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Resumo NP2 - Psicologia Geral Experimental

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1 Gabriela Gomes – Resumo NP2 – PGE 
RESUMO NP2 
PSICOLOGIA GERAL E EXPERIMENTAL 
CONTROLE AVERSIVO 
Se desenvolve devido ao valor de sobrevivência e são 
situações das quais quero me livrar de alguma coisa. 
Corresponde à maior parte de nosso comportamento, e 
nos comportamos para que algo não aconteça. 
 Reforço negativo Aumenta a f 
 Punição positiva 
 Punição negativa 
 
REFORÇO NEGATIVO 
Tipo de consequência que reforça um comportamento 
e retira um estímulo aversivo do ambiente. Ex: filho 
fazendo birra e a mãe dá um presente, retirando a birra. 
COMPORTAMENTOS MANTIDOS PELO 
REFORÇO NEGATIVO 
FUGA 
Remediação; estímulo aversivo está no ambiente e esse 
comportamento retira-o do ambiente, ou seja, eu já 
entrei em contato com o estímulo aversivo. 
ESQUIVA 
Prevenção; o comportamento evita ou atrasa o contato 
com o estímulo aversivo, e ocorre quando este estímulo 
não está no ambiente. 
 
 
 
PUNIÇÕES E SEUS EFEITOS 
São consequências que diminuem a probabilidade de o 
comportamento ocorrer. 
 Precisa ocorrer para aprender que é aversivo; 
 Consequência chamada de estímulo punidor. 
POSITIVA 
Acrescenta um estímulo aversivo no ambiente. Ex: 
ultrapassar o sinal, levar multa e não ultrapassar mais. 
NEGATIVA 
Retira um estímulo reforçador do ambiente. Ex: fazer 
coisa errada e perde a mesada do mês. 
REFORÇO X PUNIÇÃO 
Reforço e punição se diferem nos efeitos produzidos. 
Ao retirar a consequência punitiva, há a recuperação da 
resposta. É por isso que punição não modifica 
comportamento. Já no reforço, haveria a extinção do 
comportamento. 
 Entretanto, às vezes uma única punição é 
suficiente para que determinado 
comportamento deixe de ocorrer. 
PUNIÇÃO NEGATIVA X EXTINÇÃO 
 
 
Ex punição negativa: parar de telefonar para o ex 
namorado porque minha amiga para de falar comigo 
quando eu o faço. O reforçador de ligar para o ex é ouvir 
a voz dele, e isso não parou de ocorrer. O que ocorre é 
que o que não mantém o meu comportamento de ligar 
para o ex foi retirado (a amiga falar comigo). 
Ex extinção: telefonar para o namorado e ouvir sua voz; 
namoro termina; telefonar e não ser atendida; parar de 
telefonar. A consequência reforçadora de ouvir a voz 
dele cessou. 
FIM DA AULA (10/04) 
 
 
Operação Frequência Positivo Negativo 
Reforço Aumenta 
Acrescenta 
S 
reforçador 
Retira S 
aversivo 
Punição Diminui 
Acrescenta 
S aversivo 
Retira S 
reforçador 
Punição negativa Extinção 
O reforçador de OUTRO 
comportamento é 
retirado 
Reforçador do próprio 
comportamento é 
retirado 
 
Para de emitir a resposta 
Diminuição gradual da 
probabilidade de 
resposta 
Diminui a f 
Fuga eu aprendo 
primeiro, às vezes por 
modelo. Esquiva é mais 
funcional que a fuga. 
“Prevenir é melhor 
do que remediar”. 
Não cai a diferença na NP2 
 
2 Gabriela Gomes – Resumo NP2 – PGE 
EFEITOS COLATERAIS DO CONTROLE 
AVERSIVO 
 Forma legítima e eficiente de aumentar ou 
diminuir a emissão de um comportamento; 
 Efeitos indesejados e não planejados, e podem 
ser danosos; 
 Punir é + fácil e tem efeitos + imediatos do que 
reforçar positivamente; 
ELICIAÇÃO DE RESPOSTAS EMOCIONAIS 
A punição elicia emoções negativas no punidor e no 
punido. Ex: bater na esposa e depois compensar com 
flores (punição seguida de reforçador positivo para 
aliviar a culpa). 
CONDICIONAMENTO RESPONDENTE 
Quem pune ou reforça negativamente uma pessoa, 
acaba se tornando um CS (estímulo condicionado) que 
elicia as mesmas respostas que o estímulo aversivo. Ex: 
um pai que bate no filho constantemente; em ocasiões 
em que o pai não estiver batendo, o filho eliciará as 
mesmas reações de quando apanha (medo, tremedeira, 
choro). 
PARADOXO DA APRENDIZAGEM POR 
REFORÇO NEGATIVO 
O único comportamento que retira o estímulo aversivo 
se torna menos provável de ocorrer devido às respostas 
emocionais eliciadas por ele. Ex: para superar a 
gagueira é preciso falar, mas sempre que eu falo as 
pessoas riem de mim (o estímulo que serviria para me 
motivar a falar é justamente o que me impede de falar 
corretamente). As pessoas que riem de mim são 
reforçadores negativos (eu só falo quando não riem de 
mim). 
SUPRESSÃO DE OUTROS 
COMPORTAMENTOS ALÉM DO PUNIDO 
O efeito da punição não se limita ao comportamento 
indesejado, porque outros comportamentos 
temporalmente próximos também cessam. Ex: criança 
correr na festa e derrubar a mesa de doces, levar 
bronca e ficar quieta até o fim da festa. 
EMISSÃO DE RESPOSTAS INCOMPATÍVVEIS 
AO COMPORTAMENTO PUNIDO 
Após a punição de um comportamento, o organismo 
passa a emitir uma segunda resposta, que torna 
improvável a repetição do comportamento punido. Isso 
evita que o organismo entre em contato com a punição 
novamente no futuro. Ex: namorar, ser traído e nunca 
mais querer namorar. A resposta de não querer 
namorar é reforçada negativamente (“retirar” as 
oportunidades de namorar novamente), e diminui a 
probabilidade de o comportamento punido ocorrer. 
CONTRACONTROLE 
O mais indesejado dos efeitos colaterais, no 
contracontrole o agente controlador é impedido de 
controlar determinado comportamento. O organismo 
controlado emite uma nova resposta que impede que o 
agente controlador mantenha controle sobre ele. 
NO CASO DA PUNIÇÃO 
O comportamento punido continua ocorrendo, mas 
sem entrar em contato com a punição. Ex: desacelerar 
o carro quando se aproximar do radar, se esquivando 
da multa. O comportamento de frear é reforçado 
negativamente (retira a multa). 
NO CASO DO REFORÇO NEGATIVO 
Aqui o contracontrole cessa ou evita o estímulo aversivo 
sem que seja necessário emitir a resposta programada 
pelo agente controlador. Ex: alunos na educação física 
fazem exercício somente para não levar bronca do 
professor (são reforçados negativamente); o 
contracontrole seria se exercitarem somente quando o 
professor está olhando. 
POR QUE PUNIMOS? 
 Imediatismo da consequência; 
 Eficácia não depende da privação Ex: dar uma 
palmada na criança para ela fazer o dever = não 
foi necessário privá-la de nada (se para fazer o 
dever ela fosse reforçada positivamente com 
balas, ao privá-la das balas ela não faria mais o 
dever); 
 Facilidade no arranjo das contingências (as 
respostas de um reforçamento positivo são 
muito custosas, diferentemente daquelas 
emitidas pelo controle aversivo, que não exige 
treinamento). 
“A principal razão que leva ao sofrimento psicológico é o 
histórico de controle aversivo do comportamento” (Freud). 
 
 
3 Gabriela Gomes – Resumo NP2 – PGE 
ALTERNATIVAS AO CONTROLE AVERSIVO 
 Reforço positivo ao invés do negativo; 
 Uso da extinção ao invés da punição para 
diminuir a emissão de um comportamento. 
Esse é o método menos aversivo, mas também 
gera respostas emocionais (vistas no bimestre 
anterior); 
 Reforçamento diferencial (que envolve reforço 
e extinção); 
 Aumento da densidade de reforços para outras 
alternativas (reforçar mais outras respostas que 
não sejam o comportamento indesejado). Ex: 
dar mais atenção a outros comportamentos de 
uma pessoa depressiva que não sejam os de 
reclamação. Essa é a intervenção menos 
aversiva e mais demorada. 
FIM DA AULA (17/04) 
 
CONTROLE DE ESTÍMULOS: O PAPEL 
DO CONTEXTO 
Controle de estímulos se refere à influência de 
estímulos antecedentes sobre o comportamento. Ela se 
dá pela relação que eles possuem com as 
consequências do responder. É o grau de correlação 
entre um estímulo e uma resposta subsequente. 
Quando a probabilidade de um 
comportamento aumenta na presença de um 
SD e diminui na presença de um S; 
 O contexto dá situação para que o 
comportamento ocorra; 
Tríplice contingência 
(Unidade funcional da AC) 
 S – R  C 
S: estímulo antecedente (contexto) 
R: resposta 
C: consequência 
 Sempre há pessoas, coisas ou locais ao redor 
quando uma resposta é reforçada ou punida; 
 Quando uma resposta é reforçada na presença 
de um determinado estímulo, este começa a 
exercer controle sobre a ocorrência daquela 
resposta; quando determinada resposta tem 
mais probabilidade de ocorrer na presença de 
desse estímulo = esta resposta está sob 
controle daquele estímulo. 
TIPOS DE ESTÍMULOS CONTROLADORES 
SD (ESTÍMULO DISCRIMINATIVO) 
Estímulos que sinalizam que uma determinada resposta 
será reforçada. 
SDs não eliciam respostas, eles apenas fornecem 
contexto para que a resposta ocorra. Eliciar é um 
conceito de comportamento respondente, e aqui 
estamos falando sobre operante. 
S (ESTÍMULO DELTA) 
Estímulos que sinalizam que uma resposta não será 
reforçada, ou seja, sinalizam a indisponibilidade do 
reforço ou sua extinção (quando a resposta foi colocada 
em extinção na presença desse estímulo). 
EXEMPLO 
DISCRIMINAÇÃO DE ESTÍMULOS 
A discriminação ocorre quando há diferentes 
consequências para um mesmo comportamento, 
dependendo do estímulo antecedente. Exemplo acima. 
A discriminação de estímulos é o que levará à 
generalização de estímulos. 
DISCRIMINAÇÃO OPERANTE 
Processo no qual respostas específicas ocorrem apenas 
na presença de estímulos específicos. Os estímulos 
antecedentes controlam qual resposta emitirá uma 
consequência reforçadora. Ex: girar a tampa da garrafa 
para abri-la (puxar a tampa para cima não reforçaria a resposta 
de abri-la). 
CONTROLE X DISCRIMINAÇÃO 
Controle Discriminação 
Alta correlação 
entre S e R 
O quanto S e R estão 
relacionados. 
R ocorre na presença de SD e 
não de S 
Estímulo 
antecedente 
Resposta Consequência 
SD (telefone 
tocando) 
Atender o 
telefone 
Conversar com 
alguém 
S (telefone 
sem tocar) 
Atender o 
telefone 
Sem reforçador 
 
4 Gabriela Gomes – Resumo NP2 – PGE 
TREINO DISCRIMINATIVO 
Consiste em reforçar um comportamento na presença 
de SD e extinguir na presença de S, esse treino é 
chamado de reforço diferencial. 
É pelo treino discriminativo que aprendemos a 
discriminar estímulos, e passamos por ele durante a 
vida toda. O organismo está discriminando quando 
responde a SDs e não a Ss. O ambiente nos dá dicas de 
quais dos nossos comportamentos levam ao reforço. 
GENERALIZAÇÃO OPERANTE 
O organismo generaliza quando emite uma mesma 
resposta na presença de estímulos que se pareçam 
fisicamente com um SD. Ex: abrir uma garrafa de rosca 
girando a tampa; se um dia eu me deparar com uma 
garrafa de rosca que nunca vi, ainda assim saberei abrir 
sua tampa. 
A generalização é algo funcional, porque não exige uma 
nova modelagem direta da mesma resposta a cada 
novo estímulo; é um processo importante de 
adaptação. 
GRADIENTE DE GENERALIZAÇÃO 
 Forma de descobrir o quanto de generalização 
está ocorrendo; 
 Quanto + os estímulos forem parecidos com o 
SD > generalização. 
EFEITO DO REFORÇAMENTO DIFERENCIAL 
Produz um gradiente mais estreito, ou seja, ocorre 
menos generalização. 
< Generalização 
> Discriminação 
Ex: uma criança chamar somente o seu pai de papai, e 
não os demais homens adultos. Ela está discriminando. 
EFEITO DO REFORÇAMENTO ADICIONAL 
Reforçar as respostas nas demais variações de um SD. 
> Generalização 
< Discriminação 
Ex: chamar qualquer adulto desconhecido de “tio”, 
como o pai da melhor amiga, o segurança do shopping, 
o vendedor do mercado. Ocorre grande generalização. 
 
 
 
 
 
CLASSES DE ESTÍMULOS 
Um conjunto de estímulos que serve de ocasião para a 
mesma resposta forma uma classe de estímulos. 
CLASSE POR SIMILARIDADE FÍSICA 
Quando os estímulos se assemelham fisicamente. Ex: 
árvores. 
CLASSE POR SIMILARIDADE FUNCIONAL 
Quando os estímulos se assemelham em suas funções. 
Ex: ferramentas (martelo, chave de fenda, etc). 
A ATENÇÃO COMO COMPORTAMENTO 
Para a AC, a atenção não é um processo mental que 
decide por nós a qual estímulo iremos responder. Ter 
atenção é comportar-se sob determinado controle de 
estímulos, o que depende da nossa história de 
reforçamento e punição. Ex: experimento dos pombos 
de Reynolds. 
 
 
 
 
 
 
 
Na fase de treino, os dois bicaram com mais frequência 
o triângulo com fundo vermelho. 
Na fase de teste, Reynolds apresentou os elementos 
separadamente aos pombos: 
 
 
Um dos pombos bicou o fundo vermelho, e o outro o 
triângulo, o que mostra que cada um dos pombos 
estava sob controle de um estímulo diferente, um sob 
o fundo vermelho e um sob o triângulo (cada um 
prestou atenção a uma dimensão do estímulo – cor e 
forma). 
 
Generalização Discriminação 
Respostas = para 
estímulos ≠ 
Respostas ≠ para 
estímulos ≠ 
 
5 Gabriela Gomes – Resumo NP2 – PGE 
O PROBLEMA DA ATENÇÃO 
Se dá quando prestamos atenção a dimensões 
irrelevantes do estímulo, que não garantem reforço. Ex: 
toda grávida é barriguda, mas nem toda mulher 
barriguda está grávida (a barriga grande não garante 
reforço = gravidez). 
Quando o organismo se atenta a algumas propriedades 
do estímulo e ignora outras (através do treino), dizemos 
que ele fez o processo de abstração. 
ABSTRAÇÃO 
Emitir um comportamento sob controle de algumas 
propriedades do estímulo que é comum a mais de um 
estímulo, e ao mesmo tempo não ficar sob controle de 
outras propriedades. Ex: chamar de “mesa” vários tipos 
de mesa (de jantar, de canto, de escritório, etc). Seria 
possível também, fazer os pombos de Reynolds ficarem 
sob controle só da forma ou só da cor. 
ABSTRAÇÃO X GENERALIZAÇÃO 
A generalização é só uma generalização; 
A abstração é uma generalização dentro da mesma 
classe e uma discriminação entre classes diferentes. 
REFORÇAMENTO ADICIONAL E DIFERENCIAL 
O adicional garante generalização dentro da mesma 
classe; o diferencial estabelece a discriminação entre 
essas classes. Ex: a pessoa abstrai ao chamar de 
ventilador todos os tipos de ventiladores (de teto, de 
mesa, de parede) – reforçamento adicional; e discrimina 
ao diferenciar um ventilador de um cata-vento, de uma 
hélice de avião ou de um exaustor – reforçamento 
diferencial. 
ENCADEAMENTO DE RESPOSTAS E 
REFORÇO CONDICIONADO 
 
Encadeamento porque nunca é uma resposta só; 
condicionado porque precisa de aprendizagem. 
 
Algumas consequências do comportamento 
(geralmente ligadas a variáveis biológicas) são 
naturalmente reforçadoras, como, por exemplo, a 
apresentação de água a um rato sedento; a 
apresentação de água é um reforçador incondicionado 
(não precisa de aprendizagem); 
Entretanto, para que um rato de laboratório receba 
água ele será treinado da seguinte forma: apertar a 
barra esquerda e a água é liberada. Numa próxima 
etapa, é feito um treino discriminativo em que ele 
pressione a barra esquerda só quando uma luz estiver 
acesa. 
Em seguida, é possível modelar o comportamento de 
pressionar a barra da direita utilizando como reforço a 
ação de acender a luz (a luz só acenderá com pressão 
na barra direita). Resumindo, o rato vai pressionar a 
barra direita que acende a luz, em seguida a barra 
esquerda que libera a água. 
O comportamento de pressão à barra direita só é 
reforçador porque antes o rato aprendeu que a luz ésinal de recebimento de água, ou seja, pressionar a 
barra direita para acender a luz é um reforçador 
condicionado (que ele aprendeu), e a consequência de 
receber água aconteceu por uma cadeia 
comportamental. 
O reforço condicionado, sendo assim, possui a função 
de consequência reforçadora para o comportamento 
que a produz (acender a luz); e de estímulo 
discriminativo para a ocorrência do próximo 
comportamento (recebimento de água). 
REFORÇADORES CONDICIONADOS 
GENERALIZADOS 
São generalizados porque podem servir de ocasião 
para muitas respostas diferentes. 
São também reforçadores porque aumentam a 
probabilidade de ocorrência de uma resposta; e são 
condicionados porque dependem de aprendizagem e 
têm dupla função (reforço para o comportamento que 
antecede e SD para o que sucede). 
Não é necessária uma privação específica para que se 
tenha efeito. Ex: dinheiro, porque a pessoa pode emitir, 
comer, cursar uma faculdade, pegar um Uber, comprar 
um livro, etc. 
REFORÇADORES CONDICIONADOS 
SIMPLES 
É necessária uma privação específica (sede, sono, 
contato social, fome, etc) para que tenha efeito. Ex: a 
consequência do comportamento do rato de pressionar 
a barra da direita é o acendimento da luz, e neste caso, 
para que o aparecimento da luz tenha efeito reforçador, 
é necessária a privação específica: privar o rato de água. 
FIM DA AULA (24/04) 
 
 
6 Gabriela Gomes – Resumo NP2 – PGE 
ESQUEMAS DE REFORÇAMENTO 
Nem todas as respostas são reforçadas quando 
emitidas, isso quer dizer que muitos dos nossos 
comportamentos são apenas intermitentemente 
reforçados; portanto, um comportamento não precisa 
ser reforçado todas as vezes em que ocorre para 
continuar sendo emitido. Esquema de reforçamento diz 
respeito a que critérios uma resposta deve atingir para 
que ocorra o reforçamento. 
REFORÇO CONTÍNUO 
S – R  C 
Toda resposta é seguida de reforçador. Ex: virar a chave 
e o carro ligar (a resposta sempre é seguida de reforçador, 
ou seja, é continuamente reforçada). 
ESQUEMA DE REFORÇO CONTÍNUO 
Em experimentação, o esquema é chamado de CRF, ou 
seja, toda vez que a resposta é emitida ela é reforçada. 
REFORÇO INTERMITENTE 
S – R  C 
S – R  _ 
Apenas algumas respostas são seguidas de reforço, é 
necessária, portanto, a emissão de um número variável 
de respostas para que o reforçador fique disponível. Ex: 
ir ao shopping e nem sempre encontrar uma vaga, ter 
que ficar procurando. 
ESQUEMAS DE REFORÇO INTERMITENTE 
Existem quatro: razão fixa, razão variável, intervalo fixo 
e intervalo variável. 
ESQUEMAS DE RAZÃO (Nº DE RESPOSTAS) 
Exige certo número de respostas para a apresentação 
de cada reforçador 
 Razão fixa FR: comum em empresas, o 
número de respostas exigido para a 
apresentação de cada reforçador é sempre o 
mesmo. Ex: ganhar comissão somente após 
vender 10 pares de botas. 
 Razão variável VR: nesse esquema, muito 
mais comum em nosso cotidiano, o número de 
respostas entre cada reforçador varia. Ex: para 
vender 10 pares de botas é preciso abordar no 
mínimo 10 pessoas. Às vezes haverá reforço 
(comprarão) e às vezes não (não comprarão). 
ESQUEMAS DE INTERVALO (TEMPO) 
O número de respostas não é relevante, bastando 
apenas uma para a obtenção do reforçador. O tempo 
decorrido desde o último reforçador é o principal 
determinante de uma nova resposta ser ou não 
reforçada. 
 Intervalo fixo FI: o tempo desde o último 
reforçador e a disponibilidade do próximo é 
sempre o mesmo. Deve ocorrer pelo menos uma 
resposta para que haja reforço. Esse esquema 
aumenta a probabilidade de discriminação para 
que se emita uma resposta só quando houver 
reforço. Ex: de domingo, pôr no canal que passa 
Fantástico (fazer isso no meio do intervalo não 
reforçará nada – não passa o programa durante a 
semana, mas isso não prejudicará a disponibilidade 
do reforço, porque todo domingo o reforço virá – 
passará Fantástico). 
 Intervalo variável VI: os intervalos entre o 
último reforçador e a próxima disponibilidade 
são variáveis. Ex: pescar; não há regularidade 
temporal, não tem como saber quando o peixe 
pegará a isca, portanto o reforço (peixe pegar a 
isca) só virá depois de um número 
desconhecido de respostas emitidas. É funcional 
para contexto de supervisão de funcionários, porque 
eles nunca sabem quando o chefe aparecerá. 
FREQUÊNCIA DE RESPOSTAS 
Esquemas de reforço intermitente e contínuo não 
diferem apenas no seu funcionamento, mas também 
nos efeitos sobre o comportamento. 
Intermitentes produzem uma frequência de respostas 
maior que a dos esquemas de reforço contínuo. Isso 
porque: 1) como no reforço intermitente apenas 
algumas respostas são reforçadas, mais respostas serão 
emitidas; 2) quando o comportamento é reforçado por 
reforçadores primários ou incondicionados (ex: água, 
alimento, sexo), a saciação ocorre muito mais 
rapidamente em CRF, pois o organismo entra em 
contato com um número maior de reforçadores com 
menos respostas, a saciação é mais rápida, fazendo com 
que os reforçadores tenham seu valor diminuído; no 
intermitente a saciação demora para ocorrer, sendo 
assim o organismo emite mais respostas para atingi-la. 
 
7 Gabriela Gomes – Resumo NP2 – PGE 
Exceções: Alguns esquemas temporais de reforçamento, como os de 
intervalo, podem produzir uma frequência menor de repostas que a 
observada em CRF quando o intervalo entre as respostas reforçadas 
é muito longo. 
AQUISIÇÃO DE COMPORTAMENTO 
Reforço contínuo é mais eficaz que o intermitente, 
porque respostas não totalmente aprendidas correm o 
risco de extinção no reforço intermitente (quando o 
reforço vem às vezes sim e às vezes não). Quando todas 
as respostas são reforçadas, a relação entre a resposta 
e a sua consequência é rapidamente aprendida. 
MANUTENÇÃO DE COMPORTAMENTO 
Esquemas de reforço intermitente (principalmente 
variáveis) são ideais para a manutenção da resposta, 
uma vez que aumentam a resistência à extinção. Já estou 
acostumada a ser reforçada às vezes sim e às vezes não, 
então se eu não for reforçada alguma vez, não vou desistir de 
emitir o comportamento, porque sei que uma hora o reforço 
vem. Ex: se uma mãe reforça as birras do filho às vezes 
sim e às vezes não, quando decidir não mais reforçar, a 
criança demorará mais tempo para parar de fazer birra 
do que uma criança cuja mãe reforçava esse 
comportamento sempre (CRF). 
Um adulto perseverante foi uma criança reforçada intermitentemente. 
DEMAIS EFEITOS SOBRE A EXTINÇÃO 
A extinção após reforço intermitente produz padrões 
comportamentais diferentes da extinção após reforço 
contínuo. 
 
Esquemas intermitentes geram comportamentos mais 
resistentes à extinção que esquemas de reforçamento 
contínuo. 
FIM DA AULA (08/05) 
PADRÕES COMPORTAMENTAIS DE 
CADA ESQUEMA 
Cada esquema de reforço tem um padrão, e nos 
experimentos com esquemas de reforçamento existem 
dois tipos de dados: 
1- Dados de transição: observados quando o 
organismo acabou de ser submetido a um novo 
esquema de reforçamento, então seu padrão 
comportamental trará características da contingência 
antiga e da nova, ou seja, seu comportamento ainda 
não está adaptado ao novo esquema, por isso traz 
traços do esquema anterior. Os dados de transição são 
úteis para estudar os efeitos de história de 
reforçamento; 
2- Estado estável: o comportamento já se adaptou ao 
novo esquema e não mudará mais. Para isso acontecer, 
é necessário que o organismo seja submetido a várias 
sessões do esquema em vigor, de forma que seu 
comportamento se adapte a ele. 
 
Os padrões abaixo são observadosapenas em estado estável. 
RAZÃO FIXA FR 
 Altas taxas da frequência de resposta, uma vez 
que, quanto mais o organismo responder, mais 
reforços obterá; 
 Pausa após reforçamento, porque o organismo 
nunca foi reforçado logo após um 
reforçamento anterior, discriminando que o 
reforço vai demorar. Essa discriminação 
acontece porque o número de respostas é 
sempre o mesmo, e na medida em que o 
organismo começa a responder, suas respostas 
atingem rapidamente uma taxa alta que 
permanece constante até o próximo reforço. 
Ex: após fazer 100 abdominais, eu não vou 
imediatamente começar outra série, porque eu 
sei que serão mais 100. Depois de descansar, eu 
retomo. 
RAZÃO VARIÁVEL VR 
 Ausência de pausa, porque o organismo nunca 
sabe quando o reforço vem; 
 É o esquema com maior taxa de resposta, por 
exigir o número de respostas até vir o reforço e 
por não apresentar pausas após reforçamento. 
Ex: trabalhar muito e ganhar pouco. 
 
Intermitente F de resposta 
Saciação demora para ocorrer Aumenta 
Contínuo F de resposta 
Saciação é rápida Diminui 
Após reforço intermitente Após reforço contínuo 
Não há aumento súbito de 
frequência de respostas após 
a extinção; depois a 
diminuição é mais lenta; não 
há respostas emocionais 
Aumento na f de repostas 
após a extinção; depois a 
resposta deixa de ocorrer 
rapidamente; respostas 
emocionais parecidas com 
as de punição 
 
8 Gabriela Gomes – Resumo NP2 – PGE 
INTERVALO FIXO FI 
 Não tem altas taxas de respostas porque o 
organismo sabe quando o reforço vem; 
 É o esquema que produz as maiores pausas 
após o reforçamento, uma vez que a 
discriminação temporal entre o reforço e o não-
reforço é facilitada pela regularidade dos 
intervalos entre reforçamento; 
 Scalop: aumento gradual na taxa de resposta, 
que é máxima no momento do reforço. 
INTERVALO VARIÁVEL VI 
 Taxa de resposta relativamente alta, porque o 
organismo não sabe quando o reforço vem; 
 Caso fique muito tempo sem responder, 
perderá o reforço, portanto permanecerá 
respondendo moderadamente o tempo todo. 
FIM DA AULA (15/05) 
 
ESQUEMAS REGULADORES DA 
VELOCIDADE DE RESPONDER 
Nesses esquemas, o responder rápido ou lento é 
reforçado. Existe um critério de velocidade de emissão 
de resposta para conseguir o reforço. 
DHR – REFORÇAMENTO DIFERENCIAL 
COM ALTAS TAXAS DE RESPOSTA 
Somente taxas altas de resposta serão reforçadas, e 
esse número de respostas deve ser emitido dentro de 
um tempo predeterminado para que o reforço seja 
apresentado. Ex: ter que estudar para a prova na 
véspera, lendo muitas páginas. *Parece FR, mas em FR não 
se considera o tempo. 
DRL – REFORÇAMENTO DIFERENCIAL 
DE BAIXAS TAXAS DE RESPOSTA 
Respostas são reforçadas apenas se forem espaçadas 
temporalmente, do contrário não são reforçadas e 
perdem o próximo reforço. Ex: pintor, se pintar a 
segunda mão de tinta na parede antes do tempo, 
estragará tudo. *Parece FI, mas em FI o cronômetro não é zerado 
caso o organismo emita a resposta antes do tempo fixo. 
“O apressado será o último a ser servido”. 
Baixas taxas de resposta e longas pausas. 
DRO – REFORÇAMENTO DIFERENCIAL 
DE OUTROS COMPORTAMENTOS 
Consiste em reforçar todos os comportamentos, exceto 
aquele que se deseja reduzir a frequência, ou seja, é 
uma combinação de reforço e extinção, sem uso da 
punição. Ex: comportamentos autolesivos. 
ESQUEMAS COMPOSTOS 
Envolvem a combinação de mais de um esquema 
(múltiplo, concorrente, misto, encadeado). Esses 
esquemas tentam ilustrar de maneira mais fiel a 
complexidade dos comportamentos, diferente dos 
esquemas simples. 
MÚLTIPLO E MISTO 
No múltiplo, ocorre a alternância de mais de um 
esquema de reforçamento, e cada um dos esquemas é 
sinalizado por um estímulo diferente, mas a resposta 
requerida é sempre a mesma. Ex: mãe, pai e avó são os 
estímulos discriminativos correlacionados com cada 
componente do esquema múltiplo: a avó reforça as 
birras em CRF, o pai nunca reforça as birras (extinção) e 
mãe ocasionalmente reforça uma birra (razão variável). 
A diferença de um para o outro é que no misto, não há 
estímulos discriminativos que sinalizam qual esquema 
está em vigor. O organismo deve discriminar o esquema 
em vigor pelo próprio contato com a contingência. 
ENCADEADO 
São cadeias comportamentais em que a consequência 
de um comportamento discrimina a emissão do 
próximo. Um comportamento depende do outro, e o 
reforço de um comportamento é o estímulo 
discriminativo que sinaliza o próximo. 
CONCORRENTE E LEI DA IGUALAÇÃO 
São os mais presentes em nossa vida. O esquema 
concorrente é quando temos duas ou mais fontes de 
reforço disponíveis ao mesmo tempo, e a escolha que 
fazemos se trata da qualidade destes reforços. Ex: ir à 
escola ou ficar em casa dormindo. 
A Lei estabelece uma relação de proporção entre 
comportamento e reforço, em que o tempo que 
passamos realizando algo é proporcional à quantidade, 
qualidade e frequência dos reforços que este algo 
produz. 
 
9 Gabriela Gomes – Resumo NP2 – PGE 
ANÁLISE FUNCIONAL E APLICAÇÃO 
DE CONCEITOS 
Mudar as consequências e verificar se houve mudança 
no comportamento. A análise é funcional e prática, e se 
não houver mudanças no comportamento, deve-se 
começá-la novamente. 
O objetivo da mesma é identificar a relação entre 
resposta e consequência (função), buscando 
determinantes do comportamento, já que este é 
multideterminado e produto de três histórias 
(filogenética, ontogenética e cultural). 
S – R  C 
R: o que ele fez? 
C: o que aconteceu? 
S exerce influência, mas o C é determinante. 
 
O meio opera no organismo e vice-versa. 
 
FUNÇÃO DO COMPORTAMENTO 
As topografias do comportamento não são 
determinantes, porque comportamentos de mesma 
topografia têm diferentes funções, e mesma função 
com diferentes topografias. A interação funcional 
caminha em conformidade com o comportamento 
operante e respondente. 
COMO É FEITA A ANÁLISE 
1. Encontrar os determinantes do comportamento 
2. Predizer o comportamento (predição da ocorrência) 
3. Controlar o comportamento (aumentar ou diminuir a 
ocorrência) 
 
Deve-se considerar na análise a história de 
reforçamento, porque isso fornece dicas de quais 
contingências atuais são responsáveis pela manutenção 
do comportamento, pois algumas vezes apenas as 
contingências atuais não são suficientes para explicar 
um padrão comportamental. 
FIM DA AULA (22/05)

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