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Processo Penal 1 - Fichamento AV1 - Assunto Ação Penal

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Resumo de Processo Penal I
Ação Penal
De início, podemos definir ação como sendo um direito público, subjetivo, abstrato de punir ou de demandar a punição de outrem.
Alguns doutrinadores acreditam que, no processo penal, é possível visualizar os pressupostos da ação como sendo: interesse processual, possibilidade jurídica e legitimidade para agir.
Interesse processual equipara-se à ideia de “justa causa”, legitimidade para agir é a do ofendido (ou do Ministério Público, se for ação penal pública incondicionada) e a possibilidade jurídica é a previsão expressa da conduta no Código Penal.
Vale conceituar justa causa como sendo um lastro probatório (conjunto de provas) mínimo sobre a autoria e a materialidade.
Primeiramente, temos a ação penal pública incondicionada; ela é a regra, a maioria dos crimes, previstos no CP, são classificados desta forma. Isso implica dizer que a petição inicial (nesse caso, chamada de denúncia) será proposta pelo Ministério Público.
Esta ação é regida por alguns princípios, tais como: 
Princípio da Oficialidade: o qual diz que a ação penal pública vai ser proposta por órgão do Estado;
 Princípio da Obrigatoriedade: aquele que obriga o Ministério Público a oferecer a denúncia, caso exista justa causa.
Princípio da Indisponibilidade: uma vez oferecida a denúncia, o Ministério Público não poderá desistir da ação. Vale salientar que, no final do processo, ele poderá solicitar a absolvição do réu.
Princípio da Divisibilidade: o Ministério Público pode “fracionar” a ação quando se tratar de um concurso de pessoas; é quando temos a presença de mais de um autor, porém, só possui justa causa para um deles. Sendo assim, será oferecida a denúncia contra este e seguirá procurando provas em relação aos outros.
Vale salientar que qualquer crime praticado contra o patrimônio ou interesse dos entes federativos trata-se de ação penal pública incondicionada.
Prazos para o oferecimento da denúncia: 5 dias se o réu estiver preso – contados a partir do protocolo do inquérito policial no Ministério Público – e 15 dias se o réu estiver solto.
Esgotado o prazo que o Ministério Público tem para oferecer a denúncia, abre-se o prazo para o ofendido apresentar a queixa-crime subsidiária (ação penal privada subsidiária da pública). 
Ação Penal Pública condicionada à representação do ofendido
Nesta ação penal, o Ministério Público só poderá oferecer a denúncia quando houver a representação (autorização) do ofendido; depende da vontade da vítima, inclusive, para a instauração do inquérito. Essa representação é a condição para que se inicie o processo.
Vale destacar que não é possível a retratação após o oferecimento da denúncia, por parte do Ministério Público. Logo, quando o MP protocola a denúncia em juízo, não pode mais desistir da denúncia.
É possível a retratação da retratação (o indivíduo representou, desistiu e agora quer representar de novo); é um prazo decadencial de 6 meses a contar do dia do conhecimento do autor da infração.
Se a vítima for um menor de idade, começa a contar o prazo para representação a partir do momento que o ofendido fizer 18 anos. Este, pode manifestar sua vontade oralmente ou de forma escrita.
Se a vítima estiver morta ou ausente, o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão pode representá-la.
Ação Penal Pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça
Somente em dois casos: 1º se o crime praticado ofender a honra do Presidente da República;
2º se o crime for praticado por estrangeiro contra brasileiro no exterior.
Entende-se requisição como sendo uma autorização; autoriza-se a persecução penal.
A requisição pode ser feita a qualquer tempo enquanto não estiver extinta a punibilidade do delito.
 A requisição do Ministro da Justiça não vincula o Ministério Público no sentido da obrigatoriedade da propositura da ação. Mesmo havendo requisição, compete ao Ministério Público o exame da presença dos requisitos necessários ao oferecimento da denúncia.
Não é possível falar de retratação, sendo esta aplicada somente quando se tratar de representação. Porém, pode-se preponderar um Juízo de Conveniência – optar por não propor a ação penal para que o caso não se alastre – logo, a requisição pode ser revogada.
Ação Penal Privada
De início, é importante frisar que a petição inicial das ações penais privadas é denominada de queixa crime.
Os terceiros e o Ministério Público não podem fazer nada; a iniciativa da ação depende da vítima ou do seu representante legal haja vista que o processo penal por si só pode trazer sofrimento para a vítima devido à sua publicidade.
O ofendido dispõe da possibilidade de deixar ocorrer a perempção ou o perdão, ademais, diferentemente do Princípio da Divisibilidade, esta ação penal é indivisível, ou seja, quando se desiste da ação para um dos autores, estará desistindo tacitamente de todos que participaram do concurso de pessoas. 
Se a vítima estiver morta ou ausente, o cônjuge, ascendentes, descendentes ou irmãos poderão propor a ação.
O prazo decadencial para ajuizar ação penal privada é de 6 meses a contar da data em que conhece a autoria do fato.
Hipóteses de extinção da punibilidade por desinteresse do ofendido:
Decadência: ocorre quando o querelante fica inerte após 6 meses desde o conhecimento da autoria do fato. É antes do oferecimento da queixa.
Renuncia: ocorre quando o ofendido manifesta expressamente a sua vontade de renunciar ou faz implicitamente devido seu comportamento. É um ato unilateral; não depende de aceitação. Vale salientar que, devido à indivisibilidade da ação penal, se renúncia a um, renuncia-se a todos.
Perempção: ocorre quando há a inércia (ou desleixo) do ofendido durante o curso da ação penal. A queixa já foi oferecida.
Perdão: é um ato bilateral (depende de aceitação do querelado); ocorre quando o querelante perdoa o querelado pelo crime praticado; deve-se ter o perdão antes do trânsito em julgado. 
Ação Penal privada personalíssima
Esta só pode ser intentada pela vítima e, em caso de falecimento antes ou depois do início da ação, não poderá haver substituição processual para a sua propositura ou seu prosseguimento = extingue a punibilidade.
Ação Penal privada exclusiva
É aquela em que a vítima ou seu representante legal exerce diretamente; se por acaso houver morte do ofendido (ou ausência) do ofendido, o cônjuge, ascendentes, descentes e irmãos podem propor a ação.
Ação Penal privada subsidiária da pública
Quando o Ministério Público deixar de se manifestar (não oferecer denúncia, não solicitar o arquivamento ou não solicitar novas diligências; ficar inerte) dentro do prazo, pode o ofendido oferecer a queixa dentro do prazo de 6 meses.
Desta forma, o ofendido apresenta a queixa e o Ministério Público será intimado para comparecer; saindo, assim, da sua posição de inércia e o que lhe confere poder para aditar a queixa, repudiá-la ou oferecer denúncia substitutiva, intervindo sempre em todos os termos do processo. O MP continua sendo o autor da ação, o dono da legitimidade ativa. Vale destacar que o prazo para aditar a queixa é de 3 dias e este é peremptório.

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