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HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL

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HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
PRINCÍPIO DA UNIDADE DA CONSTITUIÇÃO
A constituição organiza-se num todo harmônico e coerente, sendo a sua unidade formal e material a responsável por garantir a tão chamada “exatidão constitucional”.
 Segundo esse princípio, a Magna Carta deve ser interpretada como um todo interconectado, preservando-se os valores e decisões fundamentais nela contidos. É um texto essencialmente indissolúvel e é justamente por isso que sua interpretação também deve ser uníssona, indivisível e coesa.
PRINCÍPIO DA CONCORDÂNCIA PRÁTICA (OU DA HARMONIZAÇÃO) 
 A aplicação desse princípio pressupõe um conflito entre bens igualmente protegidos pela Constituição. Dessa forma, de acordo com este princípio, o intérprete deve almejar uma solução equânime com vistas à harmonização dos bens conflitantes, ou seja, deve-se oferecer o mesmo grau de proteção a eles, sem que um bem aniquile ou se prevaleça exageradamente sobre os demais. 
 Em suma, busca-se a preservação dos bens constitucionais com base em critérios harmônicos. Dessa maneira, é possível invocar o Princípio da Razoabilidade ou Proporcionalidade, como meio para atingir o equilíbrio constitucional. TÉCNICA DA PONDERAÇÃO __ “Meio-termo” 
PRINCÍPIO DA EXATIDÃO FUNCIONAL (OU DA JUSTEZA/ CONFORMIDADE FUNCIONAL) 
A interpretação da Lei Maior de um Estado jamais pode dar espaço para o cometimento de equívocos, isto é, interpretações que alterem substancialmente os fundamentos impetrados na Constituição. 
Para que haja a perfeita compreensão das normas constitucionais, o intérprete deve-se utilizar do princípio ora aqui estudado – o Princípio da Unidade da Constituição – pois caso não haja observância a esse princípio, poder-se-ia ocorrer uma “perturbação constitucional”, no sentido de subverter as funções/competências de cada esfera de poder, o que vai de encontro ao artigo 2º da Constituição.
Em suma, o Princípio da Exatidão Funcional serve como parâmetro para que as interpretações sejam feitas sem possibilitar arranjos subversivos que alterariam toda a organização constitucional.
PRINCÍPIO DO EFEITO INTEGRADOR (OU DA EFICÁCIA INTEGRADORA) 
Preceitua esse princípio que a hermenêutica constitucional tem o escopo de responder aos embates jurídicos, políticos e sociais de acordo com critérios que favoreçam a integração social e a unidade política, a fim de assegurar o tão chamado “Estado Democrático de Direito”. 
Em resumo, trata-se de reafirmar a necessidade da Constituição ser aplicada conforme os anseios sociais, promovendo assim a coesão sociopolítica ou como o próprio nome sugere – “eficácia integradora”. 
PRINCÍPIO DA FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO
Este princípio aplica-se mutualmente com o Princípio da Máxima Efetividade, uma vez que os dois fundamentam a ideia de efetividade plena das normas constitucionais. No caso do Direito, toda norma (isso inclui a constitucional) deve possuir um mínimo de eficácia, ou seja, deve surtir o mínimo de efeito esperado para aquela norma. Por silogismo, se uma norma não produz efeito, então na realidade não é norma e sim um simples ideal normativo. 
Em suma, o Princípio da Força Normativa da Constituição postula que a Constituição deve possuir não só uma força normativa, mas sim o mínimo de eficácia esperado, sob pena de não entrar em vigência. 
PRINCÍPIO DA MÁXIMA EFETIVIDADE DA CONSTITUIÇÃO
Como dito anteriormente, buscar efetividade nas normas constitucionais significa admiti-las como sendo dotadas de normatividade. Uma vez reconhecida essa característica, caberá ao intérprete expandir e densificar ao máximo essa força normativa da Constituição, a fim de garantir um maior leque qualitativo de normas capazes de impactarem positivamente a sociedade. Destarte, tal princípio relaciona-se com especial afinco aos direitos e garantias fundamentais.
PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO 
A tarefa de interpretar é, por excelência, subjetiva. Tendo em vista tal subjetividade, torna-se cabível uma diversidade de interpretações, que variam conforme o perfil do intérprete e o próprio contexto. Entretanto, em matéria de Hermenêutica Constitucional, aquela que cuida da interpretação da Lei Fundamental, deve-se ter em mente que não se tolera todo e qualquer tipo de interpretação.
Durante o exercício hermenêutico, o operador deve descartar as possíveis interpretações que vão de encontro à Constituição, de forma a selecionar somente aquelas que são compatíveis aos dogmas constitucionais. É quando provém outro princípio da Hermenêutica Constitucional que também fundamenta a interpretação consoante o modelo almejado – o Princípio da Supremacia da Constituição – segundo o qual postula a hierarquia simbólica e normativa da Magna Carta em relação às outras normas, de tal maneira que todo o ordenamento jurídico deve ser interpretado à luz da Constituição, conforme o posicionamento da doutrina e da jurisprudência. 
Dessa forma, o intérprete sempre deve procurar a interpretação que melhor contempla os valores constitucionais, respeitando-se os princípios esquematizados da Hermenêutica Constitucional.

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