Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AV3 PONTOS RELEVANTES PARA A PROVA RELAÇÃO JURIDICA As relações sociais interessarão ao Direito quando a norma assim o determinar, querendo os sujeitos a ela se subordinar ou não. Dessa forma, as relações sociais, independente de sua natureza, quando subordinadas a uma norma, farão nascer o que se denomina relação jurídica, submetendo-se os seus sujeitos a um conjunto de deveres e obrigações determinados pela lei. Então, a relação jurídica pode ser considerada uma espécie do gênero relação social. As relações jurídicas seriam então formadas por: UM ELEMENTO MATERIAL: Relação social entre os sujeitos UM ELEMENTO FORMAL: Determinação jurídica do fato O fato social, para Savigny, era determinante na formação da relação jurídica, o que significa afirmar que um fato social ganhará a qualidade de jurídico quando ocorrer entre duas ou mais pessoas para satisfazer interesses considerados legítimos, estando este vínculo normatizado pelo Direito. e uma relação social (entre pessoas) transforma-se em uma relação jurídica quando seus efeitos podem ser subordinados às prescrições e determinações legais. Podendo-se, desta forma, afirmar que nem toda relação social será uma relação jurídica, mas toda relação jurídica é uma relação social. No entanto, há controvérsia doutrinária sobre ser o Direito o criador da relação jurídica ou se esta preexiste à determinação jurídica. A CORRENTE JUSNATURALISTA: Entende que o Direito tão somente reconhece a existência da relação que é preexistente, oferecendo-lhe proteção. A CORRENTE POSITIVISTA: Entende que a relação jurídica só passa a existir a partir da disciplina normativa. Elementos da Relação Jurídica pode-se classicamente representar a situação jurídica da seguinte maneira: SUJEITO ATIVO - FACULDADE DE EXIGIR, COBRAR, AGIR SUJEITO PASSIVO - RELÇÃO DIRETA COM O DEVER, CUMPRIR ALGO O objeto o sujeito ativo exerce sua faculdade de agir, impondo ao sujeito passivo um dever jurídico. O objeto imediato (direto) da relação jurídica é o que toca imediatamente o sujeito, ou seja, é a prestação, sempre representada por uma conduta humana: dar, fazer, não fazer. Dar e fazer são condutas consideradas positivas, pois exigem uma ação do sujeito passivo em benefício do sujeito ativo. Já não fazer é considerada conduta negativa, pois exige uma abstenção (omissão) lícita do sujeito passivo em benefício do sujeito ativo. BEM JURÍDICO TUTELADO Bem jurídico é tudo aquilo que tem valor, utilidade ou interesse moral ou econômico e que é protegido pelo Direito. Por isso, se o objeto tem valor econômico diz-se que a relação jurídica é patrimonial; quando o objeto não tem valor econômico diz-se que a relação jurídica é não patrimonial. |FATO JURÍDICO STRICTO SENSU OU NATURAL: FATO JURÍDICO LATO SENSU ---| FATOS ORDINÁRIOS ,FATOS EXTRAORDINÁRIOS | CASO FORTUITO, FORÇA MAIOR |ATOS JURÍDICOS LATO SENSU OU VOLUNTÁRIOS: | LÍCITOS, ILÍCITOS | ATOS JURÍDICOS, STRICTO SENSU, | NEGÓCIOS JURÍDICOS, ATOS-FATOS JURÍDICOS | ART. 186, CC , ART. 187, CC FATOS JURÍCOS LATO SENSU: São acontecimentos que produzem efeitos jurídicos, originando, a modificando ou extinguindo relações jurídicas. Assim, fato jurídico em sentido amplo é o elemento que dá origem aos direitos subjetivos, impulsionando a criação da relação jurídica, concretizando as normas jurídicas. FATO JURÍDICO STRICTO SENSU: São acontecimentos independentes da vontade humana que produzem efeitos jurídicos (criando, modificando ou extinguindo direitos). FATO ORDINÁRIO: São os mais comuns e de maior importância, pois previsíveis, regulares, comuns — nascimento, morte, maioridade, aluvião, avulsão, decurso do tempo (usucapião, prescrição e decadência) etc. FATO EXTRAORDINÁRIO: São os que escapam à previsibilidade ou controle humano: caso fortuito e força maior. Caracterizam-se pela presença de dois requisitos: a) objetivo: inevitabilidade do evento; b) subjetivo: ausência de culpa na produção do acontecimento. EXEMPLO Na força maior conhece-se a causa que dá origem ao evento, pois se trata de um fato da natureza (raios, vendavais, enchentes etc.). No caso fortuito o acidente que gera o dano advém de causa desconhecida, como cabo elétrico que se rompe e cai sobre fios telefônicos causando incêndio. No entanto, o caso fortuito também pode ser ocasionado por fato de terceiro como greve, motim, factum principis etc. ATOS JURÍDICOS ATO JURÍDICO LATO SENSU: São fatos jurídicos voluntários — decorrem da manifestação da vontade humana. São atos que constituem em simples declarações de vontade que produzem efeitos já estabelecidos na lei. ATO LÍCITO :São os praticados em conformidade com a lei, moral e bons costumes. ATO ILÍCITO: É ato praticado com culpa em sentido amplo que produz lesão a um bem jurídico e faz nascer a obrigação de indenizar, como por exemplo, o abuso de direito previsto no art. 187, CC ATO JURÍDICO STRICTO SENSU: É o ato que gera consequências jurídicas previstas em lei e não pelas partes interessadas, como casamento, reconhecimento de paternidade, fixação de domicílio, apropriação de coisa abandonada etc. Surgem como mero pressuposto de efeito jurídico preordenado pela lei. NEGÓCIO JURÍDICO: São atos jurídicos que consistem em declarações de vontade humana destinadas a produzir determinados efeitos, permitidos em lei e desejados pelo agente como contratos e testamentos. ATO-FATO JURÍDICO: Ressalta-se a consequência do ato, o fato resultante, sem se levar em consideração a vontade de praticá-lo. Muitas vezes o efeito do ato não é buscado nem imaginado pelo agente, mas decorre de uma conduta e é sancionado pela lei, como no caso da pessoa que acha casualmente um tesouro. A conduta do agente não tinha por fim imediato adquirir-lhe a metade, mas tal acaba ocorrendo por força do disposto no art. 1.264, CC. Relação jurídica de Direito Material e de Direito Processual DIREITO SUBJETIVO->PRETENSÃO->AÇÃO->SENTENÇA (TUTELA PELO JUDICIARIO). A proteção das relações jurídicas pode ser verificada por duas perspectivas: OBJETIVA: É a proteção conferida pelas normas jurídicas a um direito subjetivo. SUBJETIVA: É o poder conferido ao titular do direito de exigir de outrem O direito de ação (direito público subjetivo) é a faculdade de invocar (direito potestativo por ser um poder jurídico) o Estado para promover a defesa, proteção ou proteção de um direito. CASO CONCRETO: Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica, envolvendo a compreensão necessária de que o direito, para ser entendido e estudado como fenômeno cultural e humano, precisa ser tomado como sistema disciplinador de relações de poder, a partir da metodologia utilizada em sala com a aplicação do caso concreto, a saber: CASO CONCRETO: RELAÇÃO JURÍDICA Leia a notícia publicada em 20/12/2017 no jornal Expresso de Notícias: ? CENA DE SANGUE NUM BAR DA AVENIDA BRIGADEIRO LIMA E SILVA. Pablo Bittar, vulgo Vanusa Helleny, esfaqueou seu amante Godofredo Orlandio de Tal, durante uma cena de ciúme, num bar localizado nos arredores do Bairro Vila Operária, em Duque de Caxias/RJ. Em depoimento, Pablo (vulgo Vanuza) justificou seu desvairado ato pelo fato de ter descoberto que o seu ?Godo?, com quem mantinha uma relação estável durante mais de três anos, eracasado e tinha oito filhos, sendo que o mais novo de apenas dois meses de idade recebera o seu nome de batismo.? a) A notícia veiculada na matéria jornalística acima trata, entre outras, de uma relação homoafetiva. Esta é uma relação social comum ou jurídica? b) Identifique as relações jurídicas existentes no caso narrado: c) Pode um namoro vir a ser considerado como uma relação jurídica? CARACTERISTICA DAS NORMAS JURIDICAS Bilateralidade - é a reciprocidade de direitos. Generalidade – a norma obriga da mesma forma todos que se acham em igual situação jurídica. Abstratividade – a norma visa atingir o maior número possível de situações. Imperatividade – é a imposição de um comportamento. Coercitibilidade – é a possibilidade de uso da coação. Coação é o meio pelo qual se perfaz a norma na hipótese de transgressão. Pode ser: - Psicológica: intimidação através de penalidades previstas para o caso de violação da norma jurídica; - Material: é a força propriamente dita, que é acionada quando o destinatário da norma jurídica não a cumpre espontaneamente. OBS: COAÇÃO X SANÇÃO NORMAS E PRINCIPIOS A norma é gênero de uma conduta, ou seja, uma ordem que pode ou não ser positivada. As espécies de norma: regras, são padrões de conduta com objetividade, quando criadas pelo Estado são consideradas lei em sentido amplo. A lei tem sentido objetivo, pois suas nuances estão previstas na letra do texto legislativo. O conflito de leis se resolve pela especialidade ou pela hierarquia. A diferença entre regras e princípios é a própria segurança jurídica. Os princípios são mandatos de otimização. Não possuem sentido pré-determinado, garante diversas interpretações. São elementos com carga valorativo, não existe antinomia entre princípios e nem hierarquia, o que existe é o conflito aparente, que se resolve pela ponderação dos princípios no caso concreto. ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIARIO Artigo 92 - São órgãos do Poder Judiciário: I – o Supremo Tribunal Federal (STF); I – A – o Conselho Nacional de Justiça (CNJ); II – o Superior Tribunal de Justiça (STJ), III – os Tribunais Regionais Federais (TRF) e Juízes Federais; IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho (TRT); V – os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI – os Tribunais e Juízes Militares; VII – os Tribunais e Juízes dos estados e do Distrito Federal e Territórios (TJ). Supremo Tribunal Federal O STF é o órgão máximo do Poder Judiciário brasileiro. Sua principal função é zelar pelo cumprimento da Constituição e dar a palavra final nas questões que envolvam normas constitucionais. É composto por onze ministros indicados pelo Presidente da República e nomeados por ele após aprovação pelo Senado Federal. Superior Tribunal de Justiça Abaixo do STF está o STJ, cuja responsabilidade é fazer uma interpretação uniforme da legislação federal. É composto por 33 ministros, nomeados pelo Presidente da República, escolhidos numa lista tríplice elaborada pela própria Corte. Os ministros do STJ também têm de ser aprovados pelo Senado antes da nomeação pelo Presidente do Brasil. Justiça Federal A Justiça Federal comum pode processar e julgar causas em que a União, autarquias ou empresas públicas federais sejam autoras, rés, assistentes ou oponentes — exceto aquelas relativas à falência, acidentes de trabalho e aquelas no âmbito da Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho. É composta por juízes federais que atuam na primeira instância, nos Tribunais Regionais Federais (segunda instância) e nos Juizados Especiais Federais, que julgam causas demenor potencial ofensivo e de pequeno valor econômico. Justiça do Trabalho A Justiça do Trabalho julga conflitos individuais e coletivos entre trabalhadores e patrões.É composta por Juízes Trabalhistas que atuam na primeira instância e nos Tribunais Regionaisdo Trabalho (TRT), e por ministros que atuam no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Justiça Eleitoral Com o objetivo de garantir o direito ao voto direto e sigiloso, preconizado pela Constituição,a Justiça Eleitoral regulamenta os procedimentos eleitorais. Na prática, é responsável por organizar, monitorar e apurar as eleições, bem como por diplomar os candidatos eleitos.Também pode decretar a perda de mandato eletivo federal e estadual e julgar irregularidades praticadas nas eleições. Os juízes eleitorais atuam na primeira instância e nos tribunais regionais eleitorais (TRE) e os ministros que atuam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Justiça Militar A Justiça Militar é composta por juízes militares que atuam em primeira e segunda instância e por ministros que julgam no Superior Tribunal Militar (STM). Sua função é processar e julgar os crimes militares. Justiças Estaduais A organização da Justiça estadual é competência de cada estado da federação e do Distrito Federal. Nela atuam Juízes de Direito (primeira instância) e Desembargadores, (nos Tribunais de Justiça, segunda instância). A função da Justiça estadual é processar e julgar qualquer causa que não esteja sujeita à Justiça Federal comum, do Trabalho, Eleitoral e Militar. A Justiça estadual se divide pela organização judiciária de cada estado fixando as competências das Varas Cíveis, Criminais, Empresariais, de Família, Juizados Especiais Cíveis e Criminais etc. A finalidade do Estado de Direito, é manter pacífica a convivência social, por meio de “regras de conduta”eficazes e capazes de sustentar e manter a solidez social.E, quando se vai além, e se fala em Estado Democrático de Direito, está-se referindo a um Estado departicipação ampla, a ponto de fornecer ao indivíduo mecanismos de defesa, de preservação de direitos, de respeito às garantias e liberdades, passíveis de serem invocados até mesmo contra o próprio Estado. As funções essenciais à Justiça De acordo com a Constituição Brasileira os órgãos essenciais ao funcionamento da Justiça são: Ministério Público:É responsável pela defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, de acordo com o artigo 128 da CF. O MP abrange o Ministério Público da União e os Ministérios Públicos dos Estados. Advocacia Pública: Advocacia Geral da União que representa a União, judicial e extrajudicialmente e as Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal, que os representam, conforme Artigos 131 e 132 da CF. Advocacia: De acordo com o que dispõe o Artigo 133 da CF “O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”. Defensoria Pública: Tem por dever a representação jurídica dos necessitados, na forma do artigo 5°, LXXIV, que assegura a gratuidade de justiça aos que comprovarem insuficiência de recursos. Existe Defensoria Pública na União e nos Estados. QUESTÕES 3. São funções essenciais à Justiça: a) Ministério Público, Advocacia e Tribunal de Contas b) Tribunal de Contas, Ministério Público e Advocacia Pública c) Advocacia Pública, Advocacia e Ministério Público d) Tribunal de Contas, Advocacia e Advocacia Pública e) Somente o Ministério Público.
Compartilhar