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SUZANA – 07/08/2019 
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
Quando vocês aprenderam o procedimento até agora, foi o procedimento comum, que é o que a 
maioria das ações vão acabar usando. Agora a gente tem que lembrar que se existe o procemineto 
comum existem as ações que não se acomodam de uma forma eficiente nesse procedimento 
comum. Entao vamos ter que entender que algumas ações possuem suas especificidades, suas 
peculiaridades e que elas não vão tramitar pelo procedimento cumum e sim pelo especial, e 
detalhe, cada ação que agente for trabalhar a gente tramita de um jeito diferente. 
Quando falamos de procedimento estamos falando do passo a passo que uma relação processual 
vai adotar. 
Temos que lembrar que alem dos procedimentos especiais que estão no CPC ainda temos a 
legislação extravagante. Ex: mandado de segurança, desapropriação, locação... 
Nossa matéria vai exigir o direito obrigacional 
CONSIGANAÇÃO EM PAGAMENTO 
Previsão legal: a partir do art 539 CPC 
Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de 
pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida. 
§ 1o Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento 
bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta 
com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa. 
§ 2o Decorrido o prazo do § 1o, contado do retorno do aviso de recebimento, sem a manifestação 
de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a 
quantia depositada. 
§ 3o Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser 
proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do 
depósito e da recusa. 
§ 4o Não proposta a ação no prazo do § 3o, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o 
depositante. 
Definição: A gente não pode esquecer que quando vocês estudaram o direito das obrigações a 
consignação em pagamento é uma forma de extinção da obrigação. 
Uma forma de eu ficar adinplente na minha obrigação é promovendo a consignação. 
Quando é que eu vou me valer da consignação? 
Temos 3 hipoteses: 
1. Quando o credor se recusa a receber o que lhe é devido pelo devedor. 
2. Quando o devedor não sabe quem é o credor. 
3. Quando o devedor não sabe onde está o credor. 
E essa ação é uma ação diferente porque eu vou ter o devdor processando o credor, porque o 
credor que está oferendo alguma resistencia pra que essa obrigação não seja cumprida. 
A obrigação pode ser Portable ou Querable. 
Portable: quando o devedor ele porta, carrega a obrigação para entregar ao credor. 
Querable: quando o credor quer receber a obrigação e corre atras dela. 
No caso da divida ser Portable, como eu vou entregar a obrigação pro credor se ele mudou de 
endereço por exemplo e eu não sei onde ele ta? 
Mas como é que o devedor não sabe onde está o credor? 
Ex: Suzana é casada com mauricio, eles tem um apartamento. O apartamento foi alugado para 
Juliana, Suzana se divorcia de Mauricio, ela chega pra Juliana e fala "Estou abandonando aquele 
traste, pega e paga o aluguel pra mim, aí o Mauricio vai na Juliana e faal "Abandonei aquela louca, 
paga pra mim." Juliana paga pra quem? Mesmo que ela não saiba à quem vai pagar ela tem uma 
obrigação que tem que ser cumprida pontualmente, neste caso ela deve entrar com a Consignação 
em Pagamento. Porque a Juliana tem o dever e o direito de pagar o que deve. 
Eu tenho também o direito de dever, se eu quiser eu posso ficar inadinplente, quando eu quiser 
eu pago, porem eu vou arcar com as consequencias dessa minha opção: juros, encargos, mora... 
ESPÉCIES: 
*Extrajudicial: aquela em que o devedor vai procurar uma instituição bancária para fazer o 
depósito dos valores que entende que deve. Ex: Estou devendo você, sei onde você mora , sei que 
voce é minha credora mas você não quer receber esse valor, daí eu vou lá no banco e faço a 
consignação em pagamento Extrajudicial. Eu chego lá e abro uma conta no nome da credora e 
deposito. 
Art 539 
§ 1o Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento 
bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta 
com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa. (Aqui 
temos a adimplencia do devedor) 
Aqui pode ser feito no Banco do Brasil, no BRB, e a caixa econômica. 
Desde o código passado temos a figura do pagamento extrajudicial, porém nem quem ta no banco 
sabe que existe. 
No nosso de 73 a virgula acabou atrapalhando nossa vida, havia o entendimento de que eu tinha 
que pegar e sair de lá e promover uma consignação extrajudicial onde estivesse o banco oficial. A 
vírgula andou no código, não se sabe como. Essa mudança teria que ocorrer mediante projeto de 
lei. 
Agora resolveu o problema que temos divergencia doutrinária, já sabemos onde tem banco oficial, 
então vamos fazer a consignação extrajudicial, e agora onde não tem esse banco oficial? Faz no 
que tem, se for Bradesco faz nele mesmo, você não precisa se deslocar até onde tem um banco 
oficial. 
Problema mantido pelos juristas 
Doutrinadores Alexandre Camara, Amorim, Teodoro todo mundo sabia que a gente tinha uma 
divergencia doutrinária no caso do AR. Porque? Quem vai mandar o AR? Depende. O humberto 
Teodoro fala que é o devedor, afinal ele que tem interesse em extinguir a obrigação. Já Alexandre 
Camara fala quem te garante que a carta da devedora enviada para o credor que dentro desse 
envelope tem a consignação pra ele? E isso é verdade. Quando voce manda envelope com AR, ele 
pode abrir e dentro ter por exemplo uma foto minha mostrando lingua. Ele não vai cumprir o 
prazo que está estabelecido no parágrafo segundo, porque ele não sabe. 
§ 2o Decorrido o prazo do § 1o, contado do retorno do aviso de recebimento, sem a manifestação 
de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a 
quantia depositada. 
Se ele não for tem a hipótese do paragrafo terceiro, ele fala que não quer: 
§ 3o Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser 
proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do 
depósito e da recusa. 
E se ele não aparecer tem a hipótese do paragrafo quarto: 
§ 4o Não proposta a ação no prazo do § 3o, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o 
depositante. 
É claro que uma hora essa casa vai cair, mas se eu lembrar que a consignação é uma forma de 
extinção da minha obrigação e se eu quero fazer algum movimento pra mostrar que eu sou santa 
boa pagadora eu posso fazer isso. Eu vou ter um AR qu e ele recebeu essa correspondencia, aí o 
Alexendre Câmara fala que quem vai mandar é o banco. Nessa discursssão normativa do banco 
Central lá diz antigamente no valor de 15 reais, mas era uma faculdade do banco cobrar 15 reais 
pra ele fazer a consignação extrajudicial. 
Obs: pra fazer a consignação extrajudicial eu tenho que saber quem é o credor, e onde ele estar. 
Ex: teve um contrato que teve um reajuste e eu entendo que eu devo 100 reais e voce 50, então 
tem uma divergencia desses valores, porque se não eu não vou ter como enviar a correspondencia 
por AR. Aí a gente tem a divergencia de quem vai enviar esse bendito AR, o que acontece na 
prática, às vezes o banco já mando o proprio AR, se não voce vai ter que fazer. 
Obs: Não é pre requisito para o ajuizamento da ação de consignação judicial voce entrar com a 
extrajudicial. Ela é vantajosa porque voce não precisa ter capacidade postulatoria pra poderpromover essa movimentação e ela é infinitamente mais barata. Quando você fala da propositura 
da ação, você não precisa usar a extrajudicial se não tiver exito ir pra judicial, você pode ir pra 
judicial direto, não tem problema. 
Na prática todo mundo vai pra conciliação judicial. 
Parágrafo terceiro: 
Olha a pilantragem, eu não faço o levantamento como devedora mas eu ainda tenho o AR pra 
poder pousar na foto como boa pagadora. Uma hora a casa vai cair mas no primeiro momento eu 
paguei e provo com o AR. 
Reflexão do dia: todo dia saem de casa o malandro e o otário e no decorrer do dia eles vão se 
encontrar, só tem um detalhe o malandro não vai ser malandro sempre, vai ter uma hora que ele 
vai ser otário. 
Devedor em mora pode consignar? 
Temos o posicionamento de pontes de miranda e temos que lembrar qual é a diferença de mora 
solvendi e assipendi? 
A solvente é aquela mora que o devedor deu causa à ela. 
A ascipendi é aquela que o credor deu causa. 
Pontes de Miranda diz que quando o credor da causa à mora sempre vai haver espaço pra 
consignação do devedor, agora o que não é rasoável é eu na posição de devedora fico 
inadimplente e ainda quero fazer a consignação, neste caso foi eu (devedora) que dei causa então 
como vou extinguir a obrigação atraves de uma consignação em pagamento? Isso não pode 
acontecer. 
Então a resposta aqui é depende, pois vai depender do caso. O devedor pode consignar? Sim, se a 
mora for causada pelo credor (ascipiende) e não, se a mora for causada pelo proprio devedor 
(solvente) ele não pode consignar. 
Seguindo o raciocinio de pontes de mirando o devdor quando dá causa á mora o credor não pode 
aceitar a consignação. 
Mora: demora no cumprimento da obrigação. 
Inadimplento: descumprimento da obrigação na sua pontualidade. 
Lembrando que o inadimplemento/mora apresenta o absoluto e o relativo. 
Mora absoluta: aquela mora que não permite o cumprimento tardio da obrigação. Ex: salgadinho 
da festa ou o vestido da noiva que não pode chegar depois da festa/casamento. Tem que ser 
cumprida naquele momento 
Mora relativa: permite o cumprimento tardio. Você vai cumprir com as consequencia de pagar 
tardiamente, vai haver uma multa ou encargo ou juro (uma penalidade). 
Cumulação de ação: 
Ex: plano de saúde. Vamos supor que eu tenho um plano de 100 e que eu recebi a carta dizendo 
que vai passar pra 150, quando eu faço a conta eu vejo que não é isso tudo, que ele deveria ir pra 
110. Aí ele manda a cartinha e o boleto, esse boleto quando tem o codigo de barra, dificilmente eu 
consigo alterar esse valor. Se eu não quero pagar os 150 eu tenho que promover a consignação. 
Lembrando que a consignação pode ser feita judicialmente, aí eu posso cumular a ação de 
procedimento especial com a comumum? Eu posso entrar com a consignação em pagamento com 
pedido de tutela provisória de urgencia? Sim, na verdade em caso de plano de saude tem que 
entrar com os dois, porque se não vai dar a entender que eu estou inadimplente e que o serviço 
pode ser suspenso por falta de pagamento o que não é verdade. Então eu entro com a 
consignação com pedido de tutela de urgencia para que o juiz estabeleça a abertura de uma conta 
judicial para que eu faça o depósito, agora o fato de eu entrar com consignação em pagamento 
significa que eu to concordando ou discordando da clausula que foi alterada com o valor 
estabelecido? Não, eu tenho que cumular essa ação. 
Eu posso cumular a consignação em pagamento com a revisonal de contrato, com uma nulidade 
de clausula contratual, sendo que a nulidade vai tramitar em tese pelo procedimento comum? 
Parágrafo 2° do 327: 
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, 
ainda que entre eles não haja conexão. 
§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a 
cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas 
processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais 
pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento 
comum. 
Quem pode o mais pode o mais, pode o menos. Se eu sou procedimento especial eu posso descer 
meu nível até o procedimento comum. O que não pode é tá no baixo e querer ir pro alto. (Ex: eu 
to la no show na área vip eu posso ir pra onde tá o povão mas agora o povão pode ir pro vip? Não) 
Entendimento do STJ: A cumulação de pedido não precisa ser expressamente pedida, porque está 
na lei, e o juiz é obrigado a saber o que está na lei, então esse pedido não precisa estar explicito. 
Se eu cumular um pedido de procedimento especial com procedimento comum é obvio que eu 
vou ta cumprindo o parágrafo do 327. 
E não se esqueçam: a maioria das vezes que a gente fala de consignação judicial a gente vai 
trabalhar com o pedido da tutela de urgencia aqui, vamos precisar ou da abertura da conta pra 
depositar esse valor e em caso de coisa também vai pedir que seja nomeado um fiel depositário 
pra ficar com a tranqueira. 
Prestação sucessiva: como vou fazer o pagamento? 
Porque cada mes que o plano de saude me manda o boleto ele ta lesando meu direito, então a 
cada lesão eu não vou propor uma ação, então o proprio legislador estabelece em algum artigo 
que em sendo prestações sucessivas a gente vai entrar com uma ação e as outras prestações vao 
sendo depositadas na conta que foi aberta por conta da primeira prestação que foi alvo de 
discurssão. Na prática vc vai no cartorio todo mês ele vai emitir uma guia ai voce vai la no banco e 
paga, ai depois voce vai de novo no cartorio pra poder juntar o comprovante de pagamento. Em 
alguns lugares voce já faz a emissao no proprio site, mas aqui no DF ainda é assim. 
Valor da causa: 
Como vamos calcular? 
Ta lá no artigo que fala do valor da causa no procedimento comum. 
Ex: Trato sucessivo: 12 vezes o valor da cauda, assim como os alimentos. 
Em caso de entrar com a ação em 3 meses, eu pego o valor (12) e multiplico por 12 e é esse o valor 
da causa. 
No caso do plano de saúde que ele cobra 150 e eu acho que é 110, quanto vou consignar? O ideal 
é que voce consigne os 150 porque se lá no final for julgado procedente o pedido, o teu 
adimplemento ele não foi total, ele foi parcial, então esses 40 que eu deixei de depositar eu vou 
ter que pagart lá no final e com correção. Pague tudo. A gente sabe que o direito não admite o 
henriquecimento ilicito, o devedor vai ter direito a devolução do valor corrigido. 
Valor: 150 vezes 12 
Vai ser sempre vezes 12. 
Lei 8.245 (lei de locação) 
O entendimento majoritario da doutrina é que a gente não pode realizar consignação extrajudicial 
nos contratos de locação e aí no art 58. 
67 inciso 2. 
Determinada citação do réu junto a instituição bancaria não pode. Se eu falo de citação do réu eu 
estou falando em consignação judicial e aí a gente tem que entender o que o legislador disse e o 
que ele queria dizer escrevendo isso aí. 
O que ele disse: que teremos uma ação que vai ter citação e reu. 
O que ele queria dizer: que a consignação vai acontecer pela via judicial e que nao abriu 
possibilidade pra extrajudicial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 02 – PROCEDIMENTOS ESPECIAIS (14/08/219) 
➔ AÇÃO DE EXIGIR CONTAS 
Hoje vamos falar de matéria que tem haver com a parte de direito civil, em espeicial direito 
contratual. Pode ter repercução em várias outras aulas do direito, aí depois vamos trabalhar 
com a posse, que ela é estudada junto com od direitos reais. 
O código atual ele coloca ação de exigir contas separadamente da ação de prestar contas, o 
prestar contas no código atual foi pro procedimento comum e o exigircontas permaneceu no 
procedimento especial. No exigir contas eu tenho uma pessoa que ela esta administrando, 
gerando um patrimonio que me pertence e eu quero ter acesso a todas as informações do que 
ela ta fazendo ali, e como eu já fiz o pleito pela via judicial falando “Olha me apresente as 
contas” e ele ignorou o meu pedido com a ação pra que pela via judicial o juiz obrigue essa 
pesssoas a apresentar essas contas, eu pretendo que a pessoa aprsente a prestação de contas 
de um patrimonio que me pertence. Quando eu posso entrar com a ação de exigir contas lá no 
direito empresarial?Quando eu sou socio de uma empresa e nos temos um gestor nessa 
empresa e eu quero ter acesso a toda movimentação que ele faz ali e ele nao vai me 
mostrando o que eu tenho diteito de fazer. Eu costumo falar que se eu tenho uma empresa e 
um administrador e ele ta apresentando obstaculos pra que eu tenha acesso a toda 
movimentação e tudo qur ele ta fazendo, a gente está á vias de terminar essa sociedade, 
porque se eu preciso acionar judicialmente uma pessoa que trabalha pra mim ou é meu socio 
significa que essa relação não ta legal. 
• ART. 550 E SEGS DO CPC 
Art. 550. Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas requererá a citação do réu 
para que as preste ou ofereça contestação no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 1o Na petição inicial, o autor especificará, detalhadamente, as razões pelas quais exige as 
contas, instruindo-a com documentos comprobatórios dessa necessidade, se existirem. 
§ 2o Prestadas as contas, o autor terá 15 (quinze) dias para se manifestar, prosseguindo-se o 
processo na forma do Capítulo X do Título I deste Livro. 
§ 3o A impugnação das contas apresentadas pelo réu deverá ser fundamentada e específica, 
com referência expressa ao lançamento questionado. 
§ 4o Se o réu não contestar o pedido, observar-se-á o disposto no art. 355. 
§ 5o A decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a prestar as contas no prazo 
de 15 (quinze) dias, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar. 
§ 6o Se o réu apresentar as contas no prazo previsto no § 5o, seguir-se-á o procedimento do § 
2o, caso contrário, o autor apresentá-las-á no prazo de 15 (quinze) dias, podendo o juiz 
determinar a realização de exame pericial, se necessário. 
Na ação de exigir contas eu notifico o gestor desse bem pra que ele aprsemnte as contas. 
 
• JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL 
Eu já falei pra vocês que ela pode ser apresentada de uma forma extrajudicial onde ele 
muito vai se assemelhar a algo que a gente já trabalhou semestre passado, lembra de 
notificação? Interpelação? Então quando falamos de notificação ela muito se 
assemelha à essa ideia de perdir contas. Então ei notifico o gestor desse bem pra que 
ele apresente as contas. 
 
• FALHA NA GESTAO 
Qual meu objetivo? Apurar se teve uma falha na gestao, se teve ou a gente corrige e 
procegue ou corrige e vai ter já o afastamento daquele gestor que mostrou a inapetencia 
pra poder fazer a gestão daquele negocio. 
• STJ – Resp L. 1166 628/PR, rel Min. Nancy Andriagly, J 09/10/12 
Eu trouxe esse judado de 2012 pra vocês, que o entendimento foi o seguinte: o contrato de 
abertura de crédito de conta corrente, onde o entendimento da turma é no sentido de que 
não cabe na ação de exigir contas a discurssão de grandes complexidades, então a redação 
ficou mais ou menos assim: Essa ação não é a vida adequada para discurssões complexas, 
como por exemplo abusividade de clausula estabelcidas no contrato de abertura de crédito em 
conta corrente, o que eu observo nesse caso é que faltou aptidão ao adv da parte autora 
quando ele entrou com a ação de exigir contas e me parece que ele quer trabalhar uma 
nulidade der clausula contratual. A Gente tem que lembrar que tem a possibildiade de cumular 
ação com rito diferente, então se eu tarbalho com uma ação de exigir contas cumulando com 
revisão contratual, ou uma revisão dessas clausulas ao meu ver eu não estou impedindo que 
agente trabalhe uma análise de questoes complexas. Eu não faço isso dentro da ideia de exigir 
contas, mas como eu cumulo ações eu não vejo problema nenhum. 
• LEGITIMIDADE 
Todo aquele que tem um patrimônio que é gerido por outra pessoa tem o direito de ter acesso 
à apresentação das contas de forma pormenorizada. 
Quem mora em condominio vai lembrar de quando estamos no elevador e vemos o papelzinho 
lá pregado escrito balancete ou balancete simplificado. Você tem que ter acesso à tudo 
detalhado desse condominio pra você ver se esse condominio ta bem gerido. Então quem tem 
legitimidade é toda aquela pessoa que tem seu patrimonio administrado por um alheio. 
- Entendimento do STJ: nas prestações de alimentos no caso da interdição, o intendimento 
majoritário é que você não pode entrar com a ação de exigir contas. Ex: eu tenho um filho com 
João, ele tem uma obrigação de prestar alimentos para o menor, a criança mora comigo e foi 
estabelecido que mensalmente o joao vai pagar o valor para o menor, geralmente essa 
prestação ela é estabelida mensalmente, mas nada impede que eu receba semanalmente ou 
de forma anual ou de uma forma quinzenal ou diária. Agora imagine se é semanal, toda 
semana eu vou abrir uma ação de prestar contas? Porque em tese poderia, ao longo de toda 
uma existencia do menor até ele atinjir o momento que ele não é mais carecedor desse 
alimentos, olha o tanto de ação que vai, então se não me falha a memória Marilone ele já 
defende a muito tempo o seguinte posicionamento: nas relações em que a gente tem a 
prestação de alimentos o exigir contas ele deve acontecer dentro da ação de alimentos, que aí 
fica só uma relação processual. Quando a gente não vive essa realidade de processo eletronico 
vire e mexe a gente ev advogado carregando um monte de papel que é notinha de tudo, isso 
porque alguém que tem o direito de exigir contas, exigiu a prestação de contas e eu tenho que 
comprovar que esse valor ta sendo bem empregado alí. 
A mesma forma na interdição, quando tenho uma pessoa inteditada o curador ele tem a 
obrigação de gestão patrimonial do interditado. 
Ministério Publico pode pedir aprsentação de contas? Pode, de tempo em tempo o MP vem e 
pede a aprsentação, só ele tem esse direito? Não, outras pessoas também. 
A todo instante essa pessoa vai entrar com uma relação processual? No entendimento 
majoritario é que a prestação de contas vai entrar nesse proprio processo em que foi 
trabalhada a interdição. 
Então são esses dois casos que a gente tem a doutrina estabelecendo que seria uma excessão 
do exigir contas. 
Os demais a gente vai buscar aqui pelo ajuizamento da ação. 
• ORGANIZAÇÃO DE CONTAS 
Art. 551 CPC 
As contas do réu serão apresentadas na forma adequada, especificando-se as receitas, a 
aplicação das despesas e os investimentos, se houver. 
§ 1º Havendo impugnação específica e fundamentada pelo autor, o juiz estabelecerá prazo 
razoável para que o réu apresente os documentos justificativos dos lançamentos 
individualmente impugnados. 
§ 2º As contas do autor, para os fins do art. 550, § 5º, serão apresentadas na forma adequada, 
já instruídas com os documentos justificativos, especificando-se as receitas, a aplicação das 
despesas e os investimentos, se houver, bem como o respectivo saldo. 
A ideia da organização de contas é você apresentar de maneira detalhada o que que foi 
crédito, o que que foi debito e o que sobrou desses valores, se sobrar. 
Então nessa ação temos duas dedisões muito importantes. 
Primeiro quando o juiz determina ao réu que apresente essas contas, se ele apresenta tudo 
certinho, acabou a ação. Agora se ele apresenta as contas e essas contas são repudiadas pelo 
autor, a gente vai pra um momentoonde ele vai ter que arrumar, trazer novas informações e 
obvio que aqui a gente vai ter a oportunidade de ter uma sentança condenatoria onde pode 
ter uma repercussão onde pode ser trabalha a ideia de perdas e danos, do lucro cessante, 
dano emergente e pode até mesmo parar em uma vara criminal. A gente esta falando então 
de estelionato? Não necessariamente, pode ser uma apropriação idnebita. Ou seja, num 
primeiro momento eu tenho a adm de uma maneira licita e depois a gente passa para o campo 
ilicitudo, então an esfera penal pelo menos uma apropriação indebita a gente vai trabalhar ai 
tá. 
• Resp. 1046 652/ RJ Rel Min. Ricardo VB Cuciva J 16/09/14 – Condominio 
Julgado no sentido de que um unico condomino ele não pode ajuizar a ação de exigir contas, a 
gente vai ter que ter pelo menos um grupo de condominos que queira que o sindico traga a 
presentação pormenorizada dessa administração que ta sendo feita. 
Aqui também a gente pode ter inumeros desdobramentos, o problema nas getões da conta de 
um condominio primeiro que quem responde no caso dessa má gestao? O sindico O sub e o 
conselho fiscal todo. O sub responde com o seu patrimonio pessoal todas as cagadas que o 
sindico fez. 
Essa questão do condominio você observa que a má gestão pode trazer um desencadeamento 
em áreas que a gente se quer consegue imagimar. Ex da velha que era sindica. Se a 
apresentação de contas da parte estiver muito bagunçada você vai precisar chamar um 
contabilista para te ajudar. 
Nesse julgado diz que um condomino nao pode ingressar coma ação de exigir contas, tem que 
ser pelo menos um grupo. 
• Esp. 1300 250/ SP REL. MIN Ricardo VB Cuciva , J 27/03/12 
Esse julgado aqui o entendimento é o seguinte: quando você tem o casamento ou uma união 
estável estabelecida, você não pode entrar com a ação de pedir contas em face do seu 
conjuge. Não tem problema, porque a prescrição corre entre conjugues? Não, se não corre não 
tem problema. Agora se eu sou casada com Mauricio e foi estabelecido que o Mauricio vai 
ficar com administração dos bens do casal e eu falo: Mauricio cade as contas? E ele começa a 
enrolar, eu não posso na manutenção desse casamento processá-lo, não tem problema 
porque a prescrição ta correndo pra mim. Se eu tenho que entrar no judiciario para que meu 
marido apresente as contas, esse casamento tá fadado ao término. Ou eu aceito, ou então a 
gente vai separar e ver o que tá acontecendo. Mesmo o STJ diz: sendo conprovada a separação 
de fato desse casal aí sim cabe a ação de exigir contas. Hoje em dia as estão se preparando pra 
enfrentar o divorcio e tratar dessas questões. Agora lembrando que eu não preciso entrar com 
a ação de separação de corpos, o que ocorria no código de 16, era importante estar 
estabelecido quem deu causa á separação, hoje em dia a comprovação de separação de corpos 
pode se dá atraves das redes sociais, com status, comunicação por e-mail, produção de prova 
testemunhal agora não importa mais quem teve a culpa na separação, enfim, voce não precisa 
entrar com a ação pra comprovar que voce ta separado de corpos. 
• ART 319 CPC 
A petição inicial indicará: 
I - o juízo a que é dirigida; 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número 
de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o 
endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV - o pedido com as suas especificações; 
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. 
 
A petição incial será feira nos moldes do artigo 319 CPC. 
 
• CABE RECONVENÇÃO NA AÇÃO DE EXIGIR CONTAS? 
 
Não, não cabe. Porque estamo0s falando de um procedimento especial e aqui não vai caber 
reconvenção. Na reconvenção a gnt trabalha com a ideia de contra – ataque, aqui não cabe, 
ele vai resolver em outra via judicial. 
 
• En. 177 FPPC – Art 1015 
 
Ele diz que diante da decesição de procedencia do pedido para condenar o réu a pagar contas, 
aplica-se o artigo 1015, inciso II ou seja, eu tenho a possibilidade de ingressar com um recurso 
de agrvoo de intrumento. 
 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; 
 
➔ AÇÃO POSSESÓRIA 
 
Previsão a partir do art 554 do CPC e vamos falar de algo que esta relaciondo. 
Ex: a classificação da posse eu não posso dispresar o ato da pessoa falar que a escritura da casa 
foi feita no cartório geralmente aqui é considerado posse. 
Art 554 CPC 
Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz 
conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos 
estejam provados. 
§ 1o No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, 
serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por 
edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver 
pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública. 
§ 2o Para fim da citação pessoal prevista no § 1o, o oficial de justiça procurará os ocupantes no 
local por uma vez, citando-se por edital os que não forem encontrados. 
§ 3o O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista no § 
1o e dos respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal 
ou rádio locais, da publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios. 
 
 
• CLASSIFICAÇÃO DA POSSE 
 
Aquilo que estudamos com Antônio Carlos nos semestres passados. 
 
 
 
• ESPÉCIES TÍPICAS 
- O que seria a turbação da posse? 
São o pessoal que sempre atrapalham a posse, nesse caso a ação é a manutenção der 
posse. 
Quando eu esbulho a ação cabível é reintegração e quando ameaço é o interdito 
proibitório 
O que seria uma ameaça à posse? 
Encarando, mostrando arma, macumba no portão de um evangelico. 
Cmo Funciona a perturnação? Eu chjego de madrugada e começo a perturbar a vida de zezé. 
Esbulho? Retirar a pessoa da posse e entrar. Essa posse está carcterizada pela vIolência 
• IUS POSSESSIONE E IUS POSSEDENDI 
O Ius possedendi é a posse decorrente da propriedade, não é essa que to falando, estou 
falando da ius possedendi que é simples fato de eu possuir a coisa então eu tenho a posse 
direta e é essa que estou discutindo aqui. 
• FORÇA NOVA E FORÇA VELHA 
São elas que vão pautar a possibilidade de eu entrar com o pedido de tutela provisória de 
urgencia. Se eu tenho a pessoa pertubando a posse à amais de anos e dias, não dá mais 
pra dizer que é urgencia, então se é uma força nova aí sim cabe o pedido da tutela de 
urgencia. 
 
• PECULIARIDADE 
Dentro das classificações de sentença a gente tem alí algumas sentenças que são 
consideradas auto execdutadas, assim é a ação de despejo, ela é forte ao ponto de não só 
trazer consigo a condenação como também a execução. 
As ações possessorias têm a caracteristica de ter a sentença autoexecutada, ou seja, elas 
não precisam passar pelo cumprimento de sentença, agora lembra da sentença das 
partes? Onde tem o relatório, a fundamentação e a parte dispositiva? Na parte dispositiva 
o juiz não coloca lá no finalsinho? Condeno a parte perdedora a pagar os honorariossucumbenciais, à custas processuais. Esse paragrafosinho é uma sentença condenatória 
quepode ser alvo do cumprimento de sentença. Essa sentença é alto executado, agora 
não esqueça que existe uma parte dessa sentença que pode ser alvo de cumprimento, 
quando juiz coloca lá “Desocupe o imovel sob pena de multa de XX reais ao dia”., essa 
multa não tem uma caracteristica de autoexecutoriedade, então essa parte eu vou ter que 
promover o cumprimento da sentença. 
 O Outro aspecto: aqui a agente vai trabalhar coma admissão da funginbilidade, eu entro 
com o interdito proibitorio porque estou tendo uma posse ameaçada, no momento que o 
juiz vai decidir ele já coloca lá uma decisão relacionada ao interdito, para cessar a ameaça 
(uma obrigação de não fazer) e aí no momento que eu trago essa sentença à realidade, a 
realidade agora é outra, se antes falavamos de uma ameaça hoje já ta falando esbulho. 
Então o principio da fungibilidade ele é invocado aqui não porque o autor ele não sabe 
qual a medida judicial procurar, o problema é que a relação social ela evolui no sentido de 
densoralar de uma maneira tão rápida, que quando o juiz vai despachar voce não ta mais 
falando da ameaça, já ta falando de algo que já se cpncretizou, então por isso a gente vai 
trabalhar com a fungibilidade aqui, e a decisão do juiz vai ser “Recebo o interdito 
proibitório como se reintegração de posse fosse, ele vai tratar como reitegração de posse. 
• FORUM COMPETENTE 
Art 46 e 47 CPC 
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, 
em regra, no foro de domicílio do réu. 
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. 
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for 
encontrado ou no foro de domicílio do autor. 
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de 
domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer 
foro. 
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de 
qualquer deles, à escolha do autor. 
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do 
lugar onde for encontrado. 
 
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação 
da coisa. 
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não 
recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de 
nunciação de obra nova. 
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem 
competência absoluta. 
 
A gente sabe que a posse não vai integrar o rol de direitos reais, mas eu posso invocar aqui a 
analogia? 
Requisitos para invocar analogia: caso semelhante, mesma razão de decidir e lacuna na lei. 
Tem tudo isso. Então a gente usa o art 47 que fala que o forum competente e do situação da 
coisa. 
 
 
AULA 03 – SUZANA 21/08/2019 
➔ AÇÃO DE DIVISÃO E DEMARCAÇÃO DE TERRAS 
Art. 584. 
É obrigatória a colocação de marcos tanto na estação inicial, dita marco primordial, quanto 
nos vértices dos ângulos, salvo se algum desses últimos pontos for assinalado por acidentes 
naturais de difícil remoção ou destruição. 
Hoje vamos começar a falar sobre ação de divisão e demarcação de terras, quando falo sobre 
isso estou falando de terras particulares. 
Quando a gente estuda essas ações (porque são duas), temos a divisão e a demarcação, ou 
então podemos ingressar coma as duas juntas, uma cumulada com a outra. Vamos trabalhar 
com algo muito proximo aos direitos reais, o prof de dir. Reais apresentou pra voces o código 
de aguas, que tem um monte de conceitos, vamos pegar tudo para estudar a ação 
demarcatória. 
➔ DEMARCATÓRIA 
O que temos na ação demarcatória? Uma necessidade de reestabelecer marcos que por algum 
motivo foram apagados, que estabelicam area limitrofe entre uma propriedade e outra 
propriedade. Existe casos que esses marcos que são decorrentes da prórpia natureza, como a 
pedra, a arvore, um curso do rio, que por algum motivo pode não esta mais lá, por isso temos 
a necessidade de reestabelecer marcos que foram estabelecidos por conta da prorpia natureza 
ou então a natureza humana tratou de ir la e fazer a demarcação dessa terra. 
• TOTAL OU PARCIAL 
Essa demarcação pode acontecer de forma total ou parcial, porque o desfazimento do marco 
ele foi todo ou apresentado somente de forma parcial, estamos falando da hipótese em que 
um vizinho esta processando o outro para poder demarcar uma terra que em tese é de 
interesse de ambos, pois um quer saber até onde pode ir quanto o outro também quer a sua 
terra preservada, então a possibilidade da gente resolver isso de uma forma extrajudicial é 
muito grande. Não é uma ação muito comum de se ver, diferente da divisória, que a gente tem 
uma possibilidade maior de ver acontecer na prática. 
Tem um determinado artigo que ainda vamos passar por ele, que ele diz que a possibilidade da 
gente realizar essa composição, essa demarcação, ou até mesmo a divisão dentro de um 
cartório. O cartorio que falamos aqui é aquela ideia de cartorio notarial mesmo, então vamos 
até la, faz toda a documentação, evidente que tem que acontecer a averbação do registro 
geral de imóveis, tudo bonitinho lá. 
Aqui quando falo em ação, estou falando daquela ideia de ação processual (autor - réu - juiz) E 
por algum motivo as partes não chegaram a um consenso em realizar isso de uma maneira 
extrajudicial, de uma forma amigável. 
Tanto uma ação como a outra eu necessáriamente vou arrolar participação do agrimensor 
(tem a tecnica pra fazer a medição da área) ou um tecnico. Acaba sendo mais caro contratar 
um agrimessor do que um tecnico em georeferenciamento. 
EX: eu tinha um terreno em Goiania e morava noi Rio, um belo dia minha mãe foi morar em 
Goiania e eu falei pra ela dar uma olhada no terreno. Tinha o meu terreno e o do lado, dai 
minha mãe falou que tinha uma senhora morando lá, bem gente boa, e que plantava 
mandioquinha no meu terreno, expliquei pra minha mãe o que estava se passando e ela disse 
que eu estava sendo grossa, porém ela estava usando meu terreno para plantar mandioca e 
daqui um pouco iria tomá-lo. 
Essa questão de conflito uma hora voce vai ter, ele pode ser resolvido de uma forma 
extrajudicial, quando as duas partes entram em consenso e resolvem chamar o agrimesor ou 
tecnico para demarcar a área. Agora no momento que voce tem que asionar o poder judiciario 
para poder entrar coma ação demarcatória significa que o negocio não ta bom. 
• LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA 
Quem tem legitimidade ativa pra poder entrar com a ação? O proprietário. 
A gente tem um entendimento passifico tanto doutrinário quanto jurisprudencial que o 
promitente comprador ele tem legitimidade pra poder ingressar coma ação demarcatória. 
Vamos supor que eu sou promitente compradora de um terreno e quero saber até onde vai, 
porque eu quero fazer uma análise daquela terra, estão me cobrando mil e eu quero saber se a 
terra vale isso mesmo, então vou olhjar o solo, todos os benefícios e maleficios que essa terra 
tem pra fazer uma análise do valor que estou sendo compelida à pagar. Eu como compradora 
mostro ao juiz a intenção de comprar e mostro que preciso ter essa prestação jurisidicional de 
uma maneira rápida porque derepente é um financiamente que vai se expirar ou um prazo 
que eu tenho estabelecido pra fazer o plantio de alguma coisa, preenchendo o art 300 a gente 
vai trabalhar com pedido de tutela provisória aqui também. Então o promitente comprador vai 
ser resguardado pela doutrina e jurispridenciaque ele tem legitimidade para entrar com ação 
demarcatória, até mesmo pra saber se ele vai comprar essa terra ou não. 
E quem teria a legitimidade passiva? 
Posicionamento de Humberto Teodoro: no polo passivo não há de ser necessariamente 
possuidor também, porque o possuidor direto ele pode ter interesse para figurar no pollo 
passivo dessa ação. 
➔ DIVISÓRIA 
Na ação divisória eu pretendo dividir. 
• PARTILHA DA COISA COMUM 
Porque estou falando do inventário e da partilha? Porque quando a gente tem lá o inventário 
ele é feito de uma maneira muito simples, primeiro eu vou partir do principio que o morto 
morreu (então estou falando de uma sucessão decorrente da morte de alguém), agora eu vou 
apurar quais foram os bens deixados pelo morto, lembrando que esse aservo patrimonial é 
composto por crédito e débito, arrolei o acervo agora do outro lado vou arrolar os herdeiros, 
passei pelo inventário, paguei o que tinha que pagar, arrecadei, agora vou chegar ao momento 
da partilha onde o juiz vai colocar por exemplo , um pai (faledido) e ele deixou 3 herdeiros 
(partameto), vai ficar 1/3 a dicisão. Para eu dissolver esse condominio eu tenho que falar com 
os coproprietários e saber se eles querem comprar minha parte, ou então a gente vende o 
todo e no final divida pras 3. Porque trem que ser partilhado assim? Na vertical e não nas 
ouras. Porque que ela não é partilhada na diagonal? Que criterio vou usar? Será que essa terra 
vale a mesma coisa se tiver um rio no meio do que pra uma que só tem pedra? Então uma 
parte dos 33% vai valer mais que o outro, a gente vai monetizar esse percentual. 
• PROPRIEDADE RURAL 
Lei nº 4.504 de 30 de Novembro de 1964 
Dispõe sobre o Estatuto da Terra, e dá outras providências. 
Art. 65. O imóvel rural não é divisível em áreas de dimensão inferior à constitutiva do módulo 
de propriedade rural. (Regulamento) 
§ 1° Em caso de sucessão causa mortis e nas partilhas judiciais ou amigáveis, não se poderão 
dividir imóveis em áreas inferiores às da dimensão do módulo de propriedade rural. 
§ 2º Os herdeiros ou os legatários, que adquirirem por sucessão o domínio de imóveis rurais, 
não poderão dividi-los em outros de dimensão inferior ao módulo de propriedade rural. 
§ 3º No caso de um ou mais herdeiros ou legatários desejar explorar as terras assim havidas, o 
Instituto Brasileiro de Reforma Agrária poderá prover no sentido de o requerente ou 
requerentes obterem financiamentos que lhes facultem o numerário para indenizar os demais 
condôminos. 
§ 4° O financiamento referido no parágrafo anterior só poderá ser concedido mediante prova 
de que o requerente não possui recursos para adquirir o respectivo lote. 
§ 5o Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos parcelamentos de imóveis rurais em 
dimensão inferior à do módulo, fixada pelo órgão fundiário federal, quando promovidos pelo 
Poder Público, em programas oficiais de apoio à atividade agrícola familiar, cujos beneficiários 
sejam agricultores que não possuam outro imóvel rural ou urbano. (Incluído pela Lei nº 11.446, 
de 2007). 
§ 6o Nenhum imóvel rural adquirido na forma do § 5o deste artigo poderá ser desmembrado 
ou dividido. (Incluído pela Lei nº 11.446, de 2007). 
Na divisória eu quero partilhar uma coida comum, eu vou trabalhar uma dissolução de um, 
condominio, agora essa lei aqui é do “Estatuto da Terra” que é alei 4.504 quando trata da 
propriedade real ela não perdmite o fracionamento . E como vou saber a medida do modulo 
rural? No site do IBGE. Quando trabalho vom a ideia de querer dividir tem qiue ver perante o 
IBGE se tem como eu trabalhar com essa divisão, porque se for a fração for inferior á um 
modulo rual não pode fracionar. 
Quando se fala em fracionamento deve- se pensar no saneamento, a escolaridade, na saúde, 
segurança, transporte publico. Porque no momento que voce vai construir um prédio voce tem 
que pensar nos habitantes. 
• TERRAS DEVOLUTAS – lei 6383/76 
São terras publicas, não são alvo de ação divisória. A ação que vai ser proposta pra gente 
estabelecer a identificação da terra publica, é a ação discriminatória, ai estamos falando de 
direito administrativo. 
Bom, já falamos que elas podem ser cumuladas, vamos ter a necessidade da figura do 
agrimessor ou gel referencimanto ou topógrafo e vamos ter a possibilidade de promover tanto 
a divisão como a demarcação pela via extrajudicial. 
A ação de dissolução parcial de sociedade- Estamos falando aqui de direito empresarial, que 
antes de 2015 não tinha no CPC. Antes de 2015 a gente nunca teve essa ação? Já sim, só que 
essa ação tava no direito comercial e agora está no processual civil. Se eu to falando de uma 
ação de dissolução parcial de sociedade significa que a sociedade ta acabando? Não, significa 
que alguém que ta lá dentro vai sair ou já saiu, e porque saiu? Ou porque morreu, ou porque 
não é mais bem visto pelos demais ou porque ele quis mesmo. Isso está a partir do art 599 CPC 
que fala essas hipótes. 
Art. 599. 
A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter por objeto: 
I - a resolução da sociedade empresária contratual ou simples em relação ao sócio falecido, 
excluído ou que exerceu o direito de retirada ou recesso; e 
II - a apuração dos haveres do sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito de retirada 
ou recesso; ou 
III - somente a resolução ou a apuração de haveres. 
§ 1º A petição inicial será necessariamente instruída com o contrato social consolidado. 
§ 2º A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter também por objeto a sociedade 
anônima de capital fechado quando demonstrado, por acionista ou acionistas que representem 
cinco por cento ou mais do capital social, que não pode preencher o seu fim. 
 
• PECULIARIDADES 
Qual o ponto sensivel que vamos ter nesse tipo de ação? Quando formos falar da apuração de 
averes, porque é claro que quem saiu e razão da morte ou do fato de nao existir mais a 
vontade de permacer naquela socioedade é obvio que ele vai querer sair com algum valor e 
ele vai buscar sair com valores o maximo que puder, já a sociedade que vai continuar existindo 
vai querer pagar o valor menor que puder pagar. Então aqui vai ter a possibilidade de 
trabalharmos com um pedido de tutela de urgencia pra ter uma busca e apreensão, para ter 
uma apresentação de provas, a gente tem a possibilidade aqui de tarbalhjar muito proximo ao 
direito penal, temos a possibilidade de trabalhar proximo ao direito tributário que tenha em 
alguma irregularidade... Tem a possibildiade de passar pelo direito previdenciário. Então é uma 
ação simples dentro do seu procedimento, mas quele ela guarda medidas que são 
extremamente importantes para a empresa. 
 
 
Aula 04 - Suzana 
AÇÃO DE DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADE 
Esta ação já existia antes do CPC, ela ficava no código comercial. Dentro da elaboração 
do CPC atual foi trazido do código comercial a bendita ação de dissolução de 
sociedade. Nós temos uma sociedade que ela existe e a gente vai dissolver 
parcialmente essa sociedade, ou seja, alguém vai sair e essa sociedade vai continuar 
existindo, essa pessoa vai sair ou porque ela morreu opu então porque ela realmente 
quer sair. 
Pra falar de sociedade empresarial a primeiro coisa que temos que lembrar é que 
temos que pegar e ter acesso ao contrato social dessa empresa, todas as alterações, se 
tiver estatuto, regimento, toda documentação que fala da existencia dessa empresa, 
tem que apresentar tudo e tentar com que ela seja considerada válida observando 
aquela piramide de Kelsen, toda galera que está acima dessa estrutura. 
Art 599 do CPC 
Art. 599. A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter por objeto: 
 
I – a resolução da sociedade empresáriacontratual ou simples em relação ao sócio 
falecido, excluído ou que exerceu o direito de retirada ou recesso; e 
 
II – a apuração dos haveres do sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito de 
retirada ou recesso; ou 
 
III – somente a resolução ou a apuração de haveres. 
 
§1º A petição inicial será necessariamente instruída com o contrato social consolidado. 
 
§2º A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter também por objeto a sociedade 
anônima de capital fechado quando demonstrado, por acionista ou acionistas que 
representem cinco por cento ou mais do capital social, que não pode preencher o seu 
fim. 
 
Esse artigo indica qual objeto vai ser da ação de dissolução da sociedade, já o 600 vai 
falar de quem tem a alegitimidade para propor essa ação. 
 
Art. 600. A ação pode ser proposta: 
 
I – pelo espólio do sócio falecido, quando a totalidade dos sucessores não ingressar na 
sociedade; 
 
II – pelos sucessores, após concluída a partilha do sócio falecido; 
 
III – pela sociedade, se os sócios sobreviventes não admitirem o ingresso do espólio ou 
dos sucessores do falecido na sociedade, quando esse direito decorrer do contrato 
social; 
 
IV – pelo sócio que exerceu o direito de retirada ou recesso, se não tiver sido 
providenciada, pelos demais sócios, a alteração contratual consensual formalizando o 
desligamento, depois de transcorridos 10 (dez) dias do exercício do direito; 
 
V – pela sociedade, nos casos em que a lei não autoriza a exclusão extrajudicial; ou 
 
VI – pelo sócio excluído. 
 
Parágrafo único. O cônjuge ou companheiro do sócio cujo casamento, união estável ou 
convivência terminou poderá requerer a apuração de seus haveres na sociedade, que 
serão pagos à conta da quota social titulada por este sócio. 
 
Essa ação é mega tranquila até acontecer a apuração dos haveres. Pevista no art 604 
CPC. 
 
Art. 604. Para apuração dos haveres, o juiz: 
I – fixará a data da resolução da sociedade; 
II – definirá o critério de apuração dos haveres à vista do disposto no contrato social; e 
III – nomeará o perito. 
§1º O juiz determinará à sociedade ou aos sócios que nela permanecerem que 
depositem em juízo a parte incontroversa dos haveres devidos. 
§2º O depósito poderá ser, desde logo, levantando pelo ex-sócio, pelo espólio ou pelos 
sucessores. 
§3º Se o contrato social estabelecer o pagamento dos haveres,será observado o que 
nele se dispôs no depósito judicial da parte incontroversa. 
 
Cada empresa tem um patrimonio proprio que é composto por crédito e débito, 
lembra da tutela provisória? De busca e apreensão? (Do semestre passado), aqui vai 
ter espaço pra gente fazer tudo isso. Vamos andar muito proximo á possibilidade de 
antrar com ação lá na vara criminal, entrar com uma ação na vara trabalhista, no 
previdenciário, no tributário. Porque quando vamos trabalhar com apuração dos 
haveres a gente vai entrar na parte contábil da empresa. Então quando eu tenho uma 
empresa eu faço inventário de tudo que tenho aqui, no momento que vou apurar os 
haveres, vou ver o que tenho de débito e de crédito, aí vou estabelecer um valor pra 
ser entregue ou aos herdeiros em caso de óbto do socio ou então pro proprio socio 
retirante dessa sociedade, aqui vai dar problema porque quem sair quer receber mais 
do que tem direito e quem ta ficando quer pagar menos do que tem o dever de pagar. 
Temos a possibilidade também de contar com perícia, uma auditoria contábil por 
exemplo. 
 
SUCESSÕES 
 
*Inventário 
Art. 610. Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário 
judicial. 
§1º Se todos forem capazes e concordes, o inventário e a partilha poderão ser feitos 
por escritura pública, a qual constituirá documento hábil para qualquer ato de registro, 
bem como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras. 
§2º O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas 
estiverem assistidas por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e 
assinatura constarão do ato notarial. 
Agora é o inventário decorrente da morte de alguém. O inventário partilha é algo que 
no primeiro momento é extremamente fácil de fazer, agora simples não quer dizer que 
ele não seja trabalhoso. É simples porque voce tem que seguir o que ta no código é 
trabalhoso porque voce tem que reunir muitas informações e certidões, documentos 
aí você tem que ter atenção ao apresentar esse material ao juiz. No momento que o 
morto morre eu tenho dois meses para poder ingressar com o inventário, eu vou 
apresentar todo acervo patrimonial dele, o ativo e o passivo, o crédito e o débito, do 
outro lado eu vou arrolar todos os herdeiros que ele tem, aí eu pago quem tem que 
pagar, recebo de quem tenho que receber aí o que sobrar eu vou pra fase seguinte 
que é a partilha, aqui não vamos falar de testamento (vamos estudar no final do 
semestre). 
Temos quatro espécies de inventário no direito brasileiro: judicial, extrajudicil, 
arrolamento e arrolamento sumário. 
Judicial – É a regra, é a vala geral, o que não for ultilizando o extrajudicial arrolamento 
e arrolamento sumário vai cair na vala geral que é o Inventário Judicial. 
Extrajudicial – está no §1º do artigo 610, as partes tem que ser capazes, não pode 
haver litígio entre elas, nem briga e divergência, e não pode existir testamento ( 
quando tem testamento o inventário é judicial), eu posso proceder pelo inventário 
extrajudicial, mesmo assim você ainda tem que correr atraz de todos os documentos e 
certidões para comprovar. As vantagens: mais barato, maior celeridade, e você não vai 
pagar as custas processuais. 
Se eu passar o prazo de dois meses? Eu tenho a previsão do pagamento de multa, mas 
o GDF não faz a cobrança dessa multa, o percentual varia de acordo com a secrataria 
da fazenda. 
Art 659 CPC 
Art. 659. A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos termos da lei, será 
homologada de plano pelo juiz, com observância dos arts. 660 a 663. 
§1º O disposto neste artigo aplica-se, também, ao pedido de adjudicação, quando 
houver herdeiro único. 
§2º Transitada em julgado a sentença de homologação de partilha ou de adjudicação, 
será lavrado o formal de partilha ou elaborada a carta de adjudicação e, em seguida, 
serão expedidos os alvarás referentes aos bens e às rendas por ele abrangidos, 
intimando-se o fisco para lançamento administrativo do imposto de transmissão e de 
outros tributos porventura incidentes, conforme dispuser a legislação tributária, nos 
termos do § 2º do art. 662. 
O 660 fala do arrolamento sumário. 
Art. 660. Na petição de inventário, que se processará na forma de arrolamento 
sumário, independentemente da lavratura de termos de qualquer espécie, os herdeiros: 
I – requererão ao juiz a nomeação do inventariante que designarem; 
II – declararão os títulos dos herdeiros e os bens do espólio, observado o disposto no 
art. 630; 
III – atribuirão valor aos bens do espólio, para fins de partilha. 
Art. 664. Quando o valor dos bens do espólio for igual ou inferior a 1.000 (mil) salários-
mínimos, o inventário processar-se-á na forma de arrolamento, cabendo ao 
inventariante nomeado, independentemente de assinatura de termo de compromisso, 
apresentar, com suas declarações, a atribuição de valor aos bens do espólio e o plano 
da partilha. 
§1º Se qualquer das partes ou o Ministério Público impugnar a estimativa, o juiz 
nomeará avaliador, que oferecerá laudo em 10 (dez) dias. 
§ 2o Apresentado o laudo, o juiz, em audiência que designar, deliberará sobre a 
partilha, decidindo de plano todas as reclamações e mandando pagar as dívidas não 
impugnadas. 
§3º Lavrar-se-á de tudo um só termo, assinado pelo juiz, pelo inventariantee pelas 
partes presentes ou por seus advogados. 
§4º Aplicam-se a essa espécie de arrolamento, no que couber, as disposições do art. 
672, relativamente ao lançamento, ao pagamento e à quitação da taxa judiciária e do 
imposto sobre a transmissão da propriedade dos bens do espólio. 
§5º Provada a quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas rendas, o 
juiz julgará a partilha. 
O acervo patrimonial deixado pelo falecido tem que ser igual ou inferior a mil salários 
mínimos. Não tendo testamento e as partes sendo amigáveis podemos fazer pelo 
arrolamento. 
O que vamos ter mais problema pra trabalhar é o inventário judicial: o morto morreu, 
eu tenho 2 meses para entrar com o inventário. Como vai ser essa minha petição? 
Vamos ter que ter o critério de indexação de competência (ultimo domicílio do morto, 
quando ele tava vivo – onde tinha fixado o ultimo domicílio), você vai se qualificar, 
mostrar que você tem a legitimidade pra ingressar com esse inventário, qualificar o 
falecido e colocar certidão de obto. É uma petição de duas paginas mesmo. 
No Art 615 trata do morto ter tido alguém cuidando dele antes de morrer 
Art. 615. O requerimento de inventário e de partilha incumbe a quem estiver na posse e 
na administração do espólio, no prazo estabelecido no art. 611. 
Parágrafo único. O requerimento será instruído com a certidão de óbito do autor da 
herança. 
Se for uma morte súbita tem o art 616: 
Art. 616. Têm, contudo, legitimidade concorrente: 
I – o cônjuge ou companheiro supérstite; 
II – o herdeiro; 
III – o legatário; 
IV – o testamenteiro; 
V – o cessionário do herdeiro ou do legatário; 
VI – o credor do herdeiro, do legatário ou do autor da herança; 
VII – o Ministério Público, havendo herdeiros incapazes; 
VIII – a Fazenda Pública, quando tiver interesse; 
IX – o administrador judicial da falência do herdeiro, do legatário, do autor da herança 
ou do cônjuge ou companheiro supérstite. 
Existem casos em que uma pessoa faleceu, deixou o bem e esse bem foi vendido pra 
um terceiro antes de fazer um inventário, geralmente esse imóvel custa mais barato 
do que um á presso de mercado, porque a gente vai fazer um abatimento porque 
sabemos que depois vou gastar dinheiro pra regularizar. Vamos supor que a pessoa 
morreu e deixou um apartamento e um herdeiro, daí a pessoa foi lá e vendeu pra mim, 
daí o art 616 fala que se eu tiver interesso econômico eu tenho legitimidade para 
propor um inventário de uma pessoa que eu não tenho nenhum grau de parenetesco, 
nem afetivo com ela, eu nem conhecia o morto. 
Depois que eu peguei e fiz a comunicação desse obto, o juiz vai me chamar para 
apresentar as primeiras declarações e apresentar o termo de inventariança, porque a 
partir de agora eu vou ser considerada inventariante do espolio, e o espolio é uma 
pessoa formal, ela não existe na lei, veio de uma construção doutrinária adotada pela 
jurisprudencia, quais os exemplos: espolio do condominio, massa falida (são exemplos 
de pessoas formais), porque o legislador criou a pessoa formal? Porque ele falou o 
seguinte: não é pessoa física, não é pessoa juridica, mas essa coisa tem direitos e 
obrigações. Dái eu vou assumir o encargo de inventariante e nese caso vou ter que 
prestar as primeiras declarações, fazer uma petição belissima e completa com todas as 
informações que temos, vamos arrolar tudo e aprsentar todos os herdeiros. 
Art. 620. Dentro de 20 (vinte) dias contados da data em que prestou o compromisso, o 
inventariante fará as primeiras declarações, das quais se lavrará termo 
circunstanciado, assinado pelo juiz, pelo escrivão e pelo inventariante, no qual serão 
exarados: 
I - o nome, o estado, a idade e o domicílio do autor da herança, o dia e o lugar em que 
faleceu e se deixou testamento; 
II - o nome, o estado, a idade, o endereço eletrônico e a residência dos herdeiros e, 
havendo cônjuge ou companheiro supérstite, além dos respectivos dados pessoais, o 
regime de bens do casamento ou da união estável; 
III - a qualidade dos herdeiros e o grau de parentesco com o inventariado; 
IV - a relação completa e individualizada de todos os bens do espólio, inclusive aqueles 
que devem ser conferidos à colação, e dos bens alheios que nele forem encontrados, 
descrevendo-se: 
a) os imóveis, com as suas especificações, nomeadamente local em que se encontram, 
extensão da área, limites, confrontações, benfeitorias, origem dos títulos, números das 
matrículas e ônus que os gravam; 
b) os móveis, com os sinais característicos; 
c) os semoventes, seu número, suas espécies, suas marcas e seus sinais distintivos; 
d) o dinheiro, as joias, os objetos de ouro e prata e as pedras preciosas, declarando-se-
lhes especificadamente a qualidade, o peso e a importância; 
e) os títulos da dívida pública, bem como as ações, as quotas e os títulos de sociedade, 
mencionando-se-lhes o número, o valor e a data; 
f) as dívidas ativas e passivas, indicando-se-lhes as datas, os títulos, a origem da 
obrigação e os nomes dos credores e dos devedores; 
g) direitos e ações; 
h) o valor corrente de cada um dos bens do espólio. 
§ 1o O juiz determinará que se proceda: 
I - ao balanço do estabelecimento, se o autor da herança era empresário individual; 
II - à apuração de haveres, se o autor da herança era sócio de sociedade que não 
anônima. 
§ 2o As declarações podem ser prestadas mediante petição, firmada por procurador 
com poderes especiais, à qual o termo se reportará. 
O inciso 4 mostra os móveis com sinais caracteristicos, se tem um arranhado em 
alguma coisa tem que colocar. É muito detalhista, e quando estou falando de 
arrolamento nas primeiras declarações eu to falando de débito e crédito, o que tiver 
de divida que tiver de ciencia do inventariante ele vai ter que apresentar aqui também. 
Depois que ele apresenta essa petição com um monte de informação, vamos lá pro art 
606 que vai acontecer todas as citações e impugnações. 
 
 
Art. 606. Em caso de omissão do contrato social, o juiz definirá, como critério de 
apuração de haveres, o valor patrimonial apurado em balanço de determinação, 
tomando-se por referência a data da resolução e avaliando-se bens e direitos do ativo, 
tangíveis e intangíveis, a preço de saída, além do passivo também a ser apurado de 
igual forma. 
Parágrafo único. Em todos os casos em que seja necessária a realização de perícia, a 
nomeação do perito recairá preferencialmente sobre especialista em avaliação de 
sociedades. 
O judiciário vai chamar todo mundo, ver o que tá certo, o porque a pessoa ta 
impugnando, vamos fazer todos os acertos aqui. Vai acionar e publicizar pra todos os 
credores ficarem sabendo disso daqui, todo mundo que vai precisar se habilitar pra 
receber alguma coisa do morto. 
Aí vamos agora calcular o imposto. Cada secretaria de fazendo vai estabelecer o seu 
percentual que geralmente fica em torno de 5% de tudo que foi deixado pelo morto. 
Agora vamos fazer as colações: é o adiantamento que foi dado em vida para os 
herdeiros, lembra aquele carro que o papai deu? Vai entrar. 
Ex de viugarista nesse caso: o cara casou com a menina, a mãe recebeu uma verba da 
justiça do trabalho e disse que ia dar 5.000 pra menina comprar o imóvel, o que ele 
pensou? Sogra não coloca nada na minha conta não, que eu já vou achar o imóvel e 
voce só paga direto. Porque ele queria fazer isso? Pra não entrar na conta dele pra ele 
não declarar e não ter que pagar imposto de renda. Porém no dia que a velha bater as 
botas o irmão dela pode pegar parte do imóvel. 
Outro exemplo e quando a pessoa casa e a sogra constroi uma casa no mesmo terreno 
pra eles morarem 
Vamos pegar todas as colações, tudo que foi dado quando o morto tava vivo vai voltar 
tudo pra cá, e depois vamos fazer o pagamentode todas as dividas e passamos para a 
segunda fase do processo que é a partilha, o que sobrar vamos partilhar aqui no caso 
de acordo com o que a lei estabelece. 
Apareceu um bem depois que a gente acabou o inventário. Não tem problema porque 
a gente ta sobre a partilha desse bem. Apareceu um filho depois da partilha, faz uma 
petição pra ele entrar (se é que ainda vai ter alguma coisa) pra ele entrar depois da 
partilha, se não fica só com o nome de papai e mamãe na certidão. 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 05 – SUZANA 
EMBARGOS DE TERCEIROS 
Embargos de Terceiros tem haver com a materia de execução, o executado vai se 
manifestar no cumprimento de setença atraves da impugnição, que tem uma natureza 
juridica de defesa, já no processo de execução ele vai se manifestar atraves da 
oposição dos embargos de devedor, que tem uma natureza juridica de ação. Porque lá 
na primeira sentença a regra é primeiro a fase de conehcimento depois a fase de 
execução(cumprimento de sentença). Quando o réu ele é intimado aqui se ele quiser e 
preencher os requisitos ele vai apresentar uma impiugnação dentro dessa mesma 
relação processual. Quando a gentee studou o processo de execução autonoma eu 
falei o seguinte: Cheque, peguei o cheque, vopu executar esse creque – petição inicial, 
esse réu é citado, nesse momento ele pode se manifestar, mas a manifestação desse 
réu não vaia contecer aqui dentro da ação. Ele pode apresentar contestação? Nao – vai 
apresentar embargos, mas como está la no código ele vai apresentar em autos 
apartados e distribuido por dependencia, então ele forma uma nova relação 
processual. Voce acha rasuavel eu falar que vai ter uma defesa fora do processo e 
depois vai encaixar aqui? Não é rasoavel isso, por isso que a gente fala que a natureza 
jurica dos embargos é de ação (todo procedimento pra no final ter uma setença, aí 
essa sentença sim e o titulo executivo entra aqui, se eu tenho uma sentença e essa 
sentença foi ganhada por um embargante (quem é ? O executado, o embargado é 
exequente). 
Eu tenho que entender que esses embargos vão andar um pouco a frente, ou ele tem 
que andar concomitantemente, porque tem uma hoira que eu vou ter que pedir os 
embargos antes mais depois tenho que decidir a axecução, porque se eu pegar e 
trabalhar a procedencia da execuçlão aqui? Qual é a decisão que eu vou botar nos 
embargpos? Então os embargos prejudicam a execução. Tem uma hora que eu vou ter 
que decidir, porque eu tratar de procedencia. 
Na execução de uma maneira em geral o executado pode se manifestar de 5 formas: 
impugnação no cumprimento de sentença, os embargos na execução atonoma , 
podemos entrar com a esceção de pre executividade, o ajuizamento da ação 
autonoma e outra que a prof nao lembrou. 
Embargos de terceiro - Costa Machado – ação que rem por objeto desconstituir efeitos 
de decisões judiciais cujo processo tem rito especial que admite a concesssão da 
liminar. Natureza juridica: de ação. Ideia que tem: dentro de uma execução onde eu 
não sou parte nessa execução, eu sou uma terceira pessoa que tem um interesse 
economico nessa execução e eu vou simplismente opor embargos de terceiro e qual 
meu objetivo? Apresentar um obstaculo, impedir o êxito da execução. Essa ação 
também vai ser prejudicial à uma outra ação que vai ser considerada. Sabe onde é 
muito comum entrar com embargos de terceiro? Nas ações onde eu tenho um 
conjugue devedor sofrendo um processo de execução e o outro não. 
STJ - SÚMULA 134 - EMBORA INTIMADO DA PENHORA EM IMOVEL DO CASAL, O 
CONJUGE DO EXECUTADO PODE OPOR EMBARGOS DE TERCEIRO PARA DEFESA DE SUA 
MEAÇÃO. 
Doutrina: O Marinone defende o mesmo posicionamento do STJ já Humberto Teodoro 
se opõe a esse entendimento do STJ e diz que se o conjugue já foi intimado na relação 
processual ele então é considerado parte e não terceiro, se ele quiser opo vai ser 
embargos de devedor e não embargos de terceiro, esse posicionamento é enfraqucido 
por conta do entendimento do STJ e Marinone segue o caminho do STJ. 
Fui citada ou impugnada daí eu posso apresentar embargos de terceiros ou de devedor 
aí seguindo adiante vou pro momento da penhora, eu tabém posso me opor como 
executada, posso falar que o bem é impenhorável, posso alegar impenhorabilidade do 
bem de familia, execesso à execução. Isso lembrando que eu tenho grau de recurso e 
que na execução eu posso usar apelação ou agravo de instrumento tá la no Art. 1015. 
Aí finalmente eu tenho a penhora e vou pra avaliação, nesta eu posso me opor 
também, ai depois da avaliação vamos para o momento da adjudicação, vamos 
adjidicar ou fazer leilão, aí eu também posso me opor (levando em consideração os 
níveis recursais), aí eu ainda posso entrar com exceção de pre executividade, posso 
entrar com ações autônomas e ainda se eu tiver um conjugue eu ainda posso me valer 
dele pra entrar com embargos de terceiro ou então em caso de haver um filho (ele 
também é interessado na ação) e sempre com essa ideia que os embargos de terceiro 
vai prejudicar a ação principal. 
STJ - SÚMULA 84 - E ADMISSIVEL A OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE TERCEIRO 
FUNDADOS EM ALEGAÇÃO DE POSSE ADVINDA DO COMPROMISSO DE COMPRA E 
VENDA DE IMOVEL, AINDA QUE DESPROVIDO DO REGISTRO. 
Qual a legitimidade? Vai ser estabelecida por todo aquele que conseguir comprovar 
interesse na ação e a competencia é estabelecida atraves da distribuição por 
dependencia ao principal. 
OPOSIÇÃO 
Ela sempre foi alvo de reclamação da doutrina, qua a doutrina dizia que a oposição 
tava mal colocada lá na intervenção de terceiros. 
O que é? 
Quem pretender em todo ou em parte a coisa ou o direito à coisa em que nlhe couber 
autor e réu poderá ser conferida a sentença e oferecer oposição contra todos. 
Qual a ideia? Eu tenho dentro da relação processual autor e réu brigando, chega um 
terceiro olha aquela situação e fala: nem voce e nem voce, eu que tenho legitimidade, 
ele cria uma outra relação processual e o autor e réu daquela primeira relação 
processual vão ser os réus, e o terceiro vai ser o autor e vai brigar com as duas partes. 
Se na sentença ele conseguir a legitimidade essa ação se extingue. Mas se a sentença 
for favorável para os réus volta cada um para onde estava antes: Autor, réu e o 
terceiro. 
Na prática é muito dificil você trabalhar com essa ideia de oposição, é muito dificil de 
acontecer. 
HABILITAÇÃO 
A habilitação ocorre quando: por falecimento de uma das partes e os interessados 
tiver que suceder eles no processo. 
Aqui estamos falando de uma forma incidental, eu não vou propor uma nova ação, eu 
tenho uma relação processual que ela já esta estabelecida e aconetceu um fator de 
habilitação de alguem, essa habilitação é em consequencia do falecimento. A pessoa 
morre e é chamado os herdeiros para ocupar o polo ativo ou passivo naquela relação 
pocessual para que a gente tenha o proseguimento do feito, por isso coloquei pra 
vocês: visa reestabelecer a relação processual em vista de um falecimento. 
*** 
AULA 06 – SUZANA 
AÇÕES DE FAMÍLIA 
O CPC atual trabalhou com a colocação de um capítulo só pra ações de família, pra 
que? Pra falar que vai ter que ter mediação e conciliação, nas ações de família elas são 
obrigatórias. Temos um convite para uma composição pacífica de conflitos sendo que 
essas partes são obrigadas à estarem nesse local, aquela ideia de voluntariedade não 
vai existir aqui. 
Art. 694. cpc 
Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual 
da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de 
conhecimento para a mediação e conciliação. 
 
Aqui a gente vê que o artigo 694 vamos ter a aplicabilidade desseartigo de familia em 
vários outros institutos em vários ações, inclusive na comprovação de alienação 
parental e a gente sabe que ela pode ter uma repercussão da questão civil, posso 
trabalhar uma possibilidade de conciliação por exemplo onde não há o menor vinculo 
sentimental entre mãe e filho, porque a questão não vai além da monetária. Então 
aqui vemos que ele coloca que você vai trabalhar a possibilidade da conciliação nas 
ações de familia. 
 
Art 693 CPC 
 
Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos contenciosos de divórcio, 
separação, reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação. 
Parágrafo único. A ação de alimentos e a que versar sobre interesse de criança ou de 
adolescente observarão o procedimento previsto em legislação específica, aplicando-
se, no que couber, as disposições deste Capítulo. 
 
Quando tivemos o instituto da separação neste artigo veio o Flavio Tartuce o Lene e 
falaram o seguinte: o que a gente tem com a incersão da separação desse artigo é o 
verdadeiro retrocesso processual. A Suzana e o Mauro acham o seguinte: eu nunca 
entendi que a emenda consititucional trouxe o direiro brasileiro de nosso extrajudicial 
que essa emenda ela aniquilou e acabou com essa separação, o que eu entendo é o 
seguinte – ela enfraqueceu, porque antes eu sendo casada eu tinha que comprovar 
dois anos de separação de fato pra poder entrar com o divorcio direito ou então eu 
entrava coma separação, eu entrava com a separação concensual ou litigiosa, tinha a 
sentença, um ano depois do transito em julgado dessa sentença eu entrava com o 
divorcio, essa era as duas formas: ou divorcio direto ou separação e depois divorcio, 
quando veio a emenda constitucional dizendo que eu tinha a possibilidade de 
promover o divorcio antes extrajudicialmente, pensou-se o seguinte “pra que que eu 
preciso da separação?” Eu caso hoje, na semana que vem se eu quiser me divorciar eu 
posso, não tem problema nenhum, eu vou ter que ir acompanhada de advogado, a 
emenda enfraqueceu a importancia da separação no divorcio no direito Brasileiro, 
agora dizer que acabou eu não vejo o porque. 
Se eu vier com a ideia de que eu vou separar depois divorciar eu vou ter duas ações e o 
poder judiciário já não está querendo nem um imagine duas. 
 
Outra reflexão: eu já falei pra vocês em outros momentos que o CPC atual ele foi 
criada a redação pela comissão de juristas do senado, que na época Renan Calheiro foi 
lá e convidou todos os juristas processualistas, a câmara foi lá e fez o mesmo pra fazer 
parte da comissão de juristas da câmara, aonde o legislador escreveu separação 
entenda como separação de corpos, porque as outras separações (litigiosa e 
concensual) não existem mais no direito Brasileiro, eles fizeram isso só para vender 
livros sobre o assunto porque poderiam ter escrito “separação de corpos”. 
 
Art 964 
Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do 
processo enquanto os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a 
atendimento multidisciplinar. 
 
 
Então ele fala da possibilidade de suspender a ação pra promover a mediação 
extrajudicial, ela é um campo também muito interessante pra gente trabalhar 
profissionalmente. Primeiro alguns aspectos: a gente tem uma resistenia muito grande 
do profissional de direito trabalhar com mediação, porque a nossa formação 
academica de sala de aula ela é uma formação que já induz e estabelece a 
beligerância, a gente tem a ideia de você ter os polos estabelecido um contra a outro e 
que eles vão brigar, por outro lado temos que observar que a nossa sociedade até por 
questões antropológicas temos a vontade de brigar, completamente diferente do que 
tem no oriente médio ( como brigar com um chines). 
 
Teoria do chá chinês: se você Brasileiro bebe o chá muito rápido e quente você queima 
a lingua, e porque chá Chinês? Porque o Chinês sabe o momento certo dele beber, 
então ele sabe que se ele beber muito rápido ele vai se machucar, ele sabe o 
momento. Esse é a diferença do latino pro pessoal do oriente médio. 
 
Art 696 
 
A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões quantas 
sejam necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de providências 
jurisdicionais para evitar o perecimento do direito. 
 
Aonde vamos enfiar as metas do CNJ nas ações de família que eu posso ter suspensão 
pra fazer mediação extrajudicial, eu posso ter tantas audiencias quantas forem 
necessárias, esse juiz de vara de familia não cumpre meta não? Voce tem um número 
de processos ativos chegando, ai você vai mediando e não sai nada, se for nessa 
pegada o juiz de vara de familia vai ser muito mal avaliado pelo CNJ, sendo que ele não 
contribuiu pra nada dessa ideia de procrastinação processual pra se buscar uma 
composição amigável, então a meu ver ou o CNJ vai ter que parar e se tocar que 
estamos trabalhando com uma injustiça a cerca do juiz e ele vai ter um tratamento 
diferenciado em relação á essas metas ou então tudo isso que a gente ta falando que o 
processo vai ser suspenso e quantas audiencias forem necessárias, isso tudo esta 
sendo falso, porque o processo vai ter que sair da vara. 
 
O terceiro que neste caso vai ser o conciliador vai ser usado como um facilitador da 
comunicação. Um conciliador e o mediador não precisa ter conhecimento jurídico, se 
eles tiverem conhecimento em psicologia vai ser bem melhor. Na verdade eu tenho 
que saber fazer com que a pessoa acredite e confie em mim a ponto de que eu faça 
essa condução, aí a mediação extrajudicial abre um campo maravilhoso pra gente 
trabalhar. O extrajudicial vem mais rápido o dinheiro, não utiliza o número da OAB do 
advogado, vem menos dinheiro, mas vem mais rápido o que se torna mais vantajoso. 
 
Art. 698. 
Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando houver interesse 
de incapaz e deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo. 
 
Antes o MP era obrigado a trabalhar em todas as ações que tramitavam em varas de 
família, o que era um sacrilégio, porque um divorcio de pessoas que não tem filhos , só 
patrimônio ou até mesmo sem, vinha o MP e atuava no processo como curador ao 
vínculo matrimonial, então ele fazia essa pegada de tentar fazer a composição daquele 
casal, ele ficava “Vocês querem realmente se separar, o que Deus une homem não 
separa, vocês formam um casal tão bonito...” Enfim, eles ficavam nessa forçassão de 
barra e perdiam tempo, o próprio MP se posicionou e disse que não podia ficar como 
curador de vinculo à pessoa que não querem manter essa relação, e agora eles só 
atuam onde a gente tem realmente incapaz. 
 
A citação é ato personalíssimo, ela só acontece na pessoa do réu, não tem como, no 
artigo que fala da procuração, ele diz que o advogada pode receber citação e 
intimação salvo disposição expressa em contrário na procuração. Aqui nem isso, eu 
não posso receber intimação nem citação pelo réu em hipótese nenhuma. 
 
Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes 
à tutela provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de 
mediação e conciliação, observado o disposto no art. 694. 
§ 3o A citação será feita na pessoa do réu. 
 
Cuidado com citação viu? Ela é violação de matéria de ordem publica. 
 
Art. 699. 
Quando o processo envolver discussão sobre fato relacionado a abuso ou a alienação 
parental, o juiz, ao tomar o depoimento do incapaz, deverá estar acompanhado por 
especialista. 
 
Na maioria das vezes o que a gente tem é o laudo do psico social pra poder dar 
subsídios pro juiz se manifestar, dificilmente ele ta acompanhado de alguém, só em 
casos que a gente tem que tomar um pouco mais de cuidado mas é muito dificil. 
 
A primeira coisa que a gente tem que trabalhar é a imparcialidade, temos

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