem permanecer 
intocadas e 10% podem sofrer alterações para fins científicos) e das "Áreas 
de Proteção Ambiental" (APAS) - onde podem permanecer as propriedades 
privadas, mas o poder público pode limitar e as atividades econômicas para 
fins de proteção ambiental. 
 
Ambas podem ser criadas pela União, Estado, ou Município. Informação 
importante: tramita na Câmara dos Deputados, em regime de urgência para 
apreciação em plenário, o Projeto de Lei 2892/92, que modificaria a atual lei, 
ao criar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação. 
 
Atividades Nucleares (Lei 6.453, de 17/10/1977) 
 
Dispõe sobre responsabilidade civil por danos nucleares e a 
responsabilidade criminal por atos relacionados com as atividades 
nucleares. 
 
Entre outros, determina que quando houver um acidente nuclear, a 
instituição autorizada a operar a instalação nuclear tem a responsabilidade 
civil pelo dano, independente da existência de culpa. Se for provada a culpa 
da vítima, a instituição apenas será exoneradade indenizar os danos 
ambientais. Em caso de acidente nuclear não relacionado a qualquer 
operador, os danos serão suportados pela União. 
 
 
 
35 
A lei classifica como crime produzir, processar, fornecer, usar, importar, ou 
exportar material sem autorização legal, extrair e comercializar ilegalmente 
minério nuclear, transmitir informações sigilosas neste setor, ou deixar de 
seguir normas de segurança relativas à instalação nuclear. 
 
Crimes Ambientais (Lei 9.605, de 12/02/1998) 
 
A Lei dos Crimes Ambientais reordena a legislação ambiental brasileira no 
que se refere às infrações e punições. 
 
A partir dela, a pessoa jurídica, autora ou co-autora da infração ambiental, 
pode ser penalizada, chegando à liquidação da empresa, se ela tiver sido 
criada ou usada para facilitar ou ocultar um crime ambiental. 
 
Por outro lado, a punição pode ser extinta quando se comprovar a 
recuperação do dano ambiental e - no caso de penas de prisão de até 4 
anos - é possível aplicar penas alternativas. 
 
A lei criminaliza os atos de pichar edificações urbanas, fabricar ou soltar 
balões (pelo risco de provocar incêndios), maltratar as plantas de 
ornamentação (prisão de até um ano), dificultar o acesso às praias, ou 
realizar um desmatamento sem autorização prévia. 
 
As multas variam de R$ 50 a R$ 50 milhões. Para saber mais: o IBAMA tem, 
em seu site, um quadro com as principais inovações desta lei, bem como de 
todos os vetos presidenciais. 
 
Engenharia Genética (Lei 8.974, de 05/01/1995) 
 
Regulamentada pelo Decreto 1752, de 20/12/1995, a lei estabelece normas 
para aplicação da engenharia genética, desde o cultivo, manipulação e 
transporte de organismos geneticamente modificados (OGM), até sua 
comercialização, consumo e liberação no meio ambiente. 
 
Define engenharia genética como a atividade de manipulação em material 
genético que contém informações determinantes de caracteres hereditários 
de seres vivos. 
 
A autorização e fiscalização do funcionamento de atividades na área, e da 
entrada de qualquer produto geneticamente modificado no país, é de 
responsabilidade de vários ministérios: do Meio Ambiente (MMA), da Saúde 
(MS), da Reforma Agrária (RA). 
Toda entidade que usar técnicas de engenharia genética é obrigada a criar 
sua Comissão Interna de Biossegurança, que deverá, entre outros, informar 
trabalhadores e a comunidade sobre questões relacionadas à saúde e 
segurança nesta atividade. 
 A lei criminaliza a intervenção em material genético humano in vivo (exceto 
para tratamento de defeitos genéticos), e também a manipulação genética 
 
 
36 
de células germinais humanas, sendo que as penas podem chegar a vinte 
anos de reclusão. 
 
Exploração Mineral (Lei 7.805, de 18/07/1989) 
 
Esta lei regulamenta a atividade garimpeira. A permissão da lavra é 
concedida pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) a 
brasileiro ou cooperativa de garimpeiros autorizada a funcionar como 
empresa, devendo ser renovada a cada cinco anos. 
 
É obrigatória a licença ambiental prévia, que deve ser concedida pelo órgão 
ambiental competente. Os trabalhos de pesquisa ou lavra que causarem 
danos ao meio ambiente são passíveis de suspensão, sendo o titular da 
autorização de exploração dos minérios responsável pelos danos 
ambientais. 
 
A atividade garimpeira executada sem permissão ou licenciamento é crime. 
 
Fauna Silvestre (Lei 5.197, de 03/01/1967) 
 
Classifica como crime o uso, perseguição, apanha de animais silvestres, a 
caça profissional, o comércio de espécimes da fauna silvestre e produtos 
que derivaram de sua caça, além de proibir a introdução de espécie exótica 
(importada) e a caça amadorística sem autorização do IBAMA (Instituto 
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). 
 
Também criminaliza a exportação de peles e couros de anfíbios e répteis 
(como o jacaré) em bruto. 
 
Florestas (Lei 4771, de 15/09/1965) 
 
Determina a proteção de florestas nativas e define como áreas de 
preservação permanente (onde a conservação da vegetação é obrigatória): 
uma faixa de 10 a 500 metros nas margens dos rios (dependendo da largura 
do curso d'água), a beira de lagos e de reservatórios de água, os topos de 
morro, encostas com declividade superior a 45° e locais acima de 1.800 
metros de altitude. 
 
Também exige que propriedades rurais da região Sudeste do País 
preservem 20% da cobertura arbórea, devendo tal reserva ser averbada no 
registro de imóveis, a partir do que fica proibido o desmatamento, mesmo 
que a área seja vendida ou repartida. 
 
As sanções que existiam na lei foram criminalizadas a partir da Lei dos 
Crimes Ambientais, de 1998. 
 
 
 
 
 
 
37 
Gerenciamento Costeiro (Lei 7661, de 16/05/1988) 
 
Regulamentada pela Resolução nº. 01 da Comissão Interministerial para os 
Recursos do Mar, em 21/12/1990, esta lei traz as diretrizes para criar o 
Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro. 
 
Define Zona Costeira como o espaço geográfico da interação do ar, do mar 
e da terra, incluindo os recursos naturais e abrangendo uma faixa marítima e 
outra terrestre. 
 
O Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (GERCO) deve prever o 
zoneamento de toda esta extensa área, trazendo normas para o uso de solo, 
da água e do subsolo, de modo a priorizar a proteção e conservação dos 
recursos naturais, o patrimônio histórico, paleontológico, arqueológico, 
cultural e paisagístico. 
 
Permite aos Estados e Municípios costeiros instituírem seus próprios planos 
de gerenciamento costeiro, desde que prevalecem as normas mais 
restritivas. As praias são bens públicos de uso do povo, assegurando-se o 
livre acesso a elas e ao mar. 
 
O gerenciamento costeiro deve obedecer às normas do Conselho Nacional 
do Meio Ambiente (CONAMA). 
 
IBAMA (Lei 7.735, de 22/02/1989) 
 
Lei que criou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis (IBAMA), incorporando a Secretaria Especial do Meio 
Ambiente (que era subordinada ao Ministério do Interior) e as agências 
federais na área de pesca, desenvolvimento florestal e borracha. 
 
Ao IBAMA compete executar e fazer executar a política nacional do meio 
ambiente, atuando para conservar, fiscalizar, controlar e fomentar o uso 
racional dos recursos naturais (hoje o IBAMA subordina-se ao Ministério do 
Meio Ambiente). 
 
Parcelamento do solo urbano (Lei 6.766, de 19/12/1979) 
 
Estabelece as regras para loteamentos urbanos, proibidos em áreas de 
preservação ecológica, naquelas onde a poluição representa perigo à saúde, 
em terrenos alagadiços. 
 
Da área total, 35% devem se destinar ao uso comunitário (equipamentos de 
educação, saúde lazer, etc.). 
 
O projeto deve ser apresentado e aprovado previamente pelo Poder 
Municipal, sendo que as vias e áreas públicas passarão para o domínio da 
Prefeitura, após a instalação do empreendimento. 
 
 
 
38 
Obs.: a partir da Resolução 001 do Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA), de 23 de janeiro de 1986, quando o empreendimento prevê 
construção de mais de mil casas, tornou-se obrigatório fazer um Estudo 
Prévio de Impacto Ambiental. 
 
Patrimônio Cultural (Decreto Lei 25, de 30/11/1937) 
 
Este decreto organiza a Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico 
Nacional, incluindo como patrimônio nacional os bens de valor etnográfico, 
arqueológico, os monumentos naturais, além dos sítios e paisagens de valor 
notável pela natureza ou a partir de uma intervenção humana. 
 
A partir do tombamento de um destes bens, fica proibida sua destruição, 
demolição ou mutilação sem prévia autorização do Serviço de Patrimônio 
Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), que também deve ser previamente 
notificado, em caso de dificuldade financeira para a conservação do bem. 
 
Qualquer atentado contra um bem tombado equivale a um atentado ao 
patrimônionacional. 
 
Política Agrícola (Lei 8.171 de 17/01/1991) 
 
Esta lei, que dispõe sobre Política Agrícola, coloca a proteção do meio 
ambiente entre seus objetivos e como um de seus instrumentos. 
 
Em um capítulo inteiramente dedicado ao tema, define que o Poder Público 
(federação, estados, municípios) deve disciplinar e fiscalizar o uso racional 
do solo, da água, da fauna e da flora; realizar zoneamentos agroecológicos 
para ordenar a ocupação de diversas atividades produtivas (inclusive 
instalação de hidrelétricas), desenvolver programas de educação ambiental, 
fomentar a produção de mudas de espécies nativas, entre outros. 
 
Mas, a fiscalização e uso racional destes recursos também cabe aos 
proprietários de direito e aos beneficiários da reforma agrária. 
 
As bacias hidrográficas são definidas como as unidades básicas de 
planejamento, uso, conservação e recuperação dos recursos naturais, sendo 
que os órgãos competentes devem criar planos plurianuais para a proteção 
ambiental. 
 
A pesquisa agrícola deve respeitar a preservação da saúde e do ambiente, 
preservando ao máximo a heterogeneidade genética. 
 
Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938, de 17/01/1981) 
 
A mais importante lei ambiental. 
 
Define que o poluidor é obrigado a indenizar danos ambientais que causar, 
independentemente de culpa. 
 
 
39 
O Ministério Público (Promotor Público) pode propor ações de 
responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, impondo ao poluidor a 
obrigação de recuperar e/ou indenizar prejuízos causados. Também esta lei 
criou os Estudos e respectivos Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), 
regulamentados em 1986, pela Resolução 001/86 do Conselho Nacional do 
Meio Ambiente (CONAMA). O EIA/RIMA deve ser feito antes da implantação 
de atividade econômica que afete significativamente o meio ambiente, como 
estrada, indústria, ou aterros sanitários, devendo detalhar os impactos 
positivos e negativos que possam ocorrer por causa das obras ou após a 
instalação do empreendimento, mostrando ainda como evitar impactos 
negativos. 
Se não for aprovado, o empreendimento não pode ser implantado. 
 
Recursos Hídricos (Lei 9.433, de 08/01/1997) 
 
A lei que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema 
Nacional de Recursos Hídricos define a água como recurso natural limitado 
dotado de valor econômico, que pode ter usos múltiplos (por exemplo: 
consumo humano, produção de energia, transporte aquaviário, lançamento 
de esgotos). 
 
A partir dela, a gestão dos recursos hídricos passa a ser descentralizada, 
contando com a participação do Poder Público, usuários e comunidades. 
São instrumentos da nova Política das Águas: 
 
1- Os Planos de Recursos Hídricos: elaborados por bacia hidrográfica, 
por Estado e para o País, visam gerenciar e compatibilizar os 
diferentes usos da água, considerando inclusive a perspectiva de 
crescimento demográfico e metas para racionalizar o uso; 
 
2- A outorga de direitos de uso das águas: válida por até 35 anos, deve 
compatibilizar os usos múltiplos; 
 
3- A cobrança pelo seu uso (antes, só se cobrava pelo tratamento e 
distribuição); e 
 
4- Os enquadramentos dos corpos d'água (a ser regulamentado). 
 
A LEI PREVÊ A FORMAÇÃO DE: 
 
1- Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos 
(integrando conselho nacional e estadual de Recursos Hídricos, 
bem como os Comitês de Bacias Hidrográficas; 
 
2- Conselho Nacional de Recursos Hídricos, composto por indicados 
pelos respectivos conselhos estaduais de recursos hídricos, 
representantes das organizações civis do setor e de usuários; 
 
 
 
40 
3- Comitês de Bacias Hidrográficas, compreendendo uma bacia ou 
sub-bacia hidrográfica, cada comitê deve ter representantes de 
governo, sociedade civil e usuários com atuação regional 
comprovada; 
4- Agências de bacia: com a mesma área de atuação de um ou mais 
comitês de bacia, têm entre as atribuições previstas, a cobrança 
de uso da água e administração dos recursos recebidos; e 
 
5- Sistema Nacional de Informação sobre Recursos Hídricos: para a 
coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações 
sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão. 
 
Zoneamento Industrial nas Áreas Críticas de Poluição (Lei 6.803, de 
02/07/1980) 
 
De acordo com esta lei, cabe aos estados e municípios estabelecer limites e 
padrões ambientais para a instalação e licenciamento das indústrias, 
exigindo Estudo de Impacto Ambiental. Municípios podem criar três classes 
de zonas destinadas à instalação de indústrias: 
 
1) Zona de uso estritamente industrial: destinada somente às indústrias 
cujos efluentes, ruídos ou radiação possam causar danos à saúde 
humana ou ao meio ambiente, sendo proibido instalar atividades não 
essenciais ao funcionamento da área; 
 
2) Zona de uso predominantemente industrial: para indústrias cujos 
processos possam ser submetidos ao controle da poluição, não 
causando incômodos maiores às atividades urbanas e repouso 
noturno, desde que se cumpram exigências, como a obrigatoriedade 
de conter área de proteção ambiental que minimize os efeitos 
negativos; e 
 
3) Zona de uso diversificado: aberta a indústrias que não prejudiquem as 
atividades urbanas e rurais. 
 
As legislações ambientais deixam claras as obrigações do Poder Público e, 
na maioria das vezes, o Poder Público só toma alguma posição por se ver 
pressionado pela sociedade. 
 
Esta pressão está repercutindo diretamente sobre o Direito Ambiental 
brasileiro que, cada dia mais, ganha espaço nos bancos acadêmicos 
jurídicos (ALLAGNOL, LERÍPIO & SELIG, 2001). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
CAPÍTULO XIX - Os 3 Rs 
 
 
 
 
 
Os 3Rs se propõem a analisar e organizar o ciclo produtivo, de forma que 
cada vez mais o lixo seja transformado em insumo, substituindo, até o limite 
do possível, matérias primas naturais. 
 
Mais especificamente, os 3 Rs envolvem: 
 
a) Reduzir: implica em diminuir o consumo de tudo o que não é 
realmente necessário; 
 
b) Reutilizar: significa usar um produto ou parte dele depois de 
terminado o objetivo de origem; e 
 
c) Reciclar: é a maneira de lidar com o lixo de forma a reduzir e reusar. 
 
Este processo consiste em fazer coisas novas a partir de coisas usadas, 
transforma-o inicialmente em matéria prima, que será processada 
posteriormente. 
 
Para Moura (2000, p.40): “A implementação adequada da logística verde 
significa o uso constante dos 3 Rs e 1 S, isto é, reduzir, reutilizar, reciclar e 
substituir”. 
 
Para Barciotte (2002, p.22): “A grande resposta é minimizar, não 
simplesmente reduzir o lixo. Minimizar é diminuir ao mínimo o lixo que a 
sociedade toda está produzindo” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
CAPÍTULO XX - Cadastro Técnico Federal de Atividades 
Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos 
 
 
 
Lei nº. 6.938, de 31 de Agosto de 1981: 
 
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos 
de formulação e aplicação, e dá outras providências. 
 
Art. 9º. São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: 
 
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa 
Ambiental; 
 
XII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras 
e/ou Utilizadoras dos Recursos Ambientais. (Lei nº.7.804/89) 
 
 
Registro Obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que: 
 
 Dedicam-se à consultoria técnica sobre problemas ecológicos e 
ambientais; 
 Dedicam-se à indústria e comércio de equipamentos, aparelhos e 
instrumentos destinados ao controle de atividades efetiva ou 
potencialmente poluidoras; 
 Dedicam-se às atividades potencialmente poluidoras e/ou à extração, 
produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente 
perigososao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos 
da fauna e flora. (Incluído pela Lei nº. 7.804, de 1989) 
 
 
Art. 17-B. Fica instituída a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – 
TCFA, cujo fato gerador é o exercício regular do poder de polícia conferido 
ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis – IBAMA para controle e fiscalização das atividades 
 
 
43 
potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais. (redação dada 
pela Lei nº.10165/00) 
 
Art. 17-C. É sujeito passivo da TCFA todo aquele que exerça as atividades 
constantes do Anexo VIII desta Lei. (NR) 
 
§ 1º. O sujeito passivo da TCFA é obrigado a entregar até o dia 31 de março 
de cada ano relatório das atividades exercidas no ano anterior, cujo modelo 
será definido pelo Ibama, para o fim de colaborar com os procedimentos de 
controle e fiscalização. (NR) 
 
§ 2º O descumprimento da providência determinada no § 1º sujeita o infrator 
a multa equivalente a vinte por cento da TCFA devida, sem prejuízo da 
exigência desta. (NR) 
 
Art. 17-F. São isentas do pagamento da TCFA as entidades públicas 
federais, distritais, estaduais e municipais, as entidades filantrópicas, 
aqueles que praticam agricultura de subsistência e as populações 
tradicionais. (Redação dada pela Lei nº.10.165, de 2000) 
 
Art. 17-G. A TCFA será devida no último dia útil de cada trimestre do ano 
civil, nos valores fixados no Anexo IX desta Lei, e o recolhimento será 
efetuado em conta bancária vinculada ao IBAMA, por intermédio de 
documento próprio de arrecadação, até o quinto dia útil do mês 
subsequente. (Redação dada pela Lei nº.10.165, de 2000) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
CAPÍTULO XXI - Tecnologias Ambientais para Minimizar Impactos no Ar 
e no Solo, Tratamento de Resíduos 
 
 
 
 
O desenvolvimento industrial e urbano tem originado em todo o mundo um 
aumento crescente da emissão de poluentes atmosféricos. O acréscimo das 
concentrações atmosféricas destas substâncias, a sua deposição no solo, 
nos vegetais e nos materiais, é responsável por danos na saúde, redução da 
produção agrícola, danos nas florestas, degradação de construções e obras 
de arte e de uma forma geral origina desequilíbrios nos ecossistemas. 
 
Poluição do Ar- Efeitos sobre a Saúde Humana 
 
Sobre a saúde humana, a poluição atmosférica afeta o sistema respiratório 
podendo agravar ou mesmo provocar diversas doenças crônicas, tais como 
a asma, bronquite crôn7ica, infecções nos pulmões, enfisema pulmonar, 
doenças do coração e cancro do pulmão. 
 
Os poluentes atmosféricos podem afetar a vegetação por duas vias: via 
direta e via indireta. 
 
Os efeitos diretos resultam da destruição de tecidos das folhas das plantas 
provocados pela deposição seca de SO2, pelas chuvas ácidas ou pelo 
ozônio, refletindo-se na redução da área fotossintética. 
 
Os efeitos indiretos são provocados pela acidificação dos solos com a 
consequente redução de nutrientes e libertação de substâncias prejudiciais 
às plantas, resultando em uma menor produtividade e numa maior 
susceptibilidade a pragas e doenças. 
 
Os efeitos negativos dos poluentes nos materiais resultam da abrasão, 
reações químicas diretas ou indiretas, corrosão eletroquímica ou devido à 
necessidade de aumentar a frequência das ações de limpeza. As rochas 
calcárias são as mais afetadas, nomeadamente, pela acidificação das águas 
da chuva. 
 
Os odores são responsáveis por efeitos psicológicos importantes estando 
associados, sobretudo, aos locais de deposição e tratamento de resíduos 
 
 
45 
sólidos e a algumas indústrias de que são exemplo as fábricas de pasta de 
papel. 
 
FONTES POLUIDORAS 
 
A nível nacional, destacam-se, pelas suas emissões, as Unidades Industriais 
e de Produção de Energia como a geração de energia elétrica, as refinarias, 
fábricas de pasta de papel, siderúrgicas, cimenteiras e indústria química e de 
adubos. 
 
A utilização de combustíveis para a produção de energia é responsável pela 
maior parte das emissões de SOx e CO2 contribuindo, ainda, de forma 
significativa para as emissões de CO e NOx. 
 
O uso de solventes em colas, tintas, produtos de proteção de superfícies, 
aerossóis, limpeza de metais e lavanderias é responsável pela emissão de 
quantidades apreciáveis de Compostos Orgânicos Voláteis. 
 
Existem outras fontes poluidoras que, em certas condições, se pode revelar 
importantes, tais como: 
 
 A queima de resíduos urbanos, industriais, agrícolas e florestais, feita 
muitas vezes, em situações incontroladas; 
 
 A queima de resíduos de explosivos, resinas, tintas, plásticos, pneus 
é responsável pela emissão de compostos perigosos; 
 
 Os fogos florestais são, nos últimos anos, responsáveis por emissões 
significativas de CO2; 
 
 O uso de fertilizantes e o excesso de concentração agropecuária são 
os principais contribuintes para as emissões de metano, amoníaco e 
N2O; e 
 
 As indústrias de minerais não metálicos, a siderurgia, as pedreiras e 
áreas em construção, são fontes importantes de emissões de 
partículas. 
 
FONTES MÓVEIS 
 
As fontes móveis, sobretudo os transportes rodoviários, são uma fonte 
importante de poluentes, essencialmente devido às emissões dos gases de 
escape, mas, também, como resultado da evaporação de combustíveis. São 
os principais emissores de NOx e CO, importantes emissores de CO2 e de 
COV, além de serem responsáveis pela emissão de poluentes específicos 
como o chumbo. 
 
 
 
 
 
46 
CONSEQUÊNCIAS 
 
O aumento da temperatura global e consequentes incêndios, derretimento 
da calota polar e consequentes enchentes, alagamentos, mudança de clima 
e desertificação. 
 
ACIDIFICAÇÃO 
 
Poluentes como o NOx é o principal responsável pelo problema da 
acidificação. 
 
Em contato com a água transformam-se em ácidos sulfúrico e nítrico, os 
quais dissolvidos na chuva e na neve atingem o solo sob a forma de sulfatos 
(SO42), nitratos (NO3-) e íons de Hidrogênio (H+) - deposição úmida. 
 
No entanto, o SO2 e os NOx podem ser depositados diretamente no solo ou 
nas folhas das plantas como gases ou associados a poeiras - deposição 
seca. 
 
A acidez é dada pela concentração de (H+) liberados pelos ácidos e é 
normalmente indicada pelos valores de PH. 
 
EFEITO ESTUFA 
 
A temperatura da troposfera é pouco afetada pela radiação solar direta, a 
que é relativamente transparente, aquecendo, sobretudo, como resultado da 
absorção das radiações de grande comprimento de onda emitidas pela 
superfície terrestre. 
 
A absorção da radiação terrestre é efetuada por diversos compostos de que 
se salienta o CO2, mas, também, o CH4, Ozono, N2O e os CFC. 
 
Estes funcionam assim como os vidros de uma estufa, deixando passar a 
radiação solar que aquece o solo e retendo a radiação terrestre. 
 
É por esta razão que o acréscimo na concentração destes poluentes poderá 
ter como reflexo o aumento da temperatura do ar. 
 
O aumento da temperatura do globo terá como consequências prováveis o 
aumento das áreas desérticas bem como o degelo das calotas polares com 
a consequente subida do nível das águas dos oceanos. 
 
Registaram-se nos últimos anos, aumentos da concentração atmosférica de 
CO2, em uma amplitude que ultrapassa as oscilações do último milhar de 
anos e de que as principais causas serão o aumento de uso de combustíveis 
fósseis e a deflorestação. 
 
O reconhecimento por parte da Comunidade Internacional, da grande 
importância da estabilização dos gases com efeito de estufa a níveis que 
 
 
47 
não afetem o sistema climático global, levou à adopção da Convenção-
Quadro das Nações Unidas sobre as alterações climáticas, que entrou em 
vigor a 21 de Março de 1994. 
 
REDUÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO 
 
A presença doozônio na estratosfera (entre 20 e 40 km de altitude) funciona 
como uma barreira para a radiação ultravioleta, tornando-se, assim, 
essencial para a manutenção da vida na superfície terrestre. Desde os anos 
70, que se tem medido a redução da concentração de ozônio em locais 
específicos da atmosfera ("buracos do ozônio" nas regiões Antártica e 
Ártica) e, de uma forma geral, em todo o planeta. 
 
É reconhecido que as emissões à escala mundial de certas substâncias, 
entre as quais se contam os hidrocarbonetos clorofluorados (CFC's) e os 
Halons, podem deteriorar a camada de ozônio, de modo a existir risco de 
efeitos nocivos para a saúde do homem e para o ambiente em geral. Atentos 
a esta problemática mais de cem países já ratificaram a Convenção de 
Viena para a proteção da camada de ozônio e o Protocolo de Montreal sobre 
as substâncias que deterioram a camada de ozônio. 
 
Este Protocolo estabelece o controlo da produção e consumo de cerca de 90 
substâncias regulamentadas. 
 
 Medidas de combate a poluição atmosférica; 
 Emissão de dióxido de carbono, por país, em milhões de toneladas; 
 Medidas preventivas; 
 Medir e conhecer a concentração dos poluentes no ar; 
 Definir as fontes poluentes; 
 Definir a qualidade do ar; 
 Analisar os valores limite; 
 Observar a evolução da qualidade do ar; 
 Planear ações que promovam uma melhor qualidade do ar, tais como: 
reordenar atividades socioeconômicas, localizar fontes poluentes, 
alterar o percurso rodoviário e reduzir as emissões de poluentes 
atmosféricos; 
 Para reduzir a concentração dos poluentes atmosféricos são 
necessárias tanto medidas preventivas como corretivas, assumindo a 
informação um papel fundamental na mobilização dos cidadãos. 
 
Entre os principais meios de intervenção disponíveis contam-se: 
 
 Estabelecimento de limites de qualidade do ar ambiente; 
 Definição de normas de emissão; 
 Licenciamento das fontes poluidoras; 
 Incentivo à utilização de novas tecnologias; 
 
 
48 
 Utilização de equipamento de redução de emissões (por exemplo, os 
catalisadores nos automóveis e a utilização de equipamento de 
despoluição de efluentes gasosos nas indústrias); 
 Controle dos locais de deposição de resíduos sólidos, impedindo os 
fogos espontâneos e a queima de resíduos perigosos; 
 Utilização de redes de monitorização da qualidade do ar; 
 Incentivo à permanência de florestas naturais; 
 Estabelecimento de Planos de Emergência para situações de poluição 
atmosférica graves; 
 Criação de serviços de informação e de auxílio às populações sujeitas 
ou afetadas pela poluição atmosférica; e 
 Os valores limite de concentração de poluentes atmosféricos definem 
níveis de concentração de poluentes no ar ambiente necessário (com 
uma determinada margem de precaução) para proteger a saúde 
pública. 
 
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis (IBAMA) é o órgão responsável pela normatização do limite de 
emissão que são específicos para cada setor. 
 
Alguns limites já foram determinados, como no caso da emissão de gases 
por ciclomotores, motociclos e veículos similares novos, estabelecido pela 
resolução CONAMA nº. 297, de 26 de fevereiro de 2002. 
 
Incentivo à Utilização de Novas Tecnologias 
 
Uso de tecnologias limpas P+L, envolvendo tanto as fontes pontuais como 
as fontes móveis, através de: 
 Redução dos consumos de energia através da sua utilização mais 
racional ou de utilização de outras fontes de energia alternativas 
responsáveis por menores emissões de CO2 e de outros poluentes; 
 Utilização de combustíveis que reduzam as quantidades de poluentes 
emitidos (dessulfuração de derivados de petróleo ou utilização de 
gasolina sem chumbo, por exemplo); 
 Substituição de compostos nocivos, tais como os CFC e alguns 
solventes, por outros inócuos ou de menores inconvenientes; 
 Utilização de tecnologias geradoras de menores quantidades 
poluentes; 
 Diminuta utilização de produtos com Clorofluorcarbonetos ou em 
abreviado CFCs, prejudiciais à camada de ozono. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
Poluentes Atmosféricos 
 
Poluente Fontes Processos Efeito 
Óxidos de 
Enxofre (SOx) 
Antropogénicas 
Combustão 
(refinarias, centrais 
térmicas, veículos 
diesel) 
Processos 
Industriais 
Afeta o sistema respiratório 
Chuvas ácidas 
Danos em materiais 
Naturais 
Vulcanismo 
Processos biológicos 
Óxidos de Azoto 
(Nox) 
Antropogénicas 
Combustão (veículos 
e indústria) Afeta o sistema respiratório 
Chuvas ácidas 
Naturais 
Emissões da 
vegetação 
Compostos 
Orgânicos 
Voláteis (COV) 
Antropogénicas 
Refinarias 
Petroquímicas 
Veículos 
Evaporação de 
combustíveis e 
solventes 
Poluição fotoquímica 
Incluem compostos tóxicos 
e carcinogênicos 
Monóxido de 
Carbono (CO) 
Antropogénicas 
Combustão 
(veículos) 
Reduz a capacidade de 
transporte de oxigênio no 
sangue Naturais 
Emissões da 
vegetação 
Dióxido de 
Carbono (CO2) 
Antropogénicas Combustão 
Efeito estufa 
Naturais Fogos florestais 
Chumbo (Pb) Antropogénicas 
Gasolina com 
chumbo 
Incineração de 
resíduos 
Tóxico acumulativo 
Anemia e destruição de 
tecido cerebral 
Partículas 
Antropogénicas 
Combustão 
Processos 
industriais 
Condensação de 
outros poluentes 
Extração de minerais 
Alergias respiratórias 
Vetor de outros poluentes 
(metais pesados, 
compostosorgânicos 
carcinogénicos) 
Naturais 
Erosão eólica 
Vulcanismo 
CFC's e Halons Antropogénicas 
Aerossóis 
Sistemas de 
refrigeração 
Espumas, sistemas 
de combate a 
incêndios 
Destruição da camada de 
ozônio 
Contribuição para o efeito 
estufa 
 
 
 
 
50 
CAPÍTULO XXII - Poluição da Água 
 
 
 
A água é um bem precioso e cada vez mais tema de debates no mundo 
todo. O uso irracional e a poluição de fontes importantes (rios e lagos) 
podem ocasionar a falta de água doce muito em breve, caso nenhuma 
providência seja tomada. 
 
FALTA DE ÁGUA 
 
Este milênio que está começando, apresenta o grande desafio de evitar a 
falta de água. Um estudo recente da revista Science (julho de 2000), 
mostrou que aproximadamente 2 bilhões de habitantes enfrentam a falta de 
água no mundo. Em breve, poderá faltar água para irrigação em diversos 
países, principalmente nos mais pobres. Os continentes mais atingidos pela 
falta de água são: África, Ásia Central e o Oriente Médio. 
 
Entre os anos de 1990 e 1995, a necessidade por água doce aumentou 
cerca de duas vezes mais que a população mundial. Isso ocorreu provocado 
pelo alto consumo de água em atividades industriais e zonas agrícolas. 
Infelizmente, apenas 2,5% da água do planeta Terra são de água doce, 
sendo que apenas 0,08% está em regiões acessíveis ao ser humano. 
 
CAUSAS DA POLUIÇÃO DAS ÁGUAS DO PLANETA 
 
As principais causas de deteriorização dos rios, lagos e dos oceanos são: 
poluição e contaminação por poluentes e esgotos. O ser humano tem 
causado todo este prejuízo à natureza, através dos lixos, esgotos, dejetos 
químicos industriais e mineração sem controle. 
 
Em função destes problemas, os governos preocupados têm incentivado a 
exploração de aquíferos (grandes reservas de água doce subterrâneas). Na 
América do Sul, temos o Aquífero Guarani, um dos maiores do mundo e 
ainda pouco utilizado. Grande parte das águas deste aquífero situa-se em 
subsolo brasileiro. 
 
Problemas Gerados pela Poluição das Águas 
 
Estudos da Comissão Mundial de Água e de outros organismos 
internacionais, demonstram que cerca de 3 bilhões de habitantes em nosso 
 
 
51 
planeta estão vivendo sem o mínimo necessário de condições sanitárias. Um 
milhão não tem acesso à água potável. Em virtude desses graves 
problemas,espalham-se diversas doenças como diarréia, esquistossomose, 
hepatite e febre tifóide, que matam mais de 5 milhões de seres humanos por 
ano, sendo que um número maior de doentes sobrecarregam os precários 
sistemas de saúde destes países. 
 
SOLUÇÕES 
 
Com o objetivo de buscar soluções para os problemas dos recursos hídricos 
da Terra, foi realizado no Japão, em março de 2003, o III Fórum Mundial de 
Água. Políticos, estudiosos e autoridades do mundo todo aprovaram 
medidas e mecanismos de preservação dos recursos hídricos. Estes 
documentos reafirmam que a água doce é extremamente importante para a 
vida e saúde das pessoas e defende que, para que ela não falte no século 
XXI, alguns desafios devem ser urgentemente superados: o atendimento das 
necessidades básicas da população, a garantia do abastecimento de 
alimentos, a proteção dos ecossistemas e mananciais, a administração de 
riscos, a valorização da água, a divisão dos recursos hídricos e a eficiente 
administração dos recursos hídricos. 
 
Embora muitas soluções sejam buscadas em esferas governamentais e em 
congressos mundiais, no cotidiano todos podem colaborar para que a água 
doce não falte. 
 
A economia e o uso racional da água devem estar presentes nas atitudes 
diárias de cada cidadão. A pessoa consciente deve economizar, pois o 
desperdício de água doce pode trazer drásticas consequências, em um 
futuro pouco distante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
CAPÍTULO XXIII - Águas: Abundância e Escassez 
 
 
 
 
O Brasil detém 12% da água doce mundial, o que nos garante abundância 
em algumas regiões, mas completa escassez em outras 
 
É muito, nesses tempos que indicam escassez desse líquido tão poderoso e 
vital. Nesse contexto, a Amazônia se destaca com seus grandes rios, 
regiões inteiras encharcadas, chuvas abundantes e densidade demográfica 
bastante baixa. Por outro lado, quando nos aproximamos mais do centro e 
do litoral brasileiros, a população aumenta junto com a demanda de água. 
 
E a oferta, para o lado de cá, não é tão vasta assim. Mas, para o Nordeste 
então, a coisa complica e, aí, temos uma das regiões de maior estresse pela 
água não somente do Brasil, mas do próprio continente e do mundo, 
gerando mazelas sociais graves, ainda não superadas pelas novas 
gerações. 
A seca e os longos períodos de estiagem não somente afetam a natureza 
árida, mas a perspectiva de vida de toda uma população que não vivencia 
plenamente o direito humano à água. Desafios de uma terra tão grande 
quanto desigual. Assim como somos. 
 
Esse País tão rico em água ainda não consegue garantir que esse direito 
alcance de forma igualitária a todos. 
 
Por aqui, apenas 41% das casas são atendidas por rede de abastecimento 
de água. Desse número, menos da metade (57,4%) possui sistema de coleta 
de esgoto sanitário. 
 
Outro dado é o desperdício dos recursos hídricos em até 30% pelas redes 
de abastecimento, segundo dados do Sistema Nacional de Informações 
sobre Saneamento. 
 
A situação se agrava quando pensamos nos nossos próprios hábitos de 
consumo e falta de racionalização do uso. Por aqui, a maior parte da água é 
utilizada na agricultura. 
 
 
 
53 
A indústria cada vez mais explora a utilização de águas subterrâneas, 
através da abertura de poços artesianos – outro potencial forte de nosso 
território, mas que demanda estudo e gestão racional. 
 
No Norte, está localizada a maior bacia hidrográfica da América do Sul, a 
Bacia Amazônica, cujo potencial hídrico superficial se mostra bastante alto, 
ampliado pela baixa demanda hidrográfica e pesquisas em torno das águas 
subterrâneas, promissoras na região, por se apresentarem mais 
frequentemente nos terrenos sedimentares. 
 
Mais ao sul, foi descoberto, recentemente, o Aquífero Guarani, localizado na 
Bacia Sedimentar do Paraná, com uma área de mais de 1,2 milhão de 
quilômetros quadrados. Essa verdadeira mina estende-se pelo Brasil (Goiás, 
Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do 
Sul) com 840.000 quilômetros quadrados), Paraguai (58.500 quilômetros 
quadrados), Uruguai (58.500 quilômetros quadrados) e Argentina (255.000 
quilômetros quadrados). 
 
Estima-se que ele possa conter mais de 40 mil quilômetros cúbicos de água, 
o que é superior a toda a água contida nos rios e lagos de todo o planeta. 
Outra riqueza é a Bacia do Rio da Prata, que nasce no Brasil e se expande 
para terras dos países mais próximos. Do outro lado do País, cá na beira do 
Atlântico, o Nordeste com seus nove estados partilha apenas 4% da água 
doce disponível no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
CAPITULO XXIV: Aterro Sanitário 
 
 
 
Aterro sanitário é uma espécie de depósito onde são descartados resíduos 
sólidos (lixo) provenientes de residências, indústrias, hospitais e 
construções. Grande parte deste lixo é formada por não recicláveis. Porém, 
como a coleta seletiva ainda não ocorre plenamente, é comum encontrarmos 
nos aterros sanitários plásticos, vidros, metais e papéis. 
 
Os aterros sanitários são construídos, na maioria das vezes, em locais 
distantes das cidades. Isto ocorre em função do mau cheiro e da 
possibilidade de contaminação do solo e de águas subterrâneas. 
 
Porém, existem, atualmente, normas rígidas que regulam a implantação de 
aterros sanitários. Estes devem possuir um controle da quantidade e tipo de 
lixo, sistemas de proteção ao meio ambiente e monitoramento ambiental. 
 
Os aterros sanitários são importantes, pois solucionam parte dos problemas 
causados pelo excesso de lixo gerado nas grandes cidades. 
 
Importância e Vantagens da Reciclagem 
 
A partir da década de 1980, a produção de embalagens e produtos 
descartáveis aumentou significativamente, assim como a produção de lixo, 
principalmente nos países desenvolvidos. Muitos governos e ONGs estão 
cobrando de empresas posturas responsáveis: o crescimento econômico 
deve estar aliado à preservação do meio ambiente. Atividades como 
campanhas de coleta seletiva de lixo e reciclagem de alumínio e papel, já 
são comuns em várias partes do mundo. 
 
No processo de reciclagem, que além de preservar o meio ambiente também 
gera riquezas, os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e 
o plástico. Esta reciclagem contribui para a diminuição significativa da 
poluição do solo, da água e do ar. Muitas indústrias estão reciclando 
materiais como uma forma de reduzir os custos de produção. 
 
Outro benefício da reciclagem é a quantidade de empregos que ela tem 
gerado nas grandes cidades. 
 
 
 
55 
 Muitos desempregados estão buscando trabalho neste setor e conseguindo 
renda para manterem suas famílias. Cooperativas de catadores de papel e 
alumínio já são uma boa realidade nos centros urbanos do Brasil. 
 
Muitos materiais, como, por exemplo, o alumínio pode ser reciclado com um 
nível de reaproveitamento de quase 100%. Derretido, ele retorna para as 
linhas de produção das indústrias de embalagens, reduzindo os custos para 
as empresas. 
 
Muitas campanhas educativas têm despertado a atenção para o problema 
do lixo nas grandes cidades. 
 
Cada vez mais, os centros urbanos, com grande crescimento populacional, 
tem encontrado dificuldades em conseguir locais para instalarem depósitos 
de lixo. Portanto, a reciclagem apresenta-se como uma solução viável 
economicamente, além de ser ambientalmente correta. 
 
Nas escolas, muitos alunos são orientados pelos professores a separarem o 
lixo em suas residências. Outro dado interessante, é que já é comum nos 
grandes condomínios a reciclagem do lixo. 
 
SÍMBOLOS DA RECICLAGEM POR MATERIAL 
 
 
 
Assim como nas cidades, na zona rural a reciclagem também acontece. O 
lixo orgânico é utilizado na fabricação de adubo orgânico para ser

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