Buscar

Máquina de Rube Goldeberg

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS - CETEC 
Ciência e Tecnologia dos Materiais e Química Geral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESAFIO QCTM 
 
 
 
LA MÁQUINA DO TENDEL 
 
 
 
 
 
Bruna Luana Eckhardt (627444) 
Bruno Becchi Christ (622191) 
Eduardo Henrique Eckhardt (651040) 
Gabriel Carlos Orbach (626637) 
João Augusto Nichele (573857) 
Samuel Pulu dos Santos (637070) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAJEADO, SETEMBRO DE 2019 
LÍDERES DA EQUIPE 
Ciência e Tecnologia dos Materiais: Bruna Luana Eckhardt. 
Química Geral: Gabriel Orbach. 
 
INTRODUÇÃO 
O mercado atual exige cada vez mais engenheiros capacitados e qualificados a exercer 
suas atividades, a melhorar e desenvolver processos e produtos a partir da seleção de 
materiais adequados, de forma economicamente e ambientalmente correta. Para tal, é 
necessário que no ensino nas áreas da engenharia ocorra uma integração entre teoria e prática, 
visto que os engenheiros deverão atuar no planejamento e desenvolvimento de processos e 
serão responsáveis pela resolução de problemas dos mais variados (BATISTA et. al, 2017). 
Em conjunto, a busca constante das instituições de ensino superior em aprimorar suas 
metodologias de ensino, e fazer os estudantes se depararem com situações que futuramente 
possam vir a enfrentar em sua carreira profissional, motiva a realização de desafios como o 
proposto neste trabalho. Conforme Cavalcante e Souza (2013) é de grande importância as 
instituições de ensino desenvolverem metodologias que incentivem e promovam um 
aprendizado mais participativo do estudante, ao decorrer da graduação. 
Desta forma, se propõe através deste trabalho um desafio inspirado na máquina de 
Rube Goldberg, um máquina projetada para realizar uma simples tarefa de forma complexa, 
através de uma sequência de movimentos. Para o comprimento do desafio, estipulou-se como 
questão problema: como acender uma caixa luminária utilizando materiais alternativos? 
A máquina teve seu projeto executado na garagem de uma residência situada na 
cidade de Lajeado e contou com a utilização dos mais diversos materiais, englobando 
principalmente sucatas e materiais de uso cotidiano, disponibilizados pelos integrantes do 
grupo. 
 
 
OBJETIVO GERAL 
O objetivo geral da construção da máquina Rube Goldberg é acionar um circuito 
elétrico que acenda a luz presente no interior de uma caixa de MDF, que irá se iluminar com 
a identificação do grupo, através de uma sequência de movimentos disparados por uma 
reação química. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
São designados como objetivos específicos: 
- Acionar a luz interna da caixa através da utilização de mecanismos elétricos, reações 
químicas e físicas, assim como materiais reutilizáveis, ao decorrer do percurso. 
- Elencar as propriedades de alguns dos materiais abordados na disciplina de Ciência 
e Tecnologia dos Materiais e utilizados ao longo do percurso. 
- Aplicar conceitos químicos, voltados principalmente às reações químicas 
envolvidas, relacionando-as à disciplina de Química Geral. 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A máquina de Rube Goldberg segue na direção oposta aos conceitos de facilitar as 
tarefas, enquanto grande parte das máquinas tem por seu objetivo facilitar tarefas complexas, 
os projetos de máquina Rube Goldberg visam tornar tarefas simples em situações complexas. 
O conceito desse projeto estimula buscar uma solução criativa para os problemas 
inesperados, como a utilização de materiais de fácil acesso e reutilizáveis, mas que sejam 
funcionais e que atinjam o objetivo final (OLIVEIRA et. al, 2017). Para execução de uma 
máquina de Rube Goldberg, além de movimentos mecânicos, é possível incrementar 
dispositivos elétricos e efeitos químicos, como por exemplo, reações químicas. 
Uma reação química é o processo no qual uma substância se transforma em outra. As 
moléculas presentes nessas substâncias sofrem alterações gerando novas moléculas. Toda 
reação química é composta por reagentes, que são as substâncias que entram em contato e 
reagem entre si, formando os produtos, as novas substâncias formadas a partir da reação. 
Reações químicas ocorrem o tempo todo ao nosso redor. O preparo de alimentos e a própria 
digestão dos alimentos pelo organismo. Ocorrem quando acendemos um fósforo, damos a 
partida no carro, entre tantas demais situações. Assim como grande parte dos processos 
industriais envolvem reações químicas, produção de plásticos, fibras sintéticas, fertilizantes e 
muitos outros materiais ​ (BETTELHEIM et. al, 2012). 
Uma reação química bastante conhecida e na qual tem-se fácil acesso aos reagente 
necessários, é a reação utilizando vinagre e bicarbonato de sódio. O vinagre é composto por 4 
a 10% de ácido acético (CH​₃​COOH), que será o componente responsável por realizar a 
reação com bicarbonato de sódio (NaHCO ​₃​). A reação tem como produtos o acetato de sódio, 
água e o gás dióxido de carbono, podendo ser traduzida pela seguinte equação química: 
NaHCO​₃​ (s) + CH​₃​COOH (aq) → NaCH ​₃​COO (aq) + H ​₂​O (l) + CO ​₂​ (g) 
O ácido acético é um ácido orgânico, já o bicarbonato de sódio é um sal de caráter 
básico, formado pela neutralização incompleta de hidróxido de sódio, que é uma base forte, e 
pelo ácido carbônico, que é um sal fraco. Quando se dissocia, o bicarbonato de sódio forma 
Na+ e HCO₃¯. O ânion reage com um cátion de hidrogênio e forma H₂CO₃, o qual se 
dissocia em H₂O e CO₂. O cátion reage com o ácido acético formando acetato de sódio e 
sendo assim neutralizado a reação. O gás carbônico liberado pela reação pode ser utilizado 
para encher um balão, conforme será apresentado ao decorrer do projeto da máquina. 
Além da reação química, a máquina conta com a utilização de metais, dentre os quais: 
bolinha de metal, latas de alumínio, martelo e fios de cobre. Os metais geralmente são 
materiais rígidos, resistentes, dúcteis por apresentarem uma estrutura atômica bem definida. 
São bons condutores térmicos e elétricos, devido a sua nuvem de elétrons, os elétrons livres. 
Nas latas de alumínio, os principais elementos de liga são o magnésio, que dá à liga de 
alumínio um maior limite de resistência e aumenta sua dureza, devido a estas ligas se 
caracterizam pela maior resistência a corrosão e pela excelente usinabilidade, boa resistência 
a impactos. O alumínio comercial, utilizado para fabricação das latas de bebidas possui um 
teor de 99,0% a 99,5% de alumínio. As latas são fabricadas a partir de três diferentes partes: o 
corpo feito a partir da liga 3004, que apresenta boa resistência à corrosão, boa 
conformabilidade e moderada resistência mecânica. A tampa feita de liga 5182, e anel feito 
de liga 5082, que são dúcteis no estado recozido, mas endurecem rapidamente sob trabalho a 
frio, possuem alta resistência à corrosão em ambientes marítimos e quanto maior os teores de 
Magnésio, maior sua resistência mecânica (TIVELLI, 2012). 
Os fios de cobresão amplamente utilizados, pois o elemento cobre é o metal que 
possui a mais alta condutividade elétrica entre os demais metais na engenharia. Além de que 
as ligas de cobre podem ser utilizadas para condução térmica, onde a boa resistência à 
corrosão compensa a perda de condutividade com o aumento da liga. As ligas de cobre 
também são muito resistentes a corrosão que é causada por água e vapor, além da corrosão 
em ambientes rurais, marinhos e industriais (RODRIGUES et al., 2012). 
Outro material utilizado é o atilho de borracha, que em nossa máquina tem a função 
de disparar uma catapulta. Por ser elástico, ele se enquadra na categoria de elastômeros, que 
são materiais flexíveis e bastante elásticos. Os elastômeros, também conhecidos com 
borrachas, são composto por longas cadeias de moléculas, que são altamente flexíveis. 
Devido a escassez de borracha natural durante as guerras (Primeira e Segunda Guerra 
Mundial), ocorreu um grande avanço para a produção de borrachas sintéticas, poli(isopreno), 
poli(butadieno), copolímeros de estireno-butadieno (SBR) e etileno-propileno (EPM), entre 
outros (BONDAN, 2014). Quando submetido à tensão, os elastômeros deformam-se 
elasticamente, podendo chegar a mais de 1000% do comprimento útil original, mesmo 
quando submetidos a valores relativamente altos de tensão. A deformação elástica, é um 
processo reversível devido o deslocamento de átomos de níveis de energia mais baixos para 
os níveis mais altos, dessa forma, ao cessar a tensão, o elastômero volta a sua forma inicial. 
Os materiais cerâmicos apresentam propriedades mecânicas superiores a outros 
materiais, no entanto, algumas de suas características são ruins. Mesmo tratando-se de 
materiais com alta dureza, o fato de serem materiais frágeis, impede a sua utilização em 
aplicações estruturais da engenharia. Normalmente os cerâmicos apresentam pequena 
resistência a impactos e assim, uma baixa tenacidade. Grande parte dos materiais cerâmicos 
sofre ruptura de maneira frágil, com pouco ou sem deformação plástica (ZANOTTO, 1991). 
Com base em tais dados, este trabalho visa aplicar as propriedades dos materiais 
citados, através da construção de uma máquina de Rube Goldberg, de forma a observar o 
comportamento dos materiais estudados na prática. 
 
METODOLOGIA 
Para realização do desafio, o grupo de reuniu em aula para discutir as ideias iniciais e 
realizar um esboço da série de movimentos a serem realizados pela máquina. Selecionou-se 
os principais materiais a serem utilizados e estipulou-se o local para construção da máquina. 
A máquina teve seu projeto executado na garagem de uma residência situada no bairro 
Conventos, em Lajeado. 
Primeiramente analisou-se o local da construção para estipular a melhor ordem com a 
qual os movimentos da máquina iriam ocorrer. Observou-se a presença de uma máquina de 
lavar roupas em uma extremidade da garagem, a qual utilizamos para que o início do trajeto 
ocorresse na altura necessária para desencadear os demais movimentos. Dois baldes e um 
caixote, também presentes no local, auxiliaram atingir a altura. Devido a intervenção humana 
ser permitida ocorrer somente ao início dos movimentos, o grupo estipulou que a máquina 
iria ser iniciada com a reação química. Ao encher o balão com o gás liberado pela reação, são 
liberadas duas bolinhas de gude, que correm por um tubo de metal e após por entre os 
puxadores de um aéreo. As bolinhas se chocam com outra bolinha de aço, que cai em um 
recipiente plástico fixado em uma alavanca de madeira. A alavanca é responsável por liberar 
um atilho que está tensionando uma catapulta, arremessando uma bolinha de borracha contra 
uma torre de latinhas de alumínio. Ao derrubar as latas, liberam-se duas bolinhas presentes 
em canaletas de caixas de leite, as bolinhas realizam o percurso, caindo em um paredão 
confeccionado com palitos de picolé. Uma tubulação é feita com garrafas PET e fixado na 
parte interna de uma carreta de carga, as bolinhas correm por esta tubulação e ao final derruba 
uma sequência de dominó, que será responsável por liberar um martelo, quebrando uma 
lâmpada incandescente com água em seu interior. A água liberada é responsável por conduzir 
um barquinho por um tubo de PVC, estourando ao final um balão. Ao estourar, o balão libera 
uma bolinha de aço que aciona o interruptor da caixa luminária. 
 
MATERIAIS 
Para elaboração do desafio, foram estipulados alguns materiais que deveriam ser 
utilizados ao decorrer do projeto, e eles são: um elastômero, um metal e um cerâmico. Além 
destes materiais, ficou livre a escolha dos demais componentes da máquina, no entanto, 
dando-se preferência para utilização de materiais recicláveis e de baixo custo. Diversos 
materiais, das mais variadas categorias, foram utilizados para o desenvolvimento do desafio 
além da construção de peças e “engenhocas” por parte do grupo. 
Dentre as peças construídas pelo grupo, foi desenvolvida uma espécie de catapulta, 
utilizando materiais recicláveis, madeira, pregos, e um atilho de borracha. O atilho fica 
tensionado mantendo a catapulta acionada, e no momento em que uma bola de metal cai 
dentro do recipiente plástico, preso em uma alavanca de madeira (também construída pelo 
grupo), ela sai do equilíbrio, liberando o elastômero tensionado, e assim a catapulta dispara a 
bolinha contra a torre de latas de alumínio. Estas latas, que se enquadram em outra categoria 
de material solicitado, pois são feitas a partir do alumínio, um metal com a característica de 
ser dúctil. Vê-se a presença de metais novamente mais a frente do percurso, com a presença 
de um martelo e a fiação elétrica que liga a caixa de MDF. Os fios elétricos são feitos com 
cobre, que é um metal que tem por característica ser um bom condutor de eletricidade. 
O martelo citado anteriormente, foi responsável por se chocar contra o recipiente de 
vidro, quebrando-o. Utilizamos o vidro para representar uma propriedade de um material 
cerâmico: a fragilidade. Também utilizou-se uma lajota de cerâmico para impulsionar a queda 
da marreta, que liberou o martelo. 
Grande parte dos materiais utilizados para construção são oriundos de sucatas ou 
materiais que cada integrante possuía em casa. Foi utilizado uma vasta gama de materiais: 
vidros, metais, madeira, papéis, papelão, polímeros, borrachas, cerâmicos, entre outros. A 
lista de todos materiais utilizados para elaboração da máquina segue no quadro 1, logo 
abaixo: 
Quadro 1 - Lista de materiais utilizados 
Material Quantidade Origem 
Máquina de lavar roupas 1 unidade Casa 
Baldes 2 unidades Casa 
Caixote de madeira 1 unidade Casa 
Garrafa de vidro 1 unidade Fornecido por integrante 
Balões 2 unidades Compra 
Vinagre 100 mL Compra 
Funil de plástico 1 unidade Confeccionado com PET 
Corante 0,01 g Fornecido por integrante 
Bicarbonato de sódio 15 g Fornecido por integrante 
Bolinha de gude 4 unidades Fornecidopor integrante 
Bolinha de aço 2 unidades Fornecido por integrante 
Canhoto de rolos de papel toalha 4 unidades Reciclagem 
Papelões diversos - Reciclagem 
Pote plástico 1 unidade Reciclagem 
Madeiras diversas - Fornecido por integrante 
Bolinha de borracha 1 unidade Fornecido por integrante 
Latinhas de alumínio 10 unidades Fornecido por integrante 
Caixas de leite 13 unidades Fornecido por integrante 
Palitos de picolé 15 unidades Compra 
Garrafas PET 8 unidades Fornecido por integrante 
Caixinhas de papelão diversas 7 unidades Reciclagem 
Carreta de carga 1 unidade Fornecida por integrante 
Marreta 1 unidade Fornecida por integrante 
Martelo 1 unidade Fornecida por integrante 
Lâmpada incandescente 1 unidade Fornecida por integrante 
Isopor 1 unidade Fornecida por integrante 
Alfinetes 6 unidades Fornecida por integrante 
Tijolos 38 unidades Fornecida por integrante 
Caixa luminária 1 unidade Fornecida por integrante 
Fonte: Dos Autores. 
Além dos materiais citados acima, foram utilizadas tesouras, fitas, cola quente, 
barbantes, pregos e outros materiais necessários para construir as peças e fixar as estruturas 
na parede e chão. 
 
RESULTADOS 
Para que o início do percurso ocorra na altura desejada, fez-se o uso de uma máquina 
de lavar roupas, disponível no local, dois baldes e um caixote de madeira, sob estes, foi o 
ponto de partida da máquina: a reação química que ocorreu entre o ácido acético, presente no 
vinagre, e o bicarbonato de sódio (imagem 1). O vinagre é adicionado a um frasco de vidro e 
acrescentado a ele uma pequena porção de corante, para dar cor ao líquido presente (imagem 
2). No balão, são adicionadas aproximadamente duas colheres de chá de bicarbonato de 
sódio, após fixa-se o balão na boca da garrafa e um integrante do grupo levanta-o, 
colocando-o em posição vertical, de modo que o bicarbonato seja despejado no vinagre, 
iniciando a reação. O gás liberado pela reação, é responsável por encher o balão, que ao 
inflar, dispara uma bola de gude através de uma tubulação de metal. A bola realiza um 
percurso por entre os puxadores de um armário aéreo (imagem 3), se choca com uma bola de 
metal que desliza por uma tubulação confeccionada com rolos de papel toalha e cai em um 
recipiente plástico fixado uma alavanca de madeira (imagem 4). 
Na outra extremidade da alavanca, tem-se preso um barbante que está enrolado em 
um palito de madeira. No momento em que a bolinha de metal cai dentro do recipiente 
plástico, a alavanca sai do equilíbrio, puxando o palito de madeira que serve de apoio para 
uma catapulta (imagem 5). A catapulta é acionada e uma bolinha é disparada em direção a 
torre montada com latas de alumínio para bebidas (imagem 6). A lata do topo possui em seu 
interior pedras para aumentar sua massa, pois esta lata está fixada a um barbante, o qual é 
responsável por liberar duas bolinhas de gude presentes em uma canaleta confeccionada com 
caixas de leite vazias (imagem 7). No momento em que a bola atinge as latas, as mesmas 
caem e o fio preso na lata superior é puxado, liberando uma portinha de papelão, que mantém 
as bolinhas paradas. Após liberadas, as bolinhas percorrem as canaletas de caixas de leite e 
caem em um novo paredão feito com papelão e palitos de picolé (imagem 8). Uma estrutura 
da máquina foi construída em cima de uma carreta de carga para automóveis, esta carreta está 
próxima a parede e nela fica apoiado o paredão de palitos (imagem 9). Em suas paredes, 
também encontra-se fixado um túnel confeccionado com garrafas PET. A bolinha cai por este 
um túnel, ao final derrubando uma sequência de dominó feito com caixinhas de papelão, 
rolinhos de papel higiênico, caixinha de papelão, garrafinha PET, uma lajota cerâmica e uma 
marreta que está segurando um fio de barbante, o qual está segurando o martelo (imagem 10). 
Ao final do dominó, a marreta cai, liberando o fio e consequentemente o martelo, que 
se choca contra a lâmpada contendo água em seu interior (imagem 11). A lâmpada quebra, 
liberando a água em seu interior, que escorre por uma tubulação feita com cano de PVC. 
Nesta tubulação tem-se presente um “barquinho” de isopor com alguns alfinetes em sua ponta 
(imagem 12). A água que escoa leva o barquinho até a extremidade inferior da tubulação, de 
modo que os alfinetes estourem o balão (imagem 13). Este balão, ao ser estourado libera o 
barbante na qual tem-se uma bolinha de aço na outra extremidade, a bolinha cai sobre o 
interruptor, acendendo a caixa luminária (imagem 14). 
 
Imagem 1 - Local de início da reação Imagem 2 - Reação química 
 
Fonte: Dos Autores. Fonte: Dos Autores. 
 
Imagem 3 - Percurso após reação Imagem 4 - Alavanca 
 
Fonte: Dos Autores. Fonte: Dos Autores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Imagem 5 - Catapulta Imagem 6 - Torre de latas de alumínio 
 
Fonte: Dos Autores. Fonte: Dos Autores. 
 
Imagem 7 - Canaletas de caixas de leite Imagem 8 - Paredão com palitos 
 
Fonte: Dos Autores. Fonte: Dos Autores. 
 
Imagem 9 - Carreta de carga Imagem 10 - Dominó 
 
Fonte: Dos Autores. Fonte: Dos Autores. 
 
 
Imagem 11 - Estrutura com martelo Imagem 12 - Barquinho 
 
Fonte: Dos Autores. Fonte: Dos Autores. 
 
Imagem 13 - Circuito do balão Imagem 14 - Final do percurso 
 
Fonte: Dos Autores. Fonte: Dos Autores. 
 
O grupo tinha conhecimento da dificuldade e do desafio que seria realizar a 
construção da máquina. A máquina foi planejada, construída e após testada, no entanto, ao 
iniciar as filmagens várias situações inusitadas ocorreram: a bolinha parou em locais que 
nunca antes havia parado; o balão não encheu o suficiente para impulsionar as bolinhas; a 
bolinha disparada pela catapulta bateu na torre de latas, mas não as derrubou; o martelo bateu 
na lâmpada e não a quebrou; a bolinha de aço caiu sobre o interruptor, mas a caixinha não 
ligou pois a casa estava sem luz, entre várias outras situações. Entre tantos ocorridos, ao final 
o grupo havia gravado cerca de 40 tentativas até conseguir a apresentada neste trabalho. O 
grupo se reuniu diversas vezes somente para gravar o vídeo, e ao total foram destinadas certa 
de 15 horas somente para as filmagens, no dia 14/09, ficamos das 14 às 21 horas realizando 
as filmagens, e no dia 15 até as 19 horas. O vídeo com a máquina em funcionamento pode ser 
acessado pelo seguinte link: ​https://youtu.be/Hf7pyYL2HzE​. 
 
CRONOGRAMA 
O cronograma seguido para o planejamento e construção da máquina segue abaixo: 
19/08/2019 - Elaboração de ideias iniciais, estipulação dos objetivos principais e cronograma 
das demais ações do grupo. 
08/09/2019 - Reunião do grupo para inicial a construção de partes da máquina e para 
estipular o trajeto a ser realizado. 
09/09/2019 - Junção do grupo em aula para dar andamento na parte escrita do trabalho e 
planejar o percurso final da máquina. 
14/09/2019 - Finalização da construção da máquina e tentativas de gravação do vídeo. 
15/09/2019- Novas tentativas de colocar a máquina em funcionamento. 
21/09/2019 - Gravação do vídeo e finalização do projeto. 
23/09/2019 - Postagem do vídeo no Youtube e entrega do trabalho via Classroom. 
 
TABELA DE CUSTOS E ORÇAMENTO 
Grande parcela dos materiais utilizados para construção da máquina são oriundos de 
sucatas e materiais reutilizáveis que cada integrante possuía em casa. Alguns itens foram 
adquiridos e os custos divididos entre os integrantes. O quadro 2, com os itens adquiridos e 
seus respectivos valores segue abaixo. 
Quadro 2 - Tabela de custos 
Material Quantidade Valor un. Local de compra 
Balões (com 50 unidades) 1 pacote R$ 10,90 Supermercado Imec 
Balões (com 30 unidades) 1 pacote R$ 5,79 Supermercado STR 
Vinagre 6 unidades R$ 2,29 Supermercado Imec 
Palitos de picolé (100 unidades) 1 pacote R$ 2,50 Mundo Real 
Caixa de MDF 1 unidade R$ 23,00 Copy Green 
CUSTO TOTAL R$ 55,93 
Fonte: Dos Autores. 
Levando em consideração a magnitude da máquina construída e a diversidade de 
materiais utilizados, o custo total da construção foi bom e enquadrou-se no orçamento da 
equipe. 
 
CONCLUSÃO 
 
A máquina do grupo, inspirada na máquina de Rube Goldberg, não funcionou com 
total perfeição, mas a sequência de movimentos estabelecida atingiu o objetivo final, que era 
acender a caixa luminária. Todos os erros e as diversas tentativas do grupo possibilitaram a 
percepção de que não conseguimos controlar todos os elementos e as variáveis de um projeto, 
sendo assim, é preciso que os projetos contenham previsões de tolerância para garantir o seu 
funcionamento. 
O desafio possibilitou colocar em prática conhecimentos adquiridos em sala de aula, e 
observar de perto as características e propriedades de alguns os materiais estudados, bem 
como conceitos químicos necessários para incrementar uma reação química no projeto. Desta 
forma, o trabalho serviu como ferramenta para uma abrangência do tema, oferecendo uma 
visão mais dinâmica acerca do conteúdo teórico. 
 
REFERÊNCIAS 
BATISTA, Willian Gomes; SANTOS, Caio Lucas dos; NASCIMENTO, Raidson Macêdo; 
CRUZ, Nanderson Ribeiro da; BATISTA, Paulo dos Santos. ​A importância da Metodologia 
Prática aplicada à Engenharia como fator inerente à aquisição do conhecimento 
profissional: o caso da disciplina de Ciência dos Materiais. ​Jornada de Iniciação Científica 
e Extensão. Instituto Federal do Tocantins. Tocantins, 2017. 
BETTELHEIM, Frederick A.; BROWN, William H.; CAMPBELL, Mary K.; FARRELL, 
Shawn O. ​Introdução à Química Geral​. São Paulo : Cengage Learning, 2012. 
BONDAN, Fabrício. ​Preparação e caracterização de elastômeros reticulados 
dinamicamente de PA 6-12/EVA​. Universidade de Caxias do Sul. Caxias do Sul, 2014. 
CAVALCANTE, Fernando Parente Lira; Souza, Marcelo Embirucu de. 
Ensino-aprendizagem nas engenharias: uma proposta para formar mais e melhores 
engenheiros no país. XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE 
PRODUCAO. Salvador, 2013. 
FONSECA, Marcus Vinicius Snovarski; RODRIGUES, Igor Matheus Leal; FONSECA, 
Marcelo Belchior Snovarski. ​Uma abordagem didática para a pressão interna de foguetes 
de garrafa PET propulsionados pela reação química entre vinagre e bicarbonato de 
sódio ​. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 40, n. 3, 2018. 
RODRIGUES, Mônica Aparecida; SILVA, Priscila Pereira; GUERRA, Wendell. ​Cobre​. 
Química Nova na Escola, v. 34, n. 3, 2012. 
TIVELLI, Erick. ​Absorção de impacto por latas de alumínio​. Universidade Estadual de 
Campinas. Campinas, 2012. 
ZANOTTO, Edgar Dutra. ​Propriedades mecânicas de materiais cerâmicos: uma 
introdução.​ Universidade Federal de São Carlos, 1991.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes