RESENHA CRITICA

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FACULDADE UNIFACS 
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL E GESTÃO DE 
PROJETOS SOCIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernando Silva de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIDADANIA E DEMOCRACIA: RESENHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jacobina/BA 
2019 
 
Fernando Silva de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIDADANIA E DEMOCRACIA: RESENHA 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha apresentada para a disciplina Direito, 
Cidadania e Políticas Públicas, no curso de Pós 
Graduação em Serviço Social e Gestão de 
Projetos Sociais, da Faculdade UNIFACS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jacobina/BA 
2019 
 
 
 
RESENHA 
 
BENEVIDES, Maria Victoria de Mesquita. Cidadania e Democracia. Lua Nova, São 
Paulo: n. 33, p. 5-16, ago. 1994. 
 
O texto “Cidadania e Democracia” escrito por Maria Victoria de Mesquita 
Benevides, uma socióloga, com especialização no campo da Ciência Política e do 
Direito e que também estuda temas referentes à História Política Brasileira, foi 
realizado para discutir a necessidade e importância de praticar os mecanismos de 
democracia direta que já são previstos na Constituição Federal de 1988. A autora 
aborda o tema enfatizando a urgente necessidade de educar politicamente os 
cidadãos brasileiros. 
O artigo é dividido em 5 tópicos, e todo o texto levanta questões sobre dois 
aspectos: 1- o aperfeiçoamento dos direitos políticos do cidadão pela implementação 
de mecanismos de democracia direta; e 2- a educação política do povo, como 
elemento indispensável. 
A autora apresenta, para que o leitor se situe sobre o tema tratado, fatos 
históricos que mostram como a ideia de cidadania vem se constituindo não só no 
Brasil, mas em várias partes do mundo. Através dessa viagem histórica, Benevides 
apresenta o conceito de cidadania e cidadão em diferentes sociedades e momentos. 
Também apresenta homens que com suas ideias influenciaram a época em 
que viveram e que foram importantes, para o bem ou para o mal, na formação do 
que hoje chamamos de democracia e cidadania. Ou seja, a autora faz um apanhado 
geral do que está tratando, muito bem embasada, para que quem o ler entenda que 
não é meramente uma opinião, mas um estudo crítico de elementos concretos. 
Com o estudo de Maria Victoria, fazendo uma análise cautelosa dos episódios 
que a sociedade brasileira vem vivenciando é possível perceber que as reformas 
sociais que ocorreram nunca foram objetivando uma cidadania efetivamente 
democrática. Na verdade, a autora mostra que muitas reformas institucionais foram 
feitas, mas na prática muito pouco se mudou. A sociedade continua desequilibrada e 
excludente. 
Uma questão muito abordada e defendida por Benevides em seu estudo é a 
cidadania ativa. Para ela o Brasil necessita implementar a participação direta do 
cidadão no processo de tomadas de decisão que é do interesse público. Mas, para 
 
isso, ela ressalta a inevitável educação política do brasileiro, e isso deve ser feito na 
prática. 
Algo que deve ser destacado desse estudo é a sua total relevância nos dias 
atuais (2019), apesar de ter sido escrito há tantos anos atrás. Isso porque um ponto 
discutido por Benevides é a insatisfação e protesto dos eleitores com a classe 
política, além da desinformação e falta de participação popular nas questões 
relacionadas ao âmbito público. Por isso ela frisa tanto a educação política para a 
participação de todos onde a base do conceito de Estado democrático é a noção de 
governo do povo que exige para a sua eficiência no contexto atual a fixação de 
princípios ou direitos que estão implícitos na própria natureza deste sistema político, 
que contribuem para a sua preservação, dentre os quais podemos citar a igualdade, 
a liberdade e os direitos políticos. 
 Podemos dizer que direitos políticos, ou cidadania, são um ônus trazido por 
cada cidadão e que lhe confere o direito e o encargo de participar ativamente da vida 
política do Estado, seja através do voto, referendo, plebiscito, seja através da 
iniciativa popular ou por meio de um controle sobre os atos dos dirigentes 
governamentais, verificando e fiscalizando os princípios da moralidade, da 
probidade, da legalidade, o respeito ao patrimônio histórico, cultural e ambiental 
nacional. Princípios que podem ser protegidos por meio de garantias constitucionais 
como, por exemplo, a ação popular, que é de legitimidade ativa do cidadão. 
Devemos ressaltar também, embasados na prática do serviço social 
brasileiro, que a busca por políticas públicas voltadas ao social e a maior 
participação popular, além da implementação educacional são de máxima 
importância para a preservação de um regime democrático. 
Sendo assim, o texto aqui estudado é de grande valia para qualquer sujeito 
que esteja buscando se conscientizar e se informar sobre o que o sistema o induz há 
tanto tempo a aceitar pensando ser o melhor para todos, e o seu real papel dentro 
de uma sociedade democrática com cidadãos ativos que possuem direitos e 
deveres.