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Hemodiálise Enfermeiro nefrologista: Thiago de Sousa Farias História • • • • • 1830- Thomas Graham utilizou o termo diálise para o fenômeno de difusão (propagação) de cristaloides através de uma membrana semipermeável. 1877- Wegner observa os princípios da osmose e difusão. 1913- desenvolvimento do rim artificial experimental em cães. 1923- Ganter realizou as primeiras tentativas de diálise peritoneal em seres humanos. 1926- na Alemanha aconteceu a primeira diálise em humanos o paciente era jovem de 20 anos. História 1943- primeira maquina de diálise – cilindro rotativo de Kolff. História Conceito • Diálise É o processo físico-químico pelo qual duas soluções (de concentrações diferentes), são separadas por uma membrana semipermeável, após um certo tempo as espécies passam pela membrana para igualar as concentrações. Hemodiálise Difusão É o fluxo de soluto de acordo com o gradiente de concentração, sendo transferida massa de um local de maior concentração para um de menor concentração. Ultrafiltração É a remoção de líquido através de um gradiente de pressão hidrostática. Materiais e Equipamentos Máquina de Hemodiálise; - Bomba de Sangue - Sistema de proporção Dispositivos de monitoração; - Monitores de pressão venosa e arterial - Detector de ar e cata-bolha venosos - Condutividade da solução de diálise - Temperatura da solução de diálise - Detector de perda sanguínea Ajuste de Bicarbonato; Sódio variável; Ultrafiltração controlada; Ultrafiltração Isolada; Materiais e Equipamentos Dialisador; - Estrutura - Membranas(Celulose, Celulose Modificada( acrescida de acetato, Polissulfona, etc.) - Permeabilidade da membrana ao soluto e a água Hemodiálise Água para tratamento de diálise • • • • • • • Osmose reversa. 120 litros em 4 horas; Substâncias de pequeno peso molecular; Cloramina : anemia hemolítica; Abrandamento: 5µ e 1µ (partículas) Filtro de carvão ativado: impurezas orgânicas e cloro; Membrana: + de 90% das impurezas e Metais pesados Membrana do dialisador: barreira para bactérias e endotoxinas Água para tratamento de Diálise • • • • • • • • • • Organoléptica(Cor, Sabor, Odor e textura); Análise Microbiológica: Parâmetros Limites RDC 11 de 13/04/2014 Coliformes Totais Ausência/ 10ml Bactérias Heterotróficas ≤ 200 UFC/ml Endotoxinas ≤ 2EU/ml Solução de Diálise • • A solução de diálise contém solutos que entram em equilíbrio com o sangue durante o processo dialítico, mantendo assim a concentração sérica desses solutos dentro dos limites normais. Solução Ácida - Na, K, Ca, Mg, Cl, acetato, pCO2 Solução Básica - Bicarbonato Desinfecção Interna • • • Hipoclorito; Ácido Peracético; Ácido Cítrico. Anticoagulação • • Os anticoagulantes são os fármacos usados para prevenir a formação de trombos sanguíneos. Fármacos injetáveis mais utilizados durante HD: - Heparina - Enoxoparina Vantagem: Heparina possui antagonista(Protamina). Dosagem da protamina: Cada 1ml de protamina inativa 1000UI de Heparina. Diluição e infusão: Diluir em 100ml de SF0,9% e infundir em 30 minutos. Anticoagulação • • • • • • Fatores que favorecem a formação de coágulos no circuito extra corpóreo: Exposição; Ar; Baixo fluxo sanguíneo; Hematócrito alto; Alta taxa de ultrafiltração; Transfusão de sangue e derivados; Anticoagulação • • • Controle da coagulação durante a HD: Inspeção Visual: sangue extremamente escuro; presença de coágulo nas linhas; Pressão no circuito extracorpóreo; Aparência do dialisador depois da diálise; Anticoagulação • • • • • Prescrição da Heparina: Condições clinicas do paciente; Tempo de exposição ao procedimento; Rotina: 100 unidades / Kg / sessão. Diabéticos = 50 unidades / Kg / sessão Métodos de administração: Bolus de heparina seguido de infusão contínua; Bolus de heparina inicial, seguido de outros Bolus necessário. Anticoagulação • Complicações da Anticoagulação: Risco aumentado de sangramento de 25% a 50% em pacientes de alto risco*; *Alto risco: lesões hemorrágicas gastrintestinais, cirurgias recentes (cardíaca, vascular, ocular), transplante renal, coagulopatia, trombocitopenia. Anticoagulação • • • • • Diálise sem anticoagulação: Método de escolha para pacientes com sangramento em atividade. Lavagem com heparina; Enxágue periódico com solução salina; Recircular 3000 UI de heparina e desprezar o primming; Lavar a cada 20min, com 100ml de SF 0,9%. Adicionar a lavagem à UF total Anticoagulação • • • • Diálise com Anticoagulantes: Nunca administrar além da quantidade prescrita; Atentar para a concentração do frasco de heparina, em geral há 5000 UI/ ml; Administrar logo após o início da HD; Administrar em infusão contínua; Rotina de Urgências em Hemodiálise • Urgências Relacionadas a Complicações Decorrentes da Insuficiência Renal: Edema agudo de pulmão Causas: -Sobrecarga hídrica (por administração inadequada ou ingesta excessiva de líquido). -Crise Hipertensiva. Sintomas - Dispnéia grave - Hemoptise - Estertores pulmonares. Rotina de Urgências em Hemodiálise Assistência de Enfermagem -Preparar máquina com capilar de alta ultrafiltração, conforme orientação médica. -Instalar o paciente desprezando o prime. -Verificar a pressão arterial. -Administrar medicação prescrita. -Manter o paciente com tórax elevado e membros inferiores para baixo. -Instalar oxigênio se necessário. -Aspirar vias aéreas superiores se necessário. -Deixar próximo o carro de parada. -Aguardar o desaparecimento dos sintomas. -Restabelecer o fluxo de diálise e dar continuidade ao procedimento. Rotina de Urgências em Hemodiálise • Hipercalemia Causas: - Acidose metabólica. - Destruição celular ampla (pós-operatórios, traumatismos, infecções ou hemólise maciça). Sintomas - Bradicardia - Hipotensão - Fraqueza generalizada - Fibrilação ventricular - Parada cardíaca Rotina de Urgências em Hemodiálise Assistência de Enfermagem -Instalar o paciente e verificar os sinais vitais. -Manter fluxo de sangue o mais alto possível (250 a 350 ml/min), conforme orientação médica -Monitorizar o paciente através do monitor ou eletrocardiógrafo, conforme orientação médica -Administrar medicação prescrita, conforme prescrição médica -Deixar próximo o carro de parada. -Registrar as intercorrências. Rotina de Urgências em Hemodiálise • Pericardite Urêmica / Hemopericárdio A lesão inicial é um processo inflamatório asséptico com formação de fibrina, podendo ser mais severo com focos extensivos à camada visceral e parietal do pericárdio e áreas de hemorragias e adesões fibrinosas entre ambas as camadas do pericárdio. Em pacientes no início do tratamento normalmente a causa pericardite é pela uremia. Em pacientes estabilizados em diálise regular tem sido sugerido causas de origem infecciosas, imunológicas ou sem causa aparente. Hemodiálises frequentes sem heparina ou com heparinização de baixa dose para pericardite em derrame. O cuidado deve ser dobrado quando existe pericardite com derrame devido ao risco em potencial de tamponamento cardíaco. Rotina de Urgências em Hemodiálise Sintomas -Dificuldade respiratória - Hipotensão - Febre - Atrito pericárdico - Sintomas de hipervolemia Tratamento para o TamponamentoCardíaco - Pericardiocentese; - Drenagem pericárdica através de janela para a pleura ou peritônio ou através de dreno subxifóide. Rotina de Urgências em Hemodiálise Assistência de Enfermagem -Executar com segurança a diálise sem heparina ou com baixa dose de heparina, conforme orientação médica. -Iniciar a diálise ajustando o fluxo da bomba de sangue para fluxo máximo (300 a 350 ml/min), conforme orientação médica. -Colocar ultrafiltração conforme orientação médica. -Controlar e registrar a medicação prescrita. -Registrar qualquer intercorrência. “Treinem enquanto eles dormem, estude enquanto eles se divertem, persista enquanto eles descansam, e então, viva o que eles sonham.” Proverbio japonês
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