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1 Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Ciências Humanas e da Informação Curso de Biblioteconomia Disciplina Psicologia Social / Profª Geruza Tavares D’Avila Daiana Medin, 132152 JACQUES, Maria da Graça. Identidade. In: STREY,Marlene Neves et al (orgs). Psicologia social contemporânea: livro-texto. 12.ed. Petrópolis: Vozes, 2009. p. 158-166. Neste resumo, o enfoque é no capítulo Identidade, escrito por Maria da Graça Jacques, graduada em Psicologia pela PUCRS, possui mestrado em Psicologia e doutorado em Educação pela mesma, pós-doutorado em Psicologia Social pela Universidade Aberta de Portugal. É professora aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com destaque em Saúde Mental e Trabalho, atuando principalmente nos temas: trabalho, saúde do trabalhador, fatores humanos no trabalho, saúde mental e psicologia do trabalho. (Fonte: Lattes) A apresentação de identidade é feita a partir da resposta para a pergunta “quem és”. Partindo deste princípio, podemos dizer que tal temática possui uma certa complexidade, levando em conta que a identidade pode ser apresentada através de referências pessoais (características específicas do indivíduo) e/ou sociais (características que demarcam o pertencimento do indivíduo a um grupo ou categoria social), dentre outros predicativos específicos, para Jacques (2009), o que ostenta um nome tão definitivo, continua sujeito a inúmeras variações. O homem e o mundo estão em constante movimento, este pode ser considerado o gerador da identidade, que é algo mutável. O ser humano é social, histórico e cultural, atribuindo assim suas vivências próprias no processo de geração de sua identidade, podendo assim, estar sujeita a mudanças. Os fatores que podem influenciar neste processo de construção podem ser, por exemplo: o trabalho, pois é o fator que difere o homem do animal; a atividade, que é a mediadora entre o homem e a natureza, geradora da consciência que é o que determina o homem como ser ativo, social e histórico, pois este pensa, sente e age com o auxílio da linguagem que se internaliza através dos signos. “[..] as características humanas historicamente desenvolvidas se encontram objetivadas na forma de relações sociais que cada indivíduo encontra como 2 dado existente, como formas históricas de individualidade, e que são apropriadas no desenrolar de sua existência através da mediação do outro.” (JACQUES, 2003, p.161) Quando nos perguntam “quem és”, nossa descrição é semelhante a de um personagem, isso nos leva a pensar tal é algo imutável, que possui uma determinada forma, logo, a pergunta “quem sou eu” nos remete a identidade, e a narração da resposta pelo sujeito é feita de modo em que ele é o autor e o personagem da história. Sucessivamente, vamos nos igualando, nos diferenciando e nos determinando conforme vários grupos sociais nos quais fazemos parte “[...] identidade é o reconhecimento de que um indivíduo é o próprio de que se trata, como também é unir, confundir a outros iguais. O nome próprio é um exemplo característico desta contradição. Enquanto prenome, é um diferenciador de outros iguais, mas também é um nivelador com outros iguais, similarmente nomeados.” (JACQUES, 2003, p.163) Esta pluralidade é fundamental para a tomada de consciência de si, pois é a partir das relações sociais com o outro que estabelecemos a diferença e percebemos a unicidade. Neste aspecto, a identidade ao mesmo tempo que é diferença, também é igualdade.
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