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Contestação à Reclamação Trabalhista

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AO EXCELENTÍSSIMO JUIZO DE DIREITO DA 1º VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE MANAUS – AMAZONAS.
Processo nº__.
CASAS QQQ pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ Nº. 12345/001-XX, com sede localizada na Rua Badaró, nº. 15, João Pessoa/PB, CEP 55.555-09, telefone para contato XX, telefone para contato XX, por intermédio de seu advogado consoante instrumento de mandato anexo (doc. 01), com endereço eletrônico XX, e com escritório profissional sito Rua XX, bairro XX, no Município de XX /SP, e e-mail XX, local indicado para o envio de intimações, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, tempestivamente apresentar:
CONTESTAÇÃO à Reclamação Trabalhista com fundamento no artigo 300 da CLT, que lhe move MARIA, brasileira, casada, desempregada, inscrita no Cadastro de Pessoa Física nº222.222.222-22 e do Registo Geral nº XX, CTPS nº 00000, residente e domiciliada na Avenida Acre, nº33, Monteiro, João Pessoa/PB, o que faz pelos fatos e fundamentos adiante expostos.
I – DOS FATOS
Aduz a reclamante na exordial, que seu contrato de trabalho teve inicio em 20 de maio de 2009, onde exerceu o cargo de secretária, e findou em 10 de fevereiro de 2019, sua remuneração era de R$ 2.000,00 (dois mil reais).
Assevera que no dia 07 de Janeiro de 2019, por meio de exames laboratoriais constatou que estava grávida e que no mesmo dia comunicou seus colegas de trabalho e o patrão.
Ocorre Excelência que ela realmente foi demitida no dia 10 de fevereiro de 2019, mas, em nenhum momento foi identificado o recebimento do exame para comprovar a gravidez.
Constatando estar no seu segundo mês de gestação, porém teve seu contrato de trabalho rescindido no 10 de Fevereiro, alegando que seria por seu estado gravídico, porém recebeu todas as verbas rescisórias.
Percebe-se a má fé da reclamante que esperou mais de três meses para entrar na justiça em busca dos seus direitos, ao invés de ter retornado a empresa para comprovar os fatos. Todavia, a reclamante Maria ficou inerte durante todo o período de estabilidade para somente após o seu fim requerer ao Poder Judiciário a indenização.
Esta inércia configura o abuso do exercício do direito e o enriquecimento sem causa da trabalhadora.
Dessa forma, como será demonstrando a seguir, a reclamante não tem direito a ser discutidos.
II – DA ALEGAÇÃO DE ESTABILIDADE NO EMPREGO – INDENIZAÇÃO SUBSTITUTIVA
A garantia de o emprego dar o direito ao empregado do retorno ao trabalho, o que não é o caso na situação específica, pois a reclamante se quer pede a reiteração no emprego, requerendo apenas a indenização.
Se esse não for o entendimento do juiz que seja reconhecido a reiteração imediata dela, sob pena de enriquecimento ilícito. Pois a garantia constitucional é de emprego e não apenas do salário.
Mas é razoável o reclamado ter que arcar com a indenização substitutiva mesmo não estando ciente da gravidez e não podendo sequer ofertar a reintegração ao trabalho, já que a ação judicial foi proposta somente após esgotado o período de estabilidade?
Tem-se que é necessário ponderar do entendimento está que consubstanciado no art. 10, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988:
Art. 10 - Até que seja promulgada a Lei Complementar a que se refere o artigo 7º, I da Constituição:
I - ...
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
a) ....
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
Observa-se da leitura do artigo 10, II, b do ADCT, que a trabalhadora adquire o direito à estabilidade com a “confirmação da gravidez”.
Apesar, da dúvida a respeito da estabilidade quando a empregada desconhece o estado gravídico na época do encerramento do contrato de trabalho, sendo o fato também, obviamente, de desconhecimento do empregador, há entendimento sumulado pelo TST de que a mesma tem direito a estabilidade, vejamos:
Súmula nº 244 do TST
GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item III alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, b do ADCT).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.
III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea b, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.
O reclamado em nenhum momento negou-se de assegurar os direitos da reclamada, ocorre que nunca foi comunicado da situação, ou estado gravídico da funcionária.
Ademais, verifica-se abuso do exercício do direito conforme dispõe o artigo 187 do Código Civil:
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
A boa-fé deve ser observada, sendo dever de ambas as partes em relação contratual, guarda-la (art. 422 do CC). O que coloca em dúvida verificando que reclamante demorou tanto tempo para ajuizar à ação. 
III- DA IMPROCEDÊNCIA DOS DANOS MORAIS
A reclamante não tem direito, pois a mesma não alega o dano que ela tem sofrido, ao prejudicado é que cumpre provar o dano, não bastando, todavia, a requerente que se queixe na ação seja capaz de produzir-lhe dano. O dano a ser reparado deve ser indeferido, por absolutamente indevido e absurdo.
Protesta provar o alegado por todos os meios em Direito admitidos, em especial prova documental, testemunhal, depoimento pessoal e outras mais que se fizerem necessárias e que desde já ficam requeridas.
Termos em que, pede deferimento.
MANAUS – AMAZONAS, 28 de abril de 2019.
Advogado
OAB/UF

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