Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fichamento – Avaliação Psicológica I CAPÍTULO 1 Avaliação Psicológica – Variados métodos e técnicas → Objetiva descrever e classificar comportamento. - Deve estar baseada em métodos científicos de observação; Procedimentos relacionados ao teste de hipótese; 3 etapas: - Identificação das necessidades, comportamentos e processos psicológicos; - Integração das descrições e dos escores; - Inferência e a intervenção; Avaliação Não – profissional - Habilidade necessária para própria sobrevivência; - Habilidade do ser humano de poder interpretar o comportamento e, assim, realizar adaptações necessárias em seu próprio comportamento para inserir na comunidade e poder sobreviver; - Organizador de expectativas de como nós mesmos e os outros devemos nos comportar em diferentes situações, o que torna a vida em sociedade possível, e assim, nos comportamos de uma forma eficiente e também evitar punição. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Testes Psicológicos – Conjunto de tarefas que o sujeito executa em uma situação sistematizada. Permite que que os comportamentos sejam descritos de forma objetiva, geralmente, por meio de números. TIPOS DE TESTES – Classificado em termos de: - Objetividade e padronização - Psicométricos: Baseados na teoria da medida; Uso de números para descrever os fenômenos psicológicos → Medem. - Impressionistas: Fundamentados na descrição linguística → Caracterizam o indivíduo - Do construto que medem - Construto: Avaliação da aptidão geral, aptidões específicas e a psicomotricidade; - Testes de preferência: Caracterizar a personalidade, atitudes, valores e interesses; - Forma de resposta (Verbal, escrito, motor e computadorizado); Uso dos Testes: Classificação, promoção do desenvolvimento, intervenção, avaliação de programas e a pesquisa científica. Aplicação dos testes Psicológicos: - Devem ser aplicados por psicólogos → Cuidados quanto os procedimentos de padronização descrito nos manuais de testes; - Ambiente físico confortável e isento de variáveis externas; - O testando deve estar em condições normais de saúde; - O rapport precisa ser estabelecido; CAP. 5 – Laudo Psicológico: A expressão da competência Profissional - Em todas as situações em que atua, o psicólogo se utiliza do laudo como uma conclusão sobre uma avaliação realizada, a partir da qual importantes consequências podem estar contribuindo para o planejamento de uma intervenção de qualidade ou, ao contrário, sem resultados efetivos, apenas constatando o que parecia ser óbvio; - O laudo é considerado uma expressão de competência profissional; O que é um laudo psicológico? - Resultado de um procedimento de avaliação; - A precisão, a clareza e a objetividade em situação de avaliação profissional são importantes e necessárias, pois tornam o laudo psicológico um documento comprobatório de significativas alterações na vida de indivíduos e grupos e justificam a intervenção realizada. - Em uma avaliação profissional, no entanto, há que se estabelecer a priori o procedimento de coleta de informações, seus instrumentos e formas de medida para que se possa chegar à conclusão do processo. O Laudo, portanto, como conclusão de um procedimento específico, e situado em um contexto histórico e social, deve ser apresentado em forma de escrita, para impedir sua modificação. - Atualmente, o termo avaliação Psicológica tem sido utilizado no lugar de Psicodiagnóstico, por ser mais abrangente e envolver o processo em diferentes campos de atuação. Psicodiagnóstico, tal como era designada tradicionalmente esta área, está mais relacionada à avaliações em contextos clínicos. BRASIL: - Noronha (199, tese de doutorando): “Quem fazia avaliação em sua prática indicou instrumentos de personalidade como os mais utilizados, depois uma medida de avaliação intelectual que nem sequer está normatizada para a realidade brasileira”. - Problemas graves como a falta de instrumentos nacionais e pesquisas para a aferição dos processos de avaliação e instrumentos para a realidade brasileira. - “Aprender técnicas do exame psicológico de forma isolada e pontual não assegura a competência profissional para elaborar uma conclusão sobre os processos de avaliação, ou seja, um laudo eficaz. Para que serve um laudo Psicológico? - A importância da avaliação Psicológica e de sua conclusão está, de fato, relacionada à importância da profissão, na medida em que ambos os processos contribuem para a tomada de decisões sobre um indivíduo, para a resolução de um problema apresentado por um agente educador, pai ou outro adulto que interage com uma criança ou adolescente. O laudo serve ainda para identificar características de indivíduos ou de grupos, de forma a compreender seu processo de desenvolvimento ou para o planejamento de intervenções. - A finalidade de um laudo está diretamente relacionada à qualidade da intervenção que ele sugere, assim que este processo de decidir sobre o que está avaliando e avaliar o efeito desta decisão sobre o desenvolvimento do sujeito passa a ser a dinâmica mais importante no processo de avaliação psicológica. - Mash e Terdal (1998) → Quatro finalidades para avaliação psicológica que produzem diferentes tipos de Laudos: Diagnóstico – Avalia-se para identificar causas de queixas apresentadas; Prognóstico – Finalidade do laudo está relacionada a severidade do problema diagnosticado e não à qualidade da intervenção proposta. Assim, quanto mais grave o problema, pior o prognóstico, ao passo que, quanto menos grave, as perspectivas de melhora podem ser mais evidentes. Delineamento de intervenção - Procedimentos por meio de desenvolvimento de hipóteses. Avaliação da eficácia da intervenção proposta - Avaliação propriamente dita das hipóteses estabelecidas no início da avaliação. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Como tem sido realizados os laudos psicológicos? Falta de formação adequada → Profissionais tem reproduzido nestes os resultados de alguns testes, sem levar em conta informações tomadas do indivíduo em seus contextos de desenvolvimento. - utilização de instrumentos de medidas não apropriados para o contexto e a situação de avaliação; - Aplicação de um conjunto de provas e medidas de diferentes dimensões e com pressupostos teóricos incompatíveis, o que torna difícil uma síntese do que foi efetivamente investigado. Apresentação de forma padronizada, contribuindo em nada para a tomada de decisão sobre os indivíduos e o planejamento de intervenções adequadas. Orientações, diretrizes e precauções para o uso de testes e elaboração de Laudos psicológicos - Dificuldades de construir medidas em diferentes culturas e contextos ao mesmo tempo a inadequação da utilização apenas traduzida de instrumentos de medida construídos e desenvolvidos em outros países. - A principal iniciativa a ser tomada pelos psicólogos brasileiros deveria estar relacionada à alteração na forma como os profissionais vêm sendo formados e a investimentos prioritários na pesquisa com instrumentos psicológicos. Com a grande pressão profissional por instrumentos de medida e uma perspectiva de bons resultados na vendagem de testes, editoras acabam por publicar várias medidas sem qualidades psicométricas, que, portanto, não poderiam ser utilizadas para a avaliação psicológica. Este tem sido um grande desafio para aqueles que estão realmente preocupados com esta questão. International Test Commission em Graz (Austrália, 1999) → Padrões éticos e profissionais para o exercício da av. psicológica. Os direitos que possuem os sujeitos envolvidos no processo de avaliação psicológica, a escolha e a avaliação de instrumentos alternativos em caso de problemas na determinação de provas para o processo diagnóstico, administração das provas e avaliação dos resultados, e finalmente o laudo escrito e a devolutiva. COMO ELABORAR UM LAUDO PSICOLÓGICO- O laudo é uma peça escrita na qual peritos expõem observações e conclusões a que chegaram num processo de psicodiagnóstico ou de avaliação psicológica. Psicodiagnóstico Processo científico; utiliza métodos e técnicas psicológicas; Pode ser individual ou não; Entende por um viés teórico os problemas, identificando e avaliando aspectos específicos, classificando o caso e prevendo seu curso possível, para comunicar resultado. Elementos: Contrato de trabalho; Duração; instrumentos; história clínica; Objetivos; Hipóteses; Prognóstico; Comunicação dos reultados. Objetivos: Classificação simples; Descrição; prevenção; avaliação; entendimento dinâmico; Classificação Nosológica; Forense; Prognóstico. Etapas: Identificar; Integrar; Inferir; Intervir. (Página 79, 80 PDF). CAP 6 – PRINCÍPIOS ÉTICOS E DEONTOLÓGICOS NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA - Ética e deontologia Ética: Valores morais, costumes, normas e ideais de condutas. Deontologia: Deon = dever, logia = saber. Relacionado, portanto, os deveres e os princípios morais que devem ser observados no exercício de uma profissão. - Nosso avanço científico não correspondeu a uma melhoria do sistema ético e moral na nossa profissão. - A grande contribuição oferecida pelos códigos de ética das associações profissionais foi regulamentar a prática psicológica, discutida em seu âmbito geral, para os psicólogos de cada país. Entretanto, poucos são os países que se dedicaram a desenvolver procedimentos éticos e deontológicos para situações específicas, como av. psicológica A ética na avaliação Psicológica - American Psychological Association (APA) → Seis padrões básicos ou norteadores a serem respeitados na formação e atuação dos psicólogos: Competência, manter os mais altos padrões de excelência no seu trabalho; Integridade, O comportamento e atitudes éticas tanto no seu aspecto científico quanto nas relações entre o ensino e a prática na psicologia (comportamentos honestos por parte dos psicólogos) ; responsabilidade científica e profissional, Deve reconhecer a importância do seu comportamento e atuação, procurando sempre atender, com técnicas específicas, necessidades de diferentes tipos de clientelas; Respeito pela integridade e direito das pessoas, Direito de privacidade, confidenciabilidade, autodeterminação e autonomia dos indivíduos atendidos; Preocupação com o bem-estar alheio, Devem estar sensíveis à relação de poder no atendimento ao outro, evitando qualquer atitude que envolva engano ou exploração da pessoa envolvida; Responsabilidade social, uma responsabilidade científica do profissional diante da comunidade e da sociedade na qual está inserido. GUIA RELACIONADA AS CONDUTAS ÉTICAS A SEREM SEGUIDAS NAS ETAPAS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA Etapa 1 – Seleção de testes e escalas para avaliação psicológica Ao selecionar um teste, o psicólogo deverá: - Definir os atributos e características a serem avaliados; - Avaliar características psicométricas dos instrumentos → Sensibilidade, validade, precisão e existência de normas específicas e atualizadas para a população brasileira. - Considerar idade, sexo, nível de escolaridade, nível socioeconômico, origem, condições físicas gerais, etc. - Verificar: manuais dos testes → informações necessárias para aplicação. - Solicitar ajuda de outro psicólogo, caso não tenha alguma das informações acima. Etapa 2 – Administração de testes e escalas psicológicas No processo de administração de testes ou escalas: - Informações (ao indivíduo) → A natureza do teste, objetivo da avaliação e dos instrumentos; - Ambiente → Possuir condições físicas adequadas. - Organização dos materiais; - Motivar os indivíduos para a realização do teste; - Desenvolver um relacionamento de confiança; - Atentar para os comportamentos dos indivíduos na situação de avaliação; - Seguir rigorosamente as instruções, exemplos e outras orientações do manual; - Evitar, ausentar da sala onde está sendo realizada a avaliação; - Responsabilizar-se pela qualidade da aplicação dos testes e escalas psicológicas → resultado fidedigno. - Reproduzir material de teste em fotocópias ou em outras formas que não sejam as originais dos testes; (PDF 87) Etapa 3 – Correção e interpretação dos resultados psicológicos - Corrigir os instrumentos utilizados, seguindo os critérios e as tabelas para cada finalidade; - Integração → Quantitativa e qualitativa (dados com observações realizadas durante as entrevistas). - Interpretar os dados de forma dinâmica → Indivíduos com um olhar sob um dado conjunto de circunstâncias; (PDF 87) Etapa 4 – Elaboração de laudos psicológicos e entrevistas de devolução - Evitar ser influenciado nas conclusões → Por seus valores religiosos, preconceitos, distinções sociais ou características físicas do indivíduo avaliado; - Elaborar relatório → Maneira clara, abrangendo o indivíduo em todo os seus aspectos; - Utilizar-se de maneira clara aos destinatários; - Respeitar o direito de cada indivíduo conhecer os resultados da avaliação psicológica; (PDF 88)
Compartilhar