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1) João ingressou com uma ação de reintegração de posse em face de Valdomiro 
visando obter a retomada de seu imóvel como também a indenização por perdas 
e danos. A pretensão foi acolhida em parte pelo juízo tão somente para 
determinar a reintegração do autor na posse do imóvel. O autor interpõe recurso 
de apelação para o respectivo Tribunal de Justiça visando obter a indenização 
por perdas e danos, o que foi negado pela Câmara que apreciou o recurso. O 
recorrente, diante da omissão do colegiado acerca de pontos relevantes 
abordados no recurso, apresenta pedido de reconsideração no prazo de 15 dias, 
que foi rejeitado imediatamente pelo relator. Diante do caso indaga-se 
. O pedido de reconsideração possui natureza recursal? 
 Não, o pedido de reconsideração tem natureza jurídica de Sucedâneo Recursal, 
ou seja, têm os mesmos objetivos do Recurso mas não é considerado como tal, 
tendo em vista que para tal deveria estar na legislação vigente, perante o 
Princípio da Taxatividade, não havendo Lei que o considere um Recurso. 
. Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse caso? 
Não, pois não vem a ser um Recurso, deste modo a Fungibilidade Recursal só 
poderia ser aplicada caso estivesse previsto na Legislação vigente e houvesse 
uma dúvida objetiva além da interposição no prazo do recurso correto. O 
princípio só poderia ser aplicado quando houver dúvida objetiva sobre qual o 
Recurso a ser interposto, ademais cabe ressaltar que no caso concreto 
estaríamos diante da necessidade de interposição dos embargos de declaração, 
pois o problema relata uma omissão no julgamento. 
**Devemos lembrar que para aplicação deste princípio da Fungibilidade 
Recursal é preciso observar o prazo correto para oferecimento do recurso 
adequado. 
a. São princípios fundamentos dos recursos previstos no Código de Processo 
Civil (Promotor de Justiça/SP-2006): 
o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a singularidade, a 
fungibilidade e a proibição do reformatio in peius; 
b. considerando o que dispõe o CPC a respeito de recursos, assinale a opção 
correta (OAB Nacional – 2009/1) Havendo sucumbência recíproca e sendo 
proposta apelação por uma parte, será cabível a interposição de recurso adesivo 
pela outra parte; NCPC, Art. 997 , além do recurso adesivo, cada parte interporá 
o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências 
legais. 
2) Marcos Antônio ingressou com uma ação declaratória em face do plano de 
saúde Vida Saudável, responsável por atender importante parcela da população 
brasileira, visando obter reconhecimento da abusividade de determinada 
cláusula que impede o tratamento de pacientes com doenças 
infectocontagiosas. Diante da repercussão social do julgado, a associação de 
portadores de HIV solicitou seu ingresso como amicus curiae, o que foi 
prontamente autorizado pelo juiz da causa. Diante do caso indaga-se: 
. poderá a associação atuar como se parte fosse? 
Não poderá atuar como se parte fosse, ingressando como amicus curiae tendo 
em vista que vem a juízo para dar mais amplitude a discussão, assim como 
representatividade. Conforme entende o STF no informativo 656 e na ADI 3615, 
relatora Carmen Lúcia. Vem apenas para auxiliar o julgador com informações 
das quais possui domínio em virtude de sua formação técnica. De forma alguma 
confunde-se com a figura do Assistente, que demonstra interesse jurídico e 
comparece ao processo para auxiliar uma das partes. 
**O NCPC redimensionou esta figura, inserindo-a no capítulo destinado a 
Intervenção de Terceiros e aumentando sua aplicação até então reservada às 
ações constitucionais. 
. Qual a diferença entre amicus curiae e a assistência simples? 
A diferença é que o amicus curiae é alguém que, mesmo não sendo parte, em 
razão de seus conhecimentos específicos e técnico além de sua 
representatividade, é chamado ou se oferece para intervir em processo relevante 
com o objetivo de apresentar ao Tribunal a sua opinião sobre o debate que está 
sendo travado nos autos, estando presente em demandas que tratam de direitos 
metaindividuais, de interesse coletivo já a assistência simples vem a ser quando 
um terceiro juridicamente interessado apresenta interesse jurídico na demanda 
mas não poderia ter figurado como réu. A principal diferença reside no aspecto 
formal. O assistente precisa demonstrar interesse jurídico enquanto que o 
amicus curiae, precisa demonstrar representatividade adequada nas causas de 
forte repercussão social. ADPF 186 e 132. 
a. o requisito extrínseco de admissibilidade do recurso em geral (Promotor de 
Justiça/ MG – 2005): inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de 
recorrer 
b. De acordo com o Código de Processo Civil, assinale a alternativa correta (Juiz 
de Direito – SC – 2009): O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem anuência 
do recorrido, desistir do recurso; Art.998 NCPC. 
3) Carlos ingressou com uma ação indenizatória em face da Construtora JSP 
com o objetivo de obter indenização pela demora na entrega de seu imóvel. Após 
a citação, constatou-se que a construtora encerrou suas atividades 
irregularmente, o que motivou o autor a requerer a desconsideração da 
personalidade jurídica, que foi indeferido de plano pelo juiz. Terminada a 
instrução, o juiz condenou a construtora a indenizar ao autor no valor de 
R$10.000,00, devidamente atualizado e com juros legais. Irresignado com a 
sentença o autor interpôs recurso de apelação visando reformar a decisão 
interlocutória que indeferiu a desconsideração da personalidade como também 
aumentar o valor fixado a título de indenização. Diante do caso indaga-se: 
. A apelação de Carlos foi formulada adequadamente? 
Não, pois da decisão que rejeita o incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica caberá agravo por instrumento, Art.1015 do NCPC. 
. O juiz sentenciante poderá inadmitir o recurso de Carlos? 
No caso concreto, o sistema afasta a verificação dos requisitos pelo magistrado 
( juízo ad quo), sendo realizada diretamente pelo tribunal, juízo ad quem. 
Sobretudo por tratar-se do Recurso de Agravo por Instrumento. Art.1010, 
parágrafo 3*. § 3o, NCPC: Após as formalidades previstas nos §§ 1o e 2o, os 
autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de 
admissibilidade. ⇒ o exame do agravo de instrumento é feito no juízo de 
admissibilidade ad quem. 
a. O recurso de apelação será recebido somente no efeito devolutivo quando 
interposto conta sentença que julgar ação (Promotor de Justiça – RO – 
2006): 
Condenatória de prestação alimentícia; Art.1012, II, NCPC 
b. É correto afirmar que o recurso de apelação comporta juízo de retratação 
nas seguintes hipóteses (XLIV Concurso para ingresso da Magistratura do 
TJ/RJ) : excepcionalmente, nos casos de julgamento liminar de 
improcedência e nos de indeferimento da inicial. Art.331 e Art.332, § 3°, 
NCPC 
4) Rafael e José impetraram Mandado de Segurança em face do Município 
visando obter a reintegração na Guarda Municipal, considerando que foram 
exonerados arbitrariamente por abuso de poder da municipalidade. O juiz 
excluiu José sob o fundamento de que, na hipótese, não cabe litisconsórcio. 
José interpôs agravo de instrumento que, após a devida distribuição, foi 
encaminhado pelo relator para o julgamento eletrônico, dispensando-se a 
sessão de julgamento. Agiu adequadamente o relator? 
 Em virtude da revogação do Art. 945, NCPC, o relator não agiu adequadamente 
(lei 13.256/16) 
 
. Da decisão que julgar a liquidação de sentença caberá ( MPE-SP – 2011 – MPE-
SP – Promotor de Justiça): recurso de agravo de instrumento; Art.1015, 
parágrafo único, NCPC. 
 
3) Em um processoque observa o rito comum ordinário, o juiz profere decisão 
interlocutória contrária aos interesses do réu. É certo que, se a decisão em 
questão não for rapidamente apreciada e revertida, sofrerá a parte dano grave, 
de difícil ou impossível reparação. Assim sendo, o advogado do réu prepara o 
recurso de agravo de instrumento, cuja petição de interposição contém a 
exposição dos fundamentos de fato e de direito, as razões do pedido de reforma 
da decisão agravada, além do nome e endereço dos advogados que atuam no 
processo. A petição está, ainda, instruída com todas as peças obrigatórias que 
irão formar o instrumento do agravo. Contudo, o agravante deixou de requerer 
a juntada, no prazo legal, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo 
de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação 
dos documentos que instruíram o recurso, fato que foi arguido e provado pelo 
agravado. Com base no relatado acima, assinale a alternativa correta a respeito 
da consequência processual decorrente ( FGV – 2011 – OAB – Exame de Ordem 
Unificado – III – Primeira Fase). 
Não será admitido o agravo de instrumento; Art.1016 e 1017 do NCPC. 
5) Marcia ingressou com uma ação de revisão de cláusulas contratuais em face 
da Editora Encanto no I Juizado Especial da Comarca de Salvador. Após a 
realização da audiência de instrução e julgamento o juiz proferiu sentença 
julgando procedente o pedido da autora. A ré opôs embargos de declaração, sob 
o argumento de que houve erro material e omissão no julgado, no prazo legal, 
sendo este rejeitado pelo julgador. Após a publicação da decisão que julgou os 
embargos a empresa embargante interpôs recurso inominado no prazo de 10 
dias. O recurso foi inadmitido pelo juiz por intempestividade, considerando a 
regra disposta no art. 50 da Lei nº 9.099/95. Agiu adequadamente o juiz? 
Não agiu adequadamente, considerando que o Art.1065 do NCPC, que alterou 
o Art.50 da Lei 9.099/95. Com a alteração prevista no NCPC, os embargos de 
Declaração interrompem o prazo, não mais o suspendem em hipótese alguma. 
a. Sobre os embargos de declaração 
 Têm por finalidade primordial o aclaramento ou a integração da decisão 
judicial, devem ser interpostos no prazo de cinco dias, podem dar azo à 
aplicação de multa, caso o órgão jurisdicional os reconheça como 
manifestamente protelatórios, não estão sujeitos a preparo. 
b. O TRF da 2a Região denegou a ordem de segurança pleiteada em processo de 
sua competência originária. Nesse caso, qual seria o recurso cabível contra tal 
decisão? Recurso Ordinário ao STJ, independentemente do conteúdo da 
decisão. Art.1027, II, a, NCPC 
 
6) Determinado Tribunal Regional Federal confirmou a sentença proferida por juízo federal no 
sentido de negar a equiparação de soldos entre militares das forças armadas. Inconformado, o 
recorrente interpôs recurso extraordinário, que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. 
O Ministro Relator entendeu que a violação ao texto constitucional era reflexa, por necessitar 
de revisão de lei federal, e inadmitiu o recurso extraordinário. Agiu adequadamente o relator?: 
Não o relator deveria converter o recurso extraordinário (RE) em recurso especial (REsp), 
conforme Art.1033 do CPC 2015, por entender que a questão diz respeito a norma federal. 
2) em sede de recurso extraordinário, a questão constitucional nele versada deverá oferecer 
repercussão geral sob pena de (OAB/SP – 2007) 
 Não ser conhecido pelo juízo ad quem; Art. 1035, NCPC. 
3) Em relação ao recurso extraordinário, a decisão do Supremo Tribunal Federal que não 
admite a repercussão geral é (OAB/RS – 2007) 
 irrecorrível. 
4) Diante da multiplicidade de recursos especiais com fundamento em idêntica questão de 
direito em face da União, o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná selecionou 
dois recursos representativos da controvérsia e encaminhou para o Superior Tribunal de 
Justiça para o julgamento repetitivo. O relator no STJ determinou a suspensão de todos os 
processos afetados pendentes em tramitação no território nacional. Diante dessa circunstância 
indaga-se, em relação aos processos suspensos em todo território nacional, é possível a 
desistência da ação? Em que fase processual? 
Sim, é possível a desistência da Ação até a prolação da sentença, conforme dispõe o Art.485, § 
5º. 
A) Caso a parte identifique que a controvérsia estabelecida no julgamento repetitivo diverge 
da controvérsia existente em seu processo, como deverá proceder? 
A parte deverá realizar o instituto do distinguish, ou seja, fazer a distinção entre o seu caso e 
os demais, buscando desafetá-lo e assim dar prosseguimento ao seu processo. Art.1037, 
parágrafo 9º. 
2) Leia as afirmativas sobre a repercussão geral. 
I. No STF, se a turma decidir pela existência de repercussão geral por, no mínimo, quatro votos, 
será encaminhado o recurso ao plenário para nova votação, que poderá negar processamento 
ao RE por votos de 2/3 dos membros. 
. O Tribunal de origem não tem competência para apreciar a existência de alegação de 
repercussão geral na preliminar do recurso extraordinário.. 
 . Se o STF entender pela existência de repercussão geral, com o julgamento de mérito do RE 
selecionado, a decisão valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica sobrestados na 
origem. 
3) Reconhecida a repercussão geral em determinado recurso extraordinário, o procedimento 
adequado em relação aos recursos afetados será? 
aguardar, independente de prazo, o reconhecimento da repercussão geral; 
 
 
HUMBERTO THEODORO JÚNIOR 
Analisando os recursos em espécie arrolados no NCPC pela visão de 
Humberto Theodoro Júnior vemos que: 
1. Apelação 
Mantido o recurso de apelação, sendo cabível contra sentença, está 
previsto no capítulo II, art. 1.009 ao art. 1014 do NCPC. 
Permanece com o Duplo Efeito, ou seja, efeito devolutivo, por força do 
art. 1.013; e como regra o efeito suspensivo, disposto no art. 1012, salvo 
casos elencados no rol taxativo de seu § 1º, incisos I a VI. Então nessas 
hipóteses a apelação não terá efeito suspensivo, exceto se for concedido 
em pedido específico previsto no § 3º. 
Outra mudança, está prevista no § 3º do art. 1010 que trata do juízo de 
admissibilidade do recurso de apelação, no CPC vigente ele é interposto 
no juízo a quo, para após esse juízo de admissibilidade de primeira 
instância, ser remetido ao Tribunal. O Novo CPC dispôs que respeitadas 
as formalidades do art. 1010, §§ 1º e 2º os autos serão remetidos ao 
Tribunal independentemente de juízo de admissibilidade, ou seja, direto 
ao juízo ad quem. Isso visando celeridade processual. 
2. Agravo 
O NCPC traz a previsão de dois tipos de agravo: o agravo de instrumento, 
já previsto no CPC Antigo, e o agravo interno, que tinha previsão no 
regimento interno dos tribunais em face de decisão monocrática do 
relator. 
Já o agravo retido é retirado do código, dispondo o projeto que as decisões 
não passíveis de agravo de instrumento não restarão preclusas, podendo 
ser novamente alegadas em sede de apelação da sentença (THEODORO 
JUNIOR, 2015). 
a. Agravo de instrumento: no NCPC continua sendo cabível contra 
decisão interlocutória, mas somente se houver enquadramento em 
hipóteses legais e as elencadas do art. 1.015, isso confere um critério com 
maior grau de objetividade, ao contrário do sistema atual. Mas não 
significa que do ponto de vista de agilidade isso funcionará, já que 
demandas antes pleiteadas por agravo, migrarão para a apelação, e ainda 
o mandado de segurança exercerá maior papel ao se tentar afastar riscos 
de lesão grave ou de difícil reparação. 
b. Agravo interno: disposto agorano art. 1.021, é o que questiona a 
decisão monocrática do relator perante o órgão colegiado, caso em que o 
processo já estará no tribunal. Deve ser interposto no prazo de 15 dias (e 
não mais em 5 dias) e a competência para julga-lo é do mesmo órgão que 
teria competência para julgar o recurso monocraticamente resolvido pelo 
relator. Para Ministério Público, Fazenda Pública, autarquias, as 
fundações públicas e a Defensoria Pública possuem prazo em dobro para 
recorrer. Houve também uma redução do percentual de incidência em 
relação à multa por recursos protelatórios (1% a 5% do valor da causa), 
§ 4º, exceto para Fazenda Pública e casos de beneficiários de gratuidade 
da justiça, § 5º. 
3. Embargos de Declaração 
Qualquer decisão judicial comporta embargos de declaração, uma vez 
que é inconcebível que fiquem sem remédio a obscuridade, a contradição 
ou a omissão, existentes no pronunciamento. (THEODORO JUNIOR, 
2015). Tratado no art. 1.022, NCPC. 
A primeira alteração foi na correção de nomenclatura, de cabe contra 
“sentença ou acórdão” para “qualquer decisão judicial”, conferindo maior 
alcance da norma para sanar contradição, obscuridade ou omissão, às 
quais o órgão jurisdicional deveria se pronunciar de ofício e também para 
a corrigir erro material, em seu parágrafo único o referido artigo ainda 
apresenta o rol taxativo do que se considera uma decisão omissa. 
No § 2º do art. 1.023 do NCPC o texto se adequa para a participação do 
embargado (para sua manifestação), caso o embargo modifique a 
sentença. 
Ao analisarmos o NCPC, vemos que os recursos, em regra, não possuem 
efeito suspensivo. Como disposto no art. 995, os recursos não impedem 
a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido 
diverso. 
Os recursos podem ter efeito suspensivo por força de lei (ope legis), a 
exemplo da apelação (art. 1.012, NCPC), ou podem ter efeito suspensivo 
atribuível por decisão judicial (ope judicis), como ocorre com o agravo de 
instrumento (art. 1.019, I, NCPC). Quanto aos embargos de declaração, 
o NCPC inova, em relação à doutrina majoritária que se formou em torno 
do Antigo CPC. Segundo o § 1º. Do art. 1.026, a atribuição de efeito 
suspensivo aos embargos depende de pedido do embargante e de decisão 
judicial, e não mais decorre de sua simples interposição. 
Além disso, a suspensão da eficácia da decisão embargada condiciona-se 
ao preenchimento dos seguintes pressupostos: (1) a probabilidade de 
provimento do recurso ou (2) fundamentação relevante e risco de dano 
grave ou de difícil reparação. O NCPC, portanto, acolhe a doutrina de 
Teresa Arruda Alvim Wambier, segundo a qual a suspensão da eficácia 
da decisão deve decorrer de pedido da parte e de concessão pelo órgão 
jurisdicional, e não por força de lei, sempre e em todo o caso. (ALVES, 
2015). 
Sobre a multa por recurso protelatório houve mudança de percentual 
para 2% do valor da causa atualizado, se reiterados embargos 
declaratórios manifestamente protelatórios, a multa será elevada a 10% 
do valor da causa atualizado e a interposição de qualquer recurso ficará 
condicionado ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda 
Pública e da justiça gratuita, art. 1026 § 3º. 
Por fim, quanto à figura do pré-questionamento, no art. 1.025, que prevê: 
“Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante 
suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de 
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior 
considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade”. 
4. Recurso Ordinário: 
Do âmbito dos recursos para o Supremo Tribunal Federal e Superior 
Tribunal de Justiça, está disciplinado pelos artigos 1027 e 1028. Foi 
mantido o teor dos dispositivos, somente repetindo o que fez com a 
apelação, informa o lugar onde deve ser apresentado o recurso ordinário 
e exclui o juízo de admissibilidade “desnecessário” do juízo a quo e passa 
a ser realizado apenas o juízo de admissibilidade ad quem. 
5. Recurso Extraordinário e Recurso Especial 
Não ensejam reexame da causa, mas apenas discutem as questões 
jurídicas relativas à Constituição Federal e ao direito federal 
respectivamente. Tratando-se de forma excepcional de recurso, não 
configurando terceiro ou quarto grau de jurisdição, tampouco 
instrumento processual para a correção de injustiça. 
Também quanto a esses recursos, não há que se falar em grandes 
mudanças materiais, apenas procedimentais. Percebe-se inovação 
quanto aos julgamentos dos Recursos Extraordinários e Especiais 
Repetitivos, que traz um incidente processual de rito próprio, onde são 
tratadas todas as peculiaridades procedimentais (art. 1036 a 1041). 
Dessa forma, com a inclusão desse incidente processual, o legislador 
demonstra claramente sua intenção de atender ao clamor popular de 
celeridade nas demandas judiciais, deixando evidentes as possibilidades 
de sobrestamento de processos estipulando prazos para seus respectivos 
julgamentos, sob pena de continuação no processamento dos efeitos 
sobrestados e não julgados no tempo estipulado. (SIMÕES e CÂMARA, 
2015). 
6. Agravo em Recurso Especial ou Extraordinário: 
Humberto Theodoro Junior trata sobre esse recurso chamando-o de 
Agravo de Admissão, e o define como recurso cabível da decisão de não 
admissão do recurso especial e extraordinário pelo tribunal de origem. 
O Novo CPC novamente elimina o primeiro juízo de admissibilidade. Está 
elencado no art. 1042, que enumera taxativamente as hipóteses de 
cabimento deste recurso e dispõe sobre processamento e requisitos. Mais 
uma novidade é que em seu § 2º prevê que a petição de agravo será 
dirigida ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem e 
independe do pagamento de custas e despesas postais 
7. Embargos de Divergência: 
Proporcionam a uniformização da divergência interna corporis dos 
Tribunais Superiores quanto à intepretação do direito em tese 
(THEODORO JUNIOR, 2015). No Novo CPC tiveram seu cabimento 
ampliado, deixando de ser exclusivo para o Supremo Tribunal Federal e 
o Superior Tribunal de Justiça, sendo cabível aos Tribunais de Justiça 
em casos específicos. Está previsto nos artigos 1043 (hipóteses) e 1044 
(procedimento). Com essa maior abrangência, vislumbra-se a eficácia na 
prestação jurisdicional. 
CASSIO SCARPINELLA BUENO 
1. Apelação: 
Em relação ao recurso de apelação, não foram feitas grandes alterações, 
assim como no código vigente, o NCPC estabelece que o referido recurso 
caberá contra sentenças. A diferença está na previsão do § 1º do 
art. 1.009 NCPC, que admitem, também, a apelação em decisões 
interlocutórias, quando não couber o agravo de instrumento. 
Nas palavras de Cássio Scarpinella Bueno: “O § 1º justifica-se pela 
supressão do agravo retido. Inexistente aquele recurso, as decisões 
interlocutórias não passíveis de agravo de instrumento não ficam sujeitas 
a preclusão, cabendo à parte, se assim entender necessário, suscitá-la 
em preliminar de apelação ou de contrarrazões.” 
2. Agravo: 
a. De Instrumento: O Antigo CPC permitia a interposição do agravo de 
instrumento quando a decisão interlocutória proferida trazia risco 
iminente ou dano à parte. Assim, pelo NCPC, o conceito da utilização do 
recurso é a mesma, modificar decisão interlocutória que cause prejuízo 
grave e de difícil reparação à parte. Entretanto, o NCPC traz, nos incisos 
de seu art. 1.015, as hipóteses em que deve-se utilizar o agravo de 
instrumento. 
Como já visto no tópico de apelação, caso a decisão interlocutória esteja 
fora do rol taxativo do agravo de instrumento, poderá a parte prejudicada 
interporapelação (art. 1.009, § 1º NCPC), maneira encontrada pelo 
legislador para suprir a falta do agravo retido. 
Observa-se, também, que com a nova previsão do código, o uso de 
mandado de segurança contra atos do juiz tornar-se-á mais comum, uma 
vez que não havendo hipótese sujeita para a interposição do agravo de 
instrumento e não podendo a parte aguardar até a apreciação da 
apelação, a alternativa do recorrente será a interposição da presente 
ação. 
b. Inominado, interno ou regimental: Assim como no código vigente, 
o NCPC prevê a utilização de agravo interno, também chamado de agravo 
de colegiamento, quando o recorrente opta por revisão da decisão 
monocrática proferida pelo relator. Assim, após a interposição do referido 
recurso, será apreciado o agravo interno por uma turma colegiada do 
Tribunal. 
O doutrinador Cássio Scarpinella Bueno, acredita que os §§ 1º e 3º do 
art. 1.021 NCPC foram baseados a partir do princípio da dialética 
recursal, pois torna a fundamentação tanto do relator quanto da parte 
recorrente de grande importância para a revisão da decisão. 
Ademais, Scarpinella critica o § 5º do referido artigo, que isenta a 
Fazenda Pública e o beneficiário da justiça gratuita do depósito prévio do 
valor da multa em caso de litigância de má-fé. Para o Autor, este 
tratamento diferenciado fere o princípio constitucional da isonomia. 
4. Embargos de Declaração: 
O NCPC traz a possibilidade dos embargos de declaração para atacar 
qualquer decisão judicial, ou seja, além de sentença e acórdão, poderá 
ser utilizado também em decisões interlocutórias. 
Outra alteração importante foi a previsão do inciso III do 
art. 1.002, NCPC, pois, agora, além dos embargos serem usados contra 
decisões obscuras, contraditórias e omissas, será, também, cabível 
contra erro material. 
Quanto ao prazo, continuam fixados em 5 dias e, a partir da interposição 
dos embargos de declaração em qualquer decisão, o prazo para 
interposição de recurso ficará interrompido até ser proferido o 
esclarecimento do magistrado. 
Com a extinção da previsão de embargos infringentes, em alguns casos, 
poderão os embargos de declaração modificar o julgado. Entretanto, 
quando ocorrer mudança na decisão, deverá o magistrado intimar a parte 
adversa para apresentar contrarrazões de embargos de declaração. 
5. Recurso Ordinário 
De competência recursal do STJ e STJ, não houve alteração relevante 
para o recurso em si. O que mudou foi o texto da lei, como a alteração da 
palavra causa pela processo, no artigo 1.021, II, alínea b. 
Assim, continua sendo considerado a “apelação” das decisões originárias 
dos Tribunais, garantido o duplo grau de jurisdição. 
6. Recurso Especial e Extraordinário 
O art. 1.029 do NCPC estabelece os pressupostos formais que devem ser 
preenchidos para que seja interposto o recurso extraordinário ou 
especial, cujo cabimento continua sendo matéria disciplinada 
pela Constituição Federal. 
Uma de suas principais alterações está no § 2º do referido artigo, que diz 
ser vedado ao órgão jurisdicional inadmitir recurso especial com base em 
fundamento genérico, sem demonstrar a existência de distinção, ou seja, 
reforça o que já está previsto no art. 489, § 1º, V NCPC, “se limitar a 
invocar procedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus 
fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento 
se ajusta àqueles fundamentos.” Scarpinella diz que a previsão deste 
parágrafo vem de encontro com a Teoria dos precedentes à brasileira. 
Os § 3º e 4º, preveem a desconsideração de erro formal que não seja 
considerado grave (§ 3º) e a suspensão dos processos em todo o território 
nacional durante a tramitação do incidente de resolução e demandas 
repetitivas, por razões de segurança jurídica ou excepcional interesse 
social (§ 4º), alterações essas que são de grande importância. 
Outra importante mudança está na abolição da competência do 
Presidente ou Vice Presidente do respectivo Tribunal para o juízo de 
admissibilidade do recurso extraordinário ou especial. O novo código 
determina a remessa direta do recurso para o respectivo Tribunal 
Superior, que fará então o juízo de admissibilidade (art. 1.030, § 
Único NCPC). 
7. Embargos de Divergência 
Previsto no art. 546 do Antigo CPC e no art. 1.043 do NCPC, sua 
alteração busca solucionar problemas gerados pela norma anterior, que 
limitavam sua utilização. 
Com o novo texto, poderão os embargos de divergência serem 
apresentados tanto em acórdão de mérito como naquele referente a juízo 
de admissibilidade (art. 1.043, I e II NCPC), assim como será apreciado 
quando apresentado em processos de competência originária 
(art. 1.043, IV NCPC). 
Com base na análise dos quatro doutrinadores, podemos concluir que as 
mudanças podem contribuir para que o judiciário brasileiro seja menos 
moroso, formal e complexo, que é o objetivo do sistema recursal no novo 
código. Apesar de as mudanças serem poucas e algumas até 
desnecessárias, devemos manter em mente que a mudança não será 
radical para não colocar em risco a segurança jurídica e proteção dos 
princípios jurídicos. Por fim, só poderemos compreender como o 
judiciário responderá à essas mudanças a partir do momento que o 
código entrar em vigência.

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