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DROGAS+AÇÃO+CENTRAL SNC

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Faculdade Anhanguera de Pelotas
Curso de Farmácia
Disciplina de Farmácia Clínica
DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
DE AÇÃO CENTRAL
Profª Lucimar M. P. Brod
2
INTRODUÇÃO A FARMACOLOGIA 
FARMACODINÂMICA
Local de ação
Mecanismo de ação
Efeito
FARMACOCINÉTICA
Via de administração
Dissolução
Absorção
Distribuição
Biotransformação
Excreção
Eliminação
Efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos 
Farmacodinâmica Mecanismo de ação
É o componente químico do organismo com o qual os agentes químicos 
são presumidos de reagir, sendo especializados em reconhecer e 
responder a moléculas sinalizadoras de maneira individual e com 
grande seletividade.
CONCEITOS - Receptor
Fonte: Goodman & Gilman, 2012.
• Reconhecem seus ligantes (hormônios,
fármacos)
• Acoplam-se aos ligantes com elevada afinidade
• Atuam como transdutores (sinal extracelular
em sinal intracelular)
• Determinam as relações entre a dose ou
concentração e efeito farmacológico
• São responsáveis pela seletividade do fármaco
• Determinam as ações dos agonistas ou
antagonistass
FUNÇÕES DOS RECEPTORES
9
INTRODUÇÃO AO SISTEMA 
NERVOSO
Sistema Nervoso Central
(SNC)
Encéfalo
Cérebro
Cerebelo
Tronco Encefálico
Mesencéfalo
Ponte
Bulbo
Medula
Sistema Nervoso Periférico
(SNP)
Nervos cranianos (12 pares)
Nervos raquidianos (31 pares)
Terminações nervosas
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO HUMANO
Sistema Nervoso
Sistema Nervoso Central (SNC)
• Formado pelo encéfalo e medula
espinhal.
• Processamento e integração de
informações
Sistema Nervoso Periférico (SNP)
• Formado por nervos (cranianos e
raquidianos) e gânglios, responsáveis
pela condução de informações entre
órgãos receptores de estímulos, o SNC
e órgãos efetores .
SNC – Órgão processador de informações
Rede de células nervosas que filtram, analisam, recuperam e elaboram as
informações – programam reações que são comunicadas pelos nervos eferentes
aos órgãos executores:
• músculo esquelético,
• visceral,
• glândulas endócrinas e exócrinas.
 Responsável pela manutenção da constância do meio interno e também pelo
comportamento.
Célula Glial
• Suporte às funções neuronais;
13
SNP SNC
Células de 
Schwann
Oligodendrócitos
Micróglia
Astrócitos
Células 
Ependimárias
CÉLULAS DO SISTEMA NERVOSO
Neurônios
 Corpo celular, núcleo celular
 Dendritos, que se ramificam
como galhos de uma árvore.
 Axônio que caminha até
ramificar-se em terminações
terminais, formando botões
terminais, que vão estabelecer
contato com outras células.
Os neurônios são as células responsáveis pela recepção e
transmissão dos estímulos do meio (interno e externo),
possibilitando ao organismo a execução de respostas adequadas
para a manutenção da homeostase.
Possuem duas propriedades que o caracterizam:
 Condutibilidade (transmissão de uma onda de excitação -
impulso nervoso).
 Excitabilidade (permite a uma célula responder a estímulos).
Neurônios
Impulso nervoso
Membrana em repouso (polarizada)  impulso nervoso  despolarização
 Repolarização Propagação do impulso
Ponto de comunicação entre células
excitáveis (neuronais e musculares) -
capazes de gerar potenciais de ação.
• Química - o potencial de ação provoca a
liberação de um mediador químico
(neurotransmissor) pelo neurônio pré-
sináptico.
Esse transmissor difunde através da fenda
sináptica, extracelular, para se ligar a
receptores da membrana.
• Elétrica - nesta, duas células excitáveis se
comunicam pela passagem direta de
corrente elétrica entre elas.
O impulso é transmitido por meio de
junções abertas que conectam as duas
células.
Sinapses
a) Sinapse Elétrica
Presença de mediadores químicosSem mediadores químicos
TIPOS DE SINAPSE
b) Sinapse Química
SINAPSE QUÍMICA
21
NEUROTRANSMISSORES
Substância química liberada pela terminação nervosa. Interação com seus 
receptores, estimulando ou inibindo a célula. 
FUNÇÃO: 
• contração e relaxamento muscular
• secreção ou inibição de substâncias (via glândula)
• Estimula produção de enzima; hormônios
• Regulam o SNC
• Regulam nossos movimentos; comportamento; vida afetiva
22
NEUROTRANSMISSORES
23
NEUROTRANSMISSORES
Os neurotransmissores podem ser excitatórios ou inibitórios.
Os aminoácidos e as aminas são pequenos e armazenados em vesículas.
Os peptídeos são maiores e armazenados em grânulos.
Princípio de Dale: Os neurônios recebem o nome do neurotransmissor que
secretam (ex. glutamatérgico, dopaminérgico, colinérgico, GABAérgico,
etc.)
24
AMINAS BIOGÊNICAS - NEUROTRANSMISSORES
Noradrenalina Norepinefrina
SNPSNC
Córtex
Majoritariamente produzida
25
NORADRENALINA
Córtex Cerebral 
Aprendizado envolvendo informações sensoriais.
Locus Coereleus
Estímulos do sistema 
recompensa
Avaliação do custo benefício
Comportamento exploratório e 
tomar decisões
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NORADRENALINA
Sistema nervoso 
Periférico
Nervos pós 
ganglionares
Simpático
Stress
27
NORADRENALINA
RECEPTORES – NORADRENALINA E ADRENALINA
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AMINOÁCIDOS NEUROTRANSMISSORES
GABA
GLICINA
GLUTAMATO
MAIORIA DAS SINAPSES DO SNC
• GABA (Ácido gama-aminobutírico):
• Neurotransmissor inibitório do SNC de maior importância
• 20 a 30% das sinapses
• Todos neurônios centrais são sensíveis ao GABA
• Receptores GABAérgicos
GABA
• GABA (Ácido gama-aminobutírico):
• Liga-se a receptores GABAérgicos presentes em todo SNC
• Ativação inibitória
• Hiperpolarização da membrana celular
• Término da ação
- Sistema de recaptação específico
- Catabolismo pela GABA transaminase
GABA
• GABA (Ácido gama-aminobutírico):
• principal neurotransmissor inibitório do SNC. Ele está presente em quase
todas as regiões do cérebro, embora sua concentração varie conforme a
região. Está envolvido com os processos de ansiedade. Seu efeito ansiolítico
seria fruto de alterações provocadas em diversas estruturas do sistema
límbico, inclusive a amígdala e o hipocampo. A inibição da síntese do GABA ou
o bloqueio de seus neurotransmissores no SNC, resultam em estimulação
intensa, manifestada através de convulsões generalizadas.
GABA
GABAA e GABAC
GABAB
GABA – receptores
Receptores GABA
34
GABA
35
ANSIOLÍTICOS -
BENZODIAZEPÍNICOS
Mecanismo de ação
Figura 9 - Estrutura receptor GABA – mecanismo de ação benzodiazepínicos
36
Os BZD possuem receptores específicos no SNC (GABA-A)
Os benzodiazepínicos atuam
potencializando a regulação dos canais na
presença de GABA através da abertura e o
fechamento dos canais de íon cloreto,
responsáveis pela propagação dos
estímulos para os neurônios pós-
sinápticos.
A ação dos BZD e do GABA inibe
diversos sistemas de
neurotransmissão, funcionando como
um depressor do SNC.
Mecanismo de ação - farmacodinâmica
37
Midazolam (Dormonid®) Flunitrazepam (Rohypnol®) Diazepam (Valium®)
Alprazolam (Apraz®) Clonazepam (Rivotril®) 
Bromazepam (Lexotan®) 
Cloxazolam (Olcadil®)
A duração de ação pode determinar o emprego terapêutico. 
Ação curta – Hipnóticos.
Ação intermediária – ansiolíticos e hipnótico-sedativos.
Ação longa – ansiolíticos.
Duração de ação
38
• Sonolência;
• Confusão;
• Déficit de memória;
• Déficit de atenção;
• Comprometimento da coordenação;
• AMNÉSIA ANTERÓGRADA: ↓ aquisição da memória.
• ATAXIA (INCOORDENAÇÃO MOTORA) E DISARTRIA DE FALA:
Doses mais elevadas.
Efeitos adversos
39
SÃO CONSIDERADOS BASTANTE SEGUROS, 
UMA VEZ QUE POSSUEM CAPACIDADE 
LIMITADA, PARA CAUSAR DEPRESSÃO 
PROFUNDAE POTENCIALMENTE FATAL AO 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC).
BDZs – alto índice terapêutico.
Superdosagem: depressão
respiratória, apnéia, depressão
miocárdica com hipotensão grave.
Mais comum em pacientes idosos
e quando em associação com
outros depressores do SNC.
Efeito paradoxal: raros casos -
inquietude, agitação, irritabilidade,
agressividade e insônia.
Efeitos adversos
40
↑ efeitos dos depressores do SNC: neurolépticos, antidepressivos,
ansiolíticos, sedativos, hipnóticos, narcóticos, analgésicos e anti-
histamínicos.
A interação com o álcool pode ser extremamente grave, a intoxicação 
torna-se séria, pois há grande diminuição da atividade cerebral, podendo 
levar ao estado de coma. 
Interações medicamentosas
41
Midazolam - Dormonid®
Flunitrazepam - Rohypnol®
Flurazepam - Dalmadorm®
Nitrazepam - Sonebon®
Clobazan - Frisium®, Urbanil®
Clonazepam - Rivotril®
Clordiazepóxido - Psicosedin®
Cloxazolam – Olcadil®
Alprazolam - Apraz®, Frontal®
Bromazepam - Lexotan®, Somalium®
Lorazepam - Lorax®
Diazepam - Valium®
Fármacos disponíveis
42
Tabela 1. Benzodiazepínicos, utilidade terapêutica e duração de ação.
Fármacos disponíveis
Fonte: Princípios de Farmacologia - A Base Fisiopatológica da Farmacologia - Golan, David E. 2ª edição, 2009.
A duração de ação pode determinar o emprego terapêutico. 
Ação curta – Hipnóticos.
Ação intermediária – ansiolíticos e hipnótico-sedativos.
Ação longa – ansiolíticos
43
EFEITO HIPNÓTICO:
↓ latência do sono e a freqüência com que a pessoa acorda durante
noite, ↑ duração do sono total.
Duração do tratamento sempre curta - 4 semanas.
Uso intermitente de preferência (3 em 3 dias).
Uso por mais de 7-10 dias - retirada gradual devido a insônia rebote.
Efeitos dos benzodiazepínicos
Hipnóticos
44
Benzodiazepínicos – dependência
Promovem dependência física e psíquica;
Ocorre não só com doses terapêuticas por período prolongado,
como também por doses elevadas.
A interrupção abrupta provoca síndrome de abstinência;
45
• O uso crônico de BZP induz o desenvolvimento de tolerância, que
se manifesta na forma de uma redução na eficácia dos BZP ;
-Redução resulta da expressão diminuída dos receptores
(GABA A) nas sinapses,
-Desacoplamento do sítio de ligação do BZP após
administração crônica.
Benzodiazepínicos – tolerância
46
 Prescrição de doses acima de 4mg/dia de alprazolam ou 40mg/dia
de diazepam é considerado um procedimento de risco para o
desenvolvimento de abuso de benzodiazepínicos;
 Exceto os pacientes com transtorno de pânico, que podem
beneficiar-se de dosagens duas a três vezes superior às
preconizadas para tratar estados ansiosos crônicos.
Benzodiazepínicos –
considerações importantes
47
Novos hipnóticos
Zolpidem foi introduzido na prática clínica 1993.
Zopiclona, eszopiclona e zalepona.
Sedativo-hipnótico. 
Mecanismo de ação - O primeiro agonista seletivo do receptor
GABA.
Sua principal indicação é para rápida indução, com algum efeito na
consolidação sono.
Zolpidem - Stilnox®, Lioram®
A dose terapêutica média para insônia em adultos é de 
10mg e de 5mg para idosos.
48
Figura 11 - Estrutura química Zolpidem
Vantagens do Zolpidem
Absorção rápida após administração oral;
Rápido início de ação
Não interfere sono produzido mais próximo ao normal;
Não apresenta insônia rebote quando retirado abruptamente;
Menor risco de desenvolvimento de tolerância e dependência em
relação aos benzodiazepínicos.
49
Desvantagens do Zolpidem
Não tem propriedades ansiolíticas, anticonvulsivantes ou
miorrelaxantes.
Efeitos adversos :
- Pesadelos, agitação, cefaléia, desconforto gastrintestinal, tontura e
sonolência diurna, alterações de memória anterógrada.
Zolpidem X outros depressores do SNC -depressão respiratória.
50
Barbitúricos
Suas principais indicações na atualidade são como 
anestésicos gerais e como anticonvulsivantes.
Depressores não seletivos 
do SNC, sua 
administração causa 
graves problemas, 
apresentam facilidade em 
desenvolver tolerância, 
dependência física e 
graves sintomas de 
abstinência. 
Barbitúricos
Figura 12- Estrutura química geral dos barbitúricos
51
São ocasionalmente 
usados como 
hipnótico e 
ansiolíticos, mas têm 
menor segurança do 
que os 
benzodiazepínicos.
Os ainda usados tem propriedades anticonvulsivas
e anestésicas. 
Barbitúricos – indicações terapêuticas
52
Exceto pela atividade anticonvulsivante do 
Fenobarbital, os barbitúricos possuem baixa 
seletividade e pequeno índice terapêutico. 
Assim, não é possível obter o efeito desejado 
sem evidências de depressão geral do SNC.
Eles deprimem 
reversivelmente a atividade 
de todos os tecidos 
excitáveis, incluindo os 
periféricos.
Barbitúricos Dose Máxima Indicação
De ação longa (meia vida mais de 
24h)
 Barbital (veronal) 0,3 a 0,5 g
Ação antiepilética, anticonvulsivante e/ou
sedativo.
 Meforbarbital (mebaral) 0,1 a 0,2 g
 Fenobarbital (gadernal, 
luminal)
0,1 a 0,2 g
De ação intermediária (meia vida 
6 a 24 h)
 Amobarbital 0,5 a 0,2g
Insônia crônica
 Butabarbital 0,1 a 0,2 g
De ação curta (meia vida 6 h)
 Pentobarbital 0,05 a 1,0 g
Hipnose rápida
 Secobarbital 0,1 a 0,2 g
De ação ultracurta
 Tiopental sódico 0,1 a 0,5g Anestésicos gerais
Barbitúricos – indicações terapêuticas
53
Pode apresentar síndrome da 
abstinência.
Pode causar uma sensação de 
ressaca, tontura, náusea e vômito. 
Depressão no sistema respiratório, 
alteração no aparelho circulatório 
como leve hipotensão. 
Raramente causa efeito paradoxal 
como agitação.
Barbitúricos – efeitos adversos
54
Portaria n° 6 de 29/01/1999 - aprova a instrução normativa da Portaria acima que institui o
Regulamento técnico das substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.
Portaria 344 - 12/05/1998 - benzodiazepínicos
Fonte: farmacêutico digital
55
CARIMBO DO FORNECEDOR
___________________________ ______/______/______
Nome do Vendedor Data
Dose por Unidade Posológica
Quantidade e Forma Farmacêutica
Medicamento ou Substância
Posologia
IDENTIFICAÇÃO DO EMITENTENOTIFICAÇÃO DE RECEITA
UF NÚMERO
Paciente: ___________________________________________
___________________________________________________
Endereço: __________________________________________
___________________________________________________
B
_______ de _________________ de _________
_______________________________________
Assinatura do Emitente
IDENTIFICAÇÃO DO COMPRADOR
Nome: ___________________________________________________________________
Endereço: ________________________________________________________________
Telefone: _________________________________________________________________
Identidade Nº: ____________________________ Órgão Emissor: ____________________
Dados da Gráfica: Nome - Endereço Completo – C.G.C. Numeração desta impressão: de _________ a _________
SP 03 123456 
PROFISSIONAL / INSTITUI ÇÃO
CR _/RS / CNPJ
Endereço completo / Telefone
Nome Comercial/DCB
05 (cinco) ampolas
2 mg / 5 mL
1 ampola/dia
Nome Completo
Rua, nº. – complemento 
– bairro - Cidade/UF
03 setembro 2003 
Assinatura e Carimbo CR __
Nome completo do comprador
Rua……., nº. – complemento – Bairro – CEP – Cidade/UF
22.789.423-3 SSP/RS
(53) 1234.56.78
NOTIFICAÇÃO DE RECEITA “B”
LISTA B1- PSICOTRÓPICOS (Benzodiazepínicos e alguns barbituratos)
LISTA B2- PSICOTRÓPICOS ANOREXÍGENOS
Fonte: farmacêutico digital
56
MELATONINA
Fonte: Revista Veja.Publicado em 14 jun 2017.
57
AGONISTA DOS 
RECEPTORES MT1 
E MT 2 NO SNC.
Efeitos colaterais: 
tontura, 
pesadelos, 
sonolência, 
diminuição dos 
níveis de 
testosterone e 
aumento de 
prolactina.
HIPNÓTICOS e SEDATIVOS
CONCLUSÃO:
São fármacos relativamente seguros, boa 
eficácia, boa tolerabilidade, boa margem de 
segurança.
ATENÇÃO: medicamentos dispensados somente 
sob prescrição médica e retenção de receita e 
causam DEPENDÊNCIA E TOLERÂNCIA.
CONCLUSÃO
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• ACETILCOLINA:
• Neurotransmissor de distribuição difusa no SNC
• Aumento de sua atividade relaciona-se com o Mal de Parkinson
• Diminuição de sua atividade no Hipocampo e parece se relacionar com a Doença de
Alzheimer
• Receptores muscarínicos e nicotínicos
• Degradação pela acetilcolinesterase
ACETILCOLINA
ACETILCOLINA
• DOPAMINA:
• Neurotransmissor derivado da tirosina.
• Produz sensações de satisfação e prazer.
• Os neurônios dopaminérgicos podem ser divididos em 4 VIAS com diferentes
funções.
• Antipsicóticos atuam bloqueando a transmissão dopaminérgica central
DOPAMINA
DOPAMINA
Sistema Límbico Gostar x Querer
Gostar x Querer
Relacionado com o Prazer
O Dopamina que é um neurotransmissor relacionado com o
prazer principalmente através do Sistema Recompensa. O
sistema recompensa está localizado dentro do sistema límbico
e desempenha um papel duplo de gostar e querer. Alguns
dependentes químicos tem seu cérebro tão deteriorado pelo
uso abusivo de drogas que passam a deixar de sentir prazer
com o uso freqüente mas passam a ter um aumento excessivo
do querer.
DOPAMINA
• DOPAMINA:
• VIA NIGROESTRIATAL, regula os movimentos: uma deficiência de dopamina
neste sistema provoca a doença de Parkinson, caracterizada por tremuras,
inflexibilidade, e outras desordens motoras, e em fases avançadas pode
verificar-se demência;
DOPAMINA
• DOPAMINA:
• VIA MESOLÍMBICO, funciona na regulação do comportamento emocional;
• VIA MESOCORTICAL, projeta-se apenas para o córtex pré-frontal. Esta área do
córtex está envolvida em várias funções cognitivas, memória, planejamento de
comportamento e pensamento abstrato, assim como em aspectos emocionais,
especialmente relacionados com o stress. Distúrbios nos dois últimos sistemas
estão associados com a esquizofrenia.
DOPAMINA
• DOPAMINA:
• Regula síntese e liberação de prolactina – VIA TÚBEROINFUNDIBULAR
• Excesso de DA: inibe prolactina
• Inibição de receptores dopaminérgicos na hipófise é responsável pela
hiperprolactinemia, antiêmese discreta
sedação (ex. metoclopramida)
DOPAMINA
MESOLÍMBICA
(prazer, recompensa e 
psicose)
VIAS DOPAMINÉRGICAS
TÚBEROINFUNDIBULAR
(inibição à secreção de 
prolactina)
MESOCORTICAL
(cognição, humor)
NIGROESTRIATAL
(controle dos movimentos)
D-1 D-2D1 e 
D5
D2, D3 e 
D4
ATIVAÇÃO INIBIÇÃO
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DOPAMINA
Antipsicóticos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
INSTITUTO DE BIOLOGIA
DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA
CURSO DE MEDICINA
Lucimar Marques Pinto Brod
PSICOSE
difícil definição
Síndrome (conj. sintomas), que apresenta uma
ou mais das seguintes manifestações:
1) Perda de encadeamento lógico do pensamento
2) Incapacidade de julgamento
3) Percepção incorreta da realidade
4) Alucinações e delírios
5) Excitação extrema
6) Comportamento violento
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ESQUIZOFRENIA:
 Doença crônica, freqüentemente incapacitante mental, que afeta cerca
de 1% da população do mundo.
 É caracterizada por sintomas debilitantes, deterioração da capacidade
funcional, falta de aceitação social, tornando-se entre as doenças mais
incapacitantes e economicamente catastróficas.
 Uma coleção de sinais e sintomas de etiologia não totalmente
conhecida, predominantemente definida por sinais observados de psicose.
 Normalmente inicia na adolescência, contudo os primeiros sintomas
podem ocorrer na vida adulta.
(INSEL, 2010; AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 1994)
Esquizofrenia
Sintomas positivos:
Ilusões, alucinações e 
distúrbios de 
pensamento
•Sintomas negativos: isolomento
social, redução da produção e
fluência do pensamento (alogia)
e da produção da fala, anedonia
•embotamento afetivo
•prejuízo da cognição.
Esquizofrenia
Diagnóstico essencial: perda progressiva da sociabilidade, 
com deterioração de autocuidados; perda de limites do 
ego com incapacidade de se reconhecer como indivíduo;
Graves perturbações no pensamento lógico; alucinações 
auditivas; ilusões, idéias de grandeza; e duração de pelo 
menos 6 meses.
Hipótese atual
 DA: excesso na via mesolímbica e déficit na via mesocortical. 
via mesolímbica – sintomas positivos
Via mesocortical – sintomas negativos
 Como?
Modulação das vias dopaminérgicas.
envolvimento de outros neurotransmissores 
(GABA, glutamato, 5HT)
Hipótese dopaminérgica na esquizofrenia
mecanismo de ação dos antipsicóticos– sistema dopaminérgico
 HIPÓTESE – as funções dopaminérgicas estariam exacerbadas
 antipsicóticos– bloqueio dos receptores D2 da 
dopamina 
Nos anos 90/2000 – antipsicóticos atípicos
clozapina (Leponex®)
risperidona (Risperdal®)
olanzapina (Zyprexa®) 
quetiapina (Seroquel®)
amisulprida (Socian®) 
ziprasidona (Geodon®) 
haloperidol (Haldol®)
flufenazina (Anatensol®) 
pimozida (Orap®) 
clorpromazina (Amplictil®)
levomepromazina (Neozine®) 
tioridazina (Melleril®) 
ANTIPSICÓTICOS
TÍPICOS
ANTIPSICÓTICOS
ATÍPICOS
+ $$$$$
ANTIPSICÓTICOS 
TÍPICOS
Mecanismo de ação
 todos os fármacos bloqueiam receptores DA
 ligam-se, com diferentes afinidades, aos vários tipos de
receptores
eficácia clínica dos antipsicóticos clássicos correlacionada com
bloqueio D2 no sistema mesolímbico – sintomas positivos
 Infelizmente, para bloquear uma quantidade adequada de receptores D2 na
via dopaminérgica mesolímbica com o objetivo de eliminar os sintomas
positivos, é preciso bloquear simultaneamente a mesma quantidade de
receptores D2 em todo cérebro, e isso provoca efeitos colaterais indesejáveis, que
representam o “alto custo de fazer negócio” com antipsicóticos convencionais.
Bloqueio de receptores dopaminérgicos D2
Limitações do tratamento
 Pacientes refratários
 Melhora de sintomas positivos, mas não negativos
 Pouca melhora de déficit cognitivo (qualidade de vida)
Eficácia antipsicótico: ocupação D2 60-80%
Efeito adverso: ocupação D2 superior 80%
Uma ocupação de mais de 80% dos receptores D2 no estriado dorsal está
associada a efeitos colaterais extrapiramidais (SEP) e, na hipófise, ao
desenvolvimento de hiperprolactinemia. No caso dos antipsicóticos
típicos (antagonismo puro de D2), postula-se que o mesmo número
de receptores D2 seja bloqueado em todas as áreas do cérebro.
D2
a1
ATP
ALTA POTÊNCIA: 
Haloperidol (haldol®)
Pimozide (orap®)
Flufenazina (anatensol®)
BAIXA POTÊNCIA:
Clorpromazina (amplictil®) 
Levomepromazina (neozine®)
Tioridazina (melleril®)= + sedativa
Todos:
LIMIAR 
CONVULSIVO
(tb clozapina)
Dose de 0,5 a 15mg/dia
Dose 50 a 800mg/dia
MESOLÍMBICA
(prazer, recompensa e 
psicose)
Na via mesolímbica, alívio da psicose…
TÚBEROINFUNDIBULAR
(inibição à secreção de prolactina)
MESOCORTICAL
(cognição, humor)
NIGROESTRIATAL
(controle dos movimentos)
MESOLÍMBICA
(prazer, recompensa e psicose)
…mas às custas de anedonia e interferência nos sistemas de recompensa. 
Receptores D2 no sistema dopaminérgico mesolímbico = positivos da psicose, mas também o 
sistema de recompensa normal do cérebro, e o nucleus accumbens é amplamente considerado 
como o “centro do prazer” no cérebro.
TÚBEROINFUNDIBULAR
(inibição à secreçãode prolactina)
MESOCORTICAL
(cognição, humor)
NIGROESTRIATAL
(controle dos movimentos)
ação alfa 
adrenérgica
Ação antimuscarínicaAção antihistamina
Clorpromazina
Tioridazina
LEVOMEPROMAZINA
Clorpromazina
tioridazina
Clorpromazina
Tioridazina
levomepromazina
A. TÍPICOS: A quase paralisação da via dopaminérgica mesolímbica necessária para
melhorar os sintomas positivos da psicose pode contribuir para o agravamento da
anedonia, da apatia e dos sintomas negativos, o que pode explicar, em parte, a
elevada incidência de tabagismo e uso abusivo de drogas ilícitas na esquizofrenia.
Efeitos Adversos
Distúrbios motores (extrapiramidal)
Predomínio com antipsicóticos 
típicos
Efeitos Adversos
Efeitos neurológicos: sintomas extrapiramidais
-Distonia aguda: espasmo língua, mandíbula, pescoço
-Acatisia: agitação, incapacidade de ficar parado.
-Discinesia tardia:
- manifestações extrapiramidais tardias, após meses ou anos; movimentos
estereotipados: a hipótese formulada é a de que esses receptores se tornam
supersensíveis ou “suprarregulados” (em maior número, talvez na tentativa inútil
de superar o bloqueio dos receptores D2 induzido por fármaco no estriado.
Cerca de 25% dos pacientes apresentarão este quadro dentro de 5 anos, o que não
representa uma perspectiva muito animadora para uma doença que dura a vida
inteira e que começa em torno dos 20 anos. Entretanto, se o bloqueio dos receptores D2
for removido cedo o suficiente, a discinesia tardia pode ser reversível. Todavia, após tratamento
prolongado, os receptores D2 aparentemente não podem ser reajustados de volta ao normal,
mesmo quando os antipsicóticos convencionais são suspensos. Isso resulta em discinesia tardia,
que é irreversível e continua independentemente da administração ou não de antipsicóticos
convencionais.
HIPERPROLACTINEMIA
• Os receptores de dopamina D2 na via DA túberoinfundibular também
são bloqueados pelos antipsicóticos típicos, o que provoca elevação
das concentrações plasmáticas de prolactina, uma condição
denominada hiperprolactinemia:
- Galactorreia (secreção mamária) e amenorreia (períodos menstruais
irregulares ou ausentes). A hiperprolactinemia também pode levar a
desmineralização mais rápida dos ossos, particularmente em mulheres na pós-
menopausa que não estejam recebendo terapia de reposição estrogênica.
Antipsicóticos
ATIPICOS
Interação serotonina/dopamina
• Sistema serotoninérgico inibe liberação de dopamina
• Atípicos – antagonistas 5-TH2A
• Via nigroestriatal: bloqueio 5TH2 ↑ liberação de dopamina =
↓ Sintomas Extra Piramidais (doses moderadas)
• Via tuberoinfundibular: impede que níveis de prolactina aumentem (em doses
moderadas)
• Via mesocortical: aumentam níveis de DA – ↓sintomas negativos
• Via mesolimbica: interação 5HT/DA não significativa – ↓sintomas positivos
• Teoria : diminui efeitos adversos com ação antipsicótica.
Principais fármacos atípicos
Clozapina:
• Múltiplos mecanismos de ação
• Eficácia superior(- efeitos extrapiramidais, discinesia tardia)
• Pacientes ainda refratários
• Único antipsicótico capaz de reduzir o risco de suicídio
• EA: agranulocitose (0,5-2%), convulsões, ganho de peso, 
diabetes, sedação (altas doses), aumento de triglicerídeos em 
jejum e resistência a insulina.
Principais fármacos atípicos
Clozapina:
• Múltiplos mecanismos de ação
• Eficácia superior(- efeitos extrapiramidais, discinesia tardia)
• Pacientes ainda refratários
• Único antipsicótico capaz de reduzir o risco de suicídio
• EA: agranulocitose (0,5-2%), convulsões, ganho de peso, diabetes, sedação 
(altas doses), aumento de triglicerídeos em jejum e resistência a insulina.
Risperidona:
• Antag 5-HT2A, 5-HT7, a1-2, H1.
• Outras síndromes psicóticas, transtorno bipolar, demência
• antagonistas de α2 = eficácia na depressão, porém essa ação pode ser
reduzida pelas propriedades antagonistas simultâneas de α1=hipotensão
ortostática e sedação.
• A risperidona foi aprovada para o tratamento da irritabilidade associada
ao transtorno autístico em crianças e adolescentes (entre 5 e 16 anos de
idade), com sintomas de agressão a outras pessoas, mudança do humor,
com transtorno bipolar (entre 10 e 17 anos) e esquizofrenia (13 a 17
anos).
• A risperidona eleva os níveis de prolactina até mesmo em doses baixas.
Apresenta risco moderado de ganho de peso e dislipidemia. O ganho de
peso pode ser particularmente um problema em crianças.
Principais fármacos atípicos
Olanzapina:
• Mais potente que a Clozapina;
• Melhora o humor;
• Psicoses, transtorno bipolar, comportamento agressivo
• Não causa sedação, SEP <<<; não aumenta níveis de prolactina
• EA: aumento de peso, diabetes, muito caro, cuidar cardíacos.
Principais fármacos atípicos
Quetiapina:
• antagonista nos receptores de serotonina 5HT2A e de dopamina D2;
• pode causar ganho de peso, particularmente quando administrada em
doses moderadas a altas, visto que ela bloqueia os receptores de
histamina 1.
• pode aumentar os níveis de triglicerídios em jejum e a resistência à
insulina, em especial em doses moderadas a altas, com risco intermediário
a alto em comparação com outros antipsicóticos atípicos
Principais fármacos atípicos
Quetiapina:
• As propriedades de ligação da quetiapina variam,
conforme a dose administrada. Em doses antipsicóticas
(até 800 mg/dia), a quetiapina apresenta um perfil de
ligação relativamente amplo, com ações em múltiplos
receptores serotoninérgicos, muscarínicos e alfa-
adrenérgicos. Ocorre também bloqueio do receptor de
histamina 1. Em doses antidepressivas (cerca de 300
mg/dia), o perfil de ligação da quetiapina é mais seletivo e
consiste, principalmente, em ações nos receptores D2,
5HT2A, 5HT2C e 5HT1A, bem como em inibição do
transportador de noradrenalina. Em doses sedativo-
hipnóticas (50 mg/dia), a propriedade farmacológica mais
proeminente da quetiapina consiste em antagonismo do
receptor de histamina 1;
• não provoca nenhum SEP em qualquer dose, nem
elevação da prolactina.
Neurônio 
Serotoninérgico
100.000 neurônios
Triptofano limitado
Aminoácido Essencial
97
SEROTONINA
98
SÍNTESE DA SEROTONINA
• SEROTONINA: neurotransmissor que regula o humor, o sono, a atividade sexual, o
apetite, o ritmo circadiano, as funções neuroendócrinas, temperatura corporal,
sensibilidade à dor, atividade motora e funções cognitivas. Atualmente vem sendo
intimamente relacionada aos transtornos do humor, ou transtornos afetivos e a maioria
dos medicamentos chamados antidepressivos agem produzindo um aumento da
disponibilidade dessa substância no espaço entre um neurônio e outro. Tem efeito
inibidor da conduta e modulador geral da atividade psíquica. Influi sobre quase todas as
funções cerebrais, inibindo-a de forma direta ou estimulando o sistema GABA.
SEROTONINA
• SEROTONINA: Corpos celulares que se localizam nos núcleos da rafe com projeções
para o cérebro anterior e medula.
• Receptores do tipo 5-HT3 - êmese
• Bloqueio na recaptação neuronal de 5-HT
– mecanismo de ação de vários antidepressivos.
SEROTONINA
SEROTONINA
ANTIDEPRESSIVOS
TRANSTORNOS DE HUMOR
103
TRANSTORNO BIPOLAR TRANSTORNO UNIPOLAR
 Pacientes que passaram por episódios depressivos recorrentes, porém sem
nenhuma história de mania;
 A depressão unipolar é comumente não familial (cerca de 75% dos casos), associa-
se aos eventos estressantes da vida (acompanhada de ansiedade e agitação –
depressão reativa);
 Outros casos (25%) mostram padrão familial, não estão relacionados com estresses
externos (depressão endógena);
 Essas distinção é feita clinicamente, mas os antidepressivos não mostram
seletividade entre as duasafecções.
Depressão Unipolar 
Transtorno Depressivo Maior
(TDM)
Stahl, 2017
DEPRESSÃO -
105
Sintomas
Stahl, 2017
Principal teoria bioquímica da depressão:
Hipótese das monoaminas proposta por Schildkraut (1965)
• Ocorre uma transmissão diminuída de neurotransmissores como a
noradrenalina (NA) e serotonina (5-hidroxitriptamina: 5-HT);
• Depressão causada pelo déficit funcional das monoaminas transmissoras em
certos locais do cérebro;
• Mania resulta do excesso funcional;
Dopamina
Teorias da Depressão
Como atuam os fármacos antidepressivos?
Acredita-se que o efeito antidepressivo se dê às custas de um 
aumento da disponibilidade de neurotransmissores no SNC, 
notadamente da serotonina (5-HT), da noradrenalina ou 
norepinefrina (NE) e da dopamina (DA).
Se o aumento dos níveis de NTs é rápido porque os 
efeitos antidepressivos demoram a aparecer?
• O tratamento agudo com antidepressivos produz, na realidade, diminuição da
descarga neuronal no locus ceruleus e/ou no núcleo da rafe (dependendo do
fármaco), dada a retroalimentação inibitória aguda por meio dos
autorreceptores 5-HT1A e α2 nos neurônios que contêm 5-HT e NE.
Isso provoca diminuição na síntese e liberação de 5-HT e NE.
Imipramina
Desipramina
Amitriptilina
Clomipramina
Nortriptilina
Antidepressivos Tricíclicos (ATC)
Três anéis aromáticos
fixados a um anel
ciclo-heptano
• Os antidepressivos tricíclicos bloqueiam a captura de noradrenalina e
serotonina para o interior do neurônio;
• Os níveis de neurotransmissão aumentam na fenda sináptica – efeito rápido.
Mecanismo de ação
Antidepressivos Tricíclicos (ATC)
Os ATC inibem a receptação de 5-HT e NE do espaço 
extracelular por meio do bloqueio dos transportadores 
de receptação de 5-HT e da NE.
• Além de seus efeitos sobre a captura de aminas, a maioria desses
fármacos afeta outros receptores, incluindo os colinérgicos
muscarínicos, os receptores de histamina e os receptores de
serotonina.
Antidepressivos Tricíclicos (ATC)
Antidepressivos Tricíclicos (ATC)
Perigosos em superdosagem e são usados em tentativas de suicídio.
Causam excitação e delírio e convulsões. Seguido de coma e depressão
respiratória.
Podem precipitar mania em pacientes com transtorno afetivo bipolar – VIRADA
MANÍACA.
Antidepressivos Tricíclicos (ATC)
Usos clínicos
• Depressão moderada a grave com características como insônia ou pouco apetite;
• Pânico e transtornos relacionados;
• Tratamento das síndromes dolorosas - Dor neuropática.
• (usadas em doses menores que as necessárias para produzir efeitos antidepressivos)
Antidepressivos Tricíclicos (ATC)
Antidepressivos Tricíclicos (ATC)
Amitriptilina: (Amytril 25mg; Tryptanol 25 e 75 mg)
Dosagem:
• a dosagem deverá ser iniciada em nível baixo a ser gradualmente aumentada,
notando-se cuidadosamente a resposta clínica e qualquer sinal de intolerância.
• Posologia Inicial para Adultos: – 75 mg/dia em doses fracionadas podendo ser
aumentada até 150 mg/dia.
– A atividade antidepressiva pode demorar até 30 dias para desenvolver-se
totalmente.
– Um método alternativo pode ser o de iniciar o tratamento com 50 a 100 mg à noite,
ao deitar-se, podendo ser aumentada de 25 a 50 mg por noite até 150 mg/ dia.
• Em 1987 o tratamento da depressão foi revolucionado com a introdução dos ISRS –
FLUOXETINA.
• Os fármacos desse tipo incluem a fluoxetina (Prozac), fluvoxamina, paroxetina, citalopram,
escitalopram e sertralina;
• Eles são o grupo de antidepressivos mais comumente prescritos, por serem tão eficazes no
tratamento da depressão quanto os antidepressivos tricíclicos;
• EUA: estimativa de 6 prescrições por segundo;
• São menos propensos a causar efeitos adversos colinérgicos do que os ADTs e menos
perigosos em superdosagem.
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE 
SEROTONINA (ISRS)
• A inibição da recaptação de serotonina aumenta os níveis de serotonina no
espaço extracelular, produzindo maior ativação de receptores de 5-HT e
intensificação das respostas pós-sinápticas.
• Em baixas doses ISRS – ligam-se em transportadores de 5-HT;
• Altas doses – perdem seletividade e ligam-se também aos transportadores de NE.
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA (ISRS)
Mecanismo de ação:
TODOS EM 
DOSE ÚNICA 
DIÁRIA
ATENÇÃO
O aumento de 5HT leva a adaptações bioquímicas 
que, a médio prazo, vão levar a alívio da depressão. 
3 a 8 semanas para início de efeito antidepressivo ! 
No início, predominam efeitos colaterais, pois 5HT 
age em vários receptores. 
Usos clínicos:
•Transtorno depressivo (1ª escolha)
•São tão eficazes quanto a os ADT e IMAOs para depressão maior de grau leve a moderado;
•Menos eficazes que os ADT para depressão maior severa;
•Primeira linha na depressão pós-parto (não amamentando);
•Transtornos de ansiedade;
• Síndrome do pânico;
•Transtorno obsessivo compulsivo TOC;
• Ejaculação precoce;
• Transtorno de estresse pós-traumático.
• Não é recomendado para menores de 18 anos-eficácia duvidosa e aumento das tendências
suicidas.
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE 
SEROTONINA (ISRS)
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE 
SEROTONINA (ISRS)
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE 
SEROTONINA (ISRS)
Farmacocinética:
• Bem absorvida após administração oral;
• Alimentos tem pouca influência na absorção;
• Picos séricos ocorrem em média entre 2 e 8 horas.
- Meia vida muito longa (50 h) e a meia vida metabólito ativo, S-norfluoxetina (10 dias);
- A Fluoxetina e a Paroxetina são potentes inibidores da isoenzima CYP450 (CYP2D6),
responsável pela eliminação dos fármacos ADTs, antipsicóticos e β-bloqueadores
adrenérgicos (Atenolol, Propranolol).
FLUOXETINA
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE 
SEROTONINA (ISRS)
• Melhora de atenção e concentração;
• Efeito energizante e de redução de fadiga.
• Não apropriado para pacientes com agitação, insônia e ansiedade.
• Usado para tratamento depressão infantil.
• Indicada para bulimia.
FLUOXETINA
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE 
SEROTONINA (ISRS)
- Manifesta efeitos anoréxicos e antiobsessionais, ações ansiolíticas e também podem ser
úteis em pacientes com depressão psicótica (bloqueio leve dos transportadores de
dopamina)
• Ação antidepressiva comparável com da amitriptilina;
• A absorção aumenta com a alimentação;
• Aprovados para uso em criança no tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo
(fluoxetina, sertralina).
Posologia recomendada:
• Depressão e TOC: 1 dose de 50mg/dia
• Transtorno do pânico e fobia social: iniciar com 25mg/dia e, após uma semana, 50mg/dia;
• A dose-alvo, via de regra, é de 50 mg/dia.
• Depressão, TOC, Transtorno do Pânico, Transtorno do Estresse Pós–Traumático e Fobia
Social: os pacientes que não responderem à dose de 50mg, podem ser beneficiados com um
aumento da dose. As alterações nas doses devem ser realizadas com um intervalo mínimo
de 1 semana, até a dose máxima recomendada de sertralina, que é de 200mg/dia.
SERTRALINA (Zoloft)
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE 
SEROTONINA (ISRS)
- Este ISRS é utilizado por muitos clínicos em pacientes com sintomas de ansiedade. A paroxetina
tende a ser mais tranquilizante e, até mesmo, sedativa no início do tratamento, em comparação com
as ações mais ativadoras da fluoxetina e da sertralina. Talvez as ações anticolinérgicas leves da
paroxetina contribuam para esse perfil clínico.
- Propriedades inibitórias fracas sobre o NAT (transportador de noradrenalina), que podem contribuir
para sua eficácia na depressão, particularmente em doses altas.
- Inibe a enzima óxido nítrico sintetase, o que pode, teoricamente, contribuir para a disfunção sexual,
em especial nos homens.- A paroxetina também é notória por causar reações de abstinência com sua interrupção súbita, com
aparecimento de sintomas como inquietação, sintomas gastrintestinais, tontura e formigamento,
principalmente quando é interrompida de súbito após tratamento prolongado com doses altas.
Talvez isso se deva não apenas às propriedades de inibição do SERT, visto que todos os ISRS
podem causar reações de descontinuação, mas também a contribuições adicionais do rebote
anticolinérgico quando a paroxetina é rapidamente suspensa.
PAROXETINA
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE 
SEROTONINA (ISRS)
Enantiômero S do citalopram;
• Maior eficácia, cerca de 2x mais potente do que o citalopram.
• Redução de efeitos colaterais;
• Menor dosagem (metade da dose do citalopram);
• Efeitos clínicos são observados dentro de uma a duas semanas a partir do início do tratamento.
ESCITALOPRAM
CITALOPRAM
• Em geral, o citalopram é um dos ISRS mais bem tolerados, e os achados no tratamento da depressão no
idoso são favoráveis. Entretanto, tem uma ação terapêutica um tanto inconsistente na menor dose, o que
costuma exigir o aumento da dose para otimizar o tratamento.
• Altas doses, alterações cardiovasculares.
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE 
SEROTONINA (ISRS)
• Venlafaxina, desvenlafaxina e
duloxetina e nilnacipramina;
• Esses fármacos são extensivamente
utilizados devido a sua maior eficácia
terapêutica e baixo perfil de efeitos
adversos.
• Tem pouca atividade em receptores
adrenérgicos, muscarínicos e
histamínicos (menos efeitos adversos
que os ADTs).
• Venlafaxina (EFEXOR): náuseas,
preparações de liberação controlada;
• Desvenlafaxina (Pristiq)
• Duloxetina (CYMBALTA): hepatotóxica.
INIBIDORES de receptação de serotonina-norepinefrina
(IRSN)
Venlafaxina:
• Bloqueia o transportador de receptação de 5-HT e o transportador de recaptação de NE por um
mecanismo que depende de sua concentração;
• Comporta-se como um ISRS, ao passo que, em concentrações elevadas, também aumenta os níveis
extracelulares de NE.
• A venlafaxina é substrato da isoenzima CYP2D6, transformando-se em Desvenlafaxina.
• Os efeitos adversos mais comuns da venlafaxina são náuseas, cefaleia, disfunções sexuais, tonturas,
insônia, sedação e constipação.
• À semelhança da venlafaxina, a desvenlafaxina inibe a recaptação de serotonina e de noradrenalina,
porém suas ações de IRN são maiores do que suas ações de IRS em comparação com a venlafaxina.
INIBIDORES de receptação de serotonina-norepinefrina
(IRSN)
• A venlafaxina também está aprovada e é bastante usada no tratamento de vários transtornos de
ansiedade.
• Provavelmente, a adição da inibição do NAT é responsável por dois efeitos colaterais da venlafaxina
observados em alguns pacientes: sudorese e elevação da pressão arterial.
• A venlafaxina está disponível como formulação de liberação prolongada (venlafaxina XR), que não apenas
possibilita sua administração 1 vez/dia como também reduz significativamente os efeitos colaterais, em
especial as náuseas.
• A formulação de liberação imediata da venlafaxina passou a ser pouco utilizada ou não utilizada, em virtude
das náuseas e de outros efeitos colaterais associados a essa formulação, particularmente quando iniciada
ou interrompida.
• Mesmo em sua formulação de liberação controlada, a venlafaxina pode causar reações de abstinência, às
vezes muito incômodas, principalmente após a interrupção súbita de tratamento prolongado em doses altas.
Mesmo assim, a formulação de liberação controlada é altamente preferível, em virtude de sua maior
tolerabilidade.
129
INIBIDORES de receptação de serotonina-norepinefrina
(IRSN)
Desvenlafaxina:
• A desvenlafaxina é o metabólito ativo, desmetilado da venlafaxina.
• À semelhança da venlafaxina, a desvenlafaxina inibe a recaptação de
serotonina e de noradrenalina, porém suas ações de IRN são maiores do
que suas ações de IRS em comparação com a venlafaxina.
• Ela exerce inibição da recaptação de noradrenalina (IRN) relativamente
maior que a da venlafaxina, porém sua ação é ainda mais potente sobre o
transportador de serotonina.
• Estudos da desvenlafaxina relataram sua eficácia na redução dos
sintomas vasomotores (SVM) em mulheres na perimenopausa,
independentemente de estarem ou não depressivas.
INIBIDORES de receptação de serotonina-norepinefrina
(IRSN)
Duloxetina
•Inibe a receptação de NE e de 5-HT em todas as dosagens;
•Aprovado para tratamento da depressão, bem como dor neuropática. Todos os
tipos de dor melhoram com a duloxetina, desde a dor da neuropatia periférica no
diabético até a fibromialgia e a dor musculoesquelética crônica, como aquela
associada à osteoartrite e a problemas lombares.
•Efeitos adversos: Disturbios GI, incluindo náuseas, xerostomia e constipação.
Insônia, tonturas, sonolência, sudoração e disfunção sexual também são
observadas. Pode aumentar a pressão arterial e a frequência cardíaca.
• Pode aumentar a concentração de fármacos antipsicóticos.
INIBIDORES de receptação de serotonina-norepinefrina
(IRSN)
BUPROPIONA
• Inibidor fraco da captação de dopamina e noradrenalina;
• Meia-vida curta;
• Diminui a compulsão por nicotina e atenua os sintomas de abstinência dos usuários que tentam
parar de fumar (ação em transportadores de dopamina);
• Efeitos adversos:
• Podem incluir boca seca, sudoração, nervosismo, tremores e um aumento dose-dependente do
risco de convulsões
Antidepressivos atípicos
• Contraindicação:
• Alérgico a cloridrato de bupropiona, ou a qualquer outro componente do medicamento;
• Está tomando outros medicamentos que contenham bupropiona;
• Ter menos de 18 anos;
• Recebeu diagnóstico de epilepsia ou outros transtornos convulsivos.
Antidepressivos atípicos
BUPROPIONA
Categorias de fármacos antidepressivos
TRANSTORNO BIPOLAR
Prevalência: ao redor de 1%, para transtorno bipolar tipo I e II.
- Idade de início: 18 anos para bipolar tipo I e de 22 anos para bipolar
tipo II.
- Sexos: não há diferenças significativas.
135Stahl, 2017
TRANSTORNO BIPOLAR DO HUMOR
136
Stahl, 2017
TRANSTORNO BIPOLAR DO HUMOR
Critérios do DSM IV
Transtorno Bipolar I: é caracterizado por um ou mais Episódios
Maníacos ou Mistos, geralmente acompanhados por Episódios
Depressivos Maiores.
137Stahl, 2017
TRANSTORNO BIPOLAR DO HUMOR
Critérios do DSM IV
Transtorno Bipolar II: caracteriza-se por um ou mais Episódios
Depressivos Maiores, acompanhado por pelo menos um Episódio
Hipomaníaco.
138
leve
moderada
grave
Stahl, 2017
TRANSTORNO BIPOLAR DO HUMOR
Critérios do DSM IV
139
Eventos negativos
INÍCIO
Duração = dias
Ciclotimia: oscilações de depressão leve + hipomania
Eventos positivos
Stahl, 2017
“Embora o “estabilizador do humor” ideal deva tratar tanto a mania
quanto a depressão bipolar e, ao mesmo tempo, impedir episódios de
qualquer um dos polos, na realidade não existe ainda evidências
sugerindo que um único fármaco demonstre consistentemente essa
ação. Em vez disso, diferentes agentes podem ser eficazes para fases
distintas do transtorno bipolar.
O Fármaco ainda considerado o mais eficiente, é o Lítio.
Nenhuma medicação superou a eficácia deste na profilaxia de futura
mania e fases depressivas do transtorno bipolar, além de também ser o
único fármaco eficaz na redução de suicidabilidade entre os pacientes
bipolares.
140
TRANSTORNO BIPOLAR DO HUMOR
Tratamento Farmacológico
Goodman, 2010; Stahl, 2017
 Classicamente, o transtorno bipolar vem sendo tratado com lítio há mais de 50
anos;
 Cátion monovalente (sal carbonato de lítio: Li2CO3);
 O lítio não é um calmante e não causa dependência ou vício;
 O lítio é facilmente dosadonos líquidos biológicos, no entanto, não tem
qualquer função fisiológica conhecida;
 O lítio é um íon cujo mecanismo de ação ainda não está estabelecido com
certeza. Seus mecanismos de ação consistem em diversos locais de
transdução de sinais, além dos receptores de neurotransmissores.
Lítio - Estabilizador do humor 
clássico
Golan, 2009; Goodman, 2010; Stahl, 2017
Lítio - Estabilizador do humor clássico
Goodman, 2010; Stahl, 2017
 Efetivo nos episódios maníacos e na manutenção das remissões,
particularmente dos episódios maníacos e talvez, em menor grau, dos
episódios depressivos.
 Prevenção do suicídio em pacientes com transtornos do humor.
 Administrado 1 vez/dia e em doses mais baixas quando combinado com
outros estabilizadores do humor.
 O lítio apresenta eficácia igual ou superior no transtorno bipolar em
comparação com o valproato para os episódios maníacos, depressivos ou
mistos, embora o valproato seja prescrito com mais frequência.
Lítio - Estabilizador do humor clássico 
utilização terapêutica
Stahl, 2017
• Índice terapêutico estreito – 0.5 a 1.5 mEq/l
• Determinações periódicas das concentrações
plasmáticas são cruciais
• Doses individualizadas e de acordo com LITEMIA.
• A dose de lítio necessária para manter um nível sérico
terapêutico (0,5 a 1,2mEq/L) depende da idade, peso,
medicações em uso e condições clinicas associadas.
• Em condições ideais, a dose inicial pode variar de 600 a
900mg/dia, dividida em duas ou três tomadas. A dosagem sérica
(litemia) deve ser medida sempre a partir do quinto dia do inicio
do uso ou do ajuste de dose. O incremento de dose deve ser
feito baseado na litemia até obtenção do nível terapêutico. Após
atingido este nível, a litemia pode ser feita a cada dois ou três
meses, se não houver intercorrências no período.
Lítio – acompanhamento laboratorial
Goodman, 2010; Stahl, 2017
• O início do efeito terapêutico pode levar até três semanas para
ocorrer, mas em geral melhora significativa ocorre entre 7-14
dias de uso em dose adequada.
• Níveis acima de 1,5mEq/L estão frequentemente relacionados a
sinais clínicos de intoxicação. Acima de 2,0mEq/l as alterações
podem ser graves, com risco de arritmias cardíacas, estados
confusionais, ataxia, convulsão, rebaixamento do nível de
consciência e coma. O tratamento pode requerer hemodiálise
se houver insuficiência renal com objetivo de acelerar a
eliminação do lítio.
Lítio – acompanhamento laboratorial
Goodman, 2010; Stahl, 2017
 Devem ser avaliados a função renal, meio de excreção do lítio, a
função tireoideana, cuja alteração pode estar associada ao uso de
lítio, glicemia de jejum, hemograma completo, eletrólitos e
eletrocardiograma em portadores de cardiopatia e em indivíduos
acima de 40 anos. Também é importante solicitar β-HCG para
mulheres em idade fértil sem uso de método contraceptivo.
Lítio – acompanhamento laboratorial
Goodman, 2010; Stahl, 2017
-Efeitos renais
Controle dos níveis séricos (ou plasmáticos) de creatinina
e uréia antes do início da terapia com lítio, e a cada 3 a 6
meses, ou mais frequentes caso haja queixas específicas
ou sinais de disfunção renal
Maioria dos efeitos sobre os rins são reversíveis
- Disfunção da tireóide
Hipotireoidismo reversível em até 20% dos pacientes,
principalmente em mulheres
Avaliação de 6 a 12 meses, o com sintomas atribuíveis à
disfunção da tireóide
Lítio – efeitos colaterais
Rang e Dale, 2007, Goodman, 2010.
• Neurotoxicidade
• Tremor fino de repouso, trata-se com β-bloqueador
adrenérgico (propanolol < 80mg)
• Deterioração subjetiva da memória (motivos de não
aderência)
Lítio – efeitos colaterais
Rang e Dale, 2007, Goodman, 2010.
- Efeitos cardíacos
Eletrocardiograma antes do tratamento em pacientes com 
mais de 40 anos, ou cardiopatas
- Ganho de peso
Frequente
- Efeitos dermatológicos
Acne, erupções foliculares psoríase
Queda e afinamento do cabelo
Lítio – efeitos colaterais
Rang e Dale, 2007, Goodman, 2010.
- Sintomas gastrintestinais
Náusea e diarréia são comuns no início
Melhoram com a redução da dose ou com a ingestão junto com
as refeições
Formulações de:
- Liberação lenta – náusea
- Liberação prolongada – diarréia
- Efeitos hematológicos
Leucocitose
- Benigna e reversível
Lítio – efeitos colaterais
Rang e Dale, 2007, Goodman, 2010.
• Dada a estreita faixa terapêutica, este conhecimento é de
suma importância.
• Medicamentos que alterem a função renal, dada a excreção
do lítio pelos rins:
• Diuréticos (podem ou não  níveis séricos, dependendo
do fármaco)
• Antitinflamatórios não-esteróides –  níveis séricos
Lítio – interações medicamentosas
Rang e Dale, 2007, Goodman, 2010.
• Poucas absolutas
• Insuficiência renal aguda
• IAM
• 1º trimestre da gravidez ( mal-formações cardíacas).
• Pesar riscos / benefícios
• Relativas
• Doenças renais
• Hipotireoidismo
• Arritimias cardíacas
• Leucemia
• Ganho excessivo de peso
Lítio – Contra indicações
Rang e Dale, 2007, Goodman, 2010.
ANTICONVULSIVANTES COMO 
ESTABILIZADORES DE HUMOR
 O mecanismo exato de ação do ácido valpróico (também
conhecido como valproato de sódio ou valproato) permanece
incerto.
VALPROATO
Stahl, 2017
VALPROATO – mecanismo de ação
O valproato ativa sinais que promovem neuroproteção e plasticidade
prolongada.
Stahl, 2017
 O valproato é comprovadamente efetivo para a fase maníaca aguda
do transtorno bipolar e é comumente usado por um período
prolongado para evitar a recorrência da mania, embora seus efeitos
profiláticos não tenham sido tão bem estabelecidos quanto seus efeitos
agudos na mania.
 Alguns especialistas acreditam que o ácido valproico seja mais efetivo
do que o lítio para os episódios mistos de mania. Na realidade, esses
episódios são muito difíceis de tratar. Por isso, costumam ser indicadas
combinações de dois ou mais estabilizadores do humor, como lítio
mais valproato.
VALPROATO – manejo clínico
Stahl, 2017
 Efeitos adversos: queda de cabelo, ganho de peso e
sedação. Alguns problemas podem ser evitados ao reduzir a
dose, porém isso geralmente diminui a eficácia, e, assim,
pode ser necessário combinar o valproato com outros
estabilizadores do humor se for administrado em doses mais
baixas.
VALPROATO – manejo clínico e 
efeitos adversos
Stahl, 2017
 Determinados efeitos colaterais podem estar relacionados
mais com a cronicidade da exposição do que com a dose e,
portanto, não podem ser evitados com a redução desta.
 Isso envolve sinais de efeitos hepáticos e pancreáticos,
toxicidade fetal, como defeitos do tubo neural,
preocupações acerca do ganho de peso, complicações
metabólicas e algum risco de amenorreia e ovários
policísticos em mulheres com potencial de concepção.
Nessas mulheres, o tratamento com ácido valpróico pode
estar associado a uma síndrome de distúrbios menstruais,
ovários policísticos, hiperandrogenismo, obesidade e
resistência à insulina.
VALPROATO – manejo clínico e 
efeitos adversos
Stahl, 2017
• Uso clínico
Preparados de valproato:
Ácido valpróico
Valproato de sódio
Divalproato de sódio (Depakote, Depakote ER) – melhor tolerado
• Início gradual ou estratégia “de ataque”
• Apesar da meia-vida curta, pode ser administrado à noite (exceto como 
anticonvulsivante)
• Doses costumam ficar entre 1.250 e 2.500 mg/dia, mas podem chegar a 
4.000mg/dia – equilíbrio entre efeitos clínicos e adversos
• Formas mais brandas de bipolaridade respondem com doses mais 
baixas
VALPROATO – manejo clínico
Goodman, 2010; Stahl, 2017
 A lamotrigina foi aprovada como estabilizador do humor para
prevenção de recidiva tanto da mania quanto da depressão. Primeiramente, a FDA não aprovou seu uso para a depressão
bipolar, embora a maioria dos especialistas acredite que ela
seja efetiva para essa indicação.
 Tendo em vista as preocupações crescentes a respeito do
potencial dos antidepressivos de induzir mania, causando
instabilidade do humor, e de tendências suicidas cada vez
maiores no transtorno bipolar, a lamotrigina substituiu, em
grande parte, os antidepressivos como recomendação de
primeira linha na maioria das diretrizes de tratamento
para a depressão bipolar.
 Conclusão: melhor droga indicada para Transtorno Bipolar II
LAMOTRIGINA – manejo clínico
Goodman, 2010; Stahl, 2017
 Propensão a causar erupções cutâneas, inclusive (raramente)
a síndrome de Stevens Johnson (necrólise epidérmica tóxica),
potencialmente fatal.
 Em geral é bem tolerada
 Sem hepatotoxicidade
 Sem ganho de peso
 Sem sedação significativa
 Risco 1/1000 pra síndrome de Stevens-Johnson
LAMOTRIGINA – efeitos adversos
Goodman, 2010; Stahl, 2017
Drogas
Afinidade pelo receptor
D1 D2 α H1 mACh 5-HT2
Clássicas
Clorpromazina ++ +++ +++ ++ ++ +
Tioridazina + ++ +++ - ++ ++
Haloperidol + +++ ± + ± +
Atípicas
Clozapina ++ ++ ++ ++ ++ +++
Quetiapina - + +++ - ++ +
Risperidona - +++ ++ - - +++
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS 
mecanismo de ação
Goodman, 2010, Golan, 2009
163
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS efeitos adversos
RESUMO - TRATAMENTO
Stahl, 2017

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