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Resumo Periodontia II

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PERIODONTIA II – PUC MINAS 2018 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
AVALIAÇÃO PERIODONTAL: PROGNÓSTI-
CO E PLANO DE TRATAMENTO 
 
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICO 
 
 
 
PROGNÓSTICO 
 Para dar um bom prognóstico é 
necessária a avaliação de vários fatores. 
 Fatores locais: placa, restaura-
ções com excesso, má posição 
dental; 
 Fatores gerais: hábito de fumar, 
alcoolismo, diabetes, disfunção 
neutrofílica, cooperação do pa-
ciente, AIDS, desnutrição, oste-
oporose, idade, obesidade, sín-
drome de Down, síndrome de 
Papillon-Lefevre e síndrome 
Chediak-Higashi; 
 Fatores anatômicos: raízes curtas 
ou cônicas, projeções cervicais 
de esmalte, pérolas de esmalte, 
sulcos de desenvolvimento; 
 Aspectos econômicos, culturais 
e religiosos; 
 Aspectos ortodônticos, protéti-
cos e estéticos; 
 Aspectos periodontais, endo-
dôntico e oclusais; 
 Questões temporais: prazo curto 
(<5 anos) ou longo (>5 anos). 
 
 
O prognóstico pode ser geral ou 
individual (dente a dente). O prognósti-
co geral preocupa-se com a dentição 
como um todo. 
 O tratamento pode ser reali-
zado? Condições de saúde 
geral e sócio-econômicas; 
 Quais as chances de sucesso 
do tratamento? Condições 
locais: cuidados de higiene 
bucal. Possibilidade de ma-
nutenção coroa/raiz; 
 Existe necessidade de substi-
tuição protética? Dentes re-
manescentes são capazes de 
suportar a carga adicional da 
prótese? Qual tipo de próte-
PROGNÓSTICO E PLANO 
DE TRATAMENTO 
PERIODONTIA II – PUC MINAS 2018 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
se é a mais indicada? Existe 
indicação de implante? 
TIPOS DE PROGNÓSTICO 
FAVORÁVEL 
 A condição periodontal pode ser 
controlada com o tratamento e 
a manutenção periodontal. 
 Perda de suporte periodontal é 
improvável de ocorrer. 
 A estabilidade periodontal é 
conseguida. 
QUESTIONÁVEL 
 A condição periodontal é influ-
enciada por fatores locais e/ou 
sistêmicos que podem ou não 
ser controlados com o trata-
mento e a manutenção perio-
dontal; 
 A estabilidade periodontal pode 
ou não ocorrer. 
DESFAVORÁVEL 
 A condição periodontal é influ-
enciada por fatores locais e/ou 
sistêmicos que não podem ser 
controlados com o tratamento e 
manutenção periodontal; 
 A estabilidade periodontal é im-
provável. 
IRRECUPERÁVEL 
 O dente deve ser extraído. 
As fases do tratamento são: e-
xame, tratamento não cirúrgico, reava-
liação (45 dias após), tratamento cirúr-
gico e manutenção. 
PROGNÓSTICO PROVISÓRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIFICULDADES NO PROGNÓSTICO 
 Doença multifatorial, episódica; 
 Influência de vários fatores 
complexos; 
 Progressão da doença; 
 Indivíduos apresentam riscos di-
ferentes; 
 Superfícies dentais são afetadas 
de forma variável. 
OBS: o prognóstico é provisório antes 
da fase I e o definitivo é após a fase I. 
 
CONTROLE DO 
BIOFILME 
FASE I - TRATAMENTO 
REMOÇÃO DE FA-
TORES RETENTIVOS 
E BIOFILME 
ANTIMICROBIANOS 
REAVALIAÇÃO (FASE I) - revisão 
do prognóstico 
FASE MANUTENÇÃO – 
Revisão do prognóstico 
FASE II – CIRÚRGICA 
CONCLUSÃO DO TRATA-
MENTO ATIVO – Revisão 
do prognóstico 
RAR 
PERIODONTIA II – PUC MINAS 2018 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
FASE I – TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO 
 Raspagem supra e subgengival e 
alisamento radicular para retirada de 
fatores causais da doença. 
 A raspagem pode ser feita divi-
dindo os dentes em quadrantes ou full 
mouth. Nesse último caso, é utilizado 
antimicrobiano, porque é feita muita 
manipulação tecidual. 
OBS: em bolsas profundas, a PS reduz 
de forma limitada. Então, quanto maior 
a bolsa, pior é o resultado da fase I. 
 Após a reavaliação em 45 dias é 
que se decide se o paciente vai para a 
manutenção ou para a fase II. 
São parâmetros clínicos de su-
cesso da terapia periodontal a elimina-
ção ou redução dos sinais de inflama-
ção, a estabilidade dos níveis de inser-
ção e controle do biofilme. 
OBS: sinais da inflamação – profundida-
de de sondagem, sangramento e secre-
ção purulenta. 
Bolsas ativas sem resposta 
favorável ao tratamento não cirúrgico 
têm indicação de cirurgia. 
OS PRINCÍPIOS GERAIS DA CIRURGIA 
PERIODONTAL 
 A fase cirúrgica da terapia perio-
dontal possui os seguintes objetivos 
principais: melhorar o prognóstico dos 
dentes e seus substitutos e melhorar a 
estética. 
 Com a fase II da terapia perio-
dontal, queremos eliminar as alterações 
patológicas nas paredes da bolsa, criar 
um estado estável de fácil manutenção 
e, se possível, promover regeneração 
periodontal. 
 Para preencher esses objetivos, 
as técnicas cirúrgicas: 
1. Aumentam o acesso às superfí-
cies radiculares, tornando possí-
vel a remoção de todos os agen-
tes irritantes; 
2. Reduzem ou eliminam a profun-
didade da bolsa periodontal, 
tornando possível para o pacien-
te a manutenção das superfícies; 
3. Remodelam os tecidos moles e 
duros a fim de se obter uma to-
pografia harmoniosa. 
OBS: terapia cirúrgica resulta em maior 
redução da PS e maior PI. Sempre ocor-
re algum grau de recidiva na PS em al-
gum sítio tratado. 
INDICAÇÕES DA CIRURGIA PERIODON-
TAL (sempre tentando preservar o ele-
mento dental) 
 Acesso para RAR; 
 Correção de defeitos morfológi-
cos: estabelecer morfologia den-
togengival adequada; 
 Preparação pré-protética; 
 Redução da profundidade da 
bolsa periodontal; 
 Correções de aberrações gengi-
vais grosseiras; 
 Regeneração da inserção perdi-
da; 
PERIODONTIA II – PUC MINAS 2018 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
 Preparação para implante. 
CONTRA-INDICAÇÕES (solicitar risco 
cirúrgico) 
 Cooperação ineficiente do paci-
ente; 
 Doenças cardiovasculares; 
 Discrasia sanguínea; 
 Distúrbio hormonal; 
 Distúrbio neurológico; 
 Contra-indicação absoluta: a-
granulocitose. 
MÉTODOS DE ELIMINAÇÃO DE BOLSA 
 Técnicas regenerativas; 
 Ressecção dentária: rizectomia, 
exodontia. 
PAREDE MOLE DA BOLSA 
 
 
 
 Na reparação clínica espera-se 
uma diminuição da profundidade de 
sondagem, ganho clínico de inserção e 
recessão gengival. Na reparação histoló-
gica espera-se um epitélio juncional 
longo, inserção conjuntiva longa e rege-
neração cirurgia a retalho. 
CIRURGIAS À RETALHO 
PRÉ-REQUISITOS 
 RAR; 
 Controle de placa pelo paciente; 
 Período de reavaliação. 
 
OBJETIVOS 
 Acesso para a RAR; 
 Reduzir a profundidade de bolsa 
periodontal – resecção da pare-
de; 
 Exposição da área para proce-
dimentos regenerativos. 
OBS: objetivo do tratamento cirúrgico é 
paralisar a doença e dar condições para 
o paciente de higienização. Acesso para 
desintoxicar a raiz do dente e, durante a 
cicatrização, colocar o sulco gengival em 
condições de ser higienizado pelo paci-
ente. 
 As cirurgias periodontais são 
divididas em cirurgias ressectivas e as 
conservadoras. Nas cirurgias ressectivas 
se tira mais tecido. 
RESSECTIVAS 
 Gengivectomia; 
 Retalho sem acerto ósseo; 
 Retalho com osteoplastia; 
 Ressecção dentária (hemissec-
ção e rizectomia). 
CONSERVADORAS 
 ENAP (procedimento excisional 
para nova inserção); 
 Widman modificado. 
CLASSIFICAÇÃO DOS RETALHOS 
1. Quanto à espessura: 
o Total ou mucoperiósteo: todo 
tecido mole, incluindo o periós-
teo, é deslocado para expor o 
osso subjacente; 
REMOÇÃOCIRÚRGICA 
DESLOCAMEN-
TO APICAL 
RETRAÇÃO 
PARA RAR 
PERIODONTIA II – PUC MINAS 2018 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
o Parcial ou dividido: inclui somen-
te o epitélio e uma camada de 
tecido conjuntivo subjacente. O 
osso permanece coberto. 
2. Quanto à direção do desloca-
mento: 
o Reposicionado: o retalho é 
retornado e suturado na sua 
posição original; 
o Deslocado: apicalmente, co-
ronalmente ou lateralmente. 
TÉCNICAS CONSERVADORAS 
ENAP 
“curetagem subgengival com bisturi” 
 Essa técnica é indicada para a 
região anterior e para bolsas rasas, pois 
quase não causa recessão – bolsas su-
praósseas em região anterior que re-
quer conservação de tecido gengival. 
 Não é indicada para bolsas in-
fraósseas profundas e defeitos ósseos 
que requerem excelente visualização. 
VANTAGENS 
 Perda tecidual mínima; 
 Pode ser realizada com faixa mí-
nima de gengiva inserida e cera-
tinizada; 
 Bom potencial de cicatrização 
por primeira intenção. 
DESVANTAGENS 
 Visão limitada; 
 Não aplicável em bolsas profun-
das e irregulares. 
 
WIDMAN MODIFICADO 
 Essa técnica é indicada para bol-
sas de rasas a médias e promove bons 
resultados estéticos. 
 Não há intenção de reduzir por 
secção a profundidade da bolsa e causa 
mínimo trauma de conjuntivo e de teci-
do ósseo. 
 Nessa técnica o retalho não é 
deslocado apicalmente, não se é utiliza-
do incisões relaxantes e não se preocu-
pa em restaurar o contorno ósseo. 
INCISÕES 
 Para tomar a decisão do tipo de 
incisão deve-se levar em consideração: 
1. Observar a faixa de tecido cera-
tinizado; 
2. Localização: região anterior ou 
posterior; 
3. Objetivo da cirurgia; 
4. Tipo de perda óssea. 
OBS: a diferença entre as técnicas está 
na localização da primeira incisão. 
Quanto mais conservadora a técnica, 
menos tecido é retirando, consequen-
temente, menos recessão gengival. 
Na técnica ENAP, a primeira inci-
são é feita na vertente interna do sulco 
gengival (parede mole da bolsa inter-
namente). 
Na técnica de Widman modifica-
do, essa incisão é feita 1 a 1,5mm do 
bordo da gengiva. 
1. Incisão primária; 
PERIODONTIA II – PUC MINAS 2018 
Michele 
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2. Deslocamento do retalho; 
3. Incisão secundária: intrasulcular; 
4. Incisão tericária: interproximal; 
5. Curetagem: raspagem e alisa-
mento radicular 
6. Sutura. 
CICATRIZAÇÃO 
 1ª intenção; 
 2ª intenção; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GENGIVECTOMIA 
 É a ressecção ou excisão de teci-
do mole ou parede gengival de uma 
bolsa periodontal verdadeira. 
 Pela remoção da parede da bol-
sa, a gengivectomia fornece visibilidade 
e acessibilidade para uma completa 
remoção do cálculo e o completo alisa-
mento das raízes. Isto cria um ambiente 
favorável para a cicatrização gengival e 
a restauração de um contorno gengival 
fisiológico. 
OBJETIVOS 
 Redução ou eliminação da bolsa 
periodontal em presença de 
ampla faixa de tecido ceratiniza-
do; 
 Estética (gengivoplastia); 
 Recontorno gengival adequado. 
TÉCNICAS 
 Cirúrgica (gengivótomo, eletro-
dos); 
 Laser. 
TÉCNICA CIRÚRGICA 
1. Marcação das bolsas; 
2. Incisão a 45 graus com o longo 
eixo do dente 1mm abaixo da 
marcação (kirkland); 
3. Incisão interproximal (orban); 
4. Remoção do tecido; 
5. Raspagem e alisamento tecidual; 
6. Aplainamento tecidual (kir-
kland); 
7. Hemostasia (colocação do ci-
mento cirúrgico). 
A incisão pode ser direta ou 
segmentada. 
 
 
 
 
 
1º DIA – formação 
do coágulo 
1/3º DIA – migração 
epitelial 
7º DIA – adesão 
epitelial e formação 
do tecido de granu-
lação 
15º DIA – clinica-
mente normal 
30º DIA – sulco gen-
gival epitelizado, 
aumento das fibras 
50º DIA – conjuntivo 
normal 
PERIODONTIA II – PUC MINAS 2018 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
GENGIVOPLASTIA 
 O objetivo é recontornar a gen-
giva em ausência de bolsas periodon-
tais. 
TÉCNICAS 
 Similar à técnica da gengivecto-
mia; 
 Gengivótomos; 
 Bisturis; 
 Pedras rotatórias (brocas); 
 Eletrodos. 
É imprescindível ter ampla faixa 
de tecido ceratinizado para realizar a 
gengivoplastia. Também é necessário 
ter 3mm do limite amelocementário à 
crista óssea. 
CICATRIZAÇÃO 
 Ocorre a formação de um coágu-
lo na superfície, um processo de infla-
mação aguda com necrose superficial 
no tecido subjacente e a substituição 
desse coágulo por um tecido de granu-
lação. 
 A cicatrização é por segunda 
intenção. 
 No início da cicatrização há um 
aumento do fluxo do sulco gen-
gival e no fim há a diminuição; 
 Epitelização da superfície: 5 a 14 
dias; 
 Reparação epitelial completa: 1 
mês; 
 Reparação conjuntiva completa: 
7 semanas. 
FRENECTOMIA 
 A frenectomia refere-se a remo-
ção completa do freio incluindo sua 
inserção ao osso subjacente. A freno-
tomia não remove a inserção ao osso. 
 Essa cirurgia é feita quando o 
freio está inserido muito próximo da 
margem gengival. 
TÉCNICA 
 Anestesia a distância; 
 Apreensão do freio com pinça 
hemostática curva; 
 Incisão: 
o contorno da face superior 
(gengival); 
o contorno da face inferior 
(lábio); 
o remoção da porção triangu-
lar incisada; 
o incisão horizontal; 
 Sutura; 
 Colocação do cimento cirúrgico; 
 Remoção da sutura (7 dias). 
CIRURGIAS MUCOGENGIVAIS 
 As cirurgias mucogengivais são 
feitas basicamente para recobrimento 
de recessões e para aumento de área 
ceratinizada. 
TÉCNICAS PARA O AUMENTO DE GEN-
GIVA CERATINIZADA 
 Enxerto gengival livre – apical à 
recessão; 
 Enxerto de tecido conjuntivo li-
vre; 
 Reposição apical de retalho. 
PERIODONTIA II – PUC MINAS 2018 
Michele 
Carvalho 
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TÉCNICAS PARA COBERTURA RADICU-
LAR 
 Enxerto gengival livre – coronal 
à recessão; 
 Retalho posicionado lateralmen-
te; 
 Retalho posicionado corolamen-
te; 
 Enxerto de tecido conjuntivo; 
 Combinação de técnicas. 
CLASSIFICAÇÃO DE MILLER 
(classificação de recessão gengival) 
CLASSE I 
 A recessão não atinge a linha 
mucogengival e não há perda de tecido 
proximal. Ótima previsibilidade de co-
bertura. 
CLASSE II 
 A recessão atinge a linha muco-
gengival, mas não há perda de tecido 
proximal. Ótima previsibilidade de co-
bertura. 
CLASSE III 
 A recessão atinge a linha muco-
gengival, existe perda de tecido proxi-
mal ou má posição dental. Previsibilida-
de cobertura comprometida. 
CLASSE IV 
 A recessão atinge a linha muco-
gengival, existe perda de tecido proxi-
mal (ósseo e tecido mole) ou má posi-
ção dental. Previsibilidade de cobertura 
severamente comprometida. 
OBS: a faixa de tecido ceratinizado (FCT) 
vai da linha mucogengival a margem 
gengival e a faixa de gengiva inserida 
(FGI) é a FTC menos a profundidade de 
sondagem. 
CIRURGIA DE FENESTRAÇÃO PERIÓSTEA 
(aprofundamento de vestíbulo) 
TÉCNICA 
1. Incisão horizontal na linha mu-
cogengival, delimitando a área; 
2. Retalho dividido (deixa o periós-
teo); 
3. Incisões verticais além da linha 
mucogengival (relaxantes); 
4. Criação de um leito periosteal 
imóvel; 
5. Fenestração do periósteo; 
6. Sutura mucoperióstea abaixo da 
área fenestrada. 
O objetivo de fenestrar o periós-
teo é expor o osso na base do retalho, 
para retardar a cicatrização que vem da 
mucosa, para que as células da gengiva 
povoem o leito periosteal e aumenteo 
tecido ceratinizado. 
OBS: é uma técnica que não tem muita 
previsibilidade. 
ENXERTO GENGIVAL LIVRE 
(1963 – enxergo gengival autógeno) 
É a técnica de escolha quando se 
quer aumentar a faixa de tecido cerati-
nizado, pois é a que tem melhor previ-
sibilidade. 
PERIODONTIA II – PUC MINAS 2018 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
Pode ser utilizada também para 
recobrimento radicular, porém, neste 
caso, a previsibilidade não é boa. 
O preparo do leito receptor é i-
gual ao da cirurgia de fenestração peri-
óstea: 
1. Incisão horizontal na linha mu-
cogengival, delimitando a área; 
2. Retalho dividido (deixa o periós-
teo); 
3. Incisões verticais além da linha 
mucogengival (relaxantes); 
4. Criação de um leito periosteal 
imóvel; 
5. Fenestração do periósteo; 
6. Sutura mucoperióstea abaixo da 
área fenestrada. 
7. Hemostasia – pressão com gaze 
e soro fisiológico. 
ÁREA DOADORA 
 Disponibilidade de tecido mole: 
observar a profundidade e com-
primento do palato; 
 Região de mesial de 2ªMS até 
2ªPMS (fora das rugosidades pa-
latinas); 
 Profundidade de 1,5mm (cor-
respondente ao bisel da lâmina 
15) – para pegar epitélio e um 
pouco de tecido conjuntivo; 
 Sutura em X sem muita tensão e 
coloca cimento cirúrgico. 
Faça a incisão contornando a á-
rea a ser retirada. Com uma pinça, se-
gure uma das pontas e vá soltando o 
enxerto aos poucos com a lâmina de 
bisturi. 
SUTURA DO ENXERTO 
 Pontos isolados; 
 Pontos compressivos (para 
comprimir o enxerto no periós-
teo); 
 Testar sempre a mobilidade – 
não deve ser móvel; 
 Compressão do enxerto contra o 
leito: para diminuir o coágulo 
entre o enxerto e o periósteo; 
 Proteção do enxerto com uma 
lâmina de papel laminado; 
 Cimento cirúrgico. 
RETALHO DESLOCADO CORONALMENTE 
 Técnica de primeira escolha para 
recessões isoladas. 
 Pouco complexa e bem tolerada 
pelos pacientes; 
 Necessidade de tecido ceratini-
zado apical à exposição radicu-
lar: 5mm de tecido; 
 A altura da recessão não deve 
ser muito maior que a altura da 
papila. 
TÉCNICA 
 Desepitelização da papila distal 
e mesial; 
 Incisões relaxantes para além 
da linha mucogengival; 
PERIODONTIA II – PUC MINAS 2018 
Michele 
Carvalho 
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 Incisão intrasulcular; 
 O retalho é descolado de forma 
romba: retalho dividido – com 
periósteo até a recessão. 
 
A área que vai cobrir a recessão 
deve vir sobre ela juntamente com pe-
riósteo (para ter periósteo sobre a raiz 
do dente). Quando passa a recessão, o 
retalho é dividido. 
Deve ser feita a raspagem e ali-
samento radicular na área em que esta-
va exposta ao meio oral. 
 O retalho deve ser suturado 
mais abaixo, pois ao cicatrizar há uma 
contração. 
OBS: a recessão cirúrgica é sempre mai-
or do que a clínica. 
ENXERTO DE TECIDO CONJUNTIVO LIVRE 
É uma técnica utilizada para au-
mento da faixa de tecido ceratinizado. 
Não é tão previsível, pois o enxerto con-
trai muito, porém promove um bom 
resultado estético. 
A técnica é a mesma do enxerto 
gengival livre, mas somente o tecido 
conjuntivo é retirado e suturado. 
Para retirar somente o tecido 
conjuntivo, faz-se uma incisão no palato 
e uma incisão relaxante que vai até o 
osso (em forma de L ou U), disseca in-
ternamente e retira só o conjuntivo. A 
quantidade retirada vai depender da 
espessura do palato do paciente. 
 Região de molares: tecido con-
juntivo mais fibroso (área de es-
colha) 
 Região de pré-molares: tecido 
conjuntivo mais volumoso. 
DESLIZE LATERAL DE RETALHO 
 Será feito um retalho e ele será 
deslocado lateralmente para cobrir uma 
recessão isolada ou para aumento de 
recido ceratinizado. 
PRÉ-REQUISITOS 
 Faixa suficiente de tecido cerati-
nizado na área doadora; 
 Espessura de tecido a ser deslo-
cado; 
 Presença de deiscências e/ou 
fenestrações ósseas. 
TÉCNICA – ÁREA RECEPTORA 
 Incisão circundando a recessão 
com exposição do conjuntivo até 
o periósteo – mesma inclinação: 
o Primeiro faz-se a desepi-
telização 3mm além da 
recessão e da linha mu-
cogengival; 
o Depois faz-se a incisão in-
trasulcular, do outro la-
do. 
PERIODONTIA II – PUC MINAS 2018 
Michele 
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 Incisões convergentes para o 
fundo de saco do vestíbulo pas-
sando da linha mucogengival. 
ÁREA DOADORA 
 Incisão na margem gengival ou 
3mm acima; 
 Incisão relaxante – além da linha 
mucogengival; 
 Retalho total ou dividido: vai de-
pender da espessura do tecido. 
OBS: é preferível fazer a incisão 3mm 
acima da margem gengival, para con-
servar o tecido ceratinizado da área 
doadora. 
 Antes de levar o retalho para a 
área receptora deve-se fazer RAR. 
 O retalho que ficará sobre a raiz 
do dente deve ser total e o restante 
pode ser dividido, pois estará sobre 
uma região não vascularizada. 
OBS: a cicatrização da área doadora é 
por segunda intenção e a da área recep-
tora é por primeira. 
 Umas das vantagens dessa técni-
ca é o retalho ser pediculado, ou seja, 
ele é vascularizado. Além disso, não é 
necessária a retirada de enxerto do pa-
lato, dando maior conforto pós-
operatório para o paciente. 
ENXERTO DE TECIDO CONJUNTIVO 
(Técnica de Bruno) 
Essa técnica pode ser utilizada 
em recessões isoladas ou múltiplas. Ela 
permite um excelente resultado estéti-
co. 
OBS: um “saco” é criado, para a inser-
ção do enxerto conjuntivo. 
TÉCNICA 
 Incisões horizontais nas papilas, 
seguindo a altura do limite ame-
locementário; 
 Incisão intrasulcular no dente 
com a recessão. 
 Retalho dividido: lâmina paralela 
ao longo eixo do dente – cuida-
do para não fenestrar a linha 
mucogengival. 
Parte do enxerto ficará em uma 
área vascularizada e outra parte em 
uma área não vascularizada, que é a 
área da recessão. Por causa disso, é de 
extrema importância que o enxerto se 
prolongue para a área vascularizada o 
dobro do tamanho da recessão. 
EX: se a recessão tem 3mm de largura, o 
enxerto deve se prolongar 6mm para 
cada lado. 
OBTENÇÃO DO ENXERTO 
 Incisão perpendicular à tábua 
óssea de 3 a 4 mm da margem 
gengival; 
 Incisões relaxantes em L ou U; 
 Incisões paralelas; 
 Sutura: compressão. 
Deve-se tomar cuidado com a 
artéria palatina maior ao retirar o en-
xerto. Ela fica localizada normalmente 
na região de maior curvatura do palato 
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– dar 2 mm de segurança para não che-
gar tão próximo dessa área. 
 A área doadora deve ter no mí-
nimo 3 mm de espessura e a melhor 
área para retirar tecido é a região entre 
o primeiro e o segundo molar (mais 
tecido fibroso) 
 A região de pré-molares é a área 
mais espessa, porém tem menos fibras. 
OBS: margem de segurança de 3 mm da 
margem gengival e 2 mm da artéria 
palatina. 
TÉCNICA DO ENXERTO DE TECIDO CON-
JUNTIVO + RETALHO DESLOCADO CO-
RONALMENTE 
(técnica de Lana) 
 Incisões horizontais na altura do 
limite amelocementário; 
 Duas incisões relaxantes; 
 Retalho dividido; 
 Deseptelização das papilas; 
 Colocação do enxerto; 
 Deslocamento do retalho coro-
nalmente; 
 Sutura. 
CIRURGIAS REGENERATIVAS 
“cicatrização dirigida” 
 O coágulo formado durante a 
cicatrização pode ser colonizado por 
quatro tipos de células: do epitélio, do 
conjuntivo, do osso e do ligamento pe-
riodontal. 
 O ligamento periodontal possui 
células mesenquimais indiferenciadas,portanto, são essas as melhores células 
para povoar o coágulo. 
Normalmente as células epiteliais colo-
nizam mais rapidamente o coágulo, por 
isso deve-se impedir essa colonização 
rápida, para isso, são utilizadas as 
membranas. 
FATORES QUE AFETAM A REGENERAÇÃO 
TECIDUAL GUIADA 
1. Do paciente; 
2. Do defeito ósseo; 
3. Da técnica de cicatrização. 
PACIENTE 
 O paciente deve ter ótimo con-
trole de placa (menos que 24%) e não 
deve ser tabagista. Não deve ter ne-
nhum processo agudo na área. 
Deve-se observar a espessura da 
gengiva no local. 
DEFEITO ÓSSEO 
 Deve-se observar a anatomia do 
defeito ósseo. 
 AMPLO ESTREITO 
 
 
 
TÉCNICA DE CICATRIZAÇÃO 
 Desenho do retalho: 
o Incisões intrasulcula-
res; 
Raso Profundo Raso Profundo 
MAIOR PREVISIBILIDADE 
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o Incisões relaxantes 
distantes da mem-
brana. 
 Colocação correta do material: 
o Condensação do en-
xerto; 
o Adaptação da Mem-
brana. 
 Fechamento do retalho: 
o Evitar exposição do 
material do enxerto; 
o Evitar exposição e 
contaminação da 
membrana. 
OBS: sempre evitar a contaminação do 
biomaterial. 
 A incisão deve ser intrasulcular e 
as relaxantes devem ser mais distantes 
da área onde o biomaterial será coloca-
do, para não ter perigo de expor esse 
material. 
TIPOS DE MEMBRANA 
 Sintéticas não reabsorvíveis: poli-
tetrafluoretinelo expandido (PT-
Fe) – como ela não é reabsorví-
vel, é necessário um segundo 
tempo de cirurgia para retirá-la; 
 Sintéticas reabsorvíveis: ácido 
poliglicólico e polilático; 
 Naturais: colágeno xenógeno e 
matriz alógena. 
COMPORTAMENTO BIOLÓGICO DOS 
BIOMATERIAIS 
 Existem três possibilidades de 
atuação do material. Cada material tem 
sua característica própria. 
 Osteogênese; 
 Osteoindução; 
 Osteocondução. 
OSTEOGÊNESE 
 Transferência de osteoblastos 
viáveis; 
 Estabelecimento de centros de 
formação óssea; 
 Osso autógeno do ilíaco - medu-
lares. 
OSTEOINDUÇÃO 
 Indução a diferenciação de célu-
las mesenquimais em osteoblas-
tos; 
 Proteína morfogenética do osso 
(BMP); 
OSTEOCONDUÇÃO 
 Material de enxerto funciona 
como um arcabouço; 
 Migração de células percussoras 
de osteoblastos; 
 Osso alógeno,enxertos aloplásti-
co. 
Após o procedimento, para dizer 
que houve regeneração, teria que ser 
feito um exame anatomopatológico, 
para saber se todos os três tecidos (os-
so, cemento e ligamento periodontal) 
foram criados. Clinicamente pode-se 
dizer que houve uma reparação. 
MATERIAIS DE PREENCHIMENTO 
Tipo de en-
xerto 
Origem Exemplos 
Auto-enxerto Do próprio 
organismo 
Cortical ós-
sea, osso 
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esponjoso ou 
combinação. 
Aloenxerto Mesma 
espécie 
DFDBA, FDBA 
Xenoenxerto Outra es-
pécie 
Colágeno, 
osso, hidroxi-
apatita 
Enxerto alo-
plástico (sin-
tético) 
Químico Carbonato de 
cálcio, biovi-
dros, políme-
ros 
 
AUMENTO DE COROA CLÍNICA 
 O aumento de coroa clínica pode 
ser feito tanto quando há invasão do 
espaço biológico e tanto quando não 
há. 
INDICAÇÕES 
 Coroas clínicas curtas; 
 Cáries radiculares; 
 Preparos dentais preexistentes 
inadequados; 
 Fraturas cervicais ou sob a crista 
óssea; 
 Trepanação radicular; 
 Reabsorções radiculares; 
 Dentes curtos devido à erupção 
parcial. 
CRITÉRIOS DECISIVOS 
 Proporção coroa/raiz; 
 Posição do dente no arco; 
 Prognóstico do tratamento; 
 Valor estratégico do dente; 
 Considerações estéticas; 
 Grau de suporte periodontal ad-
jacente; 
 Localização das furcas. 
PROCEDIMENTOS BÁSICOS 
SEM INVASÃO DO ESPAÇO BIOLÓGICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muitas vezes, quando não há in-
vasão do espaço biológico, mas há con-
dição inflamatória e a gengiva está hi-
plerplasiada, somente uma RAR resolve 
o problema. Quando não, pode-se fazer 
uma gengivectomia ou retalho sem os-
teotomia. 
INVASÃO DO ESPAÇO BIOLÓGICO 
 
 
 
 
 
 
 
As situações clínicas que com-
prometem o espaço biológico ou os 
tecidos supracristais necessitam de tra-
tamento, obrigatoriamente. 
CIRÚRGICO NÃO CIRÚR-
GICO 
GENGI-
VECTOMIA 
RETALHO 
SEM OS-
TEOTOMIA PROCEDI-
MENTOS 
BÁSICOS 
(RAR) 
EXTRUSÃO 
ORTO-
DÔNTICA 
CIRÚRGICO NÃO CIRÚR-
GICO 
RETALHO 
SEM OS-
TEOTOMIA 
EXTRUSÃO 
ORTO-
DÔNTICA 
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RETALHO POSICIONADO APICALMENTE 
 Sem osteoplastia (quando o es-
paço biológico está preservado); 
 Com osteoplastia (quando o es-
paço não está preservado). 
VANTAGENS 
 Possibilidade de preservar ou 
aumentar a faixa de gengiva in-
serida; 
 Redução ou erradicação da bol-
sa; 
 Possibilidade de controlar a po-
sição do tecido. 
DESVANTAGENS 
 Quando com ressecção óssea: 
exposição radicular com maior 
sensibilidade; 
 Efeito estético pode ser adverso; 
 É possível que haja remoção ex-
cessiva de inserções clínicas. 
CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS 
1. Incisão intrasulcular: para pre-
servar a faixa de tecido ceratini-
zado; 
2. Incisão em bisel inter-
no/invertido; 
3. Incisões relaxantes verticais 
(nem sempre são necessárias); 
4. Retalho de espessura total ou 
parcial – se quer aumentar a fai-
xa de tecido ceratinizado ele de-
ve ser parcial; 
5. Necessidade de recontorno ós-
seo (nem sempre é necessário) – 
quando é região anterior é im-
portante, por causa da estética. 
PERIMPLANTITE 
A resposta inflamatória perim-
plantar é diferente da resposta da do-
ença periodontal, pois os tecidos são 
outros. 
MUCOSITE PERIMPLANTITE 
 
 IMPLANTE 
 ÓSSEOINTEGRADO 
 
SEM PERDA COM PERDA 
ÓSSEA ÓSSEA 
O implante está em contato di-
reto com o osso, não há ligamento peri-
odontal e nem inserção conjuntiva, por 
isso o mecanismo de defesa dos tecidos 
perimplantares é pior. A resposta infla-
matória é pior, pois vem do osso, e a 
perda óssea ocorre de forma rápida. 
OBS: ao redor do implante não tem 
gengiva e sim um tecido perimplantar 
que pode ser ceratinizado ou não. 
O pré-requisito para a colocação 
de um implante é a faixa de tecido cera-
tinizado. É necessário ter tecido cerati-
nizado ao redor do corpo do implante. 
A perda óssea perimplantar pode 
acontecer por diversos motivos, como: 
 Trauma cirúrgico: para evitar, 
devem ser usadas brocas com 
bastante irrigação, pois não po-
de esquentar demais o osso, se-
não causa necrose. As brocas 
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devem ser utilizadas em ordem 
crescente de diâmetro e devem 
ter bom poder de corte. 
 Sobrecarga oclusal: distribuição 
das forças; 
 Espaço biológico: deve ser res-
peitado; 
 Microfendas: diferença de adap-
tação entre o intermediário e a 
cabeça do implante. Essa fenda 
é colonizada por bactérias, por 
isso e deve tentar mantê-la lon-
ge do osso, pois ele tem baixo 
potencial de defesa. 
OBS: as perdas ósseas são verticais. 
 Deve-se tomar cuidado com a 
colocação do implante, para não deixar 
um sulco perimplantar muito profundo. 
O sulco profundo é colonizado por ana-
eróbias gram negativas e a higienização 
é dificultada. 
 A cabeça do implante deve ficar 
de 3mm a 5mm abaixodo limite amelo-
cementário dos dentes vizinhos, para 
ter um sulco de tamanho adequado. 
CICATRIZAÇÃO PERIMPLANTAR 
 Forma-se um coágulo e depois 
uma rede de fibrina com tecido de gra-
nulação. As células mesenquimais indi-
ferenciadas do endósteo migram para a 
rede de fibrina e se diferenciam em 
osteoblastos. Assim, elas começam a 
proliferar e produzir matriz óssea sobre 
a superfície do implante. A partir daí, há 
o processo de calcificação dessa matriz 
e de remodelação óssea. 
OBS: com três dias já há migração de 
células e com seis dias já tem formação 
de osteóide e o remodelamento ósseo a 
partir de 21 dias. 
TRATAMENTO 
 Raspagem e polimento (terapia 
básica); 
 Cirurgia ressectiva; 
 Antibioticoterapia; 
 Cirurgia regenerativa. 
É muito mais difícil desintoxicar 
a superfície do implante. 
1. Remoção das bactérias no inte-
rior da bolsa; 
2. Descontaminação e condicio-
namento da superfície do im-
plante; 
3. Redução / eliminação de sítios 
com plana independente da hi-
giene oral (microfendas); 
4. Estabelecimento do controle de 
placa efetivo para não haver re-
contaminação; 
5. Regeneração óssea. 
PERIMPLANTITE CLASSE I 
 Pequena perda óssea horizontal 
com defeitos perimplantares mínimos. 
OBS: nesse caso não dá para fazer cirur-
gia regenerativa, porque a perda óssea 
é horizontal. 
 
 
 
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REMOÇÃO DE FATORES LOCAIS 
 
MELHORA? 
 
SIM NÃO 
 
MANUTENÇÃO TERAPIA CIRÚRGICA 
TERAPIA CIRÚRGICA 
 Limpeza da superfície do implan-
te; 
 Correção da topografia óssea; 
 Reposição apical de tecido mole; 
 Antibiótico adjunto: se necessá-
rio. 
PERIMPLANTITE CLASSE II 
 Perda óssea horizontal modera-
da com defeitos verticais isolados. 
1. Terapia inicial; 
2. Terapia cirúrgica (se necessário): 
é igual a terapia da fase I, porém 
com antibiótico associado - te-
traciclina ou metronidazol. 
PERIMPLANTITE CLASE III 
 Perda óssea horizontal modera-
da a avançada com defeitos ósseos cir-
culares. 
 A terapia básica sempre deve ser 
feita antes da fase cirúrgica. Nesse caso, 
é provável que só ela não resolva a pe-
rimplantite. 
 
 
TERAPIA CIRÚRGICA 
 Limpeza da superfície do implan-
te; 
 Reposição apical do tecido mole; 
 Avaliar a possibilidade de rege-
neração óssea guiada; 
 Antibiótico: tetraciclina ou me-
tronidazol. 
PERIMPLANTITE CLASSE IV 
 Perda óssea horizontal modera-
da a avançada com defeitos ósseos cir-
cunferenciais amplos. Perda de paredes 
ósseas. 
TERAPIA CIRÚRGICA 
 Limpeza da superfície do implan-
te; 
 Eliminação da bolsa por meio de 
regeneração óssea guiada – osso 
autógeno; 
 Antibiótico: tetraciclina ou me-
tronidazol. 
LESÃO DE FURCA 
 A progressão da doença perio-
dontal, se não tratada, acaba resultando 
em perda de inserção suficiente para 
afetar a bifurcação ou trifurcação de 
dentes multirradiculares. 
O objetivo do tratamento perio-
dontal é desintoxicar a raiz do dente, 
porém, na região da furca isso se torna 
muito mais difícil. 
 A maior parte das furcas não é 
instrumentável, pois são estreitas e de 
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difícil acesso. Muitas vezes o instrumen-
to não alcança. 
 Os métodos de higiene realiza-
dos pelo paciente em casa podem não 
ser capazes de manter a região da furca 
livre de placa. 
DIAGNÓSTICO 
 Profundidade horizontal: grau I 
(sonda entra 3mm), II (sonda en-
tra mais que 3mm) e III (sonda 
atravessa para o outro lado); 
 Profundidade vertical: A (0mm), 
B (até 3mm) e C (6mm). 
OBS: é preferível ter profundidade hori-
zontal grau III do que a vertical de 6mm. 
FATORES DE RISCO ANATÔMICO 
 Tamanho do bulbo radicular 
(tronco radicular); 
 Projeções cervicais de esmalte 
(PCE); 
 Sulcos corono-radiculares; 
 Divergência radicular. 
BULBO RADICULAR 
 O tronco radicular (ou bulbo 
radicular) é a distância do limite amelo-
cementário até a entrada da furca. 
 Quanto menor for essa distân-
cia, maior risco de ter lesão de furca. 
Caso o sulco seja infectado, as bactérias 
já estão muito próximas da furca. Po-
rém, o tratamento é mais fácil, pois a 
furca não está tão profunda. 
Quanto maior for o tronco, me-
nor é probabilidade de se ter uma lesão 
de furca. Mas, se ela ocorrer, pior é o 
prognóstico, pois já vai ter perdido mui-
ta estrutura. 
 
PROJEÇÕES CERVICAIS DE ESMALTE 
 Acontece de 8 a 26% nos mola-
res. Sendo a prevalência maior nos se-
gundos molares superiores e inferiores. 
 O epitélio juncional se adere no 
esmalte e, se a projeção estiver próximo 
da furca, o epitélio estará aderido pró-
ximo também. Dessa forma, em qual-
quer bolsa, as bactérias já estarão prati-
camente na furca. 
 Grau I: a projeção de esmalte es-
tende-se da junção esmalte-
cemento na direção da entrada 
da furca; 
 Grau II: a projeção de esmalte 
aproxima-se da entrada da fur-
ca, sem entrar, e, portanto, não 
há componente horizontal; 
 Grau III: a projeção de esmalte 
estende-se horizontalmente pa-
ra dentro da furca. 
SULCOS CORONO-RADICULARES 
 As bactérias se acumulam no 
sulco e o paciente não consegue higie-
nizar. 
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DIVERGÊNCIA, COMPRIMENTO E FOR-
MA RADICULAR 
 Raízes divergentes são melhores 
para o tratamento. Caso tenha alguma 
lesão de furca, é possível fazer uma ri-
zectomia. 
 Se as raízes forem muito próxi-
mas ou unidas, a amputação se torna 
muito mais difícil. 
 Dentes com raízes curtas e tron-
co radicular longo podem ter perdido a 
maior parte do seu suporte no momen-
to em que a furca tornou-se afetada. 
 Dentes com raízes longas e tron-
co radicular curto se mostram mais a-
cessíveis ao tratamento, uma vez que 
há inserção remanescente suficiente 
para responder às demandas funcionais. 
POSSIBILIDADE DE TRATAMENTO 
DIAGNÓSTICO 
 
TRATAMENTO BÁSICO / OSTEOPLASTIA 
 Depois do tratamento básico, 
existem algumas opções de tratamento 
cirúrgico: 
 Amputação radicular; 
 Hemissecção: divisão de um 
dente birradicular em duas por-
ções separadas; 
 Tunilização (criação de um “tú-
nel” – deixa a furca exposta); 
 Regeneração tecidual guiada; 
 Exodontia (com ou sem manu-
tenção alveolar); 
 Retalho de Widman tradicional. 
O objetivo da terapia para os de-
feitos de furca são facilitar a manuten-
ção, prevenir perda adicional de inser-
ção e fechar os defeitos de furca. A se-
leção do modo terapêutico varia de 
acordo com o grau de envolvimento de 
furca, a extensão e a configuração da 
perda óssea. 
QUAL RAIZ DEVE SER REMOVIDA 
1. Remova a raiz que promova a e-
liminação da furca; 
2. Remova a raiz que apresenta 
maior perda óssea e de inserção; 
3. Remova a raiz que melhor con-
tribuir para a eliminação de pro-
blemas periodontais em dentes 
adjacentes; 
4. Remova a raiz que apresenta o 
maior número de problemas a-
natômicos; 
5. Remova a raiz que menos com-
plicará a manutenção periodon-
tal futura.

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