1 Gabriela Gomes – Resumo NP2 – PGE RESUMO NP2 PSICOLOGIA GERAL E EXPERIMENTAL CONTROLE AVERSIVO Se desenvolve devido ao valor de sobrevivência e são situações das quais quero me livrar de alguma coisa. Corresponde à maior parte de nosso comportamento, e nos comportamos para que algo não aconteça. Reforço negativo Aumenta a f Punição positiva Punição negativa REFORÇO NEGATIVO Tipo de consequência que reforça um comportamento e retira um estímulo aversivo do ambiente. Ex: filho fazendo birra e a mãe dá um presente, retirando a birra. COMPORTAMENTOS MANTIDOS PELO REFORÇO NEGATIVO FUGA Remediação; estímulo aversivo está no ambiente e esse comportamento retira-o do ambiente, ou seja, eu já entrei em contato com o estímulo aversivo. ESQUIVA Prevenção; o comportamento evita ou atrasa o contato com o estímulo aversivo, e ocorre quando este estímulo não está no ambiente. PUNIÇÕES E SEUS EFEITOS São consequências que diminuem a probabilidade de o comportamento ocorrer. Precisa ocorrer para aprender que é aversivo; Consequência chamada de estímulo punidor. POSITIVA Acrescenta um estímulo aversivo no ambiente. Ex: ultrapassar o sinal, levar multa e não ultrapassar mais. NEGATIVA Retira um estímulo reforçador do ambiente. Ex: fazer coisa errada e perde a mesada do mês. REFORÇO X PUNIÇÃO Reforço e punição se diferem nos efeitos produzidos. Ao retirar a consequência punitiva, há a recuperação da resposta. É por isso que punição não modifica comportamento. Já no reforço, haveria a extinção do comportamento. Entretanto, às vezes uma única punição é suficiente para que determinado comportamento deixe de ocorrer. PUNIÇÃO NEGATIVA X EXTINÇÃO Ex punição negativa: parar de telefonar para o ex namorado porque minha amiga para de falar comigo quando eu o faço. O reforçador de ligar para o ex é ouvir a voz dele, e isso não parou de ocorrer. O que ocorre é que o que não mantém o meu comportamento de ligar para o ex foi retirado (a amiga falar comigo). Ex extinção: telefonar para o namorado e ouvir sua voz; namoro termina; telefonar e não ser atendida; parar de telefonar. A consequência reforçadora de ouvir a voz dele cessou. FIM DA AULA (10/04) Operação Frequência Positivo Negativo Reforço Aumenta Acrescenta S reforçador Retira S aversivo Punição Diminui Acrescenta S aversivo Retira S reforçador Punição negativa Extinção O reforçador de OUTRO comportamento é retirado Reforçador do próprio comportamento é retirado Para de emitir a resposta Diminuição gradual da probabilidade de resposta Diminui a f Fuga eu aprendo primeiro, às vezes por modelo. Esquiva é mais funcional que a fuga. “Prevenir é melhor do que remediar”. Não cai a diferença na NP2 2 Gabriela Gomes – Resumo NP2 – PGE EFEITOS COLATERAIS DO CONTROLE AVERSIVO Forma legítima e eficiente de aumentar ou diminuir a emissão de um comportamento; Efeitos indesejados e não planejados, e podem ser danosos; Punir é + fácil e tem efeitos + imediatos do que reforçar positivamente; ELICIAÇÃO DE RESPOSTAS EMOCIONAIS A punição elicia emoções negativas no punidor e no punido. Ex: bater na esposa e depois compensar com flores (punição seguida de reforçador positivo para aliviar a culpa). CONDICIONAMENTO RESPONDENTE Quem pune ou reforça negativamente uma pessoa, acaba se tornando um CS (estímulo condicionado) que elicia as mesmas respostas que o estímulo aversivo. Ex: um pai que bate no filho constantemente; em ocasiões em que o pai não estiver batendo, o filho eliciará as mesmas reações de quando apanha (medo, tremedeira, choro). PARADOXO DA APRENDIZAGEM POR REFORÇO NEGATIVO O único comportamento que retira o estímulo aversivo se torna menos provável de ocorrer devido às respostas emocionais eliciadas por ele. Ex: para superar a gagueira é preciso falar, mas sempre que eu falo as pessoas riem de mim (o estímulo que serviria para me motivar a falar é justamente o que me impede de falar corretamente). As pessoas que riem de mim são reforçadores negativos (eu só falo quando não riem de mim). SUPRESSÃO DE OUTROS COMPORTAMENTOS ALÉM DO PUNIDO O efeito da punição não se limita ao comportamento indesejado, porque outros comportamentos temporalmente próximos também cessam. Ex: criança correr na festa e derrubar a mesa de doces, levar bronca e ficar quieta até o fim da festa. EMISSÃO DE RESPOSTAS INCOMPATÍVVEIS AO COMPORTAMENTO PUNIDO Após a punição de um comportamento, o organismo passa a emitir uma segunda resposta, que torna improvável a repetição do comportamento punido. Isso evita que o organismo entre em contato com a punição novamente no futuro. Ex: namorar, ser traído e nunca mais querer namorar. A resposta de não querer namorar é reforçada negativamente (“retirar” as oportunidades de namorar novamente), e diminui a probabilidade de o comportamento punido ocorrer. CONTRACONTROLE O mais indesejado dos efeitos colaterais, no contracontrole o agente controlador é impedido de controlar determinado comportamento. O organismo controlado emite uma nova resposta que impede que o agente controlador mantenha controle sobre ele. NO CASO DA PUNIÇÃO O comportamento punido continua ocorrendo, mas sem entrar em contato com a punição. Ex: desacelerar o carro quando se aproximar do radar, se esquivando da multa. O comportamento de frear é reforçado negativamente (retira a multa). NO CASO DO REFORÇO NEGATIVO Aqui o contracontrole cessa ou evita o estímulo aversivo sem que seja necessário emitir a resposta programada pelo agente controlador. Ex: alunos na educação física fazem exercício somente para não levar bronca do professor (são reforçados negativamente); o contracontrole seria se exercitarem somente quando o professor está olhando. POR QUE PUNIMOS? Imediatismo da consequência; Eficácia não depende da privação Ex: dar uma palmada na criança para ela fazer o dever = não foi necessário privá-la de nada (se para fazer o dever ela fosse reforçada positivamente com balas, ao privá-la das balas ela não faria mais o dever); Facilidade no arranjo das contingências (as respostas de um reforçamento positivo são muito custosas, diferentemente daquelas emitidas pelo controle aversivo, que não exige treinamento). “A principal razão que leva ao sofrimento psicológico é o histórico de controle aversivo do comportamento” (Freud). 3 Gabriela Gomes – Resumo NP2 – PGE ALTERNATIVAS AO CONTROLE AVERSIVO Reforço positivo ao invés do negativo; Uso da extinção ao invés da punição para diminuir a emissão de um comportamento. Esse é o método menos aversivo, mas também gera respostas emocionais (vistas no bimestre anterior); Reforçamento diferencial (que envolve reforço e extinção); Aumento da densidade de reforços para outras alternativas (reforçar mais outras respostas que não sejam o comportamento indesejado). Ex: dar mais atenção a outros comportamentos de uma pessoa depressiva que não sejam os de reclamação. Essa é a intervenção menos aversiva e mais demorada. FIM DA AULA (17/04) CONTROLE DE ESTÍMULOS: O PAPEL DO CONTEXTO Controle de estímulos se refere à influência de estímulos antecedentes sobre o comportamento. Ela se dá pela relação que eles possuem com as consequências do responder. É o grau de correlação entre um estímulo e uma resposta subsequente.