Buscar

Cap48Ibracon

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

10/04/2016 
1 
Capítulo 48 
Concreto Autoadensável 
Wellington Longuini Repette 
Universidade Federal de Santa 
Catarina - UFSC 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Introdução 
Definição 
O concreto autoadensável, uma vez lançado, se move por 
conta própria e preenche, sem necessitar de nenhuma 
intervenção, os espaços destinados a ele na fôrma. Além 
disso, não necessitar ser adensado com vibrador, não 
segrega e não aprisiona ar em excesso. 
 
Vantagens 
Como resultado, sua aplicação é mais fácil, rápida, requer 
menos mão-de-obra e representa o fim dos ninhos de 
concretagem e dos ruídos dos vibradores nas obras! 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Introdução 
Figura 1 – Ninhos de concretagem (“bicheiras”) frequentes em concretagens com concreto 
convencional e aplicação do CAA em obra de edifício, sem possibilidade para a ocorrência de 
bicheiras e com redução da equipe de concretagem para apenas dois operários 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
10/04/2016 
2 
Requisitos e características principais 
As características do concreto fresco mais claramente 
diferenciam o CAA do concreto convencional. O CAA tem 
que apresentar elevada fluidez e estabilidade da mistura, 
que são mensuráveis por meio de três propriedades 
básicas: 
• habilidade de preenchimento dos espaços 
• habilidade de passar por restrições 
• capacidade de resistir à segregação 
Outros requisitos comuns ao concreto convencional também 
são aplicáveis ao CAA, como o tempo em aberto, 
bombeabilidade, acabamento superficial e resistência 
mecânica e durabilidade. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Materiais constituintes 
O CAA é produzido, fundamentalmente, com os mesmos 
materiais empregados nos concretos convencionais. Para 
se apontarem as possíveis maiores diferenças, na 
composição do CAA empregam-se: 
 
• mais “finos” (mas não necessariamente mais cimento) 
• aditivos dispersantes de grande eficiência, conhecidos 
como superplastificantes de “terceira geração” e 
• por vezes, aditivo promotor de viscosidade. 
. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Cimento 
Materiais constituintes 
• todos 
produção 
os tipos de cimento portland empregados na 
do concreto convencional podem ser 
empregados na produção do CAA 
• Cimentos com elevada finura, com elevados teores de 
álcalis, e com maiores teores de C3A demandam maior 
quantidade de aditivo superplastificante e podem 
apresentar pequena manutenção de fluidez do CAA. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
10/04/2016 
3 
Materiais constituintes 
Adições minerais 
• Adições são frequentemente utilizadas com o objetivo 
de se aumentar a quantidade de nas misturas. 
materiais com dimensões de partículas menores 
• De forma geral, consideram-se adições ou finos os 
do 
que 0,150 mm, sendo indicado que mais que 75% 
tenham dimensões menores do que 0,075 mm. 
• Algumas adições mais utilizadas: 
• Fíler calcário 
• Cinza volante 
• Sílica ativa e metacaulim 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Materiais constituintes 
Aditivos químicos 
• Superplastificantes 
• São mais empregados os superplastificantes 
(dispersantes) de grande eficiência, dentre os quais se 
destacam os de base policarboxilato. Como regra geral, 
pode-se dizer que os aditivos indicados para o CAA 
necessitam promover redução de água de no mínimo 
20%. 
• Promotores de viscosidade 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
• são empregados para melhorar a resistência à 
segregação do CAA. Em sua maioria, são produtos à 
base de polissacarídeos, dentre os quais se destacam os 
de éter-celulose 
Agregado miúdo 
Materiais constituintes 
• Todo 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
tipo de agregado miúdo utilizado no concreto 
convencional pode ser empregado no CAA. 
• Areias naturais são preferíveis por apresentarem grãos 
com forma mais uniforme e arredondada. 
• Areias artificiais, obtidas pela britagem da pedra, são 
geralmente menos indicadas por apresentarem grãos 
com elevada angulosidade e aspereza superficial, o que 
causa maior intertravamento das partículas e maior 
adsorção de água, aumentando a demanda por pasta e 
aditivos superplastificantes na composição do CAA. 
• Volumes entre 40% e 50% são típicos para o agregado 
miúdo nas argamassas do CAA. 
10/04/2016 
4 
Agregado graúdo 
Materiais constituintes 
• Para a produção de CAA é preferível o emprego de 
agregados graúdos de forma regular, de qualquer 
natureza (litologia) utilizado para concreto convencional 
• Agregados graúdos com forma irregular, como partículas 
angulosas e lamelares, e com textura áspera, devem ser 
empregados em uma granulometria mais fina para que 
seja menor o efeito na fluidez do concreto. 
• A dimensão máxima característica do agregado graúdo 
para o CAA é, em geral, de 19 mm. 
• O emprego de agregado graúdo com dimensão máxima 
característica de 9,5 mm é bastante difundido por tender 
a menor segregação e causar menos bloqueio. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Materiais constituintes 
Outros possíveis constituintes: 
• Agregados leves: pode utilizar agregados leves naturais 
ou artificiais; a absorção de água deve ser evitada por 
comprometer a fluidez do CAA. 
• Fibras: o emprego de fibras metálicas de aço carbono é o 
mais comum, mas fibras poliméricas ou de vidro também 
são empregadas; teores elevados de 
aumento do bloqueio na passagem 
fibra causam o 
do CAA por 
restrições 
• Pigmentos: 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
os mesmos pigmentos indicados para 
concreto convencional podem ser empregados na 
produção da CAA pigmentado, colorido. 
Métodos de ensaio 
Os métodos de ensaio do CAA diferem dos empregados na 
avaliação do concreto convencional somente para as 
determinações das propriedades no estado fresco. 
Os métodos de uso mais difundido são: espalhamento no 
tronco de cone; escoamento no funil V; anel-J; caixa L; e 
coluna de segregação. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
dos equipamentos de 
normalizados de 
ensaio e os 
ensaio estão 
As dimensões 
procedimentos 
apresentados na ABNT NBR15823:2010 – Concretos 
autoadensável – nas suas partes 2 a 6. 
10/04/2016 
5 
Métodos de ensaio 
Espalhamento 
• Emprega-se o cone de Abrams 
• Preenche-se o molda sem adensar o concreto com haste 
• Suspende-se o molde 
• Após o concreto parar de se mover, mede-se o seu espalhamento, 
que corresponde à média aritmética de duas determinações dos 
diâmetros aproximados do concreto espalhado, tomadas em 
direções ortogonais. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Espalhamento 
Métodos de ensaio 
Figura 2 – Ensaio de espalhamento 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Funil V (tempo de escoamento) 
Métodos de ensaio 
do funil padrão, sem • Preenche-se completamente o interior 
adensamento 
• Abre-se a extremidade inferior do funil 
• Registra-se o tempo necessário para que escoe pelo funil, 
determinando-se, com cronômetro, o tempo desde a abertura da 
extremidade inferior, até que a luz seja visível através da parte 
superior do equipamento. 
• Para se evitar o efeito de uma eventual segregação do concreto,a 
determinação do tempo deve ser feita imediatamente após o 
preenchimento do funil 
• O tempo é normalmente expresso em segundos e relaciona-se às 
habilidades de preencher e de passar por restrição (estreitamento) 
do CAA. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
10/04/2016 
6 
Funil - V (tempo de escoamento) 
Métodos de ensaio 
Figura 3 – Ensaio de tempo de escoamento no funil-V 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Métodos de ensaio 
Caixa L 
• Avalia-se a capacidade do CAA de escoar e de resistir ao bloqueio 
ao passar entre as armaduras e nos espaços entre as armaduras e 
as paredes das fôrmas 
• O concreto é vertido, sem adensamento, no compartimento vertical 
da caixa 
• Quando se abre a “porta” de contenção entre os compartimentos 
vertical e horizontal, o concreto, pela ação do seu peso próprio, 
escoa através das barras de aço para dentro do compartimento 
horizontal, até parar de se mover 
• A altura do concreto H1 é medida junto à porta de contenção, e a 
H2 na extremidade final do compartimento horizontal 
• A relação H2/H1, chamada de razão de bloqueio, indica a 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
restrições facilidade do concreto em escoar e passar pelas 
impostas pelas barras de aço. 
Métodos de ensaio 
Caixa L 
• Como informação adicional para a análise da facilidade de 
escoamento do CAA, pode-se medir o tempo gasto pelo concreto 
para escoar pelo compartimento horizontal. Normalmente, medem- 
se os tempos para que o concreto escoe a distâncias de 200 e 
400mm da face da porta de contenção 
• A avaliação visual do concreto traz informações importantes sobre 
o seu comportamento. O acúmulo de agregado graúdo junto às 
barras de restrição indica que o concreto tem baixa resistência a 
bloqueio e coesão insuficiente para mover-se homogeneamente 
ao redor dos obstáculos 
• Para evitar a influência da segregação, o tempo total de ensaio 
não deve ser maior do que 5 minutos. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
10/04/2016 
7 
Caixa L 
Métodos de ensaio 
Unidades: mm 
Barras: 3 x O12mm 
Distância: 35mm 
6
0
0
 
Figura 4 – Ensaio da caixa-L 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Métodos de ensaio 
Anel-J (Anel Japonês) 
• Consiste em um anel metálico, com 300 mm de diâmetro e 120 
mm de altura, com dezesseis barras de aço de 10 mm de diâmetro 
igualmente distribuídas ao longo do seu perímetro 
• O ensaio consiste em realizar a determinação do ensaio de 
escoamento no tronco de cone (item 48.3.1), posicionando o anel- 
J equidistante das bordas do tronco de cone 
• Após o concreto ter cessado de escoar, medem-se a abertura no 
espalhamento e, por vezes, também a altura do concreto no centro 
do anel 
• A diferença de abertura no espalhamento obtido nos ensaios de 
anel-J e no espalhamento sem restrição (sem o anel-J) indica a 
resistência do concreto ao bloqueio e é o principal resultado obtido 
no ensaio com anel-J. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Anel-J (Anel Japonês) 
Métodos de ensaio 
Figura 5 – Ensaio do anel-J 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
10/04/2016 
8 
Métodos de ensaio 
Avaliação da segregação 
• A segregação é a “separação” dos constituintes do concreto 
• A segregação compromete o desempenho mecânico e a 
durabilidade do CAA 
• Algumas formas de avaliar a segregação: 
• Distribuição dos agregados e existência de água livre no 
ensaio de espalhamento (observação visual) 
• Distribuição dos agregados nos corpos de prova de CAA 
endurecido 
• Ensaio de coluna de segregação 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Avaliação da segregação 
Métodos de ensaio 
Figura 6 – Segregação avaliada no ensaio de espalhamento, com exsudação da água e 
afundamento dos agregados 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Avaliação da segregação 
Métodos de ensaio 
Figura 7 – Detecção da segregação em no concreto endurecido – concreto sem segregação 
(direita) e com afundamento dos agregados (à esquerda). 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
10/04/2016 
9 
Avaliação da segregação 
Métodos de ensaio 
Preenchimento Repouso 
(20 minutos) 
Separação Peneiramento 
(abertura 5 mm) 
e lavagem 
Secagem 
superficial e 
pesagem 
Figura 8 – Aparato e execução do ensaio da coluna de segregação 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Avaliação da segregação 
Métodos de ensaio 
SR  
2(mB  mT ) 100 m T 
B T 
m  m 
mB 
Onde: 
- SR é índice de resistência à segregação 
- mB é a massa dos agregados da base 
- m é a massa dos agregados do topo 
Figura 9 – Determinação do índice de segregação (SR) 
T 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Classificação com base no estado fresco 
De forma geral, concretos autoadensáveis devem 
necessariamente ter desempenho satisfatório frente aos 
ensaios de espalhamento, funil-V e caixa-L, além da baixa 
segregação. 
A classificação dos CAA de acordo com os critérios 
apresentados no Quadro 1 define os requisitos mínimos e 
a indicação dos parâmetros para adequação do CAA às 
diferentes aplicações. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
10/04/2016 
10 
Classificação com base no estado fresco 
Quadro 1 – Ensaios e classificação para CAA (parte 1) 
 
Propriedade avaliada 
Parâmetro avaliado e 
método de ensaio 
Classes e valores limites 
de acordo com as normas 
NBR15823 e EN12530 
 
Habilidade de 
preenchimento 
Fluidez pelo método do 
espalhamento (Cone de 
Abrams) 
(valores em mm) 
SF1 – 550 a 650 
SF2 – 660 a 750 
SF3 - 850 
Habilidade de 
preenchimento 
Viscosidade plástica 
aparente t500 (Cone de 
Abrams) 
(valores em segundos) 
VS1 - ≤ 2 
VS2 - > 2 
Habilidades de 
preenchimento e de 
passagem por restrições 
Habilidade passante pelo 
anel J 
(valores em mm) 
PJ1 - 25 
PJ2 - 50 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Classificação com base no estado fresco 
Propriedade avaliada 
Classes e valores limites 
de acordo com as normas 
Quadro 1 – Ensaios e classificação para CAA (parte 2) 
Parâmetro avaliado e 
método de ensaio 
NBR15823 e EN12530 
Habilidades de 
preenchimento e de 
passagem por restrições 
Habilidade passante pela 
caixa L (sob fluxo confinado) 
(H2/H1) 
PL1- ≥ 0,80, com 2 barras 
de aço 
PL2 - ≥ 0,80, com 3 barras 
de aço 
Habilidades de 
preenchimento e de 
passagem por restrições 
Viscosidade plástica 
aparente pelo funil V 
(valores em segundos) 
VF1 - < 9 
VF2 - 9 a 25 
Resistência à segregação 
estática 
Resistência à segregação 
pela coluna de segregação 
ou pelo ensaio da peneira* 
(valores em %) 
SR1 - ≤ 20 
SR2 - ≤ 15 
* Mesmas classes e valores para a NBR 15823-1:2010 e para a EN12350. No entanto, o ensaio preconizado pela 
NBR é o da coluna de segregação, e o da EN12350-11 é o do ensaio da peneira. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Referências de uso em função da 
classificação do CAA 
Figura 10 – Indicação das classes de CAA para cada uso (adaptado de 
WALRAVEN, 2005) 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
10/04/2016 
11 
Dosagem 
Alguns princípios básicos (estado fresco): 
•Para se conseguirelevada fluidez, a pasta do concreto deve lubrificar e 
espaçar adequadamente os agregados, de forma que o atrito interno entre 
os mesmos não comprometa a capacidade do concreto de escoar 
•Tão importante quanto a fluidez, é a sua manutenção durante o tempo 
necessário para a aplicação do CAA 
•Para que o CAA apresente resistência à segregação dinâmica, a pasta 
deve ter viscosidade suficientemente elevada, a fim de manter os agregados 
em suspensão 
•Para aumentar a retenção de água e a viscosidade da mistura, 
empregam-se mais finos no CAA do que no concreto convencional 
•as viscosidades da pasta e da argamassa devem ser suficientes para que o 
concreto escoe homogeneamente através das restrições, com coesão. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Dosagem 
Alguns princípios básicos (estado fresco): 
Figura 11 – Ilustração dos principais fatores que governam o bloqueio do CAA 
pelos agregados graúdos 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Dosagem 
Métodos utilizam as seguintes estratégias: 
• Preenchimento dos espaços entre os agregados 
• Controle da segregação – empuxo 
• Incorporação de agregados nas fases menores 
Exemplos: 
Método de Okamura (Japão) 
Método Repette-Melo (UFSC-Brasil) 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
10/04/2016 
12 
Dosagem 
Método Repette-Melo (UFSC-Brasil) 
• Desenvolvido na Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC; 
• Etapas básicas: 
•Pasta: incorporam-se partículas finas à mistura cimento-água (relação 
água/cimento para a resistência desejada) no teor necessário para que 
não haja exsudação e segregação 
•Argamassa: na pasta, incorporam-se os agregados miúdos obtendo-se 
a relação agregado miúdo/argamassa e o teor de aditivo 
superplastificante, definidos para que a argamassa atenda aos 
requisitos de espalhamento e escoamento no funil V (de argamassa). 
•Concreto: o definição do relação agregado graúdo/concreto e o teor de 
superplastificante são obtidos por ensaios no concreto, nos ensaios de 
espalhamento, funil V e caixa L. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Dosagem 
Valores típicos: 
•Não há restrições para os teores dos materiais componentes do 
CAA. 
•Para CAA produzidos com a incorporação de finos e de materiais 
comumente empregados no concreto convencional, tem-se, em 
geral: 
•teor de cimento entre 350 a 450 kg/m3; 
• incorporação de partículas finas entre 150 e 250kg/m3; 
• relação água/finos (em volume) entre 0,8 e 1,10; 
•volume de agregado miúdo na fração de argamassa entre 35% 
e 50%; e 
• volume de agregado graúdo no concreto entre 25 e 35%. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Características no estado endurecido 
Resistências à compressão e à tração 
•O comportamento do CAA à compressão e à tração é bastante similar ao 
dos concretos convencionais. A resistência à tração do CAA pode ser 
ligeiramente maior do que do concreto convencional 
Figura 12 – Relação entre a 
resistência à compressão e a 
resistência à tração (ensaio de 
compressão diametral) de 
diferentes CAA em comparação 
com a faixa de previsão referente 
ao Model Code 90 
(HOLSCHEMACHER, 2004) 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
10/04/2016 
13 
Características no estado endurecido 
Módulo de elasticidade 
•CAA com menor teor de agregado graúdo podem apresentar redução de 
módulo de elasticidade em até 10% do valor obtido para o concreto 
convencional de mesma resistência à compressão 
Faixa de módulo de elasticidade 
de acordo com o CEB-FIB 
Model Code 90 
M
ó
d
u
lo
 d
e
 e
la
s
ti
c
id
a
d
e
 (
G
P
a
) 
Figura 13 – Relação entre a 
resistência à compressão e o 
módulo de elasticidade (ensaio em 
cubo) de diferentes CAA em 
comparação com a faixa de 
previsão referente ao Model Code 
90 (HOLSCHEMACHER, 2004) 
 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Resistência à compressão média (MPa) 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Características no estado endurecido 
Retração e fluência 
•A retração do CAA, no geral, pode ser de 5% a 15% maior do que a do 
concreto convencional de mesma resistência à compressão; 
•Não há resultados conclusivos que atestem a maior fluência do CAA em 
relação ao concreto convencional. Contudo, a maior retração e a possível 
maior fluência do CAA devem ser fatores de análise, particularmente para as 
estruturas em concreto protendido. 
 
 
Resistência à aderência da armadura 
•A resistência de aderência da armadura ao CAA é maior ou no mínimo da 
mesma ordem que a observada para o concreto convencional. Quando 
verificado, o aumento da aderência é explicado pelo fato de o CAA 
apresentar menos água livre para se acumular na interface com o aço em 
decorrência do efeito parede e há maior homogeneidade do concreto na 
interface com a armadura (SKARENDAHL, 2003; BOEL et al., 2010) 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Produção e aplicação 
Produção 
•O controle da produção do CAA deve ser mais rigoroso do que o 
empregado na produção de concreto convencional; 
•O que seriam pequenas alterações nos materiais e na forma de produção 
do concreto convencional pode causar alterações substanciais no 
comportamento do CAA, principalmente no estado fresco; 
•O teor de água dos agregados é um dos aspectos menos controlados nas 
usinas e que mais afetam a qualidade do CAA; 
•Alterações no cimento, seja de fabricante ou de tipo, afetam 
significativamente o desempenho do CAA; 
•O mesmo ocorre com trocas de fornecedores de agregados, de adições 
minerais e de aditivos; 
•O tempo de mistura necessário para a estabilização do CAA pode ser 
superior a três vezes o necessário para a produção do concreto 
convencional 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
10/04/2016 
14 
Produção e aplicação 
Produção 
•O controle da produção do CAA deve ser mais rigoroso do que o 
empregado na produção de concreto convencional; 
•No caminhão betoneira, a carga de CAA é geralmente menor do que a de 
concreto convencional. Um balão com capacidade de 8 m3 é usualmente 
carregado com até 6 m3 de concreto, de forma a evitar perdas durante o 
transporte por vias em aclive; 
•A incorporação dos aditivos pode ocorrer integral ou parcialmente na usina, 
ou imediatamente antes do lançamento do concreto; 
•Como o atrito do CAA com a parede e as facas misturadoras do balão é 
muito menor do que o verificado para o concreto convencional, a vida útil 
desses equipamentos é aumentada e é menor o custo de manutenção de 
caminhões e bombas 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Produção e aplicação 
Aplicação 
•Transporte: O bombeamento é uma das formas mais eficazes de transporte 
do CAA; 
• Fôrmas: 
•Para obras convencionais de edifícios residenciais, a concretagem de 
lajes e vigas (com até 60 cm de altura) pode ser realizada sem a 
necessidade de alteração das fôrmas dimensionadas para o concreto 
convencional; 
•O CAA pode ser utilizado em lajes maciças e lajes mistas do tipo 
vigota/tavela; 
•Além das características do CAA, a velocidade de preenchimento das 
fôrmas governa a magnitude das pressões em suas faces laterais 
•Na concretagem com bomba, deve-se evitar “projetar” o concreto para 
dentro das fôrmas, pois a pressões resultantes podem ser elevadas e 
causar danos. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Produção e aplicação 
Aplicação 
• Lançamento: 
•Como o CAAapresenta maior volume de argamassa e maior 
resistência à segregação do que o concreto convencional, pode sofrer 
queda livre de até 5 m sem que haja falhas no concreto; 
•Recomenda-se que a movimentação horizontal do CAA não seja 
superior a 7 m para evitar sua segregação; 
•Apesar da maior capacidade de reter água, é prudente que, antes do 
lançamento do CAA, seja feita a molhagem das superfícies que o 
receberão; 
•Mesmo com o concreto no estado fresco, interrupções de concretagem 
podem gerar juntas de baixa qualidade, já que não há vibração para 
“costurar” o concreto nas interfaces das várias camadas de 
concretagem. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
10/04/2016 
15 
Produção e aplicação 
Aplicação 
• Nivelamento e cura: 
•O CAA não precisa ser sempre autonivelante, e a operação de 
espalhamento e nivelamento pode ser importante para proporcionar o 
acabamento desejado, particularmente nas lajes; 
•Como não há água exsudada, o concreto fica muito suscetível a 
fissurar por retração plástica; 
•A cura deve ser iniciada o mais cedo possível e mantida pelo prazo de 
sete dias. Os mesmos procedimentos utilizados para o concreto 
convencional podem ser empregados para a cura do CAA; 
• Desforma e retirada do escoramento: 
•A desforma do CAA deve ser feita com os mesmos cuidados 
dispensados ao concreto convencional; 
•O número de reutilizações das fôrmas pode ser aumentado pelo 
emprego do CAA. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Utilização 
Com relação ao concreto convencional, o CAA possibilita: 
•grande redução da mão-de-obra e do tempo de concretagem; 
• melhor acabamento da superfície; 
• facilidade de aplicação; 
• redução de ruído 
•grande capacidade de preenchimento de peças estreitas, de difícil 
acesso e com elevada densidade de armadura, dentre outras vantagens 
Exemplos de aplicação são a execução de pisos e pavimentos, 
reservatórios com ausência de juntas frias, revestimento de túneis, 
de casas com concretagem única, dentre construção industrializada 
inúmeras outras. 
in loco como em indústrias de pré- Usado tanto para concretagens 
fabricados. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Utilização 
Figura 14 – Elementos de concreto densamente armados, onde o CAA é o material a 
ser empregado para facilitar a concretagem e eliminar a ocorrência de falhas. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
10/04/2016 
16 
Utilização 
Figura 15 – Utilização de CAA em obra convencional, eliminando falhas de 
concretagem e promovendo redução significativa da mão-de-obra (REPETTE, 2005) 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Utilização 
Figura 16 – Aplicação de concreto autoadensável na concretagem de laje e viga em 
Florianópolis, sendo a concretagem realizada por apenas dois operários (REPETTE, 2005). 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Utilização – obras emblemáticas 
Torre Burj Dubai: CAA com espalhamento de 550 mm; elevada resistência, à 
compressão (classe C80); relação água/aglomerante de 0,30; bombeado a 
aproximadamente 600 m de altura sem estações intermediárias. 
Figura 17 – Torre Burj Dubai, 
executada com CAA bombeado a 
aproximadamente 600 m de altura 
sem estações de interrupção. No 
detalhe, o conjunto de bombas 
utilizado na construção do edifício. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
10/04/2016 
17 
Utilização – obras emblemáticas 
Ponte Akashi Kaikyo (Japão): maior ponte suspensa do mundo, com vão 
principal de 1991m; CAA permitiu a concretagem ininterrupta dos túneis de 
ancoragem; espalhamento no local de aplicação foi de 550-650 mm; 
240.000m3 de concreto; redução de prazo de construção de 2,5 para 2 anos; 
bombeado por 200 m e lançadoa uma altura de 3 m sem segregação. 
Figura 18 – Ponte Akashi Kaikyo, no Japão, com visualização do bloco de 
ancoragem cujos túneis forma produzidos com CAA, totalizando 240.000 m3. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Utilização – obras emblemáticas 
Edifício Trump Tower (Chicago, USA): concretagem, sem interrupções, da laje 
de embasamento, com dimensões em planta de 61m por 20,1m e 3m de 
altura; 69 MPa de resistência à compressão aos 28 dias; um total de 3800 m3 
de CAA em 24 horas - recorde de concretagem única naquele país. 
Figura 19 – Execução da laje de embasamento em CAA do edifício Trump Tower, nos 
Estados Unidos. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Utilização – pré-moldados 
Pré-moldados: o uso de CAA nas empresas de pré-moldados é crescente, 
inclusive no Brasil. Na Holanda e na França, estima-se que mais de 50% do 
concreto empregado nessas empresas já sejam autoadensáveis. 
Figura 20 – Aplicação de CAA na indústria de pré-moldados. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
10/04/2016 
18 
Tópicos de interesse especial 
Robustez das misturas 
•O concreto autoadensável é mais “sensível”, menos “robusto”, do que o 
concreto convencional; 
•Dentre as principais fontes de variabilidade do CAA, destacam-se as 
características do agregado miúdo, como teor de pulverulentos e teor 
umidade, e as alterações das propriedades e dos teores do cimento e dos 
aditivos; 
•A variação na quantidade de água é o fator que mais afeta o CAA na linha 
de produção; 
•Em grande parcela, a robustez do concreto corresponde à sua maior ou 
menor sensibilidade frente às alterações na quantidade de água; 
•Na prática, as ações mais convencionais e efetivas para conferir robustez 
ao CAA são o aumento do teor de finos e o uso de aditivo promotor de 
viscosidade. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Tópicos de interesse especial 
Pressão nas fôrmas 
•A pressão que o concreto exerce nas fôrmas depende dos fatores 
usualmente considerados, como, por exemplo, a densidade do concreto, as 
dimensões das peças e a altura de lançamento; 
•Quanto maior o espalhamento, maior a pressão exercida nas fôrmas pelo 
CAA; 
•Quanto mais rapidamente o concreto se estruturar, ganhar consistência, 
mais rapidamente ocorre a diminuição da pressão imposta nas fôrmas; 
•A pressão nas fôrmas tende a ser igual à pressão hidrostática, à medida 
que se aumenta a velocidade de concretagem até um patamar de 
aproximadamente 2 m/h; 
•Nos casos de concretagens com velocidades acima de 2 m/h, para efeitos 
práticos e por segurança, deve-se adotar a pressão nas fôrmas como sendo 
hidrostática. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Tópicos de interesse especial 
Pressão nas fôrmas 
Figura 21 – Relação entre a pressão efetiva e a pressão hidrostática exercida nas fôrmas 
por CAA de diferentes espalhamentos – coluna com diâmetro de 0,25 m, altura de 
concretagem de 3 m e velocidade de 27 m/h (TEJEDA-DOMINGUEZ, LANGE & 
D’AMBROSIA, 2005). 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
10/04/2016 
19 
Tópicos de interesse especial 
Acabamento superficial 
•Aplicando-se conhecimento técnico e valendo-se de experimentação, é 
possível obterem-se superfícies com grande qualidade, incluindo as que 
apresentam relevo de grande complexidade; 
Figura 22 – Superfícies em relevo obtidas com CAA. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Tópicos de interesse especial 
Acabamento superficial 
• Para a obtenção de superfícies mais bem acabadas, indica-se: 
•preparar o concreto em misturados que minimizem a inclusão de ar; 
•produzirconcretos com menor tensão de escoamento, pois há maior 
facilidade de as bolhas de ar ascenderem à superfície do concreto; 
•promover o lançamento de menores alturas, evitando-se a 
incorporação de ar; 
•possibilitar que o concreto escoe horizontalmente na peça, permitindo 
que durante esse movimento haja a liberação das bolhas de ar 
aprisionadas na mistura e no lançamento; 
•selecionar agentes desmoldantes que possibilitem a mobilidade das 
bolhas de ar, evitem manchas e não causem heterogeneidade quanto à 
retenção de água na superfície das fôrmas. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Tópicos de interesse especial 
Variabilidade das propriedades mecânicas nas 
estruturas 
•Os aspectos que mais afetam a variabilidade nas peças confeccionadas 
com CAA são: 
•A forma de lançamento do concreto – deve-se evitar incorporar ar e 
permitir que o ar saia enquanto o concreto estiver em movimento; 
•A tensão de escoamento – deve ser reduzida para permitir a 
movimentação das bolhas de ar; 
• A geometria das peças – maior variabilidade para peças esbeltas. 
 
•Resultados experimentais reportados por Hastenpflug & Repette (2008), 
permitiram concluir que, em vigas, a variabilidade do CAA pode ser maior do 
que a do concreto convencional vibrado, mas, em pilares, a tendência é que 
seja menor. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
10/04/2016 
20 
Tópicos de interesse especial 
Variabilidade das propriedades mecânicas nas 
estruturas 
Figura 23 – Variabilidade da resistência à compressão 
em pilares (à esquerda) e vigas (à direita) concretados 
com CAA de espalhamento 60 cm (T1C e T1B), 80 cm 
(T2C e T2B) e concreto convencional de com abatimento 
de 100 mm. Todos concretos C60 (HASTENPFLUG & 
REPETTE, 2008) 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia 
Considerações finais 
•O CAA tem grandes chances de se tornar o concreto convencional do 
futuro; seu uso se difundirá para a construção de estruturas corriqueiras 
de edificações; 
•Para que o uso do CAA seja mais difundido, alguns avanços devem 
ocorrer, com destaque para o aprimoramento na produção e a redução 
dos preços de comercialização; 
•O CAA é apontado como a maior inovação na área de materiais de 
construção das últimas duas décadas, além de ser considerado o 
catalisador de maior potencial para promover a alteração tecnológica do 
setor da construção em direção à sua maior industrialização. Acima de 
tudo, o concreto autoadensável é concreto. 
Livro Concreto: Ciência e Tecnologia 
Editor: Geraldo C. Isaia

Outros materiais