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Processos Psicológicos Básicos e Psicodiagnóstico

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PSICOLOGIA
PSICOLOGIA GERAL: Aprendizagem, cognição, consciência, emoção memória, motivação, pensamento e linguagem.
Funções mentais como sensação, percepção, atenção, memória, pensamento, linguagem, motivação, aprendizagem e etc, são caracterizadas na psicologia como “Processos Psicológicos Básicos”. Essas funções derivam tanto das interações de processos inatos quanto de processos adquiridos, junto a relações do individuo de experiência e vivência com o meio. Apesar das distinções desses processos é por meio de sua relação e influência que se pode compreender a dinâmica da mente, pois eles interagem e até dependem de outros processos. Algumas das funções mais estudadas nos processos psicológicos básicos são:
Memória: Capacidade que permite a codificação, o armazenamento e recuperação de dados. De forma resumida a memória pode ser dividida em três processos:
Codificação: Envolve o processo de entrada e registro inicial da informação e a capacidade de mantê-la ativa para o processo de armazenamento.
Armazenamento: Envolve a manutenção da informação codificada pelo tempo necessário para que possa ser recuperada e utilizada quando evocada.
Evocação ou reprodução: Caracterizada pela recuperação da informação registrada e armazenada, para que possa ser usada por outros processos cognitivos como pensamento, linguagem e etc.
A memória ainda pode ser classificada como memória de curto prazo, memória de longo prazo, autobiográfica, episódica e sensorial. A perda ou dificuldade de armazenamento ou recuperação de informações é conhecida como amnésia e deve ser tratada sendo comum em casos de lesões e traumas de diferentes espécies.
Emoção: É um estado mental subjetivo associado a uma ampla variedade de sentimentos, comportamentos e pensamentos. Ela desempenha um papel central nas atividades humanas, já que as emoções alteram a atenção e o nível do comportamento resultando em diferentes respostas do indivíduo. Pode ser considerada como uma espécie de depósito de influências aprendidas e inatas.
Pensamento: É a capacidade de compreender, formar conceitos e organizá-lo.  Estabelece relações entre os conceitos por meio de elementos de outras funções mentais (como as vistas anteriormente), além de criar novas representações, ou seja, novos pensamentos. O pensamento possibilita a associação de dados e sua transformação em informação estando conseqüentemente associado com a resolução de problemas, tomadas de decisões e julgamentos.
Linguagem: A Linguagem é a capacidade de receber, interpretar e emitir informações ao ambiente. Por meio da linguagem podem-se trocar informações e desenvolver formas de compreensão e de expressão. A linguagem reflete a capacidade de pensamento, então se uma pessoa tiver um transtorno de pensamento sua linguagem poderá ser prejudicada. Junto aos processos cognitivos é que a linguagem se desenvolve e se as habilidades das funções mentais são crescentes assim os recursos lingüísticos também serão.
Sensação: A sensação é a resposta sensorial ou objetiva ao estimulo do meio ela detecta a experiência sensorial básica por meio dos sons, objetos, odores e etc. Desse modo, essa função pode classificada como sendo de natureza objetiva.
Percepção: Refere-se a capacidade de captar os estímulos do meio para processamento da informação. Os órgãos dos sentidos são responsáveis pela captação das informações, ou seja, o processamento cerebral depende da visão, olfato, tato e etc. Ela é considerada uma característica subjetiva, diferentemente da sensação que é classificada como sendo objetiva.
PSICODIAGNÓSTICO: Conceituação e objetivos;
O conceito de diagnóstico tem origem na palavra grega diagnõstikós, que significa discernimento, faculdade de conhecer, de ver através de. Na forma como vem sendo utilizado, na atualidade, significa estudo aprofundado realizado com o objetivo de conhecer determinado fenômeno ou realidade, por meio de um conjunto de procedimentos teóricos, técnicos e metodológicos. Tradicionalmente usado na Medicina, o termo foi incorporado aos discursos e às práticas profissionais de diferentes áreas de conhecimento. No âmbito da Psicologia, as práticas de diagnóstico e avaliação psicológica tiveram, e têm ainda hoje, um papel fundamental na formação e constituição da identidade profissional do psicólogo.
A avaliação psicológica é um procedimento clínico que envolve um corpo organizado de princípios teóricos, métodos e técnicas de investigação tanto da personalidade como de outras funções cognitivas, tais como: entrevista e observações clínicas, testes psicológicos, técnicas projetivas e outros procedimentos de investigação clínica, como jogos, desenhos, o contar estórias, o brincar etc. A escolha das estratégias e dos instrumentos empregados é feita sempre de acordo com o referencial teórico, o objetivo (clínico, profissional, educacional, forense etc.) e a finalidade (diagnóstico, indicação de tratamento e/ou prevenção), conforme Ocampo et al. (2005), Arzeno (2003) e Trinca (1984a).
Nos últimos anos, o ensino e a prática da avaliação psicológica têm sido objetos de inúmeros estudos (JACQUEMIN, 1995; CUSTÓDIO, 1995; ANDRIOLA, 1996; GOMES, 2000; ALVES; ALCHIERE; MARQUES, 2001, e 2002; ALCHIERE; BANDEIRA, 2002; NORONHA et al. 2003; AFFONSO, 2005). Embora desenvolvidos sob diferentes enfoques, todos eles têm preocupações comuns como a qualidade da formação em avaliação psicológica, o conteúdo das disciplinas, o uso e a validação dos testes psicológicos, e a integração ensino-aprendizagem e aplicação destes à prática profissional.
ENTREVISTA INICIAL E DEVOLUÇÃO
De acordo com Cunha, Freitas e Raymundo (1991), algumas recomendações sobre a entrevista de devolução devem ser seguidas:
Deve-se evitar o uso da linguagem técnica, termos que são difíceis de ser entendidos por leigos, e iniciar por sintoma ligado diretamente à queixa principal;
Essa entrevista servirá para o entrevistador comunicar em que consiste o Psicodiagnóstico, e indicar a terapêutica que julga mais adequada;
Nesse momento, o entrevistador retoma os motivos da consulta e a maneira como o processo de avaliação foi conduzido;
Ela inicia com os aspectos menos comprometidos do paciente, ou seja, menos causadores de ansiedade;
A devolutiva deve encerrar com a indicação terapêutica.
Muitos autores são claros quando dizem que a devolutiva, também chamada de entrevista de devolução, é um dos momentos mais importantes do mesmo, pois é o que particulariza e caracteriza o processo de Psicodiagnóstico . E acredita-se que a cada vez que lemos o material podemos encontrar algo a mais.
A entrevista de devolução começa sempre pela aquisição de um bom conhecimento do caso, ou seja, ao terminar o processo, o psicólogo analisará criteriosamente todo o material colhido e irá elaborar hipóteses explicativas que serão capazes de situar o cliente dentro de um contexto, um todo, levando-se em conta as suas capacidades, limitações e defesas. 
Continuando as recomendações, de acordo com Ocampo (1981):
Um ponto fundamental é comparar a entrevista inicial com a de devolução, pois se vai ter uma noção de como é que foi todo o processo e de como é que está sendo a devolução de informações, se aconteceu alguma mudança, se a queixa se desdobrou ou se transformou, e assim vai mostrar que modificações houve.
O psicólogo  deve identificar os aspectos mais sadios e adaptativos, assim como os menos sadios e adaptativos, tanto do cliente quanto do seu grupo familiar; depois ele irá fazer uma distinção entre o que pode e o não pode ser dito ao cliente, como consciência de questões sobre o que é menos adaptativo e consequentemente mais doente, muitas vezes não deve ser dito para respeitar as possibilidades do cliente e seus limites. Assim, a entrevista inicia-se com os aspectos mais adaptativos do cliente e prossegue até chegarmos aos menos adaptativos. Resumindo esse tópico, devemos ficar atento ao cliente para identificar a tolerância ou não às informações que estão sendo ditas e podem aparecer por meio de aspectos verbais conscientes;há também os inconscientes que são os lapsos ou então a aceitação passiva para simplesmente não pensar no assunto, e ainda os não verbais, tais como os atrasos, as faltas, a resistência do final do processo – pode-se também perceber isso quanto os sinais de tolerância com relação àquilo que é devolvido.
É importante devolver os conteúdos desse paciente que ficaram depositados sobre o psicólogo, mas como já citamos, de forma organizada, pra ser saudável também para o profissional e para que este não seja depositário dessas expectativas e conflitos que o outro traz.
    
Com esses elementos bem definidos o psicólogo pode elaborar um roteiro suficientemente flexível, que sirva de parâmetro – algo que determina os limites e assuntos a serem abordados.
A linguagem a ser utilizada deve ser observada, sendo a mais adequada possível, como não utilizar termos técnicos e evitar termos ambíguos, na medida do possível lançar mão da linguagem empregada pelo cliente e seus pais.
    
Sabemos que o cliente vai depositar muitas angústias no psicólogo e a função deste é reorganizar essas informações e devolvê-las; o ideal seria que ele processe essa angústia e devolva ao cliente ou paciente de forma reconfigurada, reconduzindo e reorganizando aquilo que está caótico para aquele sujeito.Assim, o psicólogo vai passando o conteúdo menos ansiógeno ao mais ansiógeno, mas devemos ficar atentos a alguns casos em que é difícil identificar, do ponto de vista do cliente, o que é mais e menos ansiógeno; aqui, o melhor se que pode fazer é seguir a mesma sequência apontada pelos pais no momento da queixa.
    
Na devolução, como já citamos antes, ainda pode surgir uma série de coisas e até um dado novo que seja importante pra questão que está sendo discutida, assim essas novas informações podem ratificar o diagnóstico ou modificá-lo no sentido de ampliar. Então, há a probabilidade de que modifiquemos nosso laudo, nesse caso, adiaríamos a entrega do laudo, pra que ele seja mais completo. Percebe-se nesse ponto que o profissional deve ter flexibilidade e capacidade de captar o que está sendo dito e reinserir no que está sendo dito na entrevista de devolução.
   
O psicólogo deve estar sempre preocupado em se expressar claramente, tentando fazer o fechamento dos assuntos de forma que o cliente, que pode ser a criança e seus pais, também o faça.
    
Outra questão importante e que não se deve perder de vista é quanto ao objetivo da devolução que é, segundo Ocampo (1981, p. XX), "sintetizar ou unir aspectos reparadores e destrutivos, assim, podemos mostrar como o presente e o futuro funcionam como elementos de reparação".
   
Uma entrevista de devolução tem alguns parâmetros a serem seguidos, mas não é estático como um laudo.Temos a seguir alguns parâmetros, caracterizados por Ocampo (1981), que são relevantes para compreensão da entrevista de devolução, assim Ocampo os analisa sob o ponto de vista do: 
PROFISSIONAL: o psicólogo deve restituir aos seus verdadeiros donos o que nele foi depositado durante todo o processo, tanto consciente quanto inconscientemente, com a intenção de preservar a si próprio; espera-se do psicólogo a capacidade de escuta, discriminação, discernimento e percepção do que se passa ou do que pode se passar, podendo então transmitir as informações da melhor maneira possível. 
    
CLIENTE: se o cliente/paciente for uma criança ou um adolescente não implica em privá-lo dessa posição, que fique claro que a entrevista deve circular a todos os interessados e principalmente ao cliente; deve-se devolver a informação aos pais e ao filho separadamente, favorecendo a discriminação de identidades dentro do grupo familiar, pois no caso da criança, se não houver devolução, ela poderá sentir-se como um terceiro excluído de uma comunicação, a qual tem direito por ser a principal interessada; a devolução de informações gera comprometimento, na medida em que o cliente toma ciência das informações observadas pelo profissional; ao devolvermos as informações dá-se ao cliente a oportunidade de se enxergar com mais critério de realidade, redefinindo a sua personalidade atual e  possibilitamos a ele esse movimento de redefinição. 
    
PAIS DO CLIENTE: caso os pais cheguem ao Psicodiagnóstico, enviados     por terceiros, a entrevista de devolução funciona como uma     oportunidade para fazer com que consigam certo insight a respeito da     situação real; caso o profissional seja procurado espontaneamente, a     entrevista de devolução serve para reintegrar e atualizar uma imagem do     cliente; caso o profissional foi procurado com a intenção de que se     descubra o que o paciente tem, a entrevista de devolução aparece como     o momento onde os pais irão conhecer a percepção do profissional.
Testes Psicológicos são instrumentos em que: o uso, manuseio, aplicação, aquisição e a posse são exclusivos de Psicólogos conforme a Lei nº 4.119/62. Por definição, os testes psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de características psicológicas, constituídos de técnicas de uso e aplicação privativas do psicólogo.
Em geral, nos deparamos com os testes psicológicos no momento de tirar a carteira de habilitação de motorista, para decidir a vocação profissional, em uma seleção de emprego ou em um consultório psicológico. Basicamente, os testes psicológicos se dividem em dois tipos:
psicométricos e projetivos, respectivamente são aqueles que fazem uso de medidas quantitativas, matemáticas para avaliar o sujeito, já o outro permite que a pessoa manifeste aspectos da sua história e de sua personalidade, mesmo que não perceba.
As editoras são responsáveis por publicar e vender os testes somente para psicólogos que
comprovem mediante credencial. Em caso de revenda, o psicólogo que possui o material é
inteiramente responsável para com o material e deverá cumprir com o compromisso de sigilo e integridade do teste em questão, sendo vendido somente para outro psicólogo. Caso o material pertença a uma empresa, este deverá permanecer aos cuidados de um psicólogo e se não houver profissionais, deverá permanecer lacrado até a chegada de um novo profissional conforme o código de ética.
Durante uma seleção de candidatos, os testes retratam o candidato no momento da aplicação. Sendo utilizados para verificar se a pessoa tem um perfil compatível com o da vaga a ser preenchido, ao término do processo de recrutamento e seleção, o candidato tem direito a uma devolutiva do psicólogo que aplicou os testes, trata se de um parecer técnico indicando os motivos que levaram o candidato a passar ou não na seleção. E se este candidato optar poderá buscar um psicólogo clínico para melhor trabalhar suas características pessoais que impediram a sua aprovação.
Nem todo psicólogo clínico faz o uso de testes psicológicos, pois estes são instrumentos como outros existentes, portanto, o psicólogo não é obrigado a utilizá-los.
Há profissionais que prefere basear seu diagnóstico em entrevistas, o que é perfeitamente aceitável embora limitado tal como um médico que não pede exames.
A realização do psicodiagnóstico implica automaticamente na aplicação

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