Buscar

Análise das Demonstrações Contábeis Nível Introdutório

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Contabilidade 
e Finanças
Material Teórico
Análise das Demonstrações Contábeis – Nível Introdutório 
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Jose Carlos Pereira Almeida
Revisão Técnica:
Prof. Me. Rodrigo de Souza Marin
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites 
• Introdução;
• Índices de Liquidez;
• Índices de Endividamento;
• Índices de Rentabilidade;
• Análise Vertical e Horizontal.
• Abordar os principais indicadores das demonstrações � nanceiras. Este conteúdo é de 
extrema importância para seu crescimento técnico e gerencial;
• Abordar também a análise horizontal e vertical para entendimento de picos de distorções 
no balanço Patrimonial e no DRE;
• Busque os materiais complementares para melhor assimilação e � xação da disciplina.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Análise das Demonstrações 
Contábeis – Nível Introdutório
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Análise das Demonstrações Contábeis – Nível Introdutório 
Introdução
Podemos analisar diversas empresas sem, efetivamente, trabalhar nelas. Conse-
guimos realizar esse estudo por meio da análise das demonstrações contábeis pu-
blicadas em jornais. Algumas empresas têm a obrigatoriedade, definida em lei, de, 
anualmente, publicar seus resultados, isso é feito mediante a divulgação de algumas 
demonstrações contábeis em jornais de grande circulação.
As demonstrações contábeis que utilizaremos para o estudo desta unidade são:
• Balanço Patrimonial (BP);
• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
 É importante frisar que nosso nível de aprofundamento será apenas introdutó-
rio, por isso usaremos apenas essas duas demonstrações. 
Quando estudamos Análise das Demonstrações, devemos nos atentar para algu-
mas regras. Assim, ao realizarmos um estudo desses demonstrativos, é necessário 
que tenhamos em mãos, além das Demonstrações Contábeis, também as Notas 
Explicativas e, se possível, o parecer da auditoria independente que validou todas 
as informações prestadas.
Conforme o Portal de Contabilidade1:
As Notas Explicativas visam fornecer as informações necessárias para es-
clarecimento da situação patrimonial, ou seja, de determinada conta, saldo 
ou transação, ou de valores relativos aos resultados do exercício, ou para 
menção de fatos que podem alterar futuramente tal situação patrimonial. 
Inclusive, a publicação de Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras está 
prevista no § 4º do artigo 176 da Lei 6.404/1976 (Lei das S/A), adiante transcri-
to: “[...] as demonstrações serão complementadas por Notas Explicativas e outros 
quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da 
situação patrimonial e dos resultados do exercício”.
O parecer do auditor pode ser elaborado sem ressalvas, quando atesta que todas 
as regras e normas contábeis foram evidenciadas nas demonstrações contábeis. 
Todavia, esse parecer pode conter algumas ressalvas, nas quais devem ser descritos 
os efeitos contábeis não evidenciados claramente. 
Se quisermos analisar a entidade isoladamente, devemos efetuar o estudo com-
parando os últimos dois anos pelo menos. Caso façamos esse estudo com empre-
sas distintas, podemos comparar apenas um ano calendário de cada uma. Também 
é importante analisar setores idênticos, pois, apesar da diversidade de fornecedores 
e das diferenças na administração, estaremos estudando mercados iguais. É inviável 
comparar empresas de turismo com supermercados, por exemplo.
1 https://goo.gl/6nLUjY
8
9
Nossas próximas etapas terão como objeto de estudo uma única empresa, por-
tanto trabalharemos com dois anos, a fim de que consigamos interpretar as altera-
ções da companhia analisada. 
A seguir, teremos as demonstrações contábeis que serviram de base para 
nossos exemplos:
a) Balanço Patrimonial
Tabela 1
b) Demonstração do Resultado do Exercício
Tabela 2
Índices de Liquidez
O índice de liquidez avalia a capacidade da entidade de honrar seus pagamentos, 
suas obrigações assumidas. Esse índice se divide em:
1. Índice de liquidez corrente ou comum;
2. Índice de liquidez seca;
3. Índice de liquidez geral ou fi nanceira; e
4. Índice de liquidez imediata.
9
UNIDADE Análise das Demonstrações Contábeis – Nível Introdutório 
As diferenças entre essas quatro modalidades dizem respeito ao tempo, visto que 
conseguimos avaliar a capacidade de pagamento considerando longo prazo, curto 
prazo ou prazo imediato.
Índices de Liquidez Corrente ou Comum
A aplicação desta fórmula resultará na análise da capacidade da empresa de 
pagar seus compromissos em curto prazo. Vejamos:
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Para efetuarmos o cálculo, devemos utilizar a informação dos demonstrativos já 
apresentados no início desta unidade.
a) Cálculo
b) Interpretação do índice
A leitura desse índice deve ser elaborada da seguinte maneira:
• Para cada R$ 1,00 de dívida, a empresa possui, a curto prazo, o valor de R$ 
1,48, no ano de 2011, demonstrando uma melhora nesse índice, se comparar-
mos com o ano imediatamente anterior.
Isso porque, no ano de 2010, a empresa teria um déficit para quitar suas 
dívidas a curto prazo. Perceba que, no ano de 2010, ela possuía apenas 
R$ 0,93 para cada R$ 1,00 de dívida.
• Devemos também fundamentar nossa análise indicando as contas contábeis 
que compõem o Ativo e o Passivo circulantes. Veja: as obrigações com emprés-
timos foram reduzidas bem como as dívidas com os fornecedores. Já, do lado 
do ativo, as disponibilidades aumentaram, bem como as vendas para os clientes.
Índices de Liquidez Seca
Nesta situação, desconsideramos os estoques. Imaginemos que a empresa que 
estamos analisando tenha uma paralisação total em suas vendas ou que seus es-
toques estejam obsoletos, assim, com esta fórmula, conseguimos anular o reflexo 
dessa conta-contábil.
10
11
Ativo Circulante – Estoque
Passivo Circulante
Novamente, buscaremos os números nos demonstrativos disponibilizados.
a) Cálculo
b) Interpretaçãodo índice
Seguindo o mesmo raciocínio da interpretação anterior:
• No ano de 2011, mesmo excluindo os estoques, a empresa continua possuindo 
liquidez para quitar suas dívidas, pois, para cada R$ 1,00 de dívida, a empresa 
possui o valor de R$ 1,16.
Já, no de 2010, o índice piorou em comparação ao da Liquidez Corrente. Per-
ceba que o estoque é um ponto importante na empresa, já que é a venda desse 
estoque que gera Receita e ganho para a companhia.
Índices de Liquidez Geralou Financeira
A liquidez geral já apresenta a capacidade de pagamento para longo prazo, as-
sim a fórmula abrangerá o Ativo e o Passivo circulantes e não circulantes. Vejamos:
Ativo Circulante + Ativo não Circulante
Passivo Circulante + Passivo não Circulante
a) Cálculo
11
UNIDADE Análise das Demonstrações Contábeis – Nível Introdutório 
b) Interpretação do índice
• Quando incluímos, em nossos cálculos, os valores alocados no não circulante, 
temos uma melhora considerável no índice de 2010 e uma perda no de 2011.
Marion (2006, p. 90) explica muito bem essa melhora nos índices:
As divergências em datas de recebimento e de pagamento tendem a acen-
tuar-se, quando analisamos períodos longos, ou seja, o recebimento do 
Ativo pode divergir consideravelmente do pagamento do Passivo; isso 
sem dúvida empobrece o indicador.
Índices de Liquidez Imediata
A liquidez imediata, conforme o próprio nome indica, calcula os valores perten-
centes à empresa que podem ser revertidos imediatamente em dinheiro. Assim, 
nesse cálculo, consideramos apenas:
Disponibilidade (Caixa + Bancos + Aplicações de Curto Prazo)
Passivo Circulante
a) Cálculo
b) Interpretação do índice
• Perceba que apuramos um índice bem baixo, porque consideramos apenas os 
valores em dinheiro, e não os direitos que se transformarão em dinheiro. Além 
do mais, consideramos o Passivo Circulante total.
• A situação dessa empresa foi bem preocupante em 2010, com uma melhora 
em 2011, mas ainda não refletiu uma liquidez para honrar seus compromissos.
Após apresentarmos todos os índices de liquidez, é importante esclarecer que 
nunca devemos avaliar uma empresa apenas com um tipo de índice, mas sim com 
a apresentação de diversos indicadores. Desse modo, conseguimos elaborar um 
cenário com interpretações e reflexos diversos, pois um índice influi em outro.
Quando os índices de liquidez, de maneira geral, apresentam valores iguais ou 
superiores a 1,0, dizemos que são índices positivos.
12
13
Índices de Endividamento
As empresas necessitam de recursos para realizarem aplicações em suas ativida-
des. Quando esses recursos são injetados pelos sócios, dizemos que são oriundos 
de Capitais Próprios, aumentando, assim, o Patrimônio Líquido da entidade.
Todavia, a empresa pode buscar recursos em outras fontes, os quais são chama-
dos de Capitais de Terceiros, que são, na maioria das vezes, disponibilizados pelas 
instituições financeiras. Quando isso ocorre, o aumento será no Passivo Circulante e 
não Circulante da empresa, uma vez que a entidade assumiu uma obrigação a pagar.
Um problema que acomete diversas empresas brasileiras é a excessiva utilização 
de Capitais de Terceiros em relação ao Capital Próprio. Devemos entender que, 
quando os recursos são de Capitais de Terceiros, ocorre um desembolso maior a 
título de juros, pois as instituições financeiras apuram suas receitas através desses 
empréstimos.
Marion (2006, p. 105) ressalta a necessidade de detectar algumas características 
em relação ao indicador de endividamento:
Empresas que recorrem a dívidas como um complemento dos Capitais 
Próprios para realizar aplicações produtivas em seu Ativo (ampliação, ex-
pansão, modernização, etc.). Esse endividamento é sadio, mesmo sendo 
um tanto elevado, pois as aplicações produtivas deverão gerar recursos 
para saldar o compromisso assumido;
Empresas que recorrem a dívidas para pagar outras dívidas que estão 
vencendo. Por não gerarem recursos para saldar seus compromissos, 
elas recorrem a empréstimos sucessivos. Permanecendo esse círculo vi-
cioso, a empresa será séria candidata à insolvência; consequentemente, 
à falência.
Outro ponto importante de análise, referente ao endividamento, é o prazo de 
pagamento. Dívidas que vencem a curto prazo refletem índices piores do que as 
que vencem a longo prazo, porque, a longo prazo, a empresa terá mais tempo para 
gerar os recursos necessários para quitação da dívida assumida.
Podemos analisar o índice de endividamento em três frentes. Vejamos:
Participação de Capitais de Terceiros 
sobre Recursos Totais (Quantidade)
Nesta análise, vamos apurar quanto a empresa possui de Capital de Terceiros em 
contrapartida do Capital Próprio. Apenas para relembrarmos, o Passivo é compos-
to das obrigações que a empresa assumiu. Sendo assim, são valores que a empresa 
deve e utiliza para se financiar, gerando Receita. Por isso, nesta fórmula, utilizamos 
como Capital de Terceiros todo o Passivo, excluindo apenas o Patrimônio Líquido.
13
UNIDADE Análise das Demonstrações Contábeis – Nível Introdutório 
Capital de Terceiros
Capital de Terceiros + Capital Próprio
a) Cálculo
b) Interpretação do índice
• Esse índice manteve-se no mesmo parâmetro dos anos analisados. Assim, a 
empresa tem como Capital de Terceiros um pouco mais de 50% do seu Capital 
Total. Concorda que é um valor muito alto?
Porém, como já afirmamos anteriormente, não devemos considerar apenas um 
único índice. Vamos à próxima leitura do Índice de Endividamento: 
Garantia do Capital Próprio do Capital de Terceiros
Esta fórmula irá nos apresentar a garantia de pagamento desse capital de tercei-
ros em comparação ao capital próprio.
Capital Próprio (PL)
Capital de Terceiros (PC + PñC)
a) Cálculo
b) Interpretação do índice
• Em 2011, para cada $ 1,00 de Capital de Terceiros, há $ 0,95 de Capital Pró-
prio. A mesma leitura serve para o ano de 2010, alterando apenas o valor de 
Capital Próprio para $ 0,97.
14
15
Nessa empresa, ocorreu uma diminuição da garantia do capital próprio em re-
lação ao capital de terceiros para o ano de 2011, porque, em 2010, a empresa 
tinha uma garantia maior.
Composição do Endividamento (Qualidade)
Com esta fórmula, conseguimos analisar a qualidade desse endividamento. Se 
a empresa tiver dívidas maiores no curto prazo, terá mais dificuldade para o paga-
mento, uma vez que não terá muito tempo para gerar seus recursos. Assim, po-
demos indicar que a qualidade desta dívida não é tão boa, visto que, localizada no 
longo prazo, a empresa teria mais tempo para gerar recursos próprios para honrar 
seus pagamentos.
Capital de Terceiros (apenas PC)
Capital de Terceiros (PC + PñC)
a) Cálculo
b) Interpretação do índice
• Podemos perceber que a empresa teve uma grande melhoria nesse índice, 
pois, em 2010, mais de 80% de sua dívida era concentrada no curto prazo. Já 
em 2011, esse percentual diminuiu para 53,22%.
Assim, praticamente metade da sua dívida será honrada a longo prazo, permi-
tindo uma melhor administração dos recursos financeiros.
Índices de Rentabilidade
Os índices apresentados até o momento são indicadores financeiros. O índice de 
rentabilidade está mais voltado para os aspectos econômicos, por isso, a partir de 
agora, nossa base não será apenas o Balanço Patrimonial, mas sim a sua combina-
ção com a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE.
Quando apuramos rentabilidade, estamos analisando o potencial de vendas, a 
administração empregada para gerar resultados, a administração referente aos cus-
tos e despesas, entre outros aspectos.
15
UNIDADE Análise das Demonstrações Contábeis – Nível Introdutório 
Veja que observação interessante feita por Marion (2006, p. 139), sobre a aná-
lise da rentabilidade:
Afirmar que a General Motors teve lucro, digamos, de $ 5 bilhões em19x6, ou 
que a Empresa Descamisados Ltda. teve lucro de $ 200 mil, no mesmo período 
pode impressionar no sentido de que todo mundo vai perceber que a General Mo-
tors é uma empresa muito grande e a outra, muito pequena, e só; não refletirá, 
todavia, qual das duas deu o maior retorno.
O objetivo, então, é calcular a taxa de lucro, isto é, comparar o lucro em valores 
absolutos com valores que guardam alguma relação com o mesmo.
Assim, neste item, abordaremos a Taxa de Retorno sobre Investimentos – TRI 
ou “ROI” – Return on Investiment – e aprenderemos, também, a apurar a Taxa de 
Retorno do Patrimônio Líquido, conhecida como ROE – Return on Equity.
O primeiro índice (ROI) medirá a eficiência da empresa na geração de resulta-
dos; já o ROE avaliará o retorno aos sócios. Logo, em nossos cálculos, teremos a 
alocação do PL.
Taxa de Retorno Sobre Investimento (Tri) – 
Ponto de Vista da Empresa
A aplicação desta fórmula resultará em como os investimentos feitos estão retor-
nando para a empresa. Atenção para a empresa, e não para a figura do sócio, OK?
Lucro Líquido
Ativo Total
a) Cálculo
b) Interpretação do índice
• Esse índice pode ser interpretado de duas maneiras. Vejamos: 
A empresa teve um poder de ganho para cada $ 1,00 investido, ganho de 
$ 0,04 em 2011 e de $ 0,02 em 2010. Apesar de baixo o valor, podemos 
constatar uma melhora de 100% de um ano para o outro.
16
17
A outra forma de interpretar é fazendo uma leitura com percentuais. Veja:
Neste caso, devemos dividir 100%, que é o total investido, pela taxa de 
resultado. Assim, teremos, para o ano de 2011, quase 24 anos (100% / 
4,19%) para obter o retorno do investimento.
Muito tempo, não é?
Esse cálculo apurou o resultado através da divisão apresentada acima, 
que é denominada de payback (= tempo médio de retorno), sendo que 
payback, aqui, é considerado o investimento total, logo 100%.
Com esses números, os administradores devem efetuar alterações nos procedi-
mentos, a fim de que o desempenho desse retorno melhore.
Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido –
Ponto de Vista dos Proprietários
Aqui analisaremos o retorno aos proprietários.
Lucro Líquido
Patrimônio Total
a) Cálculo
b) Interpretação do índice
• A leitura será a mesma que fizemos anteriormente, porém esses resultados são 
voltados aos sócios:
O proprietário teve um poder de ganho para cada $ 1,00 investido: ga-
nho de $ 0,09, em 2011, e de $ 0,04, em 2010. Apesar de baixo o valor, 
podemos constatar a mesma melhora do índice anterior.
Igualmente, podemos analisar através dos percentuais. Veja:
O proprietário terá seu retorno em menos tempo: 11 anos e alguns meses 
(100% / 8,61%), com base em 2011, mas, mesmo assim, é um longo tempo!
17
UNIDADE Análise das Demonstrações Contábeis – Nível Introdutório 
Análise Vertical e Horizontal
A análise vertical apura, de forma percentual, cada conta do Balanço Patrimo-
nial em relação ao total do Ativo ou Passivo. Dessa forma, teremos uma interpre-
tação do valor percentual que determinada conta tem em relação ao Ativo total ou 
ao Passivo total.
Quando efetuamos a análise vertical com o DRE, a base fixa será a Receita Lí-
quida de Vendas.
Já, na análise horizontal, identificamos a evolução de cada conta, visto que o 
cálculo se faz pela divisão do valor da conta contábil de um ano pelo valor da outra 
do ano imediatamente anterior. Assim vamos constatar se houve um aumento ou 
uma diminuição daquela conta-contábil.
Conta-contábil
X 100
Total do Ativo ou Passivo
a) Cálculo
O cálculo a seguir é da conta-contábil Bancos e Clientes em 2011. Veja o per-
centual que ela representa referente ao Ativo total:
b) Interpretação do índice
• Podemos afirmar que a conta Banco representa 4,57% do Ativo Total e a conta 
Clientes, mais de 14%, sendo essa, portanto, uma conta mais representativa. 
Tal análise pode e deve ser feita com todas as contas pertencentes ao Balanço 
Patrimonial.
Análise Vertical – Demonstração do Resultado do Exercício
Conta-contábil
X 100
Receita Líquida de Vendas
18
19
a) Cálculo
Aqui, teremos como base o Custo dos Serviços Prestados e as Despesas Opera-
cionais, sendo o nosso denominador sempre a Receita Líquida de Vendas:
b) Interpretação do índice
• Conseguimos perceber que o Custo dos Serviços Prestados corresponde a 
mais de 60%, referente à Receita Líquida de Vendas e, por sua vez, às Despe-
sas Operacionais equivalem a 16,14%.
Esses percentuais permitem que a empresa analise e constate onde está sendo 
efetuado seu maior gasto em relação à Receita produzida e possa, assim, rea-
valiar seus procedimentos.
Análise Horizontal – Balanço Patrimonial
Conta-contábil
-1 X 100
Conta-contábil do ano anterior
a) Cálculo
Usaremos as mesmas contas contábeis, todavia compararemos o ano de 2011 
com o ano imediatamente anterior, ou seja, 2010:
b) Interpretação do índice
• Analisando o resultado obtido, podemos confirmar uma melhora nas duas 
contas-contábeis, visto que ocorreu um aumento nessas contas e, por se tratar 
de contas do Ativo, houve um aumento no direito da empresa.
19
UNIDADE Análise das Demonstrações Contábeis – Nível Introdutório 
Análise Horizontal – Demonstração do Resultado do Exercício
Conta-contábil
-1 X 100
Conta-contábil do ano anterior
a) Cálculo
Novamente os cálculos são feitos com base nas mesmas contas contábeis:
b) Interpretação do índice
• O Custo com Serviços Prestados teve uma variação de 20,25% de um ano 
para o outro. Já quanto às Despesas Operacionais, podemos constatar que 
ocorreu uma redução nelas, pois, de um ano para o outro, houve um decrésci-
mo, o que significa que a empresa gastou menos com Despesas Operacionais.
Como falamos inicialmente, esta disciplina é apenas introdutória. Desse modo, 
hoje aprendemos alguns tipos de índices que auxiliam a análise das Demonstrações 
Contábeis.
Além disso, devemos consolidar esses índices para termos uma melhor leitura da 
empresa e, ainda mais, podermos estabelecer relações entre os resultados, gerando 
um excelente relatório de análises.
Se você gostou das análises, pesquise mais; você encontrará outros índices que 
enriquecerão suas análises.
Bons estudos!
Até mais!
20
21
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Análise das Demonstrações Financeiras – Cálculo de Índices
https://youtu.be/GiiyJX7Ahxs
Análise Vertical e Horizontal
https://youtu.be/OEFIKO0hfA4
Cálculo do EBITDA
https://youtu.be/kX6FOAwFekQ
 Leitura
Análise Didática das Demonstrações Contábeis
https://goo.gl/X3iMNJ
21
UNIDADE Análise das Demonstrações Contábeis – Nível Introdutório 
Referências
IUDICIBUS, S. Contabilidade Introdutória: Equipe de Professores da Faculdade 
de Economia, Adm. 10 ed. São Paulo – Atlas, 2008.
OSNI Moura Ribeiro. Contabilidade Geral Fácil – Atualizado Conforme Lei 
11.638/2007 e MP 449/2008. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
PADOVESE, Clovis Luis. Manual de Contabilidade Básica, 7 ed. São Paulo: 
Atlas, 2009.
22

Outros materiais