AD1 Teoria da Literatura II (1)

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AD1_2º semestre de 2019
Fundação CECIERJ/ UFF
Graduação em Letras
Disciplina: Teoria da Literatura II
Coordenadora: Profa. Diana Klinger
 
Aluna: Maria Carolina Pinto Soares
Polo: Piraí 
 Matrícula:15213120087
 Trágico no cinema brasileiro
 No texto "Violência e cinema: reflexões sobre o dispositivo trágico no cinema brasileiro hoje" de Márcio Seligmann-Silva, ele fala de como o cinema esteve desde sempre relacionado a violência,desde os primeiros grandes teoricos.O cinema era por registrar a violência e as catástrofes, a expor traumas. Acreditava se que o cinema: esta funcionaria então como uma “explosão terapêutica do inconsciente”.Então o filme seria um trauma que nos ensinaria a lidar melhor com os traumas que enfrentamos ao sair da sala de cinema.
 “O cinema é a forma de arte correspondente aos perigos existentes mais intensos com os quais se confronta o homem contemporâneo. Ele corresponde a metamorfoses profundas no aparelho perceptivo”. (Benjamin, 1985: 192; Benjamin, 1989: 380 n.16)
 Seligmann-Silva fala uma pouco do núcleo da teoria aristotélica, que defende que a tragédia é “imitação que, suscitando o terror e a piedade ,tem por efeito a purificação dessas emoções.” (Poética 1449b) . Desta forma ele demostra o lado bom da tragédia. 
 No cinema este dispositivo trágico não tem deixado de se desdobrar e frutificar. O cinema funciona como uma espécie de multiplicador da capacidade do dispositivo trágico. 
 No texto, Seligmann-Silva fala do cinema com caracteristicas internacionais, nacionais e globais. Fala sobre prática de documentarista de Steven Spielberg, e aponta essa prática também usada no cinema brasileiro , como em Tropa de Elite, que buscou ser o mais realista possível.Há muitos outros filmes de ficção e de documentários onde a questão da violência no Brasil constitui o foco da narrativa,onde tenta explorar e mostrar o lado marginalizado, banido, pobre, injustiçada da sociedade brasileira.
 O autor continua seu texto com caracteríscas do cinema Brasileiro citando trechos dos filmes,Cidade de Deus,Carandiru,tropa de elite, nesse ultimo a violência é imposta aos policias e pelos mesmos para combater a violencia dos bandidos. O autor aponta polêmica desencadeada em torno do filme que atribuiu muitas vezes uma postura fascista ao seu diretor, José Padilha.
 Em uma sociedade marcada pela forte divisão de classes e pela violência exercida sobre os mais pobres, que são sistematicamente excluídos da cidadania, o cinema tem um papel simbólico-político importante a cumprir. É preciso uma análise detalhada da produção recente brasileira com o que vem acontecendo na cena internacional no cinema e nas demais artes.
 Concluindo, a obra de Márcio Seligmann-Silva, é um texto interessantissimo que faz reflexões sobre o cimena e sobre o trágico que é caracterísca do mesmo. O texto faz comparações de como a violência se "transformou" dentro do cinema intercionalmente e principalmente aqui no Brasil. A violência , o terror e a compaixão ainda são vistos como antes no cinema.
 Para Aristóteles a tragédia é “imitação que, suscitando o terror e a piedade , tem por efeito a purificação dessas emoções.” (Poética 1449b) É importante destacar que na tragédia existe um efeito de prazer advindo da substituição do sofrimento que é apresentado, por algo positivo. Esta metamorfose é a marca da catarse e do dispositivo trágico. Ela se dá via identificação e compaixão. 
 Seligmann Silva utiliza o conceito de catarse (como "dispositivo de identificação") para pensar o cinema, assim o telespectador se indentifica com a trágédia no cimema e cria uma compaixão e alívio após o filme.Este indentificação é fundamental da argumentação: o dispositivo trágico revela-se, com esta noção, como um meio de construção e de formação do próprio. Porém Seligmann não acha catarse tão simple, "momento autoreflexivo da compaixão assim como um mecanismo de criação de tipos que está no centro do processo trágico, e que tanto agrega os “iguais”, como permite a exclusão do “diferente”. Trata-se, evidentemente, de um dispositivo complexo, que não necessariamente impede que criemos o “próprio” mesmo quando estamos diante do espetáculo trágico de um “outro”(Seligmann Silva ,p 2)