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Aula 2 – Pára Raios INTRODUÇÃO • As linhas de transmissão e redes aéreas de distribuição urbanas e rurais são extremamente vulneráveis às descargas atmosféricas que, em determinadas condições, podem provocar sobretensões elevadas no sistema (sobretensões de origem externa), ocasionando a queima de equipamentos, tanto os da companhia concessionaria como os aparelhos do consumidor de energia elétrica. • Para que se protejam os sistemas elétricos dos surtos de tensão, que também podem ter origem durante manobras de chaves seccionadoras e disjuntores (sobretensões de origem interna) são instalados equipamentos apropriados que reduzem o nível de sobretensão a valores compatíveis com o suportável desses sistemas. Esses equipamentos protetores contra sobretensões são denominados para- raios. • Os para-raios são utilizados para proteger os diversos equipamentos que compõem uma subestação de potencia ou simplesmente um único transformador de distribuição instalado em poste. Os para-raios limitam as sobretensões a um valor máximo. Esse valor é tomado como o nível de proteção que o para-raios oferece ao sistema. PARTES COMPONENTES DO PARA-RAIOS • A proteção dos equipamentos elétricos contra as descargas atmosféricas é obtida por para-raios que utilizam as propriedades de não linearidade dos elementos de que são fabricados para conduzir as correntes de descarga associadas às tensões induzidas nas redes e em seguida interromper as correntes subsequentes, isto é, aquelas que sucedem às correntes de descarga após a sua condução à terra. • Atualmente existem dois elementos de características não lineares capazes de desempenhar as funções anteriormente mencionadas a partir dos quais são construídos os para-raios: • carbonato de silício • oxido de zinco. 1 - Para-raios de Carboneto de silício (SiC) • Os para-raios de carboneto de silício são aqueles que utilizam como resistor não linear o carboneto de silício (SiC) e têm em série com este um centelhador formado por vários gaps (espaços vazios). Esses para-raios são constituídos basicamente das seguintes partes: Resistores não lineares A matéria-prima do principal componente do para- raios, o carboneto de silício, é adquirida de fabricantes específicos, que, no Brasil, destinam basicamente a sua produção para o setor de industrialização de pedras de esmerilhamento. A partir de então, passa por vários processos físicos e químico para que atinja as especificações; • Observando a Figura anterior nota-se que existem três regiões distintas de operação dos para-raios. • Considerando os para-raios ZnO na região 1, esta pode ser definida como aquela em que o para-raios opera continuamente sem sofrer avarias. É a região conhecida como MCOV (maximum continuous operating voltage) e que corresponde a uma tensão de operação entre 80 e 90% da tensão nominal do para-raios e cujo valor deve ser informado pelo fabricante. Nessa região de baixas correntes o ZnO é muito sensível às temperaturas a que é submetido, alterando severamente as suas características. Quanto maior a temperatura a que ficam submetidas as pastilhas, maior será́ a energia acumulada nos elétrons, e consequentemente, maior será́ o valor da corrente de fuga, degradando o desempenho do para-raios. • A região 2 é caracterizada pela grande variação de condução de corrente pelos para-raios para pequenos incrementos de tensão no sistema. Nessa região os para-raios suportam bem os transitórios na frequência industrial. Nessa condição o para-raios pode operar por até 10 s. Para tempos superiores ocorrerá uma elevação de temperatura nas pastilhas de ZnO e como consequência será́ drenada para a terra um valor maior de corrente de fuga. Nessa região a temperatura apresenta pouca influencia no valor da tensão. • Ao continuar essa condição de operação entra-se na região 3, que é caracterizada pela condução de elevadas correntes de fuga com valores superiores a sua capacidade nominal, o que possivelmente levará as partilhas à condição de avaria, fenômeno que é denominado avalanche térmica. Nessa região, denominada zona de alta corrente, onde se processa a descarga da corrente através do bloco cerâmico, o comportamento do ZnO depende da resistividade dos grânulos de que são fabricados os varistores. Corpo de porcelana Constituído de porcelana vitrificada de alta resistência mecânica e dielétrica, dentro do qual estão alojados os principais elementos ativos do para-raios. O sistema de vedação é o ponto mais critico de um para-raios e consiste nas gaxetas de borracha e nas tampas metálicas instaladas nas extremidades. Quando o para- raios é submetido a descarga, a sua temperatura é elevada a um valor que depende da magnitude da corrente. Como os coeficientes de expansão da porcelana, das gaxetas de borracha e das tampas metálicas são diferentes, existe a possibilidade de entrada de ar externo para o interior do para- raios, afetando de imediato o desempenho do centelhador, através do qual pode haver disrupção à frequência industrial motivada pela redução da rigidez dielétrica dos espaços entre os elementos do centelhador. Centelhador série É constituído de um ou mais espaçadores entre eletrodos, dispostos em série com os resistores não lineares, e cuja finalidade é assegurar, sob quaisquer condições, uma característica de disrupção regular com uma rápida extinção da corrente subsequente, fornecida pelo sistema. O centelhador série pode ser considerado uma chave de interrupção da corrente que segue a corrente de descarga do para-raios (corrente subsequente), quando esta passa pelo ponto zero natural do ciclo alternado. Desligador automático É constituído de um elemento resistivo colocado em serie com uma cápsula explosiva protegida por um corpo de baquelite. • O desligador automático é projetado para não operar com a passagem da corrente de descarga e da corrente subsequente. Sua principal utilidade é desligar o para- raios defeituoso da rede através de sua autoexplosão. Adicionalmente, serve como indicador visual de defeito do próprio para-raios. • Esses dispositivos são disponíveis somente nas unidades de média tensão. Mola de compressão • Fabricada em fio de aço de alta resistência mecânica, tem a função de reduzir a resistência de contato entre os blocos cerâmicos. • O seu fornecimento vem caindo sistematicamente, ao contrario dos para-raios de óxido de zinco. • 2 - Para-raios a Óxido de Zinco (ZnO) • São assim denominados os para-raios que utilizam como resistor não linear o óxido de zinco (ZnO) e, ao contrario dos para-raios a carboneto de silício, não possuem centelhadores série. Esses para-raios são constituídos basicamente das seguintes partes: Resistores não lineares Em decorrência das pesquisas para obtenção de um resistor não linear de aplicação na proteção de circuitos eletrônicos, a Matsushita Electric Industrial Company, sediada em Osasco, no Japão, descobria em 1978 que o óxido de zinco possuía excelentes características de não linearidade. Em seguida a General Electric aprofundou as pesquisas para obter um produto que pudesse substituir o carboneto de silício, SiC, único produto que desempenhava a função de resistor não linear na construção de para-raios e que dispensasse o uso de centelhadores, que são os elementos responsáveis pela interrupção da passagem da corrente subsequente. • Os para-raios de oxido de zinco são constituídos por blocos cerâmicos compostos a partir de uma mistura de oxido de zinco, em maior proporção, e outros óxidos metálicos, como o antimônio, o manganês, o bismuto e o cobalto. • Após a obtenção do pó́, resultante da mistura anteriormente referida, procede-se à prensagem dos blocos nas dimensões desejadas, vindo em seguida a sua sinterização, que consiste em um tratamentotérmico cujo objetivo é tornar o bloco um elemento cerâmico, e isso é obtido quando o mesmo é submetido a uma temperatura que pode chegar aos 1.300°C • A diferença básica entre um para-raios SiC e um para-raios ZnO é o coeficiente de não linearidade, que significa a quantidade da variação da resistência ôhmica do varistor de que são constituídos os para- raios para uma dada elevação da tensão. Os para-raios SiC tem um baixo coeficiente de não linearidade, enquanto os para-raios ZnO apresentam um elevado valor desse fator. • A corrente que circula no bloco varistor (carboneto de silício ou óxido de zinco) depende exponencialmente da tensão aplicada nos terminais do para-raios, conforme Equação: Corpo de porcelana É constituído de uma peça cerâmica no interior da qual estão instalados os varistores de oxido metálico. Dada a sua particular construção, o volume interno do invólucro de porcelana é superior ao volume ocupado pelos varistores, permitindo assim um espaço interno lateral razoável. Se há falha de vedação o ar úmido e/ou poluído penetra no interior do invólucro, alterando as características elétricas dos varistores. Como os para-raios estão permanentemente energizados, inicia-se nesse momento um pequeno fluxo de corrente entre fase e terra, levando rapidamente à decomposição dos varistores de oxido metálico, perda da umidade e consequentemente a atuação do elemento de proteção de neutro do sistema elétrico. Corpo polimérico Os invólucros poliméricos são constituídos de uma borracha de silicone com diversas variedades de propriedades químicas na sua formação, dependendo da tecnologia de cada fabricante. • Os para-raios com invólucros poliméricos têm como vantagem a ausência de vazios no seu interior, ao contrário do que ocorre com os para-raios de corpo de porcelana. Devem ser dotados de um excelente sistema de vedação. Na condição de falha por excesso de energia de um para- raios de corpo de porcelana, os blocos de ZnO entram em decomposição, liberando gases, elevando a pressão interna até o rompimento do corpo de porcelana, onde seriam expelidos fragmentos para o ambiente próximo ao ponto de instalação do para-raios. No caso de falha por excesso de energia de um para-raios de corpo polimérico, devido à inexistência de espaços internos e à própria tecnologia do material, não há explosão do invólucro, e o risco de liberação de fragmentos para o ambiente é muito remoto. • Outra vantagem do corpo polimérico reside na sua aplicação em áreas de elevada poluição. Assim, um para-raios de corpo de porcelana, por dispor de espaços internos de razoável volume, a penetração de ar poluído para o interior do mesmo por perda de vedação propicia a ocorrência de descargas parciais nos espaços que circundam os blocos de ZnO, degradando os mesmos até o ponto de falha. Ja ́ nos para-raios de corpo polimérico, pela inexistência de espaços interiores, o seu desempenho em condições similares é muito superior. • Por não possuírem desligador automático, a falha dos blocos cerâmicos leva o sistema elétrico à condição de curto-circuito, cuja identificação do para-raios defeituoso a olho nu é praticamente impossível. Para evitar tais situações, os para-raios são equipados com um indicador de falta para facilitar a identificação da unidade defeituosa. Em geral, a sensibilidade do indicador de falta é de 15 A. Contador de descarga Tem por finalidade contar o numero de operações do dispositivo a partir de um dado valor de corrente e duração. Em geral, é inserido no contador de descarga um medidor de corrente (miliamperímetro). Também, é comum o contador de descarga ser acompanhado de um indicador de descarga cujo objetivo é mostrar a operação do para-raios. • A Figura a seguir mostra o desenho de uma estrutura de concreto armado utilizada para a instalac ̧ão de para-raios em subestações de potencia de 230 kV. Pode ser utilizada alternativamente uma estrutura de ferro galvanizado. Mostra-se um contador de descarga, visto em detalhe da Figura 1.8, cuja função é registrar o numero de descarga atmosférica que ocorreu no sistema. Isso é feito sempre que a corrente de descarga devido a um raio é conduzida à terra pelo cabo de aterramento do para-raios. Capacidade máxima de absorção de energia • É a máxima quantidade de energia a que um para-raios pode conduzir sem que sejam alteradas de forma significativa as suas características operacionais, quando cessar o fenômeno que causou o seu funcionamento. Na especificação do para-raios deve ser citado o valor máximo da energia que poderá́ ser absorvida pelo para-raios, sob pena de sofrer danos irreparáveis quando da sua atuação e permitir que os equipamentos que protege sejam submetidos a esforços dielétricos elevados. • As características construtivas das pastilhas dos para-raios definem a sua capacidade de absorção de energia. A faixa de capacidade de absorção de energia de um para-raios, de forma geral, pode ser conhecida da seguinte forma: • Para-raios tipo distribuição: 5 kJ/kV • Para-raios tipo intermediário: 10 kJ/kV • Para-raios de alta tensão: 15 kJ/kV • O cálculo da capacidade de absorção de energia de um para-raios de oxido metálico pode ser calculado considerando os seguintes eventos: • a) Incidência direta de descargas atmosféricas • b) Religamento de linhas de transmissão ou energização de transformadores • O valor da energia absorvida, Eabetl, pelo para-raios ao drenar uma corrente devido ao religa- mento de uma linha de transmissão ou ainda em decorrência da energização de um transforma- dor de potência vale: • c) Desconexão de banco de capacitores • O valor da energia absorvida, Eabeca, pelo para-raios ao drenar uma corrente devido à manobra de um banco de capacitores val Exemplo: ORIGEM DAS SOBRETENSÕES • A sobretensão é o resultado de uma tensão variável em relação ao tempo envolvendo as fases de um sistema ou uma fase e a terra. Para ser considerada uma sobretensão seu valor de crista deve ser superior ao valor de crista da tensão máxima do sistema. • Tomando como principio o grau de amortecimento da onda de sobretensão e o seu tempo duração, as sobretensões podem ser classificadas em três diferentes formas: • Sobretensão temporária. • Sobretensão de manobra. • Sobretensão atmosférica. Sobretensão Temporária A sobretensão temporária é caracterizada por uma onda de tensão elevada e de natureza oscilatória e longo tempo de duração, ocorrida num ponto definido do sistema, envolvendo as fases ou uma fase e a terra cujo amortecimento é muito reduzido. • As sobretensões temporárias são motivadas por algumas ocorrências que podem ser assim resumidas: • Defeitos monopolares. • Perda de carga por abertura do disjuntor. • Fenômenos de ferrorressonância. • Efeito ferrante. • Sobretensão de Manobra Caracterizada pela operação de um equipamento de manobra como resultado de um defeito ou outra causa, em determinado ponto do sistema, envolvendo as três fases ou uma fase e a terra. • Há diferentes formas de onda característica para cada tipo de manobra efetuada no sistema. São definidas por tempo de frente de onda entre 100 e 500 ms e um tempo para atingir o valor médio da cauda de 2.500 ms. • As sobretensões de manobra são mais severas que as sobretensões de natureza temporária, e, portanto, são parâmetros utilizados para determinar o nível de isolamento do sistema. São caracterizadas por fenômenos eletromagnéticos e podem sobrepor-se à tensão de frequência industrial. • Sobretensão atmosféricaMotivada por uma descarga atmosférica envolvendo as fases do sistema ou uma das fases e terra. Ao longo dos anos, várias teorias foram desenvolvidas para explicar o fenômenodos raios. Atualmente tem-se como certo que a fricção entre as partículas de água e gelo que formam as nuvens, provocada pelos ventos ascendentes, de forte intensidade, dá origem a uma grande quantidade de cargas elétricas. Verifica-se experimentalmente que as cargas elétricas positivas ocupam a parte superior da nuvem, enquanto as cargas elétricas negativas se posicionam na sua parte inferior, acarretando, consequentemente, uma intensa migração de cargas positivas na superfície da terra para a área correspondente à localização da nuvem. Dessa forma, a concentração de cargas elétricas positivas e negativas numa determinada região faz surgir uma diferença de potencial entre a nuvem e a terra. No entanto, o ar apresenta uma determinada rigidez dielétrica, normalmente elevada, e que depende de certas condições ambientais. • Tomando-se como base as medições feitas na Estação do Monte Salvatori, as intensidades das descargas atmosféricas podem ocorrer nas seguintes probabilidades: • As redes aéreas podem ser submetidas a sobretensões devidas às descargas atmosféricas de forma direta ou indireta. • Sobretensão por descarga direta Quando uma descarga atmosférica atinge diretamente uma rede elétrica, desenvolve-se elevada tensão que, em geral, supera o nível de isolamento da mesma, seguindo-se um defeito que pode ser monopolar, o mais comum, ou tripolar. • As redes aéreas de média e baixa tensões são mais afetadas pelas descargas atmosféricas do que as redes aéreas de nível de tensão mais elevado, em consequência do baixo grau de isolamento dessas redes. Por exemplo, enquanto a tensão suportável de impulso de uma linha de transmissão de 230 kV é de 950 kV, uma rede de distribuição de 13,80 kV apresenta uma suportabilidade de apenas 95 kV. • As descargas diretas apresentam taxa de crescimento da tensão na faixa de 100 a 1.000 kV/µs. • Para evitar a descarga diretamente sobre a rede elétrica são projetados sistemas de blindagem tais como cabos para-raios instalados acima dos condutores vivos da linha ou para-raios atmosféricos de haste normalmente instalados nas estruturas das subestações de potência. A blindagem criada em torno da rede permite limitar a magnitude das sobretensões. • É possível determinar o número esperado de descargas atmosféricas diretas ocorridas anualmente por cada 100 km de linha aérea instalada em terreno plano, através de: • O valor de Nt pode ser conhecido por instituições oficiais ou não que operam na área do projeto, tais como, instalações aeronáuticas, serviço de meteorologia, institutos de pesquisa relacionados, etc. Na falta de informações dessas organizações pode-se utilizar o mapa das curvas isoceráunicas mostrado. • As redes aéreas são protegidas naturalmente contra as descargas atmosféricas diretas por meio de objetos próximos tais como edificações, arvores e outras linhas em paralelo, todos com altura igual ou superior a altura dos condutores das referidas redes. Essas blindagens naturais contra as descargas diretas não impedem as sobretensões induzidas decorrentes das descargas sobre os objetos próximos, anteriormente mencionados. • O fator de blindagem pode variar de 0 a 1 e depende do afastamento dos objetos, de sua altura e de sua continuidade. Assim, um objeto isolado nas proximidades de uma rede aérea não proporciona nenhuma blindagem, resultando um fator de blindagem nulo. Já́ uma rede de distribuição rural, por exemplo, tendo por caminhamento o interior de uma floresta com árvores de altura igual a 20 m e uma faixa de servidão de largura de 10 m para cada lado do eixo da linha apresenta um fator de blindagem Fb 5 0,5. Exemplo: • Sobretensão por descarga indireta induzida Quando uma descarga atmosférica se desenvolve nas proximidades de uma rede elétrica, é induzida determinada tensão nos condutores de fase e em consequência uma corrente associada, cujos valores são funções da distância do ponto de impacto, da magnitude da corrente da descarga, etc. • O número de sobretensões a que estão sujeitas as redes aéreas devido às descargas indiretas induzidas é superior ao número de sobretensões por descargas diretas. • O valor das sobretensões induzidas é influenciado pela presença do condutor neutro, no caso das redes aéreas secundárias. • É possível determinar o numero provável de sobretensões induzidas entre fase e terra superior a um determinado valor predefinido para cada 100 km/ano, utilizando a Equação: • condutor de aterramento proporciona uma redução de aproximadamente 40% no valor das sobretensões por descargas induzidas. Nas redes secundárias de baixa tensão o condutor neutro ligado à terra a cada três estruturas propicia um fator de acoplamento, aproximadamente, igual a 0,70. • É possível determinar a distância mínima horizontal entre a rede de energia elétrica e o ponto de impacto no solo de uma descarga atmosférica a partir da qual a referida descarga seria de natureza indireta. EXEMPLO DE APLICAÇÃO Exemplo: COMPONENTES SIMÉTRICAS • Para que se possa desenvolver corretamente os cálculos das tensões, correntes e impedâncias dos sistemas elétricos, é necessário utilizar-se ferramentas adequadas que facilitem a obtenção dos resultados desejados. A ferramenta mais empregada é o método das componentes simétricas. • Um sistema trifásico qualquer pode ser representado normalmente por três vetores de tensão de módulos e ângulos diferentes. Esse sistema vetorial, no entanto, pode ser decomposto em três conjuntos de vetores, sendo dois de módulos iguais, defasados entre si, de ângulos também iguais, porem girando em sentidos diferentes, e que são denominados, respectivamente, componentes de sequência positiva e componentes de sequência negativa. • Em principio, o sistema trifásico é normalmente simétrico. A assimetria deixa de existir quando ocorre um dos seguintes fatores: • Cargas desequilibradas. • Impedâncias desiguais dos enrolamentos dos geradores, motores e transformadores. • Inexistência de transposição de condutores em linhas de transmissão. • Defeitos monopolares e bipolares. • Interrupção de uma fase. CLASSIFICAÇÃO DOS PARA-RAIOS • Os para-raios podem ser classificados de acordo com os seguintes parâmetros, com base na NBR 5424:2011. • Classe estação: 20, 15, 10 kA (serviço leve) e 10 kA (serviço pesado). • Classe distribuição: 5 kA séries A e B. • Classe secundária: 1,5 kV. • Segundo a NBR 5424:2011 – Guia de Aplicação de Para-raios de Resistor Não Linear em Sistema de Potência, pode-se acrescentar: • Em sistemas de até 230 kV, os para-raios de resistor não linear de 10 kA asseguram os melhores níveis de proteção. Em seguida, vêm os para-raios das classes de 5 kA , série A, e, por fim, os para- raios de 5 kA, série B. • Como regra geral, os para-raios de 10 kA são aplicados a sistemas acima de 69 kV e a subestações de sistemas de tensões mais baixas, consideradas suficientemente importantes para justificar melhor proteção. • Os para-raios de 5 kA, série A são usados em sistemas de transmissão abaixo de 69 kV. Os para- raios de 5 kA série B são usados na proteção de transformadores de distribuição. • Quanto ao nível de isolamento a norma NBR 6939 estabelece para os equipamentos elétricos três faixas de tensão máxima e nos quais devem estar em operação os para-raios. • Faixa de isolamento A É aquela superior a 1 kV e igual ou inferior a 36,2 kV. É característica dos sistemas elétricos de média tensão. • Faixa de isolamento B É aquela igual ou superior a 72,5 kV e igual ou inferior a 242 kV. É característica dos sistemas elétricos de alta tensão. • Faixa de isolamento C É aquela superior a 362 kV. CARACTERÍSTICAS DOS PARA-RAIOS • As características dospara-raios fabricados para sistemas de potência são: • a) Tensão nominal É a máxima tensão, valor eficaz, a que pode ficar, permanentemente, submetido o para-raios, na frequência nominal, no ensaio de ciclo de operação e para a qual foi projetado e tem condições de operar satisfatoriamente. • b) Máxima tensão de operação contínua É a tensão máxima permissível de frequência industrial que pode ser aplicada continuamente aos terminais do para-raios, sem provocar degradação ou alteração das suas características operacionais. A máxima tensão de operação contínua (MCOV) é igual à tensão nominal do para-raios para aqueles que operam nas faixas A ou B. Ja ́ os para-raios da faixa C apresentam, em geral, uma tensão de operação contínua inferior à tensão nominal. O fabricante deve informar essa característica do para-raios ja ́ que a norma NBR 5287 não especifica os ensaios que definem essa tensão. • c) Frequência nominal É a frequência para a qual foi projetado o para-raios. • d) Corrente de descarga nominal É a corrente tomada em seu valor de crista, com forma de onda de 8/20 µs, que é usada para classificar o para-raios. • A Comissão de Eletrotécnica Internacional – IEC recomenda que para um nível de tensão de até 72 kV a seleção de para-raios de 5 e 10 kA de corrente de descarga nominal pode ser feita com base nos seguintes fatores: • Nível ceráunico da região. • Probabilidade de ocorrência de descargas atmosféricas com correntes elevadas. • Importa ̂ncia dos equipamentos empregados no sistema. • Nível de isolação do sistema. • A corrente de descarga máxima de um para-raios que protege um transformador, por exemplo, pode ser determinada de modo aproximado, de acordo com a Equação : • A NBR 5424:2011 fornece os valores típicos de corrente de descarga dos para- raios, conforme tabela: Exemplo: • e) Corrente subsequente É a corrente fornecida pelo sistema, e que conduz o para-raios, logo depois de cessada a corrente de descarga. A corrente subsequente deve ser extinta pelo centelhador série nos para-raios a carboneto de silício na sua primeira passagem por zero. Caso contrário, o para-raios poderá́ encontrar dificuldades em interrompê-la, devido às sucessivas reignições, provocando excessivas perdas Joule e consequente falha desse equipamento. Não há corrente subsequente nos para-raios a óxido de zinco. • f) Tensão residual É a tensão que aparece nos terminais do para-raios, tomada em seu valor de crista, quando da passagem da corrente de descarga. Existem, também, ensaios em que é definida a tensão residual, quando o para-raios está submetido a surtos de manobra de longa duração. A tensão residual é uma das características mais importantes do para-raios, pois é essa a tensão a que ficará submetido qualquer equipamento que estiver sob a sua proteção, contanto que o mesmo esteja instalado praticamente nos seus bornes de alimentação. Caso contrario, a inclinação da onda permitirá tensões superiores, submetendo o equipamento protegido a severas solicitações. • g) Tensão disruptiva a impulso É o maior valor da tensão de impulso atingido antes da disrupção quando aos terminais do para-raios é aplicado um impulso de forma de onda, amplitude e polaridades dadas. • h) Tensão disruptiva de impulso atmosférico normalizado É a menor tensão, tomada em seu valor de crista, quando o para-raios é submetido a uma onda normalizada de 1,2/50 µs e provoca disrupção em todas as aplicações. • i) Tensão disruptiva de impulso de manobra É o maior valor de tensão transitória que pode ocorrer no sistema antes de haver a disrupção do para-raios. As descargas de manobra têm características de longa duração e possuem normalmente um elevado conteúdo térmico, comparativamente às descargas de origem atmosféricas. • j) Tensão disruptiva à frequência industrial (60 Hz), valor eficaz É a menor tensão, antes da disrupção, quando o para-raios é submetido a uma tensão elevada na frequência industrial.Representa um valor de referência, já́ que se presume que o para-raios com centelhador não atue para uma onda de tensão na frequência de 60 Hz. Apesar de não ser uma tensão de ensaio normalizada pela NBR 5287 indica os valores determinados pela norma ANSI C62.1. • k) Tensão disruptiva na frente É o maior valor da tensão de impulso na frente, antes da disrupção, quando aos terminais do para-raios é aplicado um impulso de uma dada polaridade, cuja tensão cresce linearmente com o tempo. • l) Tempo de duração da tensão temporária É a região da curva tensão 3 corrente de alta não linearidade onde o para-raios conduzirá uma corrente de elevada amplitude. Essa região é responsável pela suportabilidade do para-raios quando submetido aos transitórios de frequência industrial que possam se estabelecer em seus terminais. Nessa região quando ocorrem pequenas variações de tensão resultam grandes variações de corrente conduzidas pelo para-raios. • m) Capacidade máxima de absorção de energia É a maior quantidade de energia em kJ ou kW / s, em condições preestabelecidas a que pode ser submetido o para-raios sem que suas características sofram alterações significativas, após o retorno às suas condições normais de operação. • n) Corrente suportável de curto-circuito É a máxima corrente de falta que circula no interior de um para-raios e que provoca sua fragmentação violenta. Essa definição é própria dos para-raios poliméricos que não possuem dispo- sitivo de alívio de pressão. • o) Estabilidade térmica do para-raios Diz-se que um para-raios é termicamente estável se após a sua operação, nas condições previstas em norma, a temperatura resultante no seu interior e a resistência elétrica dos seus resistores não lineares diminuem com o tempo no momento em que o para-raios for energizado e nele se estabelece a tensão de operação contínua em condições normais de operação. • p) Tensão de rádio interferência É a tensão em alta frequência gerada por todas as fontes de corrente de ionização que circulam nos terminais dos equipamentos ou nos sistemas de potência. • q) Capacidade de sobretensão temporária (TOV) É a característica de suportabilidade na curva tensão 3 tempo onde se mede o tempo de duração para o qual é permitida a aplicação de uma tensão superior à tensão máxima de operação em regime contínuo nos terminais do para-raios. CARACTERISTICAS DOS PARA-RAIOS A (ZnO) SELEÇÃO DOS PARA-RAIOS • Com base nos conceitos da NBR 5424:2011, os para-raios devem ser selecionados adotando-se alguns procedimentos, visando assegurar a melhor proteção do equipamento que se quer proteger. Distância entre os Para-raios e o equipamento a ser Protegido • Deve-se assegurar que o para-raios seja conectado ao sistema no ponto mais próximo possível do equipamento a ser protegido. No caso de transformadores de distribuição é muito utilizada instalação dos para-raios diretamente conectados aos seus terminais primários. No caso dos transformadores de potência com secundários em média tensão (13,80 a 34,5 kV) é muito utilizada a conexão dos para-raios diretamente conectados aos seus terminais secundários. • Para grandes distâncias entre o ponto de conexão do para-raios e o ponto de conexão do equipamento que se quer proteger deve-se determinar a tensão de isolação a ser protegida que resulta da limitação imposta pelo para-raios. Esse calculo pode ser elaborado simplificadamente conforme: Máxima Tensão Fase e Terra à Frequência Industrial • Determinar a máxima tensão fase e terra, à frequência industrial, que pode ocorrer no ponto de instalação dos para-raios. Para isso é necessário definir a condição de aterramento do neutro do sistema:diretamente aterrado, aterrado através de um resistor de aterramento, aterrado através de uma reatância ou de uma impedância. Para sistemas com secundário em delta, muitas vezes é necessário criar um caminho para a terra instalando no secundário do transformador de potencia um transformador de aterramento (configuração zigue-zague). • Tensão Nominal • O valor da tensão nominal do para-raios deve ser escolhido com base na máxima tensão para a terra decorrente de defeitos no sistema. Para tensões de até 230 kV a tensão nominal do para-raios deve ser superior à máxima tensão fase e terra, cujo valor pode ser definido pelos catálogos dos fabricantes de para-raios de acordo com as características de proteção que se deseja para o sistema elétrico Classe de aplicação • Por meio do conhecimento do sistema e das condições de severidade das descargas atmosféricas locais, estimar a intensidade da maior corrente de descarga do para-raios bem como a sua forma de onda. • De maneira simplificada e prática nos sistemas de distribuição com cruzetas aterradas (metálicas aterradas ou concreto) em áreas de baixo e médio nível de densidade de descargas atmosféricas utilizam-se normalmente para-raios com corrente de descargas de 5 kA. Em áreas com níveis de elevada densidade de descargas atmosféricas utilizam-se para-raios de 10 kA que asseguram uma maior proteção ao sistema. • A seleção da corrente de descarga do para-raios deve levar em consideração ainda os seguintes fatores: • Importa ̂ncia da instalação. • Probabilidade de ocorrência de correntes mais elevadas. • Nível de isolamento da linha Tensões suportáveis Nominais de Impulso (TsNI) • Determinar as tensões suportáveis nominais de impulso da isolação a ser protegida para que se assegure a coordenação de isolamento. Normalmente esse valor é obtido a partir das características dos equipamentos que estão conectados ao sistema. Sobretensões com Taxa de Crescimento Lenta • Determinar as sobretensões com taxa de crescimento lenta decorrentes, por exemplo, de manobra de um grande bloco de carga. Os surtos de manobra se caracterizam por um tempo de crescimento que pode variar entre 100 e 500 µs. Sua energia é superior à energia resultante de um surto atmosférico. Sobretensões com Taxa de Crescimento Rápida • Determinar as sobretensões com taxa de crescimento rápida decorrente, por exemplo, de uma descarga atmosférica, cujo valor característico é de 500 a 1.000 kV/µs, sendo representativo o valor de 500 kV/µs. As descargas indiretas têm uma velocidade de crescimento pequena que atinge normalmente o valor de 10 kV/µs e, portanto, não são agressivas aos sistemas de alta tensão, superiores a 36 kV. Já́ as descargas diretas apresentam uma taxa de crescimento que pode variar entre 100 e 1.000 kV/µs, podendo chegar a 2.000 kV/µs • Tensões suportáveis surtos de Manobra • Determinar as descargas decorrentes de surtos de manobra de linhas de transmissão e energização de banco de capacitores para que se assegure a coordenação de isolamento do sistema. É importante que o fabricante informe na sua folha de dados as curvas tempo 3 tensão de descarga do seu para-raios para tensões de impulso com tempo de até 2.500 µs que é a duração característica dos surtos de manobra. Classe de Descarga da Linha de Transmissão • Selecionar a classe de descarga de linhas de transmissão para indicação dos para-raios. Esse valor pode ser obtido a partir da NBR 5424:2011 que classifica a classe de descarga da linha de transmissão correspondente à tensão do sistema. A classe de descargas das linhas de transmissão corresponde à tensão do sistema. LOCALIZAÇÃO DOS PARA-RAIOS Proteção de Transformadores • Para dar maior segurança às subestações, reduzindo o risco de falha de isolação, podem-se prover as linhas de transmissão, tanto as que entram na subestação como as que saem, de um sistema de cabos que se estende sobre a linha de transmissão ao longo de aproximadamente 1,5 km a partir dos seus terminais. Níveis de proteção • Deve existir certa margem de proteção entre a tensão suportável nominal de impulso atmosférico, a de manobra do equipamento e o nível de proteção do para-raios. • A tensão máxima que deve chegar aos terminais do transformador pode ser dada • No caso de o transformador estar afastado do para-raios, como ocorre na maioria dos arranjos de subestações de potência, o nível de proteção a que deverá ser dispensada ao transformador podera ́ ser fornecido pela Equação. • O cálculo da distância entre o transformador e o para-raios pode ser feito através de programas digitais dedicados à análise de transitórios. No entanto, a Equação abaixo fornece essa distância de modo aproximado, sem contar, é claro, com os fenômenos de sucessivas reflexões de onda . • No caso de transformadores de distribuição normalmente pode-se escrever a Equação que representa numericamente o valor da sobretensão que é transferida ao transformador quando aterrado separadamente do cabo de aterramento do para-raios. • A queda de tensão desenvolvida no condutor de aterramento pode ser determinada a partir : • O aterramento do transformador deve ser feito no mesmo condutor de aterramento do para-raios, pois nesse caso o valor de Vde é nulo, resultando Exemplo Exemplo: Proteção de Disjuntores • Da mesma forma que existe uma distância de segurança entre o transformador e o para-raios, também existe uma distância de segurança entre o disjuntor e o para- raios. Essa distância é obtida pela Tabela 1.5 extraída da NBR 5424:2011. Proteção de Linhas de Transmissão • As linhas de transmissão são os elementos de um sistema elétrico de maior vulnerabilidade sob os mais diversos aspectos. Descargas diretas nas linhas de transmissão Proteção através da blindagem com cabos guarda Os cabos guarda, também conhecidos como cabos para-raios, são instalados na parte superior das torres das linhas de transmissão com o objetivo de evitar que a descarga atmosférica atinja os condutores de fase, drenando a corrente para a terra através de condutores de aterramento e da malha de terra do pé de torre. • Se a descarga atmosférica atinge diretamente os cabos guarda da linha de transmissão a corrente resultante é conduzida à terra através do sistema de aterramento que também está conectado à torre metálica, por exemplo, passando pela malha de terra até se dispersar pelo solo. A impedância do circuito percorrido pela corrente de descarga resulta numa diferença de potencial entre a estrutura e os condutores de fase. Essa tensão está aplicada entre os terminais da cadeia de isolador, isto é, o terminal de terra e o terminal de fase. Em alguns casos pode ocorrer a disrupção dos isoladores, fenômeno denominado back flashover. • Proteção através de para-raios ao longo da linha Devido ao elevado índice de indisponibilidade das linhas de transmissão em decorrência das descargas atmosféricas a cada dia é mais comum a aplicação de para-raios diretamente nesses circuitos. Os para-raios são instalados em linhas de transmissão que atravessam áreas com elevada den- sidade de descargas atmosféricas, onde estão submetidos às mais severas correntes de descargas e consequentemente às maiores sobretensões e a uma grande frequência de eventos. Nessas condições os para-raios devem drenar uma grande quantidade de energia que é um fator de importância no dimensionamento do mesmo. • A decisão de se utilizar para-raios ao longo das torres de uma linha de transmissão deve considerar a análise de custo/benefício. Exercícios • 1 – O para-raio de Óxido de Zinco, conectado em paralelo ao condutor da linhade transmissão que chega à subestação, tem a finalidade de provocar um curto-circuito na rede para direcionar uma descarga atmosférica integralmente para a terra. • ( ) Certo ( ) Errado. Justifique: • 2 – Em uma subestação abaixadora, isolada a ar, cujos os barramentos estejam ligadas linhas de transmissão aérea provenientes de uma subestação elevadora, um local apropriado para a instalação de para-raios será no final das referidas linhas de transmissão, na entrada da subestação, em espaço apropriado para a finalidade. • ( ) Certo ( ) Errado Justifique: • 3 – A função do para-raio é de não somente fornecer o caminho mais curto no caso de uma descarga, mas principalmente, de neutralizar, pouco a pouco, a eletricidade da nuvem carregada acima dele. • ( ) Certo ( ) Errado Justifique: 4 - Os para-raios são pouco eficientes para proteção de subestação com arranjo em anel. Isso ocorre porque, neste tipo de arranjo, a área da subestação é muito maior comparativamente ao de uma subestação com arranjo do tipo barra simples. • ( ) Certo ( ) Errado 5 – As subestações em alta e extra-alta tensão precisam ser protegidas nos pontos de entrada e saída da linha, principalmente, contra surtos atmosféricos. Os para- raios são equipamentos fundamentais nessas situações. Dessa forma, é correto afirmar que os para-raios atuam como limitadores de tensão, impedindo que valores acima de um valor preestabelecido possam alcançar os equipamentos protegidos? 6 – Os para-raios tipo Franklin podem ser usados em substituição aos para-raios do tipo ZnO? Justifique. 7 – Os para-raios a resistores não lineares, para proteger linhas de transmissão, são instalados em paralelo com a fase que deve ser protegida e atuam ceifando a tensão que está acima de determinado valor. ( ) Certo ( ) Errado
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