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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE A informação é necessária para qualquer decisão que tomemos em nossa vida cotidiana. Dado É qualquer elemento quantitativo ou qualitativo, desvinculado de referencial explicativo, que por si só não conduz ao entendimento da situação. Informação É o produto da análise dos dados obtidos, e interpretados dentro de um contexto para gerar conhecimento conduzindo à melhor compreensão de fatos e situações. RESPONSABILIDA DE TRIPARTITE A informação em saúde não se refere somente à produzida pelo setor Saúde, dados relacionados à qualidade de vida, são importantes para a avaliação do nível de saúde, tais como: Condições demográficas; Alimentação; Educação; Condições de trabalho e emprego; Transporte, condições de moradia; Saneamento básico; Lazer , segurança; Acesso aos serviços de saúde; Tipos de dados Dados primários (ou de fonte primária): São os dados que são levantados diretamente na população pesquisada. Ex.: um pesquisador vai coletar sangue na população para verificar a prevalência de anemia ferropriva. Dados secundários (ou de fonte secundária): Quando os dados já são existentes (arquivados, registrados, processados ou publicados). Ex.: Ao estudar a incidência do sarampo com base nos casos registrados pelo serviço de saúde de um município. É possível classificar os bancos de dados gerados pelos SIS, em três tipos: Epidemiológicos : Utilizados para fins de vigilância, avaliação e pesquisa, englobando dados sobre eventos vitais, doenças e agravos de notificação compulsória entre outros. Administrativos: Desenvolvidos para fins contábeis e de controle de serviços. Dados demográficos dos pacientes, procedimentos realizados etc Clínicos: Armazenam dados clínicos. Resultados de exames, medidas antropométricas etc. Vantagens (Sistemas de Informações em Saúde): Ampla cobertura; Abrangência nacional; Dados informatizados; Grande n° de informações dos diversos setores e serviços; Informações para cada município. Baixo custo para coleta Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – Sinasc Origem: 1989 Fonte de dados: Declaração de Nascido vivo (DNV) Objetivo: obter informações sobre gestação, nascimento e características maternas, favorecendo a produção de indicadores para o planejamento de ações voltadas para a saúde materno infantil Bloco I - Identificação do recém nascido. Bloco IV - informações do pai Bloco V - gestação e parto Bloco VI - anomalia congênita Bloco VII - responsável pelo preenchimento Bloco VIII – cartório SUBNOTIFICAÇÃO Acurácia da informação Excelente qualidade das variáveis sexo, tipo de parto e peso ao nascer. Duração da gestação: recém-nascidos prematuros (< 37 semanas) subestimados (ALMEIDA et al., 2006; SILVA et al., 2001). Quantificação das consultas de pré-natal nem sempre é fácil (ALMEIDA et al., 2006; THEME FILHA et al., 2004; MCDERMOTT et al., 1997; CLARK; FU; BURNETT, 1997). Indicadores Taxa de Fecundidade (nascidos vivos/pop. feminina 15 a 45 anos) Taxa de Natalidade (nascidos vivos/pop) Mortalidade Infantil e Materna (óbitos/ nascidos vivos) Proporção de Gravidez na Adolescência Proporção de Recém-Nascidos com Baixo Peso Proporção de Partos Cesáreos e/ou Domiciliares Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde - SIH/SUS Início: 1970 mas com dados informatizados desde 1984 Fonte de dados: Autorização de Internação Hospitalar” (AIH) Finalidade: reembolsar os serviços prestados pelas unidades públicas e contratadas vinculadas ao SUS . Indicadores: Perfil de morbidade atendida, Mortalidade hospitalar, Razão entre de internação e notificação de agravos; Indicadores gerenciais: Tempo Médio de Permanência, Taxa ocupação, Serviços e procedimentos realizados, Valores pagos com a internação., Oferta de leitos etc Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS - SIA/SUS Instrumentos: Boletim de Produção Ambulatorial – BPA. Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade – APAC. RAAS - ações coletivas Cadastro de Unidades – FCA Programação Físico-Orçamentária – FPO. Boletim de Diferença de Pagamento – BDP. Observações úteis na utilização do sai Series históricas - mudanças na estrutura da tabela de procedimentos: 1998 (NOB 96) - subdivisões por níveis complexidade (PAB); 1999 (novembro) - muda os códigos de 3 para 8 dígitos; 2001 - valores do PAB incorporado ao FMS (sai da tabela); 2003 Implantação do CNES a partir de agosto; 2004 (a partir de maio) – Sai os procedimentos vacina (0101); Vinculado a um teto-financeiro (produção apresentada x aprovada). Mudanças de grupos de procedimentos Sistema de Informação da Atenção Básica – SIAB Implantado em 1998 com o propósito não só de acompanhar as atividades da equipe multiprofissional do Programa de Saúde da Família, mas também para fornecer informações para os gestores sobre o perfil da área, de modo a subsidiar o planejamento das ações e dos serviços de saúde locais (Soares, M.F.; Gomes, M.L.; Moreno, A.B. EPSJV, 2007). O SIAB é alimentado mensalmente pelas diversas fichas em que são registrados os dados referentes ao: Ficha A – cadastramento familiar. Ficha B e C - Acompanhamento domiciliar de eventos específicos (grupos prioritários e de risco) Ficha D – registro de atividades, procedimentos e notificações A equipe utiliza várias fichas de coleta e um grande volume de dados é consolidado manualmente. A construção dos indicadores de grupos de risco é definida a partir da visita domiciliar do agente, e não decorrentes da consulta do médico ou do enfermeiro, sendo, portanto, construído pela morbidade referida. A dificuldade de atualização anual do cadastramento familiar, impede que o impacto das ações seja analisado. e-SUS AB “O médico tem responsabilidade ética e jurídica pelo preenchimento e pela assinatura da DO, assim como pelas informações registradas em todos os campos deste documento. Deve, portanto, revisar o documento antes de assiná-lo.” Secretaria de Vigilância em Saúde/MS – 2009 O que o médico não deve fazer: 1. Assinar a DO em branco. 2. Preencher a DO sem, pessoalmente, examinar o corpo e constatar a morte. 3. Utilizar termos vagos para o registro das causas de morte, como parada cardíaca, parada cardiorrespiratória ou falência de múltiplos órgãos. 4. Cobrar pela emissão da DO. Nota: O ato médico de examinar e constatar o óbito poderá ser cobrado desde que se trate de paciente particular a quem não vinha prestando assistência. Percentual de Óbitos Com causa Mal Definida Indicadores – SIM Mortalidade Geral; Mortalidade Infantil; Mortalidade Materna; Mortalidade por causas e/ou idades específicas; Mortalidade Proporcional por causa e/ou faixa etária Sistema de Informações de Agravos de Notificação – SINAN SINAN: notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (PORTARIA Nº 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016), Mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região, como varicela no estado de Minas Gerais ou difilobotríase no município de São Paulo. Instrumentos de coleta - padronizados e emitidos pelas SMS / SES. - Ficha Individual de Notificação (FIN) - Ficha Individual de Investigação (FII) ASPECTOS CONSIDERADOS Notificar a simples suspeita da doença Notificação será sigilosa Cálculo da incidência, prevalência e letalidade de doenças Acompanhamento da distribuição das doenças no tempo tipo de variação da doença tendência histórica caráter endêmico e ocorrência epidêmica Identificação de áreas de risco SISCAN (Sistema de Informação do Câncer) O SISCAN é uma versão em plataforma web que integra os sistemas SISCOLO (Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero) e SISMAMA (Sistema de Informação do Câncer de Mama).
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