Buscar

Títulos de Crédito

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Rodrigo Andrade 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
Direito Empresarial 
V
o
lu
m
e 
2 Títulos de Crédito 
Versão 1.3 | 2017.2 www.rodrigoandrade.pro.br 
 
Rodrigo Andrade 
www.rodrigoandrade.pro.br 
www.direitolevadoaserio.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
Direito Empresarial 
 
Volume 2 
Títulos de Crédito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Versão 1.3 • 2017.2 
Atualizado em 22/11/2017
APRESENTAÇÃO 
Este material foi desenvolvido pelo Prof. Rodrigo Andrade, para ser utilizado duran-
te as aulas presenciais de Direito Empresarial II. 
Como o próprio nome o indica, trata-se de um roteiro de estudos: sua finalidade é di-
namizar as aulas, deixando já à sua mão os slides utilizados pelo professor e os dispositivos 
normativos correlatos, de modo a que você possa se concentrar em fazer suas anotações e 
esclarecer eventuais dúvidas, ao invés de se preocupar em copiar o que está na lousa. 
Ao longo das aulas, o professor projetará diversos slides. Cada infográfico neste ro-
teiro corresponde a um slide projetado durante os encontros presenciais. 
Abaixo de cada infográfico, você encontrará a transcrição dos dispositivos constitu-
cionais, legais e jurisprudenciais relacionados ao assunto ali tratado. Eventualmente, po-
dem constar excertos doutrinários ou outras informações complementares. 
Em meio aos assuntos, haverá exercícios que deverão ser realizados em sala, durante 
as aulas. No momento adequado, o professor o instruirá a respeito deles. Esses exercícios 
têm como objetivo auxiliá-lo ou auxiliá-la na adequada compreensão da matéria, bem co-
mo facilitar o processo de aprendizagem, sempre que possível, através de atividades de 
natureza lúdica. 
Ao final de cada bloco de assuntos, você encontrará exercícios de fixação, que deve-
rão ser respondidos em casa, e levados para as aulas de revisão em sala, onde serão corri-
gidos. 
Sempre que possível, haverá também, ao final de cada unidade, questões de concur-
sos públicos, para que você possa desenvolver a habilidade de responder a questões de 
múltipla escolha e já possa ir se preparando para provas, como o Exame de Ordem e con-
cursos das mais variadas carreiras. 
Para que tenha melhor proveito deste material, sugere-se que você o imprima, enca-
derne e leve para todas as aulas. Assim, poderá facilmente acompanhar o desenvolvimen-
to dos assuntos ao longo do período letivo, o que facilitará sobremaneira seus estudos. 
É óbvio que este material não substitui o estudo dos livros da melhor doutrina, que 
será oportunamente indicada ao longo do texto, nem dispensa sua presença nas aulas pre-
senciais: é indispensável que você estude com afinco as lições dos grandes mestres, e leve 
suas inquietações para os encontros presenciais, a fim de que você, seus colegas e seu pro-
fessor possam, juntos, construir o conhecimento. 
Com isso, o Prof. Rodrigo Andrade espera que você possa aproveitar ao máximo o 
convívio e as atividades propostas neste Roteiro de Estudos. 
 
Salvador, 16 de agosto de 2017. 
 
RODRIGO ANDRADE 
 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................ 2 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4 
O que é são Títulos de Crédito ............................................................................................. 4 
Metodologia .......................................................................................................................... 4 
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS .................................................................................................. 5 
1.1 A origem dos títulos de crédito.................................................................................... 5 
1.2 Histórico da legislação cambiária no Brasil ................................................................. 5 
1.3 Conceito de Título de Crédito ....................................................................................... 6 
CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ........................................................................... 7 
2.1 Classificação quanto à forma de circulação ................................................................ 7 
2.2 Classificação quanto ao modelo................................................................................... 8 
2.3 Classificação quanto à estrutura .................................................................................. 9 
TÍTULOS DE CRÉDITO EM ESPÉCIE ........................................................................................ 10 
3.1 Letra de Câmbio ........................................................................................................... 11 
3.2 Nota Promissória ......................................................................................................... 19 
3.3 Cheque ..........................................................................................................................21 
3.4 Duplicata ...................................................................................................................... 26 
 
 
INTRODUÇÃO 
O que é são Títulos de Crédito 
Os títulos de crédito representam um dos principais instrumentos para a ágil 
circulação da riqueza, no âmbito das relações empresariais. Não é por outra razão 
que o ordenamento jurídico brasileiro possui ampla disciplina sobre o direito cam-
biário, cujas normas se encontram tanto no Código Civil, quanto em farta legislação 
extravagante. 
Trata-se de área que vem passando por profundas transformações, principal-
mente tendo em vista o vertiginoso crescimento das modalidades eletrônicas de 
circulação do crédito. 
Tal fato demonstra a necessidade de um estudo sério sobre a matéria, o que se 
pretende levar a cabo ao longo do período letivo. 
Metodologia 
Além do clássico método expositivo, o presente estudo dos Títulos de Crédito 
será abordado por meio dos mais diferenciados métodos, sempre com o intuito de 
proporcionar, para o estudante, a melhor e mais eficiente experiência de aprendi-
zagem. Assim, por exemplo, este Roteiro de Estudos é composto por inúmeros 
exercícios, que contemplam desde questões de concursos públicos a atividades lú-
dicas, como caça-palavras, palavras cruzadas, exercícios de associação e questões 
discursivas, a serem resolvidas durante os encontros em sala de aula, individual ou 
coletivamente. 
A abordagem do conteúdo programático do componente curricular Títulos de 
Crédito contemplará, ainda, o emprego de metodologias ativas, aqui entendidas 
como o processo de ensino e aprendizagem cuja principal característica é a inserção 
do estudante como principal agente responsável por sua própria aprendizagem, 
comprometendo-se ativamente com o desenvolvimento das competências cogniti-
vas, técnicas e comportamentais indispensáveis à sua formação. 
Dentre as inúmeras ferramentas disponíveis, serão especificamente emprega-
dos o método do Estudo de Caso, a Aprendizagem Baseada em Problemas ou PBL 
(acrônimo para Problem-Based Learning) e a Metodologia para Projetos. 
Conceitos Introdutórios 
 
 
5 
Anotações 
Unidade 1 
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS 
1.1 A origem dos títulos de crédito 
INFOGRÁFICO I: CRÉDITO
 
INFOGRÁFICO II: SURGIMENTO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO 
 
1.2 Histórico da legislação cambiária no Brasil 
INFOGRÁFICO III: LEGISLAÇÃO CAMBIÁRIA NO BRASIL 
 
Crédito
Conceito
Direito a uma 
prestação futura
Elementos
Confiança
Boa-fé Tempo (prazo)
Finalidade
Viabilizar a circulação 
mais rápida da riqueza
Economia 
Natural
Moeda
Moeda 
Fiduciária
Títulos de 
Crédito
• Regulamentação dos títulos de crédito no Brasil
Decreto 2.044/1908• Regulamento Uniforme relativo à Letra de Câmbio e à Nota 
Promissória (1912)
Conferências de Haia (1912 / 1913)
• Lei Uniforme das Cambiais (1930) e Lei Uniforme do Cheque 
(1931) - Adesão do Brasil em 1942
• Aprovação pelo Congresso Nacional: Decreto Legislativo 
54/1964
• Promulgação: Decreto 57.595/1966 (Lei Uniforme de 
Cheques) e Decreto 57.663/1966 (Lei Uniforme das 
Cambiais)
Convenção de Genebra
• Arts. 887 a 926
• Art. 903 (natureza supletiva)
Código Civil
Conceitos Introdutórios 
 
 
6 
Anotações 
Código Civil 
Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo 
disposto neste Código. 
1.3 Conceito de Título de Crédito 
INFOGRÁFICO IV: PRINCÍPIOS INFORMADORES DO REGIME JURÍDICO CAMBIÁRIO 
 
Código Civil 
Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e au-
tônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. 
Art. 916. As exceções, fundadas em relação do devedor com os portadores precedentes, 
somente poderão ser por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o título, tiver agido 
de má-fé. 
Lei Uniforme das Cambiais (Decreto nº 57.663/1966) 
Art. 17. As pessoas acionadas em virtude de uma letra não podem opor ao portador ex-
ceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores 
anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente 
em detrimento do devedor. 
 
 
Títulos de Crédito
Cartularidade
O exercício de 
qualquer direito
representado no 
título pressupõe
a sua posse 
legítima
A posse do título
pelo devedor faz
presumir o 
pagamento
O direito
mencionado na
cártula não existe
sem ela
O direito não
pode ser
transmitido sem
a tradição da 
cártula
O direito não po-
de ser exigido
sem a apresenta-
ção da cártula
Literalidade
O título vale pelo
que nele está
escrito
O credor pode
exigir tudo o que 
está expresso na
cártula
O devedor tem o 
direito de só pa-
gar o que está
expresso no 
título
Quitação parcial, 
aval, endosso
etc., só valem se 
feitos no próprio
título
Autonomia
O portador pode exercer o direito sem
depender das relações que o 
antecederam (imunidade aos vícios e 
defeitos anteriores)
O título configura documento
constitutivo de direito novo, 
autônomo, originário e desvinculado
da relação que lhe deu origem
Subprincípios
Abstração
Inoponibilidade das exceções
pessoais ao terceiro de boa-fé
Legalidade/ 
Tipicidade
Classificação dos Títulos de Crédito 
 
 
7 
Anotações 
Unidade 2 
CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO 
2.1 Classificação quanto à forma de circulação 
INFOGRÁFICO V: FORMA DE TRANSFERÊNCIA OU CIRCULAÇÃO 
 
Código Civil 
Art. 904. A transferência de título ao portador se faz por simples tradição. 
Art. 905. O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, medi-
ante a sua simples apresentação ao devedor. Parágrafo único. A prestação é devida ainda 
que o título tenha entrado em circulação contra a vontade do emitente. 
Art. 906. O devedor só poderá opor ao portador exceção fundada em direito pessoal, ou 
em nulidade de sua obrigação. 
Art. 907. É nulo o título ao portador emitido sem autorização de lei especial. 
Art. 908. O possuidor de título dilacerado, porém identificável, tem direito a obter do 
emitente a substituição do anterior, mediante a restituição do primeiro e o pagamento 
das despesas. 
Art. 909. O proprietário, que perder ou extraviar título, ou for injustamente desapossa-
do dele, poderá obter novo título em juízo, bem como impedir sejam pagos a outrem ca-
pital e rendimentos. Parágrafo único. O pagamento, feito antes de ter ciência da ação re-
ferida neste artigo, exonera o devedor, salvo se se provar que ele tinha conhecimento do 
fato. 
Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio 
título. §1º. Pode o endossante designar o endossatário, e para validade do endosso, dado 
no verso do título, é suficiente a simples assinatura do endossante. §2º. A transferência 
por endosso completa-se com a tradição do título. §3º. Considera-se não escrito o endos-
so cancelado, total ou parcialmente. 
Art. 921. É título nominativo o emitido em favor de pessoa cujo nome conste no registro 
do emitente. 
Art. 922. Transfere-se o título nominativo mediante termo, em registro do emitente, as-
sinado pelo proprietário e pelo adquirente. 
Art. 923. O título nominativo também pode ser transferido por endosso que contenha o 
nome do endossatário. §1º. A transferência mediante endosso só tem eficácia perante o 
emitente, uma vez feita a competente averbação em seu registro, podendo o emitente 
exigir do endossatário que comprove a autenticidade da assinatura do endossante. §2º. O 
endossatário, legitimado por série regular e ininterrupta de endossos, tem o direito de 
obter a averbação no registro do emitente, comprovada a autenticidade das assinaturas 
de todos os endossantes. §3º. Caso o título original contenha o nome do primitivo pro-
Forma de transferência ou circulação
Ao portador Nominal
À ordem Não à ordem
Nominativo
Classificação dos Títulos de Crédito 
 
 
8 
Anotações 
prietário, tem direito o adquirente a obter do emitente novo título, em seu nome, deven-
do a emissão do novo título constar no registro do emitente. 
Art. 924. Ressalvada proibição legal, pode o título nominativo ser transformado em à 
ordem ou ao portador, a pedido do proprietário e à sua custa. 
Art. 925. Fica desonerado de responsabilidade o emitente que de boa-fé fizer a transfe-
rência pelos modos indicados nos artigos antecedentes. 
Art. 926. Qualquer negócio ou medida judicial, que tenha por objeto o título, só produz 
efeito perante o emitente ou terceiros, uma vez feita a competente averbação no registro 
do emitente. 
Lei Uniforme das Cambiais (Decreto nº 57.663/1966) 
Art. 11. Toda a letra de câmbio, mesmo que não envolva expressamente a cláusula à 
ordem, é transmissível por via de endosso. Quando o sacador tiver inserido na letra as 
palavras “não à ordem”, ou uma expressão equivalente, a letra só é transmissível pela 
forma e com os efeitos de uma cessão ordinária de créditos. O endosso pode ser feito 
mesmo a favor do sacado, aceitando ou não, do sacador, ou de qualquer outro coobriga-
do. Estas pessoas podem endossar novamente a letra. 
Lei nº 8.088/1990 
Art. 19. Todos os títulos, valores mobiliários e cambiais serão emitidos sempre sob a 
forma nominativa, sendo transmissíveis somente por endosso em preto. §1°. Revestir-se-
ão de forma nominativa os títulos, valores mobiliários e cambiais em circulação antes da 
vigência desta lei, quando, por qualquer motivo, reemitidos, repactuados, desdobrados 
ou agrupados. §2°. A emissão em desobediência à forma nominativa prevista neste artigo 
torna inexigível qualquer débito representado pelo título, valor mobiliário ou cambial 
irregular. §3°. A Comissão de Valores Mobiliários regulamentará o disposto neste artigo 
em relação aos valores mobiliários. 
Lei nº 9.069/1995 
Art. 69. A partir de 1º de julho de 1994, fica vedada a emissão, pagamento e compensa-
ção de cheque de valor superior a R$ 100,00 (cem REAIS), sem identificação do beneficiá-
rio. Parágrafo único. O Conselho Monetário Nacional regulamentará o disposto neste 
artigo. 
2.2 Classificação quanto ao modelo 
INFOGRÁFICO VI: MODELO 
 
Modelo
Títulos de Modelo Livre
Sua emissão não se sujeita a uma 
forma específica preestabelecida
Letra de Câmbio, Nota 
Promissória
Títulos de Modelo Vinculado
Submete-se a rígida 
padronização fixada pela lei
Cheque, Duplicata
Classificação dos Títulos de Crédito 
 
 
9 
Anotações 
Lei nº 5.494/1968 (dispõe sobre asDuplicatas, e dá outras providências) 
Art. 27. O Conselho Monetário Nacional, por proposta do Ministério da Indústria e do 
Comércio, baixará, dentro de 120 (cento e vinte) dias da data da publicação desta lei, 
normas para padronização formal dos títulos e documentos nela referidos fixando prazo 
para sua adoção obrigatória. 
2.3 Classificação quanto à estrutura 
INFOGRÁFICO VII: ESTRUTURA 
 
 
 
 
 
 
Estrutura
Ordem de Pagamento
Sacador Sacado Tomador
Promessa de Pagamento
Sacador/ 
Promitente
Tomador
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
10 
Anotações 
Unidade 3 
TÍTULOS DE CRÉDITO EM ESPÉCIE 
No direito brasileiro, estão regulamentados os seguintes títulos de 
crédito: 
 Título de Crédito Regulamento 
1 Letra de Câmbio Decreto 2.044/1908, De-
creto 57.663/1966 2 Nota Promissória 
3 Cheque Lei 7.357/1985 
4 Duplicata Comercial Lei 4.474/1968, Decreto 
436/1969 5 Duplicata de Serviço 
6 Conhecimento de Depósito 
Decreto 1.102/1903 
7 Warrant 
8 Conhecimento de Transporte Decreto 19.473/1930 
9 Letra Hipotecária Lei 7.684/1988 
10 Cédula Rural Pignoratícia 
Decreto-Lei 167/1967 
11 Cédula Rural Hipotecária 
12 Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária 
13 Nota de Crédito Rural 
14 Nota de Promissória Rural 
15 Duplicata Rural 
16 Letra Imobiliária Lei 4.380/1964 
17 Certificado de Depósito Bancário Lei 4.728/1965 
18 Cédula de Crédito Industrial 
Decreto-Lei 413/1969 
19 Nota de Crédito Industrial 
20 Ações de Sociedade por Ações 
Lei 6.404/1976 
21 Certificado de Depósito por Ações 
22 Partes Beneficiárias 
23 
Certificado de Depósito de Partes Bene-
ficiárias 
24 Debêntures 
25 Certificado de Depósito de Debênture 
26 Cédula de Debênture 
27 Bônus de Subscrição de Ações 
28 
Certificado de Bônus de Subscrição de 
Ações 
29 Bilhete de Mercadoria Lei 165-A/1980 
30 Cédula Hipotecária 
Decreto-Lei 70/1966, Re-
solução BACEN 228/1972 
31 Certificado de Depósitos em Garantia Lei 4.728/1965 (art. 31) 
32 Certificado de Investimento 
Resolução BACEN 
145/1970 
33 Cédula de Crédito à Exportação Lei 6.313/1975, Circular 
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
11 
Anotações 
34 Nota de Crédito à Exportação BCB 7.586/1977 
35 Cédula de Crédito Comercial 
36 Nota de Crédito Comercial 
37 Cédula de Produto Rural Lei 8.929/1994 
38 Certificados de Energia Elétrica Instrução CVM 267/1997 
39 Certificados de Recebíveis Imobiliários Lei 9.514/1997 
40 
Conhecimento de Transporte Multimo-
dal de Cargas 
Lei 9.611/1998 
41 Cédula de Crédito Bancário 
Lei 10.931/2004 
42 
Certificado de Cédula de Crédito Bancá-
rio 
43 Letra de Crédito Imobiliário 
44 Cédula de Crédito Imobiliário 
45 
Certificado de Depósito Agropecuário e 
warrant Agropecuário 
Lei 11.076/2004 
46 
Certificado de Direitos Creditórios do 
Agronegócio 
47 Letra de Crédito do Agronegócio 
48 
Certificado de Recebíveis do Agronegó-
cio 
49 Nota Comercial do Agronegócio 
Instrução Normativa 
CVM 422/2005 
50 Bilhete de Loteria Decreto-Lei 204/1967 
51 Cédula de Crédito Microempresarial 
Lei Complementar 
123/2006 (art. 46) 
52 Letra de Arrendamento Mercantil Lei 11.882/2008 
53 Letra Financeira 
Lei 12.249/2010 
54 Certificado de Operações Estruturadas 
3.1 Letra de Câmbio 
INFOGRÁFICO VIII: LETRA DE CÂMBIO 
 
 
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
12 
Anotações 
INFOGRÁFICO IX: ELEMENTOS DA LETRA DE CÂMBIO 
 
INFOGRÁFICO X: REQUISITOS ESSENCIAIS DA LETRA DE CÂMBIO 
 
Lei Uniforme das Cambiais (Decreto nº 57.663/1966) 
Art. 1º. A letra contém: 1. A palavra “letra” inserta no próprio texto do título e expressa 
na língua empregada para a redação desse título; 2. O mandato puro e simples de pagar 
uma quantia determinada; 3. O nome daquele que deve pagar (sacado); 4. A época do 
pagamento; 5. A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; 6. O nome da 
pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga; 7. A indicação da data em que, e do 
lugar onde a letra é passada; 8. A assinatura de quem passa a letra (sacador). 
Art. 2º. O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não 
produzirá efeito como letra, salvo nos casos determinados nas alíneas seguintes: A letra 
em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista. Na falta de in-
dicação especial, o lugar designado ao lado do nome do sacado considera-se como sendo 
o lugar do pagamento, e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do sacado. A letra sem 
indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado, 
ao lado do nome do sacador. 
Código Civil Brasileiro 
Art. 891. O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de 
conformidade com os ajustes realizados. Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes 
previstos neste artigo pelos que deles participaram, não constitui motivo de oposição ao 
terceiro portador, salvo se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé. 
Letra de Câmbio
Conceito
Título de crédito 
por qual o sacador 
dá uma ordem ao 
sacado, para que 
efetue pagamento 
em prol do 
tomador
Sujeitos
Sacador (Emitente)
Sacado
Tomador (credor beneficiário)
Requisitos Essenciais (arts. 1º e 2º)
Expressão “Letra de Câmbio” Ordem incondicional de pagamento 
de quantia determinada
Nome do Sacado Nome do Tomador
Assinatura do Sacador Data do Saque
Lugar do pagamento Lugar do saque
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
13 
Anotações 
Súmula da Jurisprudência Dominante do STF 
Enunciado 387. A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser 
completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto. 
INFOGRÁFICO XI: ACEITE 
 
Decreto nº 2.044/1908 
Art. 11. Para a validade do aceite é suficiente a simples assinatura do próprio punho do 
sacado ou do mandatário especial, no anverso da letra. Vale, com aceite pura, a declara-
ção que não traduzir inequivocamente a recusa, limitação ou modificação. Parágrafo úni-
co. Para os efeitos cambiais, a limitação ou modificação do aceite equivale à recusa, fican-
do, porém, o aceitante cambialmente vinculado, nos termos da limitação ou modificação. 
Lei Uniforme das Cambiais (Decreto nº 57.663/1966) 
Art. 21. A letra pode ser apresentada, até o vencimento, ao aceite do sacado, no seu 
domicílio, pelo portador ou até por um simples detentor. 
Art. 22. O sacador pode, em qualquer letra, estipular que ela será apresentada ao aceite, 
com ou sem fixação de prazo. Pode proibir na própria letra a sua apresentação ao aceite, 
salvo se se tratar de uma letra pagável em domicilio de terceiro, ou de uma letra pagável 
em localidade diferente da do domicílio do sacado, ou de uma letra sacada a certo termo 
de vista. O sacador pode também estipular que a apresentação ao aceite não poderá efe-
Aceite
Conceito
Ato pelo qual o sacado assume 
a obrigação cambial e se torna o 
principal devedor da letra
Forma
Assinatura do sacado no 
título, com a expressão 
“aceito” ou equivalente
Efeitos
O sacado se torna o principal 
devedor da obrigação
Características
Facultativo Irretratável
Espécies
Parcial
Sacador: 
vencimento 
antecipado 
do título
Sacado: 
vincula-se ao 
pagamento, 
nos termos 
do aceite
Espécies
Aceite-
limitativo
Aceite-
modificativo
Total
Recusa
Vencimento 
antecipado do título
Cláusula Não-Aceitável
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
14 
Anotações 
tuar-se antes de determinada data. Todo endossante pode estipular que a letra deve ser 
apresentada ao aceite, com ou sem fixação de prazo, salvo se ela tiver sido declarada não 
aceitável pelo sacador. 
Art. 23. As letras a certo termo de vistadevem ser apresentadas ao aceite dentro do 
prazo de 1 (um) ano das suas datas. O sacador pode reduzir este prazo ou estipular um 
prazo maior. Esses prazos podem ser reduzidos pelos endossantes. 
Art. 24. O sacado pode pedir que a letra lhe seja apresentada uma segunda vez no dia 
seguinte ao da primeira apresentação. Os interessados somente podem ser admitidos a 
pretender que não foi dada satisfação a este pedido no caso de ele figurar no protesto. O 
portador não é obrigado a deixar nas mãos do aceitante a letra apresentada ao aceite. 
Art. 25. O aceite é escrito na própria letra. Exprime-se pela palavra "aceite" ou qualquer 
outra palavra equivalente; o aceite é assinado pelo sacado. Vale como aceite a simples 
assinatura do sacado aposta na parte anterior da letra. Quando se trate de uma letra pa-
gável a certo termo de vista, ou que deva ser apresentada ao aceite dentro de um prazo 
determinado por estipulação especial, o aceite deve ser datado do dia em que foi dado, 
salvo se o portador exigir que a data seja a da apresentação. À falta de data, o portador, 
para conservar os seus direitos de recurso contra os endossantes e contra o sacador, deve 
fazer constar essa omissão por um protesto, feito em tempo útil. 
Art. 26. O aceite é puro e simples, mas o sacado pode limitá-lo a uma parte da impor-
tância sacada. Qualquer outra modificação introduzida pelo aceite no enunciado da letra 
equivale a uma recusa de aceite. O aceitante fica, todavia, obrigado nos termos do seu 
aceite. 
Art. 27. Quando o sacador tiver indicado na letra um lugar de pagamento diverso do 
domicilio do sacado, sem designar um terceiro em cujo domicilio o pagamento se deva 
efetuar, o sacado pode designar no ato do aceite a pessoa que deve pagar a letra. Na falta 
dessa indicação, considera-se que o aceitante se obriga, ele próprio, a efetuar o pagamen-
to no lugar indicado na letra. Se a letra é pagável no domicilio do sacado, este pode, no 
ato do aceite, indicar, para ser efetuado o pagamento, um outro domicilio no mesmo lu-
gar. 
Art. 28. O sacado obriga-se pelo aceite pagar a letra à data do vencimento. Na falta de 
pagamento, o portador, mesmo no caso de ser ele o sacador, tem contra o aceitante um 
direito de ação resultante da letra, em relação a tudo que pode ser exigido nos termos dos 
artigos 48 e 49. 
Art. 29. Se o sacado, antes da restituição da letra, riscar o aceite que tiver dado, tal acei-
te é considerado como recusado. Salvo prova em contrário, a anulação do aceite conside-
ra-se feita antes da restituição da letra. Se, porém, o sacado tiver informado por escrito o 
portador ou qualquer outro signatário da letra de que aceita, fica obrigado para com es-
tes, nos termos do seu aceite. 
INFOGRÁFICO XII: AVAL 
 
Aval
Conceito
Garantia, 
dada por 
terceiro, de 
pagamento 
da letra
Sujeitos
Avalista
Avalizado 
(LUG, art. 
31)
Efeito
Avalista se 
torna 
solidaria-
mente 
obrigado 
com seu 
avalizado
Forma
Simples 
assinatura 
no 
anverso 
(LUG, art. 
31, 2)
Aval x 
Fiança
Fiança é 
obrigação 
acessória
Aval é 
obrigação 
cambiária 
(autônoma)
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
15 
Anotações 
Código Civil Brasileiro 
Art. 899. O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emi-
tente ou devedor final. §1°. Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o seu 
avalizado e demais coobrigados anteriores. §2º. Subsiste a responsabilidade do avalista, 
ainda que nula a obrigação daquele a quem se equipara, a menos que a nulidade decorra 
de vício de forma. 
Lei Uniforme das Cambiais (Decreto nº 57.663/1966) 
Art. 30. O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval. 
Esta garantia é dada por um terceiro ou mesmo por um signatário da letra. 
Art. 31. O aval é escrito na própria letra ou numa folha anexa. Exprime-se pelas pala-
vras "bom para aval" ou por qualquer fórmula equivalente; e assinado pelo dador do 
aval. O aval considera-se como resultante da simples assinatura do dador aposta na face 
anterior da letra, salvo se se trata das assinaturas do sacado ou do sacador. O aval deve 
indicar a pessoa por quem se dá. Na falta de indicação, entender-se-á pelo sacador. 
Art. 32. O dador de aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele afiança-
da. A sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula 
por qualquer razão que não seja um vício de forma. Se o dador de aval paga a letra, fica 
sub-rogado nos direitos emergentes da letra contra a pessoa a favor de quem foi dado o 
aval e contra os obrigados para com esta em virtude da letra. 
INFOGRÁFICO XIII: VENCIMENTO DA LETRA DE CÂMBIO 
 
Lei Uniforme das Cambiais (Decreto nº 57.663/1966) 
Art. 33. Uma letra pode ser sacada: à vista; a um certo termo de vista; a um certo termo 
de data; pagável num dia fixado. As letras, quer com vencimentos diferentes, quer com 
vencimentos sucessivos, são nulas. 
Art. 34. A letra à vista é pagável à apresentação. Deve ser apresentada a pagamento 
dentro do prazo de 1 (um) ano, a contar da sua data. O sacador pode reduzir este prazo 
ou estipular um outro mais longo. Estes prazos podem ser encurtados pelos endossantes. 
O sacador pode estipular que uma letra pagável à vista não deverá ser apresentada a pa-
gamento antes de uma certa data. Nesse caso, o prazo para a apresentação conta-se dessa 
data. 
Art. 35. O vencimento de uma letra a certo termo de vista determina-se, quer pela data 
do aceite, quer pela do protesto. Na falta de protesto, o aceite não datado entende-se, no 
que respeita ao aceitante, como tendo sido dado no último dia do prazo para a apresenta-
ção ao aceite. 
Art. 36. O vencimento de uma letra sacada a 1 (um) ou mais meses de data ou de vista 
será na data correspondente do mês em que o pagamento se deve efetuar. Na falta de 
data correspondente, o vencimento será no último dia desse mês. Quando a letra é sacada 
Vencimento
Letra com dia 
certo
Vencimento em 
data 
preestabelecida 
pelo sacador
Letra à vista
Vencimento no 
dia da 
apresentação 
do título ao 
sacado
Letra a certo 
termo da vista
Vencimento 
após 
determinado 
prazo, a partir 
da vista do 
título
Letra a certo 
termo da data
Vencimento 
após 
determinado 
prazo, a partir 
do saque do 
título
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
16 
Anotações 
a 1 (um) ou mais meses e meio de data ou de vista, contam-se primeiro os meses inteiros. 
Se o vencimento for fixado para o princípio, meado ou fim do mês, entende-se que a letra 
será vencível no primeiro, no dia 15 (quinze), ou no último dia desse mês. As expressões 
"oito dias" ou "quinze dias" entendem-se não como 1 (uma) ou 2 (duas) semanas, mas 
como um prazo de 8 (oito) ou 15 (quinze) dias efetivos. A expressão "meio mês" indica 
um prazo de 15 (quinze) dias. 
Art. 37. Quando uma letra é pagável num dia fixo num lugar em que o calendário é di-
ferente do lugar de emissão, a data do vencimento é considerada como fixada segundo o 
calendário do lugar de pagamento. Quando uma letra sacada entre duas praças que em 
calendários diferentes é pagável a certo termo de vista, o dia da emissão é referido ao dia 
correspondente do calendário do lugar de pagamento, para o efeito da determinação da 
data do vencimento. Os prazos de apresentação das letras são calculados segundo as re-
gras da alínea precedente. Estas regras não se aplicam se uma cláusula da letra, ou até o 
simples enunciado do título, indicar que houve intenção de adotar regras diferentes. 
INFOGRÁFICO XIV: PAGAMENTO DA LETRA DE CÂMBIO 
 
 
Pagamento
Apresentação
Prazo
Letras com 
data certa
Letras à vista
Efeitos da 
perda do 
prazo
Decadência
do direito de 
regresso
contra os
coobrigados
Regras
PortadorÉ obrigado a 
exibir a letra
e dar nela a 
quitação
P
o
d
e
re
cu
sa
r
o
 
p
ag
am
en
to
an
te
ci
p
ad
o
, 
m
as
 n
ão
p
o
d
e
re
cu
sa
r
n
o
 v
en
ci
m
en
to
, n
em
a 
q
u
it
aç
ão
Sacado
Pode exigir a 
entrega da 
letra, com 
quitação
Oposição
Hipóteses
Extravio, 
falência ou
Incapaci-
dade do 
portador
D
ir
ig
id
a
ao
d
ev
ed
o
r
p
o
r
ca
rt
a 
re
g
is
tr
ad
a
(p
ar
a 
o
 s
ac
ad
o
e 
co
o
b
ri
g
ad
o
s)
, o
u
p
o
r
O
fi
ci
al
d
o
 c
ar
tó
ri
o
Efeitos
Aceitante
D
es
o
n
er
a
d
a 
re
sp
o
n
sa
b
il
id
a
d
e
ca
m
b
ia
l 
o
s
co
o
b
ri
g
ad
o
s
Avalistas do 
Aceitante
D
es
o
n
er
a
o
s
co
o
b
ri
g
ad
o
s;
 t
em
 
aç
ão
ca
m
b
ia
l 
p
ar
a 
re
ce
b
er
d
o
 
ac
ei
ta
n
te
o
 q
u
e 
d
es
em
b
o
ls
o
u
Sacador, 
Endossado-
res e seus
Avalistas
D
es
o
n
er
a
o
s
co
o
b
ri
g
ad
o
s
p
o
st
er
io
re
s;
 p
o
d
e
ri
sc
ar
o
 p
ró
p
ri
o
en
d
o
ss
o
/
av
al
e 
o
s
p
o
st
er
io
re
s
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
17 
Anotações 
 
Decreto nº 2.044/1908 
Art. 20. A letra deve ser apresentada ao sacado ou ao aceitante para o pagamento, no 
lugar designado e no dia do vencimento ou, sendo este dia feriado por lei, no primeiro 
dia útil imediato, sob pena de perder o portador o direito de regresso contra o sacador, 
endossadores e avalistas. §1º. Será pagável à vista a letra que não indicar a época do ven-
cimento. Será pagável, no lugar mencionado ao pé do nome do sacado, a letra que não 
indicar o lugar do pagamento. É facultada a indicação alternativa de lugares de paga-
mento, tendo o portador direito de opção. A letra pode ser sacada sobre uma pessoa, para 
ser paga no domicílio de outra, indicada pelo sacador ou pelo aceitante. §2º. No caso de 
recusa ou falta de pagamento pelo aceitante, sendo dois ou mais os sacados, o portador 
deve apresentar a letra ao primeiro nomeado, se estiver domiciliado na mesma praça; 
assim sucessivamente, sem embargo da forma da indicação na letra dos nomes dos saca-
dos. §3º. Sobrevindo caso fortuito ou força maior, a apresentação deve ser feita, logo que 
cessar o impedimento. 
Art. 21. A letra à vista deve ser apresentada ao pagamento dentro do prazo nela marca-
do; na falta desta designação, dentro de 12 meses, contados da data da emissão do título, 
sob pena de perder o portador o direito de regresso contra o sacador, endossadores e ava-
listas. 
Art. 30. O portador é obrigado a dar aviso do protesto ao último endossador, dentro de 
dois dias, contados da data do instrumento do protesto e cada endossatário, dentro de 
dois dias, contados do recebimento do aviso, deve transmiti-lo ao seu endossador, sob 
pena de responder por perdas e interesses. Parágrafo único. O aviso pode ser dado em 
carta registrada. Para esse fim, a carta será levada aberta ao Correio, onde, verificada a 
existência do aviso se declarará o conteúdo da carta registrada no conhecimento e talão 
respectivo. 
Art. 36. Justificando a propriedade e o extravio ou a destruição total ou parcial da letra, 
descrita com clareza e precisão, o proprietário pode requerer ao juiz competente do lugar 
do pagamento na hipótese de extravio, a intimação do sacado ou do aceitante e dos coo-
brigados, para não pagarem a aludida letra, e a citação do detentor para apresentá-la em 
juízo, dentro do prazo de três meses, e, nos casos de extravio e de destruição, a citação 
dos coobrigados para, dentro do referido prazo, oporem contestação, firmada em defeito 
de forma do título ou, na falta de requisito essencial, ao exercício da ação cambial. Estas 
citações e intimações devem ser feitas pela imprensa, publicadas no jornal oficial do Es-
tado e no “Diário Oficial” para o Distrito Federal e nos periódicos indicados pelo juiz, 
além de afixadas nos Lugares do estilo e na bolsa da praça do pagamento. §1º O prazo de 
três meses corre da data do vencimento; estando vencida a letra, da data da publicação 
no jornal oficial. §2º Durante o curso desse prazo, munido da certidão do requerimento e 
do despacho favorável do juiz, fica o proprietário autorizado a praticar todos os atos ne-
cessário à garantia do direito creditório, podendo, vencida a letra, reclamar do aceitante o 
depósito judicial da soma devida. §3º Decorrido o prazo, sem se apresentar o portador 
legitimado (art. 39) da letra, ou sem a contestação do coobrigado (art. 36), o juiz decretará 
a nulidade do título extraviado ou destruído e ordenará, em benefício do proprietário, o 
levantamento do depósito da soma, caso tenha sido feito. §4º Por esta sentença fica o 
proprietário habilitado, para o exercício da ação executiva, contra o aceitante e os outros 
coobrigados. §5º Apresentada a letra pelo portador legitimado (art. 39), ou oferecida a 
contestação (art. 36) pelo coobrigado, o juiz julgará prejudicado o pedido de anulação da 
letra, deixando, salvo à parte, o recurso aos meios ordinários. §6º Da sentença proferida 
no processo cabe o recurso de agravo com efeito suspensivo. §7º Este processo não impe-
de o recurso à duplicata e nem para os efeitos da responsabilidade civil do coobrigado, 
dispensa o aviso imediato do extravio, por cartas registradas endereçadas ao sacado, ao 
aceitante e aos outros coobrigados, pela forma indicada no parágrafo único do artigo 30. 
Lei Uniforme das Cambiais (Decreto nº 57.663/1966) 
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
18 
Anotações 
Art. 38. O portador de uma letra pagável em dia fixo ou a certo termo de data ou de 
vista deve apresentá-la a pagamento no dia em que ela é pagável ou num dos 2 (dois) 
dias úteis seguintes. A apresentação da letra a uma câmara de compensação equivale a 
apresentação a pagamento. 
Art. 39. O sacado que paga uma letra pode exigir que ela lhe seja entregue com a res-
pectiva quitação. O portador não pode recusar qualquer pagamento parcial. No caso de 
pagamento parcial, o sacado pode exigir que desse pagamento se faça menção na letra e 
que dele lhe seja dada quitação. 
Art. 40. O portador de uma letra não pode ser obrigado a receber o pagamento dela an-
tes do vencimento. O sacado que paga uma letra antes do vencimento fá-lo sob sua res-
ponsabilidade. Aquele que paga uma letra no vencimento fica validamente desobrigado, 
salvo se da sua parte tiver havido fraude ou falta grave. É obrigado a verificar a regulari-
dade da sucessão dos endossos mas não a assinatura dos endossantes. 
Art. 41. Se numa letra se estipular o pagamento em moeda que não tenha curso legal no 
lugar do pagamento, pode a sua importância ser paga na moeda do pais, segundo o seu 
valor no dia do vencimento. Se o devedor está em atraso, o portador pode, à sua escolha, 
pedir que o pagamento da importância da letra seja feito na moeda do país ao câmbio do 
dia do vencimento ou ao câmbio do dia do pagamento. A determinação do valor da mo-
eda estrangeira será feita segundo os usos do lugar de pagamento. O sacador pode, toda-
via, estipular que a soma a pagar seja calculada segundo um câmbio fixado na letra. As 
regras acima indicadas não se aplicam ao caso em que o sacador tenha estipulado que o 
pagamento deverá ser efetuado numa certa moeda especificada (cláusula de pagamento 
efetivo numa moeda estrangeira). Se a importância da letra for indicada numa moeda 
que tenha a mesma denominação mas o valor diferente no país de emissão e no de pa-
gamento, presume-se que se fez referência à moeda do lugar de pagamento. 
Art. 42. Se a letra não for apresentada a pagamentodentro do prazo fixado no artigo 38, 
qualquer devedor tem a faculdade de depositar a sua importância junto da autoridade 
competente à custa do portador e sob a responsabilidade deste. 
Art. 53. Depois de expirados os prazos fixados: - para a apresentação de uma letra à vis-
ta ou a certo termo de vista; - para se fazer o protesto por falta de aceite ou por falta de 
pagamento; - para a apresentação a pagamento no caso da cláusula "sem despesas". O 
portador perdeu os seus direitos de ação contra os endossantes, contra o sacador e contra 
os outros coobrigados, à exceção do aceitante. Na falta de apresentação ao aceite no prazo 
estipulado pelo sacador, o portador perdeu os seus direitos de ação, tanto por falta de 
pagamento como por falta de aceite, a não ser que dos termos da estipulação se conclua 
que o sacador apenas teve em vista exonerar-se da garantia do aceite. Se a estipulação de 
um prazo para a apresentação constar de um endosso, somente aproveita ao respectivo 
endossante. 
INFOGRÁFICO XV: PROTESTO 
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
19 
Anotações 
 
Lei Uniforme das Cambiais (Decreto nº 57.663/1966) 
Art. 43. O portador de uma letra pode exercer os seus direitos de ação contra os endos-
santes, sacador e outros coobrigados: no vencimento; se o pagamento não foi efetuado; 
mesmo antes do vencimento: 1º) se houve recusa total ou parcial de aceite; 2º) nos casos 
de falência do sacado, quer ele tenha aceite, quer não, de suspensão de pagamentos do 
mesmo, ainda que não constatada por sentença, ou de ter sido promovida, sem resultado, 
execução dos seus bens; 3º) nos casos de falência do sacador de uma letra não aceitável. 
Lei nº 9.492/1997 
Art. 3º. Compete privativamente ao Tabelião de Protesto de Títulos, na tutela dos inte-
resses públicos e privados, a protocolização, a intimação, o acolhimento da devolução ou 
do aceite, o recebimento do pagamento, do título e de outros documentos de dívida, bem 
como lavrar e registrar o protesto ou acatar a desistência do credor em relação ao mesmo, 
proceder às averbações, prestar informações e fornecer certidões relativas a todos os atos 
praticados, na forma desta Lei. 
3.2 Nota Promissória 
INFOGRÁFICO XVI: NOTA PROMISSÓRIA 
 
INFOGRÁFICO XVII: NOTA PROMISSÓRIA 
Protesto
Conceito
Ato oficial e pú-
blico, que com-
prova a exigên-
cia do cumpri-
mento das obri-
gações cambi-
árias, constitu-
indo-se em
prova plena
Efeitos
Protesto
Facultativo ou
Probatório
Provar a mora, a 
retenção do título
ou a insolvência do 
sacado e seu
avalista
Protesto
Necessário ou
Conservatório
Conservar o direito
de regresso contra 
os coobrigados
Forma
Lei 9.492/1997
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
20 
Anotações 
 
INFOGRÁFICO XVIII: REQUISITOS ESSENCIAIS DA NOTA PROMISSÓRIA 
 
Lei Uniforme das Cambiais (Decreto nº 57.663/1966) 
Art. 75. A nota promissória contém: 1. denominação "nota promissória" inserta no pró-
prio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse título; 2. a pro-
messa pura e simples de pagar uma quantia determinada; 3. a época do pagamento; 4. a 
indicação do lugar em que se efetuar o pagamento; 5. o nome da pessoa a quem ou à or-
dem de quem deve ser paga; 6. a indicação da data em que e do lugar onde a nota pro-
missória é passada; 7. a assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor). 
Art. 76. O título em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não 
produzirá efeito como nota promissória, salvo nos casos determinados das alíneas se-
guintes. A nota promissória em que se não indique a época do pagamento será conside-
rada à vista. Na falta de indicação especial, o lugar onde o título foi passado considera-se 
como sendo o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do subscri-
tor da nota promissória. A nota promissória que não contenha indicação do lugar onde 
foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado ao lado do nome do 
subscritor. 
Art. 77. São aplicáveis às notas promissórias, na parte em que não sejam contrárias à 
natureza deste título, as disposições relativas às letras e concernentes: endosso (artigos 11 
a 20); vencimento (artigos 33 a 37); pagamento (artigos 38 a 42); direito de ação por falta 
Nota Promissória
Conceito
Promessa de 
pagamento, pela 
qual o sacador/ 
promitente/ 
subscritor promete 
pagar determinada 
quantia ao 
tomador
Sujeitos
Sacador (Promitente 
ou Subscritor)
Tomador (credor 
beneficiário)
Requisitos Essenciais (arts. 75 e 76)
Expressão “Nota Promissória”
Promessa pura e simples de 
pagamento de quantia determinada
Época do pagamento Lugar do Pagamento
Nome do Beneficiário Data do Saque
Lugar do saque Assinatura do Subscritor
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
21 
Anotações 
de pagamento (artigos 43 a 50 e 52 a 54); pagamento por intervenção (artigos 55 e 59 a 63); 
cópias (artigos 67 e 68); alterações (artigo 69); prescrição (artigos 70 e 71); dias feriados, 
contagem de prazos e interdição de dias de perdão (artigos 72 a 74). São igualmente apli-
cáveis às notas promissórias as disposições relativas às letras pagáveis no domicílio de 
terceiro ou numa localidade diversa da do domicílio do sacado (artigos 4º e 27), a estipu-
lação de juros (artigo 5º), as divergências das indicações da quantia a pagar (artigo 6º), as 
consequências da aposição de uma assinatura nas condições indicadas no artigo 7º, as da 
assinatura de uma pessoa que age sem poderes ou excedendo os seus poderes (artigo 8º) 
e a letra em branco (artigo 10). São também aplicáveis às notas promissórias as disposi-
ções relativas ao aval (artigos 30 a 32); no caso previsto na última alínea do artigo 31, se o 
aval não indicar a pessoa por quem é dado, entender-se-á ser pelo subscritor da nota 
promissória. 
Art. 78. O subscritor de uma nota promissória é responsável da mesma forma que o 
aceitante de uma letra. As notas promissórias pagáveis a certo termo de vista devem ser 
presentes ao visto dos subscritores nos prazos fixados no artigo 23. O termo de vista con-
ta-se da data do visto dado pelo subscritor. A recusa do subscritor a dar o seu visto é 
comprovada por um protesto (artigo 25), cuja data serve de início ao termo de vista. 
3.3 Cheque 
INFOGRÁFICO XIX: CHEQUE 
 
INFOGRÁFICO XX: CHEQUE 
 
Lei nº 7.357/1985 
Art. 3º. O cheque é emitido contra banco, ou instituição financeira que lhe seja equiparada, sob pena de não 
valer como cheque. 
Cheque
Conceito
Ordem de pa-
gamento à vista, 
emitida contra 
um banco, em 
razão de fundos 
existentes.
Sujeitos
Sacador 
(Emitente)
Sacado 
(Banco)
Tomador 
(credor 
beneficiário)
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
22 
Anotações 
Art. 4º. O emitente deve ter fundos disponíveis em poder do sacado e estar autorizado a sobre eles emitir 
cheque, em virtude de contrato expresso ou tácito. A infração desses preceitos não prejudica a validade do títu-
lo como cheque. §1º. A existência de fundos disponíveis é verificada no momento da apresentação do cheque 
para pagamento. §2º. Consideram-se fundos disponíveis: a) os créditos constantes de conta-corrente bancária 
não subordinados a termo; b) o saldo exigível de conta-corrente contratual; c) a soma proveniente de abertura 
de crédito. 
INFOGRÁFICO XXI: REQUISITOS ESSENCIAIS DO CHEQUE 
 
Lei nº 7.357/1985 
Art. 1º. O cheque contém: I - a denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa 
na língua em que este é redigido; II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada; III - o 
nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado); IV - a indicação do lugar de 
pagamento; V - a indicação da data e do lugar de emissão; VI - a assinatura do emitente (sacador), 
ou de seu mandatário compoderes especiais. Parágrafo único - A assinatura do emitente ou a de 
seu mandatário com poderes especiais pode ser constituída, na forma de legislação específica, por 
chancela mecânica ou processo equivalente. 
Art. 2º. O título, a que falte qualquer dos requisitos enumerados no artigo precedente não vale 
como cheque, salvo nos casos determinados a seguir: I - na falta de indicação especial, é considera-
do lugar de pagamento o lugar designado junto ao nome do sacado; se designados vários lugares, o 
cheque é pagável no primeiro deles; não existindo qualquer indicação, o cheque é pagável no lugar 
de sua emissão; II - não indicado o lugar de emissão, considera-se emitido o cheque no lugar indi-
cado junto ao nome do emitente. 
Art. 32. O cheque é pagável à vista. Considera-se não-estrita qualquer menção em contrário. Pa-
rágrafo único. O cheque apresentado para pagamento antes do dia indicado como data de emissão 
é pagável no dia da apresentação. 
Lei nº 9.069/1995 
Art. 69. A partir de 1º de julho de 1994, fica vedada a emissão, pagamento e compensação de che-
que de valor superior a R$ 100,00 (cem REAIS), sem identificação do beneficiário. Parágrafo único. 
O Conselho Monetário Nacional regulamentará o disposto neste artigo. 
INFOGRÁFICO XXII: CHEQUE 
Requisitos Essenciais (arts. 1º e 2º)
Expressão “Cheque”
Ordem incondicional de pagar quantia 
determinada
Nome do Sacado (banco) Lugar do Pagamento
Nome do Beneficiário (+ R$100,00) Data da Emissão
Lugar da emissão Assinatura do Sacador
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
23 
Anotações 
 
Lei nº 7.357/1985 
Art. 7º. Pode o sacado, a pedido do emitente ou do portador legitimado, lançar e assi-
nar, no verso do cheque não ao portador e ainda não endossado, visto, certificação ou 
outra declaração equivalente, datada e por quantia igual à indicada no título. §1º A apo-
sição de visto, certificação ou outra declaração equivalente obriga o sacado a debitar à 
conta do emitente a quantia indicada no cheque e a reservá-la em benefício do portador 
legitimado, durante o prazo de apresentação, sem que fiquem exonerados o emitente, 
endossantes e demais coobrigados. §2º O sacado creditará à conta do emitente a quantia 
reservada, uma vez vencido o prazo de apresentação; e, antes disso, se o cheque lhe for 
entregue para inutilização. 
Art. 9º O cheque pode ser emitido: I - à ordem do próprio sacador; II - por conta de ter-
ceiro; III - contra o próprio banco sacador, desde que não ao portador. 
Art. 44. O emitente ou o portador podem cruzar o cheque, mediante a aposição de dois 
traços paralelos no anverso do título. §1º O cruzamento é geral se entre os dois traços não 
houver nenhuma indicação ou existir apenas a indicação ‘’banco’’, ou outra equivalente. 
O cruzamento é especial se entre os dois traços existir a indicação do nome do banco. §2º 
O cruzamento geral pode ser convertida em especial, mas este não pode converter-se na-
quele. §3º A inutilização do cruzamento ou a do nome do banco é reputada como não 
existente. 
Art. 45. O cheque com cruzamento geral só pode ser pago pelo sacado a banco ou a cli-
ente do sacado, mediante crédito em conta. O cheque com cruzamento especial só pode 
ser pago pelo sacado ao banco indicado, ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante 
crédito em conta. Pode, entretanto, o banco designado incumbir outro da cobrança. §1º O 
banco só pode adquirir cheque cruzado de cliente seu ou de outro banco. Só pode cobrá-
lo por conta de tais pessoas. §2º O cheque com vários cruzamentos especiais só pode ser 
pago pelo sacado no caso de dois cruzamentos, um dos quais para cobrança por câmara 
Modalidades de Cheque
Cheque Visado 
(art. 7º)
Requisito
Cheque não ao portador 
(nominal) e não endossado.
Forma
Assinatura do banco, no 
verso do título, confirmando 
a existência de fundos 
suficientes
Efeito
O banco se obriga a 
reservar a quantia pelo 
prazo de apresentação
O banco não se obriga, e 
nem desobriga os 
coobrigados
Cheque 
Administrat
ivo (art. 9º, 
III)
E
m
it
id
o
 p
el
o
 b
an
co
 c
o
n
tr
a 
si
 m
es
m
o
, 
p
ar
a 
se
r 
li
q
u
id
ad
o
 e
m
 u
m
a 
d
e 
su
as
 a
g
ên
ci
as
 
(e
m
it
en
te
 e
 s
ac
ad
o
r 
ao
 m
es
m
o
 t
em
p
o
)
Cheque 
Cruzado 
(arts. 44 e 
45)
Efeito
Só pode ser pago a um 
banco ou cliente do 
banco, mediante crédito 
em conta
Modalidades
Cruzamento Geral ou 
Em Branco
Cruzamento Especial ou 
Em Preto
Cheque 
para ser 
creditado 
em conta 
(art. 46)
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
24 
Anotações 
de compensação. §3º Responde pelo dano, até a concorrência do montante do cheque, o 
sacado ou o banco portador que não observar as disposições precedentes. 
Art. 46. O emitente ou o portador podem proibir que o cheque seja pago em dinheiro 
mediante a inscrição transversal, no anverso do título, da cláusula ‘’para ser creditado em 
conta’’, ou outra equivalente. Nesse caso, o sacado só pode proceder a lançamento contá-
bil (crédito em conta, transferência ou compensação), que vale como pagamento. O depó-
sito do cheque em conta de seu beneficiário dispensa o respectivo endosso. §1º A inutili-
zação da cláusula é considerada como não existente. §2º Responde pelo dano, até a con-
corrência do montante do cheque, o sacado que não observar as disposições precedentes. 
INFOGRÁFICO XXIII: SUSTAÇÃO DO CHEQUE 
 
 
 
Lei nº 7.357/1985 
Art. 35. O emitente do cheque pagável no Brasil pode revogá-lo, mercê de contra-
ordem dada por aviso epistolar, ou por via judicial ou extrajudicial, com as razões moti-
vadoras do ato. Parágrafo único. A revogação ou contra-ordem só produz efeito depois 
de expirado o prazo de apresentação e, não sendo promovida, pode o sacado pagar o 
cheque até que decorra o prazo de prescrição, nos termos do art. 59 desta Lei. 
Art. 36. Mesmo durante o prazo de apresentação, o emitente e o portador legitimado 
podem fazer sustar o pagamento, manifestando ao sacado, por escrito, oposição fundada 
em relevante razão de direito. §1º A oposição do emitente e a revogação ou contra-ordem 
se excluem reciprocamente. §2º Não cabe ao sacado julgar da relevância da razão invo-
cada pelo oponente. 
Código Penal Brasileiro (Decreto-Lei 2.848/1940) 
Estelionato. Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo 
alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer 
outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil 
réis a dez contos de réis. [...] §2º. Nas mesmas penas incorre quem: [...] Fraude no paga-
mento por meio de cheque. VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em 
poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento. 
INFOGRÁFICO XXIV: PRAZOS 
Sustação
Modalidades
Revogação ou 
Contraordem 
(art. 35)
Efeitos 
apenas após o 
prazo de 
apresentação
Oposição 
(art. 36)
Efeitos durante 
o prazo de 
apresentação
Emitente ou 
portador 
legitimado
Por escrito, 
fundada em 
relevante razão 
de direito
Responsabilidade
Civil (abuso 
de direito)
Penal 
(estelionato)
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
25 
Anotações 
 
Lei nº 7.357/1985 
Art. 33. O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no 
prazo de 30 (trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60 (ses-
senta) dias, quando emitido em outro lugar do País ou no exterior. Parágrafo único. 
Quando o cheque é emitido entre lugares com calendários diferentes, considera-se como 
de emissão o dia correspondente do calendário do lugar de pagamento. 
Art. 59. Prescrevem em 6 (seis) meses, contados da expiração do prazo de apresentação,a ação que o art. 47 desta Lei assegura ao portador. Parágrafo único. A ação de regresso 
de um obrigado ao pagamento do cheque contra outro prescreve em 6 (seis) meses, con-
tados do dia em que o obrigado pagou o cheque ou do dia em que foi demandado. 
I Jornada de Direito Comercial do Conselho da Justiça Federal 
Enunciado 40. O prazo prescricional de 6 (seis) meses para o exercício da pretensão à 
execução do cheque pelo respectivo portador é contado do encerramento do prazo de 
apresentação, tenha ou não sido apresentado ao sacado dentro do referido prazo. No caso 
de cheque pós-datado apresentado antes da data de emissão ao sacado ou da data pactu-
ada com o emitente, o termo inicial é contado da data da primeira apresentação. 
INFOGRÁFICO XXV: COBRANÇA DE CHEQUE PRESCRITO 
 
Lei nº 7.357/1985 
Prazos
Apresentação
30 dias (mesma praça) ou 60 
dias (praça diferente)
Perda do direito de cobrar os 
codevedores
Prescrição
6 meses após o prazo de 
apresentação
Obs.: cheque pós-datado
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
26 
Anotações 
Art. 33. O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no 
prazo de 30 (trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60 (ses-
senta) dias, quando emitido em outro lugar do País ou no exterior. Parágrafo único. 
Quando o cheque é emitido entre lugares com calendários diferentes, considera-se como 
de emissão o dia correspondente do calendário do lugar de pagamento. 
3.4 Duplicata 
INFOGRÁFICO XXVI: DUPLICATA 
 
INFOGRÁFICO XXVII: REQUISITOS ESSENCIAIS DA DUPLICATA 
 
Lei nº 5.474/1968 
Requisitos Essenciais
Denominação “Duplicata” Data da Emissão
Número de Ordem Número da Fatura
Data do Vencimento
Nome e domicílio do vendedor e 
comprador
Importância a pagar, em 
algarismos e por extenso
Praça do Pagamento
Cláusula à Ordem Aceite
Assinatura do Emitente
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
27 
Anotações 
Art. 2º. No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação co-
mo efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documen-
tar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. §1º A duplicata conterá: I - a 
denominação "duplicata", a data de sua emissão e o número de ordem; II - o número da fatura; III - 
a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista; IV - o nome e domicílio do 
vendedor e do comprador; V - a importância a pagar, em algarismos e por extenso; VI - a praça de 
pagamento; VII - a cláusula à ordem; VIII - a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da 
obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite, cambial; IX - a assinatura do 
emitente. §2º Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura. §3º Nos casos de 
venda para pagamento em parcelas, poderá ser emitida duplicata única, em que se discriminarão 
tôdas as prestações e seus vencimentos, ou série de duplicatas, uma para cada prestação distin-
guindo-se a numeração a que se refere o item I do § 1º dêste artigo, pelo acréscimo de letra do alfa-
beto, em seqüência. 
INFOGRÁFICO XXVIII: APRESENTAÇÃO DA DUPLICATA 
 
Lei nº 5.474/1968 
Art. 6º. A remessa de duplicata poderá ser feita diretamente pelo vendedor ou por seus represen-
tantes, por intermédio de instituições financeiras, procuradores ou, correspondentes que se incum-
bam de apresentá-la ao comprador na praça ou no lugar de seu estabelecimento, podendo os in-
termediários devolvê-la, depois de assinada, ou conservá-la em seu poder até o momento do resga-
te, segundo as instruções de quem lhes cometeu o encargo. §1º O prazo para remessa da duplicata 
será de 30 (trinta) dias, contado da data de sua emissão. §2º Se a remessa fôr feita por intermédio 
de representantes instituições financeiras, procuradores ou correspondentes êstes deverão apresen-
tar o título, ao comprador dentro de 10 (dez) dias, contados da data de seu recebimento na praça de 
pagamento. 
Art. 7º A duplicata, quando não fôr à vista, deverá ser devolvida pelo comprador ao apresentan-
te dentro do prazo de 10 (dez) dias, contado da data de sua apresentação, devidamente assinada ou 
acompanhada de declaração, por escrito, contendo as razões da falta do aceite. §1º Havendo ex-
pressa concordância da instituição financeira cobradora, o sacado poderá reter a duplicata em seu 
poder até a data do vencimento, desde que comunique, por escrito, à apresentante o aceite e a re-
tenção. §2º A comunicação de que trata o parágrafo anterior substituirá, quando necessário, no ato 
do protesto ou na execução judicial, a duplicata a que se refere. 
INFOGRÁFICO XXIX: ACEITE DA DUPLICATA 
Apresentação
30 dias da emissão
10 dias, se por 
meio de 
representante
Resposta
10 dias para devolver a 
duplicata, aceita, ou 
recusada com 
justificativa escrita
Retenção com 
consentimento, até 
vencimento, mediante 
declaração escrita
substitui o título para 
protesto e execução
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
28 
Anotações 
 
Lei nº 5.474/1968 
Art. 8º. O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de: I - avaria ou não re-
cebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco; II - ví-
cios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente compro-
vados; III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados. 
Art. 15. A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o pro-
cesso aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de Processo 
Civil, quando se tratar: I - de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não; II - de duplicata ou 
triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente: a) haja sido protestada; b) esteja acompanha-
da de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria; e c) o sacado não 
tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e pelos motivos previstos nos 
arts. 7º e 8º desta Lei. §1º Contra o sacador, os endossantes e respectivos avalistas caberá o processo 
de execução referido neste artigo, quaisquer que sejam a forma e as condições do protesto. §2º Pro-
cessar-se-á também da mesma maneira a execução de duplicata ou triplicata não aceita e não de-
volvida, desde que haja sido protestada mediante indicações do credor ou do apresentante do títu-
lo, nos termos do art. 14, preenchidas as condições do inciso II deste artigo. 
 
 
 
 
INFOGRÁFICO XXX: PROTESTO DA DUPLICATA 
 
Aceite
Recusa
Mercadoria 
não entregue
Mercadoria 
avariada
Vícios de 
qualidade ou 
quantidade
Divergência nos 
preços e prazos 
ajustados
Suprimento
Sacado retém a 
duplicata, dando 
declaração da 
retenção e aceite 
(art. 7º, §2º)
Não aceita mas 
protestada, com 
prova da remes-
sa ou entrega da 
mercadoria (art. 
15)
Sacado retém e 
não aceita, com 
protesto acom-
panhado da pro-
va da remessa ou 
entrega da 
mercadoria (art. 
15, §2º)
Protesto
Obrigatório
Prazo de 30 dias
Exceção
Cláusula “sem protesto” ou 
“sem despesas”
Títulos de Crédito em espécie 
 
 
29 
Anotações 
Lei nº 5.474/1968 
Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento. §1º Por falta de 
aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme o caso, mediante apresen-
tação da duplicata, da triplicata, ou, ainda, por simples indicações do portador, na falta de devolu-
ção do título. §2º O fato de não ter sido exercida a faculdade de protestar o título, por falta de aceite 
ou de devolução, não elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento. §3º O protesto será 
tirado na praça de pagamento constante do título. §4º O portador quenão tirar o protesto da dupli-
cata, em forma regular e dentro do prazo da 30 (trinta) dias, contado da data de seu vencimento, 
perderá o direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas. 
Art. 14. Nos casos de protesto, por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, ou feitos por 
indicações do portador do instrumento de protesto deverá conter os requisitos enumerados no ar-
tigo 29 do Decreto nº 2.044, de 31 de dezembro de 1908, exceto a transcrição mencionada no inciso 
II, que será substituída pela reprodução das indicações feitas pelo portador do título. 
INFOGRÁFICO XXXI: PRESCRIÇÃO DA DUPLICATA 
 
Lei nº 5.474/1968 
Art. 18. A pretensão à execução da duplicata prescreve: I - contra o sacado e respectivos avalistas, 
em 3(três) anos, contados da data do vencimento do título; II - contra endossante e seus avalistas, 
em 1 (um) ano, contado da data do protesto; III - de qualquer dos coobrigados contra os demais, 
em 1 (um) ano, contado da data em que haja sido efetuado o pagamento do título. §1º A cobrança 
judicial poderá ser proposta contra um ou contra todos os coobrigados, sem observância da ordem 
em que figurem no título. §2º Os coobrigados da duplicata respondem solidariamente pelo aceite e 
pelo pagamento. 
Prescrição
Sacado e avalistas
3 anos
do vencimento
Endossante e 
avalistas
1 ano
do protesto
Regresso
1 ano
do pagamento
	Apresentação
	Introdução
	O que é são Títulos de Crédito
	Metodologia
	Conceitos Introdutórios
	1.1 A origem dos títulos de crédito
	1.2 Histórico da legislação cambiária no Brasil
	1.3 Conceito de Título de Crédito
	Classificação dos Títulos de Crédito
	2.1 Classificação quanto à forma de circulação
	2.2 Classificação quanto ao modelo
	2.3 Classificação quanto à estrutura
	Títulos de Crédito em Espécie
	3.1 Letra de Câmbio
	3.2 Nota Promissória
	3.3 Cheque
	3.4 Duplicata

Outros materiais