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MOBILIDADE URBANA 
Relatório e apresentação de seus aspectos jurídicos 
Agosto/2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborado por: Alex Sandro Brito de Farias 
Disciplina: Direito Empresarial 
Turma: 0719-9_1 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Tópicos desenvolvidos 
O presente trabalho visa apresentar as esferas jurídicas que norteiam o tema 
relacionado a mobilidade urbana no cenário mercadológico atual. É visto cada vez a 
necessidade de otimizar a forma de locomoção coletiva e individual nas grandes 
cidades, portanto, cada vez mais aumenta a necessidade de buscar-se ações 
referentes a engenharia de tráfego. 
Diante da iniciativa da startup em se aprofundar no assunto para dispor ao 
mercado um serviço alternativo, eficaz e ao alcance de toda população, destaca-se 
os aspectos jurídicos do direto com suas determinantes regulamentações para essa 
atividade a fim de possibilitar ao buniness seu modelo de atuação levando em conta 
as seguintes áreas: Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Civil, Direito 
do Consumidor, Direito do Trabalho e Direito Penal, Direito Tributário e Direito 
Previdenciário. 
 Por fim, realizar o trabalho de melhoria da mobilidade urbana conhecendo e 
respeitando suas exigências legais aumenta a credibilidade da prestação do serviço 
ao mercado, garantido assim os direitos fundamentais dos cidadãos. 
 
 
 
 5
 
 
Apresentação e objetivo 
Para o presente trabalho destaca-se apresentação dos seguintes assuntos a 
serem abordados nesse relatório: 
1. Avaliação dos aspectos jurídicos gerais sobre o setor em que o business se 
insere; 
2. Principais áreas do Direito que podem influenciar o modelo de negócio; 
3. O Direito e sua interferência no business, causando impactos negativos e 
colocando o negócio em risco; 
4. Descrever os cuidados que os colaboradores devem ter para mitigar os riscos 
jurídicos identificados e; 
5. Transformação das oportunidades jurídicas em mecanismos de crescimento 
do negócio. 
Ressalte-se que a abordagem da esfera jurídica referente a mobilidade urbana 
traz a visão antecipada de como elaborar uma estratégia de atuação na qual exista a 
possibilidade da gestão do risco do negócio com base nas normas reguladoras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
Desenvolvimento 
1. Avaliação dos aspectos jurídicos gerais sobre o setor de mobilidade 
urbana; 
Antes de aprofundar-se na esfera negocial do assunto, visto necessário 
destacar que o transporte no país é um direito social o qual está incluso no artigo 6º 
da Constituição Federal, uma vez que são direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados. Logo, o Estado possui a competência para legislar e regulamentar a 
mobilidade urbana para devida inclusão social, ou seja, dar a possibilidade de 
utilização a todos. 
 Visando a lei superior dos país, logo adentramos nas esferas jurídicas que a 
startup irá se deparar perante ao mercado: 
A criar o business tem-se como base o artigo 5º da Lei 12.587/2012 que 
estabelece o desenvolvimento urbano, ou seja, a startup deve apresentar sua 
prestação de serviço visando os seguintes aspectos: 
I-Acessibilidade universal; 
II-Desenvolvimento sustentável das cidades, nas dimensões 
socioeconômicas e ambientais; 
III-Equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público 
coletivo; 
IV-Eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos serviços de 
transporte urbano; 
V-Gestão democrática e controle social do planejamento e 
avaliação da Política Nacional de Mobilidade Urbana; 
Segurança nos deslocamentos das pessoas; 
VI-Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso 
dos diferentes modos e serviços; 
 
 
 7
 
VII-Equidade no uso do espaço público de circulação, vias e 
logradouros; e 
 VII-Eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana. 
Tendo como horizonte a legislação citada, cabe a empresa conhecer os 
campos dos Direito Brasileiro que protegem os futuros usuários do sistema de 
transporte. Para o estudo cabe destacar que para a mobilidade urbana individual 
municipal a regulamentação do serviço cabe aos municípios e Distrito Federal 
através de suas secretarias artigo 11-A da Lei 13.640/ 2018; para os transportes 
intermunicipais e interestaduais a regulamentação cabe a ANTT – Agência Nacional 
de Transportes Terrestres criada pela Lei 10.233/2011 que tem por finalidade 
regular, supervisionar e fiscalizar as atividades de prestação de serviços e de 
exploração da infraestrutura de transportes, exercidas por terceiros, visando garantir 
a movimentação de pessoas e bens, harmonizar os interesses dos usuários com os 
das empresas concessionárias, permissionárias, autorizadas e arrendatárias, e de 
entidades delegadas, preservado o interesse público, arbitrar conflitos de interesses 
e impedir situações que configurem competição imperfeita ou infração contra a 
ordem econômica. 
 Logo o presente trabalho visa apresentar as esferas jurídicas relativas a 
mobilidade individual municipal conforme as leis 12.587/2012 e 13.640/2018. 
 
2. Principais áreas do Direito que podem influenciar o modelo de negócio; 
Ao criar o serviço de prestação de mobilidade urbana, as areas que irão 
influenciar o modelo de negócio serão: 
2.1. O Direito Constitucional e Administrativo. 
 Inicialmente cumpre destacar que com base no artigo 30 Constituição Federal 
de 1988 cabe ao município legislar sobre assuntos locais. Levando em consideração 
que a própria lei 13.640/2018 destaca a competência municipal sobre a mobilidade 
urbana individual, a empresa deve procurar a secretaria de transportes municipal 
para relacionar os documentos necessários para o registro da empresa e a liberação 
 
 
8 
 
da prestação do serviço. Mesmo ainda existindo divergências para esse transporte 
realizado por aplicativos, uma vez que somente o taxista possui contextualização no 
artigo 135 do CTB, entende-se que cada município tem o poder de legislar sobre o 
seu programa de transporte, ou seja, para o cumprimento da lei local, a startup deve 
buscar sua legalidade de atuação. 
 
2.2. O Direito Civil e Direito do Consumidor; 
 Neste aspecto deve apresentar a responsabilidade objetiva da startup perante 
a relação de consumo. Na relação entre transportadora e passageiro deve-se levar 
em consideração que a segurança e a eficácia do serviço cabe totalmente a 
empresa, sendo assim o risco do negócio é da empresa, uma vez que mesmo 
existindo total respeito as normas e leis, ainda existe o risco do acidente, roubo e 
furto (Venosa, 2018). 
 As bases legais a serem conhecidas são: O artigo 3º. do Código de Defesa 
do Consumidor que estabelece a definição de fornecedor, pois Fornecedor é toda 
pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os 
entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, 
criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou 
comercialização de produtos ou prestação de serviços.; e 
 Artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor: 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da 
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos 
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem 
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua 
fruição e riscos. 
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o 
consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as 
circunstâncias relevantes, entre as quais: 
I - o modo de seu fornecimento; 
II -o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; 
III - a época em que foi fornecido. 
§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas 
técnicas. 
 
 
 9
 
§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando 
provar: 
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; 
 
 Junto aos anteriores, cumpre elencar o artigo 186 do Código Civil de 2002: 
Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar 
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito; e 
artigo 187 do CC: Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, 
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela 
boa-fé ou pelos bons costumes. 
 A startup deve gerenciar sua atividade levando em conta sua vulnerabilidade 
perante a legislação, pois no contexto geral de previsibilidade a empresa é 
responsável pela segurança do consumidor no âmbito do dano moral e material 
causados. Observe-se o artigo 927 do Código Civil de 2002, uma que: 
 Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, 
fica obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, 
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou 
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano 
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
 Por fim, informa-se sobre a obrigatoriedade à empresa possuir seguro de vida 
para seus passageiros conforme artigo 11-A, § único, inciso II: exigência de 
contratação de seguro de Acidentes Pessoais a Passageiros (APP) e do Seguro 
Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias 
Terrestres (DPVAT). 
2.3. Direito Criminal e Código de Transito; 
 O serviço de aplicativo de mobilidade urbana individual ainda sofre com sua 
falta de regulamentação. O CTB em seu artigo 135 contextualiza somente a 
atividade de taxista, mas como o serviço da startup é análogo ao de táxi, essa deve 
entender que mesmo criando com seu motorista uma relação de prestação de 
serviço e não uma relação de trabalho levando em conta que o automóvel, sua 
 
 
10 
 
manutenção e possíveis multas sejam ônus do motorista prestador, uma vez que 
confirmado que o passageiro solicitou o serviço de transporte através do aplicativo, 
qualquer dano causado pelo motorista ou defeito de serviço por motivos mecânicos 
do automóvel serão de responsabilidade da empresa para com o ressarcimento ao 
cliente. 
 Assim, a empresa deve criar um mecanismo para gerenciar, assessorar e 
fiscalizar seus motoristas com medidas preventivas baseado no artigo 11-B da lei 
13.640/2018: 
Art. 11-B. O serviço de transporte remunerado privado individual de 
passageiros previsto no inciso X do art. 4º desta Lei, nos Municípios 
que optarem pela sua regulamentação, somente será autorizado ao 
motorista que cumprir as seguintes condições: 
I - possuir Carteira Nacional de Habilitação na categoria B ou 
superior que contenha a informação de que exerce atividade 
remunerada; 
II - conduzir veículo que atenda aos requisitos de idade máxima e às 
características exigidas pela autoridade de trânsito e pelo poder 
público municipal e do Distrito Federal; 
III - emitir e manter o Certificado de Registro e Licenciamento de 
Veículo (CRLV); 
IV - apresentar certidão negativa de antecedentes criminais. 
 
 Assim, criar estratégia de gerenciamento de risco é necessário, pois a 
empresa deve possuir paliativos para evitar falhas na prestação do serviço. 
 
2.4. Direito do Trabalho; 
 Por não existir uma regra unificada no âmbito da legislação trabalhista para as 
startups do segmento da mobilidade urbana individual, cumpre ressaltar que a 
empresa deve observar os seguintes requisitos de uma relação de emprego, 
conforme definição de FREDIANI, 2011: 
a) Pessoalidade: Característica que está intimamente ligada à relação de 
emprego, em que a execução dos serviços é pessoal, importando afastar 
eventuais substituições do prestador do serviço; 
 
 
 11
 
b) Trabalho prestado por pessoa física: Trabalho exercido por pessoa 
física – CPF – consoante artigo 3º da CLT; 
c) Não eventualidade: A prestação de serviço é realizada em caráter 
duradouro em oposição ao trabalho realizado de forma eventual. Assim, a 
prestação de serviço há de ser prorrogada no tempo. 
d) Subordinação: Constitui o aspecto mais importante da relação de 
emprego na medida em que sujeita permanentemente o empregado às 
ordens e diretrizes emanadas do empregado. 
 Logo, a empresa deve estudar a possibilidade de descaracterizar a relação de 
emprego com prestadores que possuem CNPJ. Na impossibilidade de estabelecer 
essa relação a empresa deve conhecer que terá que respeitar as regras da CLT – 
Consolidação das Leis do Trabalho visando a nova regra relativas a horas extras 
(art. 59, § 5º da CLT), férias (art. 134, § 1º da CLT), jornada de trabalho art. (59-A da 
CLT), descanso (art. 71 da CLT), remuneração (art. 457 CLT), demissão (art.487 da 
CLT) e terceirização (Lei 13.429/2017). 
 
2.5. Direito Tributário e Previdenciário: 
 Ainda na interpretação da Lei 13.640/2018, precisamente em seu artigo 11-A 
compete ao município exigir da empresa do segmento de mobilidade urbana: 
 Art. 11-A. Compete exclusivamente aos Municípios e ao Distrito 
Federal regulamentar e fiscalizar o serviço de transporte remunerado 
privado individual de passageiros previsto no inciso X do art. 4º desta 
Lei no âmbito dos seus territórios. 
Parágrafo único. Na regulamentação e fiscalização do serviço de 
transporte privado individual de passageiros, os Municípios e o 
Distrito Federal deverão observar as seguintes diretrizes, tendo em 
vista a eficiência, a eficácia, a segurança e a efetividade na 
prestação do serviço: 
I - efetiva cobrança dos tributos municipais devidos pela prestação do 
serviço; 
III - exigência de inscrição do motorista como contribuinte individual 
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), nos termos 
da alínea h do inciso V do art. 11 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 
1991 .” 
 
 
12 
 
 
 No que tange os tributos municipais a empresa deve verificar a alíquota 
aplicada pelo município referente ao ISS – Imposto Sobre Serviços definido em lei 
complementar, mais taxas de alvarás e licenças, destaca-se citação de PINTO, 
2012: 
A competência privativa diz respeito à instituição de impostos, pois 
cabe exclusivamente ao ente designado a sua cobrança. Com isso, 
por exemplo, cabe apenas ao estado instituir a cobrança do 
imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS), bem 
como só cabe aos municípios a instituição do imposto sobre serviço 
de qualquer natureza (ISS). 
 
 Deve também exigir do motorista individual, ou da empresa parceira a 
inscrição e recolhimento perante o INSS – Instituto do Seguro Social, conforme 
alíquotas vigentes: 
 
Tabela para Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador Avulso 
2019 
Salário de Contribuição (R$) Alíquota 
Até R$ 1.751,81 8% 
De R$ 1.751,82 a R$ 2.919,72 9% 
De R$ 2.919,73 até R$ 5.839,45 11% 
 
 
 
 
 13
 
 
Tabela para Contribuinte Individual e Facultativo 2019 
Salário de 
Contribuição 
(R$) 
Alíquota Valor 
R$ 998,00 
5% (não dá direito a Aposentadoria por 
Tempo de Contribuição e Certidão de 
Tempo de Contribuição)* 
R$ 49,90 
R$ 998,00 
11% (não dá direito a Aposentadoria por 
Tempo de Contribuição e Certidão de 
Tempo de Contribuição)** 
R$ 109,78 
R$ 998,00 até 
R$ 5.839,45 20% 
Entre R$ 199,60 
(salário mínimo) e R$ 
1.167,89 (teto) 
Fonte: https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/calculo-da-guia-da-previdencia-social-gps/tabela-de-contribuicao-mensal/ 
 
 Com a devida apresentação das tabelas anteriores, coloca-se metela as 
observações da Desembargadora Marisa Ferreira dos santos tendo como base sua 
obra Direito Previdenciário Esquematizado 7ª edição, ano 2017, relativas ao 
recolhimento das alíquotas: 
Os segurados empregado, trabalhador avulso e contribuinte 
individual têm a seu favor a presunção que decorre do § 4o do art. 26 
do RPS no que tange ao cômputo do período de carência. A nosso 
ver, a presunção beneficia também o empregado doméstico, 
principalmente após a edição da Lei Complementar n. 150/2015. 
Cabe ao empregador o recolhimento das contribuições do segurado 
empregado, inclusive o doméstico, e do trabalhador avulso. 
Considera-se, então, presumido o recolhimento porque é feito pelo 
 
 
14 
 
empregador. A partir da competência abril/2003, essa presunção 
também favorece o contribuinte individual quando as contribuições 
são dele descontadas pela empresa à qual prestar serviço. Esse 
dispositivo decorre do art. 216, I, a, do mesmo Regulamento. 
 
 Diante das normas apresentadas, fica demonstrado que a startup deve criar 
mecanismos gerenciais para sua atuação, pois sua prestação de serviço atinge em 
total as regras sociais estabelecidas pela Constituição Federal de 1988. 
 Concluindo, as estratégias de mercado, visando economia, responsabilidade 
civil e criminal, tributação e atuação são de suma importância para a mitigação de 
riscos, uma vez que a não projeção ou não tentativa de redução e/ou eliminação 
desses fatores pode criar grandes prejuízos em valores e grandes demandas 
judiciais. 
 
 
 
 
 15
 
 
Considerações finais 
 Considerando a intervenção do Estado Brasileiro nas relações de prestações 
de serviços e consumo, vê-se uma complexidade na regulamentação e atuação da 
startup. 
 O que se deve levar em conta é que a ideia do serviço de mobilidade urbana 
também é necessária a sociedade, uma vez que o próprio Estado tem a dificuldade 
de prestar um serviço de qualidade para população. 
 O Brasil mesmo tentando acompanhar o desenvolvimento global ainda sofre 
com as desigualdades sociais, portanto tem que se levar em conta que é necessário 
a intervenção do Estado para se estabelecer uma regra que seja boa para o todo. 
 Logo, a startup deve tentar alocar seu serviço visando a legislação vigente, 
pois assim garantirá um serviço de qualidade e terá a credibilidade da população. 
Deve reconhecer que o mundo está em constante desenvolvimento tecnológico e 
social, que sempre terá que criar ideias, mas que essas não sejam ofensivas a 
sociedade. 
 Encerrando, existe um gasto considerável e um risco de mercado, mas 
também a necessidade de um serviço prestado com eficiência em razão das falhas 
do Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
Referências bibliográficas 
ANTT. < http://www.antt.gov.br/institucional/index.html> acessado em 18.08.2019. 
Decreto-Lei nº. 5.452 de 1943 < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del5452.htm > acesso em 18.08.2019. 
FREDIANI, Yone. Direito do Trabalho. [Minha Biblioteca]. Retirado 
de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520444351/ 
INSS. < https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/calculo-da-guia-da-previdencia-
social-gps/tabela-de-contribuicao-mensal/> acesso em 18.08.2019. 
Lei nº. 10.406 de 2002. < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm > 
acesso em 18.08.2019. Lei 12.587 de 2012. disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12587.htm> acessado 
em 18.08.2019; 
Lei nº.13.467 de 2017. < http://www.normaslegais.com.br/legislacao/Lei-13467-
2017.htm > acesso em 18.08.2019. 
Lei nº.13.640 de 2018. < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2018/lei/L13640.htm> acessado em 18.08.2019. 
Lei nº.8.078 de 1990. < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm> 
acessado em 18.08.2019. 
Lei nº.8.213 de 1991. < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm > 
acesso em 18.08.2019. 
Lei nº.9.503 de 1997. < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm > acesso 
em 18.08.2019. 
 
 
 17
 
MARINELA, Fernanda. Direito administrativo. [Minha Biblioteca]. Retirado 
de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553600724/ 
PINTO, Lopes, F. Direito Tributário. [Minha Biblioteca]. Retirado 
de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520444399/ 
SANTOS, Ferreira. Direito previdenciário esquematizado®. [Minha Biblioteca]. 
Retirado de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547211608/ 
VENOSA, Salvo, S. D. Direito Civil - Vol. 2 - Obrigações e Responsabilidade Civil, 
18ª edição. [Minha Biblioteca]. Retirado 
de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597014570/

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