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PATOLOGIA INFLAMAÇÃO AGUDA III

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PATOLOGIA – AULA 6
INFLAMAÇÃO AGUDA
EFEITOS SISTÊMICOS
Normalmente, existe um controle no processo inflamatório. Quando se faz uso de um antiinflamatório esse controle não existe mais. 
A medida que o agente agressor começa a ser combatido. Começa a existir uma sintomatologia sistêmica. Quando se tem algo inflamado, ocorre a febre (elevação da temperatura corporal acima de 2 graus acima da normal). Essa febre existe principalmente por causa da interleucina-1, TNF e interleucina-6. 
Também acontece a leucocitose, ou seja, aumento do número de leucócitos. A neutrofilia , por exemplo, ocorre principalmente em infecções bacterianas. Se for uma infecções viral, vai haver linfocitose (elevação de linfócitos e monócitos). Uma eosinifilia é ligada a hemiltos ou alergia.
Para saber o foco de um processo inflamatório é observado em um exame as proteínas de fase aguda. Essas proteínas são produzidas pelo fígado quando a inflamação aguda já está persistindo. A principal é a proteína C reativa (PCR). Ela auxilia a ligação do sistema complemento na marcação bacteriana e opsoniza o processo de fagocitose pelo macrófago.
O fato de ser encontrada PCR em alta quantidade indica que há uma inflamação, mas é a clínica do paciente que vai mostrar o foco da inflamação. 
Junto com as proteínas de fase aguda, existe a síntese de alta quantidade de fibrinogênio. O fibrinogênio é transformado em fibrina pela trombina que é inibida pela heparina. O fibrinogênio elevado no processo inflamatório é detectado pelo exame de VHS (velocidade de hemosedimentação – velocidade que as hemácias sedimentam, com muito fibrinogênio vai haver precipitação).
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
A inflamação aguda se faz presente toda vez que houver um agente agressor que vai levar a produção de neutrófilos em grande quantidade que farão as ações vasculares. Se nessa situação não for resolvido (o agente persistir) vai caminhar para uma progressão, chamada de inflamação crônica. O perfil é bem distinto.
Não haverão mais neutrófilos, pois são da primeira linha de defesa. Vão surgir outras células leucocitárias, principalmente linfócitos. Esses tem característica de serem mais específicos (imunidade adaptativa). Portando, ele vai reconhecer especificamente certos grupos de patógenos. Na inflamação crônica então, vai haver presença de linfócitos, monócitos e plasmócitos (linfócito B). 
Se o agente agressor persiste e ainda causa danos, a célula de defesa tenta destruí-lo e ele não consegue ser combatido. Vai haver uma destruição intensa do tecido e ao mesmo tempo um reparo. Essa tentativa do organismo de destruir e reparar ao mesmo tempo vai levar a um processo de fibrose. Que pode acontecer diretamente da inflamação aguda, mas também é comum no processo de inflamação crônica.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS
A inflamação crônica tem duração de semanas até meses. 
Os grupos de células envolvidas são linfócitos e monócitos.
Esses monócitos, ao saírem da corrente sanguínea, vão se diferenciar em macrófagos. O macrófago tem um papel crucial na inflamação crônica. 
Normalmente o agente agressor da inflamação crônica tem baixa toxicidade. Levando a uma hipersensibilidade do tipo IV. O agente vai ser fagocitado e vai resistir a fagocitose. O grânulo dentro do macrófago que faz produção de hipoclorito é a MOP (mieloperoxidase). Os microoganismo de baixa toxicidade acaba burlando esse sistema e sobrevivendo dentro do vacúolo. Um exemplo bem típico é a turberculose. 
Além disso, existem agentes tóxicos que podem levar a inflamação crônica. Também pode ser: doenças autoimunes, partículas pequenas e arterosclerose.
Os linfócitos vão ser o B e o T e por consequência o plasmócito. Também vão haver alguns mastócitos e eosinófilos. Porém as mais relevantes vão ser macrófagos e linfócitos.
O macrófago ativado vai exercer duas funções importantes: ao mesmo tempo que ele tenta destruir o agente agressor, ele tenta reparar o tecido (causando fibrose). O reparo é feito a partir da síntese de fatores de crescimento relacionados a produção de mais vasos e proliferação tecidual. 
O monócito vai aderir da mesma maneira que os leucócitos na inflamação aguda. Portando, deve haver alteração no endotélio vascular (V-CAM e I-CAM). 
ARTERIOSCLEROSE
É o endurecimento das artérias. Pode ser feito por vários motivos, mas o mais comum é o edurecimento provocado pelo acúmulo de gordura. 
Vai ocorrer um acúmulo progressivo, por isso é caracterizado por inflamação crônica. Demora de meses a anos para acontecer. Acumula-se gordura e o organismo tenta fagocitá-la. Como as células de defesa tentam destruir e reparar, vai existir presença de músculo liso e também tecido conjuntivo. 
A arteriosclerose acontece nas artérias de grande ou médio calibre na camada íntima. 
A artéria é composta pelo endotélio vascular, camada íntima, camada média (células musculares lisas) e adventicia. Onde se acumúla célula inflamatórias, gordura, células inflamatórias, tecido muscular liso que migra da camada média e células de tecido conjuntivo.
FATORES DE RISCO
Indivíduo que tem quantidade de colesterol elevada no sangue (hiperlipidemia). 
Indivíduo que tem hipertensão arterial. Há uma propensão a haver lesão nas artérias justamente porque se tem uma pressão elevada. 
Uso de cigarro. Há indução na produção de espécimes reativas do oxigênio. Isso induz células inflamatórias que lesam a parede dos vasos. O LDL fica muito mais oxidado em fumantes.
Indivíduo com diabetes. Isso porque ele vai ter mais dificuldade no reparo tecidual. 
Envelecimento, sexo masculino, histórico familiar, obesidade, deficiências nas apolipoproteínas (proteínas que dissolvem gordura na circulação) também são fatores importantes.
A arteriosclerose é uma doença multifatorial. Não há persistência de agente estranho, há acúmulo.
EVENTOS PRINCIPAIS
Primeiramente deve haver um dano no endotélio (causado principalmente pelo tabagismo e pela hipertensão). Se o indivíduo tiver hiperlipidemia vai acontecer o acúmulo dessas lipoproteínas.
O colesterol é divido em HDL, LDL e VLDL. O HDL é o colesterol “bom” por ter alta densidade. O LDL tem baixa densidade, ele é o responsável pelo acúmulo dentro da camada íntima das artérias e vai sofrer um processo de oxidação. Ele vai oxidar porque ao mesmo tempo que há lesão, há formação de radicais livres. Como há uma lesão, os monócitos começam a se aderir no endotélio. Plaquetas também serão aderidas, portando vai haver ativação da cascata de coagulação. 
A medida que vai progredindo a entrada de célula na parte da íntima, as células musculares lisas que estão na camada média, começam a migrar para aquele tecido ativando mais macrófagos. Mais macrófagos e células musculares vão englobando lipídios e isso leva a formação de células espumosas (macrófagos que fagocitaram gordura). O macrófago reconhece a gordura (LDL) atraves dos receptores de scavenger. O macrófago ativado vai recrutar mais células para fazerem a mesma função. 
A placa começa a crescer em sentindo a luz do vaso, empurrando o endotélio cada vez mais para dentro. O risco da placa é ela se romper porque a única camada que está segurando é a camada de células endoteliais. Vai haver proliferação de mais cristais de gordura, quantidade maior de leucócitos presentes, expandindo a camada e diminuindo a luz da artéria. 
Quanto mais tecido de célula muscular lisa for chegando, vai sendo ativado (dentro dos macrófagos) a produção de tecido fibrosado (chamado de capa fibrótica). Se a placa for feita mais de tecido fibroso, ela vai se tornando mais resistente a ruptura, mas está garantindo que ela vai crescer de proporção e obliterar cada vez mais a luz da artéria. 
Se o macrófago tiver mais características de destruição, a capa fibrosa não é formada. Portanto, somente a o endotélio vai segurar a placa de arteroma.
Se houver ruptura, há formação de uma área trombogênica, isso porque começa a induzir proteínas de coagulação. 
O linfócito T também chega por interação dos receptores V-CAM e I-CAM.
O linfócito apresenta atingenosque foram fagocitados pelo macrófago. 
Os LDL também são oxidados pelas espécimes reativas de oxigênio que foram produzidas. O linfócito vai reconhecer via TCR e MHC e vai induzir mais ativação de macrófagos, perpetuando a reação inflamatória.
Com o aumento de tecido fibrosado, há diminuição de células espumosas. O tecido de fibra substitui essas células. Ou seja, vai fechando cada vez mais a luz da artéria, podendo levar a uma situação de isquemia. 
Se a placa se rompe o orgão irrigado por aquela artéria vai sofrer infarto (necrose). Também pode ocorrer o deslocamento do trombo em função das proteínas de coagulação que foram liberadas. Uma vez na circulação ele vai seguir o fluxo até se alojar em uma artéria de menor calibre (o trombo pode ser chamado de embolo). 
Pode levar a um AVC isquemico ou grangrena de membros inferiores. 
INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA
É um tipo de inflamação crônica. Forma-se um granuloma a medida que o organismo tenta combater a presença de um agente estranho (dificil de ser eliminado). Por exemplo, quando se esquece um instrumental após uma cirurgia dentro do organism forma-se um granuloma. 
Existe um acúmulo de linfócitos T reativos que estão próximos dos macrófagos. Muitos macrófagos começam a se multiplicar e recebe o nome de células epitelióides. Elas são células grandes, gerando as chamadas células gigantes. 
A célula gigante é composta de um único citoplasma com vários núcleos (várias células epitelióides fusionadas). Algumas vezes existe plasmócito para produção de anticorpos e fibroblastos ao redor.
Os principais agentes são partículas inertes. 
O mais comum é o granuloma imune, onde o que leva a formação é um antígeno que precisa ser reconhecido via resposta de linfócitos T. 
A característica principal do granuloma é que quando se faz a histologia deve-se encontrar a célula epitelióide fusionadas (células gigantes). 
Há enorme destruição de tecido. A necrose caseosa é derivada de um granuloma. 
ARTRITE REUMATÓIDE
É uma doença autoimune. O que se suspeita é que algum agente bacteriano induza a modificação do tecido e que ele seja apresentado pelo complexo HLA de uma forma diferente. 
Ocorre uma proliferação de linfócitos exacerbada, que começam a produzir citocinas que induzem linfócito B a produzir auto-anticorpos que irão reconhecer regiões da articulação. 
Vai induzir macrófagos que vão destruir e produzir tecido fibrosado na região. 
O linfócito T helper faz com que o endotélio das regiões da articulação seja diferente para favorecer a entrada das células. 
A membrana sinovial é onde vai ocorre o acúmulo de células inflamatórias e anticorpos. 
O tratamento é por uso contínuo de corticóides, que inibem a fosfolipase A2.

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