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A separação dos poderes em Montesquieu

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Ciência Política 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO A CIÊNCIA POLÍTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
Sumário 
 
Introdução ...........................................................................................................................................2 
 
Objetivos ..............................................................................................................................................2 
 
1. A separação dos poderes em Montesquieu .............................................................................2 
1.1. Das formas de governo ............................................................................................................2 
1.2. Da separação dos poderes..................................................................................................4 
 
Exercícios .............................................................................................................................................7 
 
Resumo ................................................................................................................................................8 
 
Gabarito ...............................................................................................................................................8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Introdução 
Olá, seja bem-vindo a mais um estudo sobre a Ciência Política nas apostilas 
anteriores estudamos sobre os pensamentos políticos de distintos pensadores como 
Maquiavel, Hobbes, Locke e Rousseau. Montesquieu em verdade chama-se Charles-
Louis de Secondat, por ter ostentado o título de barão de La Brède e de Montesquieu 
ficou conhecido como Montesquieu. 
 Nascido próximo a cidade francesa de Bordeaux França no ano de 1689, 
Montesquieu recebeu uma educação distinta para os jovens da época, mas tal 
educação se deve ao fato de que Montesquieu procedia da alta classe social, visto que 
sua família paterna pertencia à burguesia, e sua família materna procedia da nobreza 
inglesa. Ao longo de seus estúdios publicou diversos discursos e memórias o fazendo 
com que Montesquieu ficasse conhecido como um destacado filósofo político francês 
critico a monarquia e ao clero. Esse tópico deveria ser posto na introdução. 
Objetivos 
• Introduzir o conhecimento sobre as diferentes formas de governo segundo 
Montesquieu 
• Compreender a teoria da separação de poderes criada por Montesquieu 
 
1. A separação dos poderes em Montesquieu 
Para compreender a teoria da separação de poderes criada por Montesquieu é 
preciso destacar e estudar alguns pontos, vejamos a continuação. 
 
1.1. Das formas de governo 
Montesquieu buscou elaborar uma teoria política empírica universal cuja base 
seria a defesa dos direitos naturais e individuais, para isso recorreu às experiências 
vividas a época para comprovar a veracidade de seus pensamentos. Em razão disso, 
face o período iluminista vivido o filósofo francês foi capaz de debruçar-se nas leis e 
comprovar analisar as formas de governo. 
Assim para Montesquieu existiam três formas de governo: 
 
3 
 
• Governo Republicano: é aquele no qual o povo ou parte dele tem o poder 
soberano de governar o Estado. Nesta forma de governo incluem-se a 
democracia e a aristocracia. Em seu livro intitulado “O Espírito das leis”, no 
livro II, capítulo II dedicado a natureza do governo republicano, Montesquieu 
diferenciou a democracia da aristocracia. 
 
IMPORTANTE! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podemos perceber que na democracia o povo é o agente soberano, 
expressando em linhas gerais suas vontades por meio do voto. Em um Estado 
democrático as leis buscam garantir o sufrágio universal para assegurar a escolha de 
seus gestores competindo assim ao povo exigir a prestação de contas de seus 
escolhidos, visto que o princípio de um governo democrático é a virtude de governar-
se de acordo com as leis. 
• Governo monárquico: é aquele no qual somente um indivíduo governa, 
alicerçado em leis fundamentais. Este tipo de governo necessita de 
instituições para seu correto funcionamento, algumas delas são tão 
necessárias como, por exemplo, a nobreza e o clero. Segundo Montesquieu, 
a natureza do governo monárquico é constituída pelos os poderes 
intermediários, subordinados e dependentes, pois para o filósofo na 
Para Montesquieu há democracia quando, na República, o 
Povo no seu todo tem o poder soberano. O Povo tem o poder 
soberano de fazer por si mesmo tudo que pode fazer bem, e o 
que ele não poder fazer bem, cumpre que o faça através de 
seus Ministros. 
Há aristocracia quando o poder soberano está nas mãos de 
um certo número de pessoas. São elas que fazer as leis e as 
fazem executar. O resto do povo fica, em relação a elas, como 
os súditos a respeito do Monarca em uma Monarquia. 
(MONTESQUIEU, 2000, p 19 - 25). 
 
 
4 
 
Monarquia o príncipe é a fonte de todo poder político e civil, e por isso as 
leis fundamentais alicerçam seu governo sendo os canais intermédios no 
qual circula o poder. 
 
IMPORTANTE! 
 
 
 
 
• Governo despótico: é aquele no qual um único indivíduo independente 
de normas legais governa o Estado segundo seus desejos e vontades. Um 
governo despótico assemelha-se a governos tiranos e autoritários, no qual 
impera o medo e o temor derivando na corrupção. 
 
IMPORTANTE! 
 
 
 
1.2. Da separação dos poderes 
 As críticas relativas idealizadas por Montesquieu às distintas formas de 
governo contribuíram para a liberdade de pensamento da Europa do Século XVIII. A 
partir de suas analises, Montesquieu aperfeiçoou a teoria da divisão dos poderes 
criada por John Locke, de modo que em seu livro, “O espírito das leis de 1748” 
afirmou que “em cada estado existe três classes de poder, o Legislativo, o executivo 
das coisas que pertencentes ao direito das pessoas e o Executivo dos que pertencem 
ao civil (2000, p.185). Nesse sentido, o poder Executivo que pertencem ao civil 
Segundo Montesquieu a natureza do Governo 
despótico requer uma extrema obediência. O Homem 
é uma criatura que obedece a uma criatura que quer 
(MONTESQUIEU, 2000, p. 39). 
 
 
Segundo Montesquieu a nobreza é o poder intermediário 
subordinado mais natural de um governo monárquico, 
cuja máxima fundamental é “sem monarca não há 
nobreza; sem nobreza não há monarca. Tem-se um 
déspota” (MONTESQUIEU, 2000, p. 26). 
 
5 
 
corresponderia ao poder de julgar, ao Poder Judiciário. Segundo Montesquieu o 
poder deveria estar inteiramente dividido e equilibrado em três distintas classes de 
poderes: 
• Poder Legislativo: nesta classe de poder cabe ao príncipe e ao magistrado 
criar as leis, no qual Corpo do Legislativo, conhecido atualmente como 
Parlamento, ou seja, o conjunto de órgãos que exerce o Poder Legislativo era 
considerado por Montesquieu como o centro deste poder, por ele classificado 
como bicameral, ou seja, composto de duas Câmaras, uma formada por 
representantes do povo, denominada de Câmara Baixa e a outra formada 
pelos nobres nomeada como Câmara Alta. Esta última seria a que atualmente 
conhecemos como Senado. Na visão de Montesquieu a divisão do poder 
Legislativo em duas câmaras tinha como finalidade de equilibrar a 
ponderação do legislativo em si, ou seja, cada Câmara travaria a outra e 
automaticamente reveria seus projetos. 
 
FIQUE ATENTO! 
 
 
 
• Poder Executivo: seria o poder destinado tomar parte na Legislação 
através da faculdade de impedir. Além disso, deveriacuidar dos assuntos que 
tivesse respeito ao do direito de gente, sendo responsável de decidir a paz e 
a guerra, bem como caberia a tal poder garantir a segurança, prevenir 
invasões, dirigir os Cônsules, dispor do dinheiro público, fixar o efetivo das 
topas romanas e das tropas aliadas, bem como distribuir as províncias e os 
exércitos aos Cônsules e Pretores. 
De acordo com Montesquieu “o Senado tinha o poder de 
tirar, por assim dizer, a República das mãos do Povo, 
através da criação de um Ditador, perante o qual o 
soberano baixava a cabeça, e as leis mais populares, 
ficavam em silêncio por uma necessidade funcional”. 
(MONTESQUIEU, 2000, p.188). 
 
 
6 
 
• Poder Judiciário: seria responsável em castigar quem cometesse delito, 
cabendo ainda julgar as diferenças entre particulares. Segundo Montesquieu 
o povo, o Corpo Legislativo e os magistrados detinham o poder de julgar, 
visto que segundo o filósofo o magistrado seria alguém investido de funções 
públicas, relevantes especialmente do Executivo na República, ou seja, um 
funcionário graduado a quem é conferido autoridade para exercer uma 
parcela de poder. Nesse sentido na visão de Montesquieu juiz não seria 
magistrado, mas um encarregado de distribuir a justiça e realizar uma 
prestação jurisdicional. (MONTESQUIEU, 2000, p. 71). 
 
FIQUE ATENTO! 
 
 
 
Importante destacar que assim como Montesquieu outros pensadores 
trataram da separação de poderes, como por exemplo, o filósofo grego Aristóteles 
que, ao estabelecer as distintas formas de governo, tratou de modo peculiar a questão 
da separação de poderes classificando-a em função deliberativa responsável por 
decidir os assuntos do Estado, função executiva abarca todos os poderes 
imprescindíveis à ação do Estado e a função judicial compreende os cargos de 
jurisdição. 
A divisão de poderes elaborada por Montesquieu influenciou a elaboração 
da Constituição de diversos países, como por exemplo, a americana e a brasileira. E 
para ampliar os seus conhecimentos sobre a influência da separação de poderes de 
Montesquieu a luz do Direito Brasileiro confira ao vídeo: Análise comparativa da teoria 
tripartite de Montesquieu a luz do Direito brasileiro. 
 
Para Montesquieu, “o poder de julgar, não deve ser 
entregue a um Senado permanente, mas exercido por 
pessoas tiradas do seio do Povo, em certas épocas do ano, 
da maneira prescrita por lei, para formar um tribunal que 
não durará senão o quanto exigir a necessidade. 
(MONTESQUIEU, 2000, p. 261). 
 
 
 
7 
 
Exercícios 
1. Ao analisar as distintas formas de governo, Montesquieu em seu livro o 
espírito das leis de 1748 destacou os diversos elementos que caracterizam um 
governo republicano, um governo monárquico e um governo despótico. 
Considerando a natureza do governo republicano é correto afirmar. 
a) A natureza do governo republicano é que o Povo no seu todo, ou certas 
famílias, tem o poder soberano. 
b) A natureza do governo republicano é que o Príncipe tenha o poder 
soberano, mas que o exerça segundo leis estabelecidas. 
c) A natureza do governo republicano é que somente um homem governe 
segundo suas vontades e seus caprichos 
d) A natureza do governo republicano é mista no qual o povo dotado de poder 
soberano governa segundo suas vontades. 
 
2. O filósofo francês Montesquieu foi responsável pelo desenvolvimento da 
separação dos poderes previamente analisada por outros pensadores, como John 
Locke, contudo aperfeiçoada em Montesquieu. Sobre estas questões é correto 
afirmar: 
A) Para Montesquieu no Poder Judiciário e no Poder Executivo o magistrado 
é a pessoa responsável de elaborar as leis para algum tempo ou para sempre, 
corrigi-las ou ab-roga as que estão feitas. 
b) Na concepção de Montesquieu o poder Executivo é responsável por puni 
os crimes, ou julga as demandas dos particulares. 
c) Segundo Montesquieu o poder Legislativo tem o objetivo de decidir a paz 
ou a guerra e dispor do dinheiro público. 
d) De acordo com Montesquieu o poder Executivo tem por objetivos 
estabelecer a segurança e prevenir as invasões. 
 
3. Conceitue Aristocracia. 
 
 
8 
 
Gabarito 
1. Letra a, pois de acordo com Montesquieu a natureza do governo 
republicano é que o Povo no seu todo, ou certas famílias, tem o poder 
soberano. 
2. Letra d, pois de acordo com Montesquieu o poder Executivo tem por 
objetivos estabelecer a segurança e prevenir as invasões. 
3. A aristocracia ocorre quando o poder soberano está nas mãos de um certo 
número de pessoas. São elas que fazer as leis e as fazem executar. O resto 
do povo fica, em relação a elas, como os súditos a respeito do Monarca em 
uma Monarquia. 
 
Resumo 
Nesta apostila fomos levados a conhecer a concepção ampliada sobre a 
separação de poderes desenvolvida por John Locke na visão do filosofo francês 
Montesquieu, mas para isso foi preciso que primeiramente conhecemos as formas de 
governo segundo o pensador, classificadas em governo republicano, governo 
monárquico e governo despótico. Dentro desta classificação vimos ainda os conceitos 
de outras formas de governo como a democracia, tiranos e autoritários. A 
continuação, vimos a classificação de poderes de Montesquieu que segundo qual em 
cada estado existiria, o Legislativo, o executivo das coisas que pertencentes ao direito 
das pessoas e o Executivo dos que pertencem ao civil, sendo que o poder Executivo 
no qual pertencem ao civil corresponderia ao poder de julgar, ao Poder Judiciário. 
Destacamos ainda a visão bicameral do poder Legislativo e a diferenciação entre 
magistrados e juiz. E por fim, mas de igual importância enfatizamos a ponderação 
aristotélica sobre a separação de poderes. 
 
 
 
 
9 
 
Referências bibliográficas 
FILOMENO, José Geraldo Brito, Teoria geral do Estado e da Constituição. – 10.ª ed. rev., atual. e ampl. 
– Rio de Janeiro: Forense, 2016. 
LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil e outros escritos: ensaio sobre a origem, os 
limites e os fins verdadeiros do governo civil: texto integral. 2006. 
MONTESQUIEU, Charles de Secondat. Baron de. O espírito das leis. São Paulo: Martins fontes, 2000.

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