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exploradores de caverna

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FACULDADES INTEGRADAS AGES 
 Campus de SENHOR DO BONFIM
 BIANCA MALTA DE SOUZA VIEIRA
 
 
 O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA 
Fichamento apresentado no curso de Bacharelado em Direito da Faculdade AGES de Senhor do Bonfim, como um dos pré-requisitos para obtenção da nota parcial da disciplina Introdução ao estudo do Direito.
Especialista: Géssica Lorena A.de Souza 
 Senhor do Bonfim
2019
REFERENCIA DA OBRA:
FULLER, Lon. O caso dos Exploradores de Cavernas. Tradução: Plauto Faraco de Azevedo; Ed. Fabris; Porto Alegre - 1976. Reimpresso: 1993.
Citações diretas representativas: 
“Já bem distantes da entrada da caverna, ocorreu um desmoronamento de terra: pesados blocos de pedra foram projetados de maneira a bloquear completamente a sua única abertura”. (Truepenny, apud FULLER;1993, p.6).
“Quando os homens foram finalmente libertados soube-se que, no trigésimo terceiro dia após sua entrada na caverna, Whetmore tinha sido morto e servido de alimento a seus companheiros”. (Truepenny, apud FULLER;1993, p.7).
“Com base neste Veredicto o juiz de primeira instância decidiu que os réus eram culpados do assassinato de Roger Whetmore”. (Truepenny, apud FULLER;1993, p.8).
“Penso que esse princípio baseia-se na suposição de que só é possível impor-se uma única ordem jurídica a um grupo de homens se eles vivem juntos dentro dos limites de uma dada área da superfície da terra”. (Foster, apud FULLER;1993, p.9).
Concluo, portanto, que no momento em que Roger Whetmore foi morto pelos réus, eles se encontravam não em um “estado de sociedade civil”, mas em um “estado natural”, como se diria na singular linguagem dos autores do século XIX. (Foster; 1976, apud FULLER;1993, p.10).
“Felizmente, porém, as perplexidades que assediam os antigos não atingem nosso país. È fato comprovado que nosso governo foi fundado mediante um contrato livremente assentido.” (Foster, apud FULLER;1993, p.10).
“Nestas condições é perfeitamente claro que estes homens praticaram um ato que viola a expressão literal da lei que declara que aquele que intencionalmente mata a outrem é um assassino”. (Foster; apud FULLER;1993, p.11).
Todas estas considerações tornam impossível para mim aceitar a primeira parte dos argumentos de meu colega. Não posso nem aceitar sua noção de que estes homens encontravam-se regidos por um código de leis naturais, que este Tribunal estaria obrigado a aplicar-lhes, nem posso admitir as regras odiosas e desnaturadas que ele pretende que este código contenha. (Tatting, apud FULLER;1993, p.14).
Qual será o alcance da exceção? No caso, os homens tiraram a sorte e a própria vítima no inicio concordou com o que foi contratado. O que decidiríamos se Whetmore tivesse recusado desde o começo a participar do plano? Permitir-se-ia que uma maioria decidisse contra a sai vontade? Ou suponha-se que nenhum plano fosse adotado e que os outros simplesmente conspiraram para causar a morte de Whetmore, e a guisa de justificativa dissessem que ele estava sem condição física mais débil. (Tatting, apud FULLER;1993, P.15).
Ocorrendo, destarte, empate na decisão, foi a sentença condenatória do Tribunal de primeira instância confirmada. E determinou-se que a execução da sentença tivesse lugar ás 6 horas da manhã da sexta-feira, dia 2 de abril no ano 4300, ocasião em que o verdugo público procederia com toda a diligência até que os acusados morressem na forca. (FULLER;1993, p.26).
 O caso ora estudado trata-se de um processo julgado pela suprema corte de Newgarth, onde os acusados recorreram da decisão do tribunal do condado de Stowfield. O caso trata a história de cinco integrantes de um grupo que faziam parte de uma sociedade espeleológica, ou seja, uma organização amadorística de exploração de cavernas, onde ao entrarem no interior dela feita de rocha calcária ocorreu um desmoronamento de terra, provocando a obstrução da única abertura, impedindo a saída dos indivíduos. Levando essas pessoas a se alimentarem da própria carne humana no intuito de sobrevivência por tanto tempo dentro da caverna, já que eram escassas as provisões, e não havia qualquer animal ou vegetal dentro dela que lhes permitissem viver, porém, ao sair daquele sombrio local o juiz de primeira instancia decidiu que eles iriam ser culpados do assassinato de Roger Whetmore.
 Após a sentença culposa aos acusados de assassinato, os quatros restantes sobreviventes foram condenados a forca de acordo com sua lei territorial apontada pelo presidente Truepenny,C. J. Após tanto recorrem a essa punição, o juiz Foster concluiu que estes homens não seriam culpados de qualquer crime porque a lei que os deveria ser aplicada seria de forma apropriada a suas condições, ou seja, um estado natural, até por que presos atrás de uma cortina de rocha eles não se encontravam em um estado de sociedade civil. Estes homens apenas cumpriram um contrato aceito por todos inclusive a própria vítima com intuito de permanecerem vivos até conseguirem sair daquele local.
 O caso abordado na verdade cogita em dizer qual ato deve prevalecer em relação ao ocorrido, se era o texto frio da lei, ou o simples contrato feito entre eles. Na primeira instancia forem condenados a forca, no entanto, é possível dizer que foi acatado pelo juiz Foster o contrato estabelecido entre eles por ser um projeto estabelecido e reconhecido desde a antiguidade. Afinal, até nosso governo foi fundado mediante a um contrato. Em condições a vida humana é considerada com um valor absoluto, todavia, essa concepção torna-se ilusória quando nos referimos a uma vida social, pois, tudo o que projetamos envolve riscos a vida humana. No caso vemos isso quando dez trabalhadores morre ao tentar resgatar a vida dos presos, sabendo eles que era uma ação perigosa que envolvia sérios ricos a sua própria vida. Segundo Foster, Se é justo que dez possam morrer no cumprimento do dever para salvar a vida de cinco pessoas, qual a injustiça cometida em executar um acordo onde um se sacrificaria em detrimento de quatro vidas? Então, neste caso não nos deparamos com assassinato, pois é uma ação interpretada segundo seu propósito.
 O Juiz Tatting mesmo opondo-se ao pensamento de seu colega Foster por vários motivos racionais como a de que na realidade nenhum plano tenha sido estabelecido e tudo ocorreu contra a vontade da vítima, ou simplesmente preferiram elimina-lo por sua religião, entre outros fatores, Tatting recusou-se participar da decisão desse caso por motivos pessoais que o assolam e impedem de dar uma sentença concreta e com clareza por sentir-se dividido entre a simpatia pelos homens e o sentimento de aversão ao crime cometido, embora considere um homicídio culposo, sente-se chocado por condenar a morte quatro homens que custaram a vida de dez trabalhadores heroicos.
 Com base em que sentenças severas trazem um certo valor moral, fazendo com que a população sinta responsabilidade da lei, e trazem mudança também na criação, não dando perdão pessoal que livre os indivíduos de seus erros cometidos o juiz Keen confirma seu voto em condenar os réus. Finalizando com a sentença do Juiz Handy que julgou pelo senso comum e também por questionar que eles já tinham sofrido o suficiente que a maioria de nós não suportaria, dando seu voto por inocentar os réus. Tendo em vista o empate dos votos a sentença do Tribunal de primeira instancia prevaleceu, levando a forca os acusados no dia 2 de abril do ano 4300.
 Esse livro trouxe-nos uma breve reflexão de como devemos agir mediante as circunstâncias do nosso dia a dia, como enxergar com o olhar crítico da lei e também com o senso comum, no caso dos exploradores de caverna apresenta dificuldades de decisão, decorrente a divergências interpretativas sobre o caso e que o direitoele não se limita, ele é amplo e complexo e faz análise das situações completa dos possíveis fatos. A forma como o autor descreve a realidade jurídica e a relação entre a moral e as leis, nos mostra de fato uma ligação com a realidade que dá uma dimensão, enorme sobre o aprendizado do Direito. A própria obra traz consigo o conteúdo da matéria de introdução ao estudo do direito, que pode ser abordado o assunto do direito natural e o positivismo. Levando em consideração a leitura do livro é fundamental, visto que traz um conteúdo de suma importância e que faz parte do cotidiano do estudante e também do operador de Direito.

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