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Livro Eletrônico Aula 02 Conhecimentos Bancários e Atualidades do Mercado Financeiro p/ Banco do Brasil (Escriturário) Professor: Vicente Camillo 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO Aula 02 Produtos Bancrios Sumrio Sumrio ................................................................................................................................ 1 Depsitos Vista ................................................................................................................ 2 Depsitos de Poupana .................................................................................................... 4 Depsitos a Prazo (CDB, RDB e Letra de Cmbio) ......................................................... 9 Cartes de Crdito, Cartes de Dbito e Sociedades Administradoras de Cartes de Crdito ......................................................................................................................... 12 Servios Financeiros e Operaes de Crdito .............................................................. 20 Leasing ............................................................................................................................... 25 Crdito Direto ao Consumidor ........................................................................................ 28 Crdito Rural ..................................................................................................................... 31 Ttulos de Capitalizao .................................................................................................. 35 Seguros .............................................................................................................................. 41 Previdncia Complementar ............................................................................................ 45 Questes Propostas .......................................................................................................... 50 Gabaritos ....................................................................................................................... 62 Questes Comentadas .................................................................................................... 63 Consideraes Finais ........................................................................................................ 83 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO DEPîSITOS Ë VISTA Os conceitos institucionais sobre o Sistema Financeiro Nacional foram apresentados na matria Sistema Financeiro Nacional e Sistema de Pagamentos Brasileiro. L, foi apresentado o mercado bancrio, composto por instituies financeiras que captam depsitos vista e, portanto, multiplicam a moeda em circulao na economia. So elas: bancos comerciais, bancos mltiplos com carteira comercial, caixas econmicas, cooperativas de crdito e bancos cooperativos. Estas instituies so tambm denominadas como instituies bancrias ou monetrias. No se assuste, pois as duas entidades representam a mesma coisa. Do mesmo modo, as instituies no bancrias so tambm chamadas de no monetrias. Fique com o esquema: Mas, como seria este processo de multiplicar a moeda? As instituies bancrias, assim como qualquer outra entidade, possuem ativos e passivos. Seus ativos correspondem s aplicaes que possuem. Por exemplo, ttulos pblicos, aes de empresas, entre outros investimentos diversos. O financiamento destas aplicaes feito de diversas formas e corresponde ao passivo destas instituies. A modalidade de financiamento que nos interessa so os depsitos vista. Todos os indivduos que realizam transaes bancrias j realizaram depsitos vista. Consistem nos valores lquidos, prontamente disponveis aos correntistas, que representam custo zero para as instituies financeiras captadoras. Instituição Financeira Capta Depósitos à vista Bancária (Monetária) Instituição Financeira Não Capta Depósitos à vista Não Bancária (Não Monetária) 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO Desta forma, quando nos dirigimos ao banco para realizar um saque da conta corrente, o dinheiro estar ali pronto para ser sacado e utilizado. At aqui tudo bem! Mas, apesar de no ser to aparente assim, nossas disponibilidades lquidas (depsitos vista) no esto totalmente reservadas no caixa do banco. Elas so circulantes e financiam diversas outras aplicaes do banco. Assim, caso voc tenha um saldo de R$ 1 mil em conta corrente, parte deste valor provavelmente estar financiando outro indivduo com saldo negativo. Consequentemente, se todos os correntistas forem ao banco sacar toda sua disponibilidade, o banco no ter como pagar a todos. Por isto diz-se que os bancos multiplicam os depsitos vista. Ou seja, eles elevam a quantidade de depsitos vista em posse do pblico no financeiro (empresas, governos e pessoas). Na teoria econmica, este valor a mais dado pelo multiplicador bancrio, o qual multiplica a quantidade de depsitos vista, resultando na quantidade de moeda em circulao, conceito visto no curso de Economia. Isto , a possibilidade de receber depsitos vista, alm de categorizar as instituies financeiras como bancrias (monetrias), permite que elas multipliquem a quantidade de moeda em circulao na economia. No entanto, os depsitos vista no esto inteiramente disposio das instituies financeiras. Parte destes recursos deve ser direcionada ao Banco Central, na forma de depsito compulsrio (atualmente 45%, sem remunerao), s aplicaes em crdito rural (34%) e aplicaes em microcrdito (2%) com taxas de juros predeterminadas. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO DEPîSITOS DE POUPANA A caderneta de poupana a forma de aplicao mais popular e tradicional existente no Brasil. A fim de curiosidade, de janeiro a novembro de 2017 os saques superaram os depsitos em R$ 2,25 bilhes, ou seja, o resultado de captao da caderneta de poupana foi negativo neste perodo. Apesar de um resultado negativo, o valor o melhor de 2015. A captao lquida recorde da srie histrica do Banco Central, iniciada em 1995, foi registrada em 2013, quando os depsitos superaram os saques em R$ 71,047 bilhes Ñ alta de 42,9% em relao a 2012. Muito dinheiro, no ? Pois bem, vamos s definies. A caderneta de poupana funciona como uma aplicao voltada a pequenos poupadores. Apesar de apresentar baixa rentabilidade real (valor da rentabilidade descontada da inflao) h liquidez diria, iseno de imposto de renda para pessoas fsicas, garantias prestadas pelo Fundo Garantidor de Crdito (FGC)e outras facilidades operacionais. Para facilitar a exposio, vejamos as caractersticas principais da caderneta de poupana abaixo: ü! Liquidez Diria Ð os saldos aplicados na caderneta de poupana podem ser movimentados diariamente. Ou seja, tanto as aplicaes, como os saques, podem facilmente ser realizados nas instituies financeiras autorizadas sem burocracias. ü! Iseno de Imposto de Renda Ð os rendimentos auferidos pelos valores depositados na caderneta de poupana so isentos de Imposto de Renda. Este fator um dos grandes diferenciais da caderneta de poupana, pois acaba compensando a baixa rentabilidade real da aplicao. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO Ateno! A banca pode tentar te confundir, pois mesmo que os rendimentos da poupana so isentos de IR, os contribuintes que possuem mais de R$ 300 mil aplicados devem declarar estes valores. No caso de pessoas jurdicas com fins lucrativos aplica-se uma alquota de 22,5% sobre os rendimentos auferidos na caderneta de poupana sobre as aplicaes de at 180 dias. No caso de aplicaes de 181 a 365 dias, a alquota de 20%; de 361 dias a 720 dias, 17,5%; acima de 720 dias, 15%. No caso de pessoa jurdica sem fins lucrativos no h a cobrana de imposto de renda ü! Garantia do FGC - o Fundo Garantidor de Crdito (FGC), cujas caractersticas sero vistas em aula especfica, garante depsitos de at R$ 250 mil na caderneta de poupana. Mas, como assim? O FGC uma instituio civil sem fins lucrativos cujos recursos so derivados de contribuies compulsria dos bancos que dele fazem parte. Desta forma, em caso de crise de liquidez de determinado banco que o impossibilite de cumprir com saques de seus clientes, o FGC garante at R$ 250 mil por CPF em cada banco. Desta forma, caso voc tenha R$ 260 mil depositado em caderneta de poupana no Banco A, e ele quebre, o FGC ir garantir at R$ 250 mil e voc perder ÒapenasÓ R$ 10 mil. Mas, o FGC cobre os prejuzos por pessoa em cada banco. Desta forma, caso voc tenha duas contas de poupana nos Bancos A e B, cada uma no valor de R$ 250 mil, e os dois bancos quebrem, o FGC ir garantir todos os R$ 500 mil depositados. ü! Data de Aniversrio Ð a caderneta de poupana tambm faz aniversrio. Isto mesmo, voc no est lendo errado. A data de aniversrio corresponde data de abertura da conta poupana. A data de aniversrio relevante pois nela ocorre o crdito do rendimento. Desta forma, caso voc tenha criado a poupana em 01.01 de determinado ano, os rendimentos mensais sero creditados sempre no dia 01 de cada ms subsequente. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO Os bancos, interessados na captao de valores via poupana, oferecem cadernetas de poupana ÒinteligentesÓ, que possuem data de aniversrio no dia do depsito. Desta forma, mesmo que voc criou a conta no dia 01 e depositou os valores no dia 20, por exemplo, h a criao de uma subconta com aniversrio no dia 20, pelo que o valor depositado nesta data far aniversrio (e render juros) sempre no dia 20. Portanto, como existem 28 possveis datas de aniversrio (os depositados realizados em 29, 30 e 31 fazem aniversrio no dia 01), possvel a criao de at 28 subcontas de poupana. Por fim, cumpre citar que, no caso de pessoal jurdica com finalidade lucrativa, a remunerao da caderneta de poupana feita trimestralmente. Ou seja, apenas de 3 em 3 meses os valores fazem aniversrio e, deste modo, so remunerados. ü! Demais Facilidades Operacionais Ða viabilidade e atratividade ao pequeno investidor da caderneta de poupana, somado ao aumento da renda brasileira e da formalizao bancria registrada na dcada passada fizeram os bancos ofertarem mais facilidades aos detentores (e interessados) de contas poupana. Medidas como as transferncias automticas da conta corrente para a conta poupana, possibilidade de movimentao online, facilidades na abertura de at 28 subcontas, cada uma com uma data de aniversrio, dentre outros fatores, ampliaram o interesse da caderneta de poupana. Outra caracterstica importantssima da poupana a forma de remunerao. Modificada em 03.05.12, para possibilitar a reduo da Taxa Selic, a remunerao da caderneta de poupana passou a seguir 2 regras distintas: 1.! Taxa Selic acima de 8,5% ao ano Ð remunerao de 0,5% ao ms mais TR. 2.! Taxa Selic igual ou abaixo de 8,5% ao ano Ð remunerao mensal equivalente a 70% da Taxa Selic mais TR. Bom, vamos compreender melhor o porqu desta forma de clculo. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO A funo e determinao da Taxa Selic j foram citadas em aulas passadas. Em resumo, a Taxa Selic remunera os ttulos pblicos e serve de balizador na determinao de diversas taxas de juros praticadas na economia. Pois bem, o Governo Federal percebeu que, caso a Selic se situasse abaixo de 8,5%, a remunerao da poupana passava a ser mais atrativa de acordo com sua antiga regra (0,5% ao ms mais TR), muito devido possibilidade de iseno de IR. Assim, quem se interessaria por comprar ttulos pblicos, ou realizar aplicaes em outras modalidades? Ningum! A soluo encontrada foi modificar a maneira de remunerao da poupana. Isto abre espao para a queda da Taxa Selic, pois a poupana rende 70% da Selic mais TR. E o que significa TR? A Taxa Referencial (TR), criada no Governo Collor, pretendia servir de ndice de correo da taxa de juros. Como, poca, a inflao apresentava ndices galopantes, e o Governo Collor tentou controlar preos para controlar a inflao, ele criou a TR a fim de desindexar a correo da taxa de juros inflao. Ou seja, a ideia era que os juros fossem reajustados por uma pequena taxa mensal (a TR) e no pela crescente e elevada inflao. Apesar da ideia no ter prosperado em seus objetivos, a poupana permanece com este reajuste at os dias atuais. O calculo da TR complicado e no cobrado em nosso concurso. Mas, fique sabendo que TR varivel e possui valor reduzido (em 2017 foi de 0,60%). Bom, estamos quase no final! Ufa! Resta comentar para onde destinada esta enorme quantia de dinheiro arrecadada com a poupana. Afinal, os valores depositados na poupana no so remunerados porque o Governo gosta de poupadores, mas sim porque este dinheiro utilizado em outras 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO finalidades, que geram receitas superiores e permitem o pagamento do rendimento da poupana. Vejamos: I - 65% (sessenta e cinco por cento), no mnimo, em operaes de financiamento imobilirio, sendo: a) 80%, no mnimo, do percentual acima (o que totaliza 52% do total arrecadado) em operaesde financiamento habitacional no mbito do Sistema Financeiro da Habitao (SFH); e b) o restante (cerca de 13% do total) em operaes de financiamento imobilirio contratadas a taxas de mercado; II - 20% (vinte por cento) em encaixe obrigatrio no Banco Central do Brasil; e III - os recursos remanescentes em disponibilidades financeiras e em outras operaes admitidas nos termos da legislao e da regulamentao em vigor. fcil de perceber que a captao da caderneta de poupana financia boa parte do crdito imobilirio nacional. Ou seja, 65% do total captado na poupana direcionado ao financiamento imobilirio, sendo 52% direcionados ao SFH e 13% s operaes de financiamento imobilirio contratadas livremente no mercado. 20% so retidos no Banco Central como compulsrio e o restante (15%) aplicado em disponibilidades financeiras e em outras operaes admitidas pela legislao. Este o motivo da baixa taxa de juros praticada nas operaes de crdito imobilirio. Como o funding destes financiamentos possui baixa remunerao, a concesso destes emprstimos pode ser feita tambm a um custo inferior. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO DEPîSITOS A PRAZO (CDB, RDB E LETRA DE CåMBIO) O certificado de depsito bancrio (CDB) uma promessa de pagamento ordem da importncia do depsito, acrescida do valor da correo e dos juros convencionados. Esta a definio legal. Mas, vamos facilitar: o CDB, um dos mais importantes instrumentos de investimento e captao de recursos pelas instituies financeiras, um ttulo de renda fixa que promete pagar ao seu investidor uma remunerao pactuada, que podem ser transferidos mediante endosso, datado e assinado pelo seu titular, ou por mandatrio especial. As caractersticas do CDB so determinadas no momento de sua contratao. Na ocasio, prazo e forma de rendimento so previamente definidos. Sua remunerao, que pode ser prefixada ou ps-fixada, baseada em diversos indexadores. O mais utilizado a Taxa-DI Cetip. As instituies financeiras emitem CDBs como forma de captar recursos. Ou seja, ao emitir este ttulo, elas esto emprestando dinheiro e, por isso, remuneram os indivduos que adquirem este ttulo. Como citado, a remunerao do CDB pode ser pr ou ps-fixada. Mas, qual o significado destes conceitos? Um ttulo pr-fixado quando sua remunerao pactuada na negociao deste ttulo. Por exemplo, se voc for ao banco e contratar uma CDB com remunerao de 10% ao ano, estar investindo em um ttulo pr-fixado. O ps-fixado, por sua vez, caracterizado por uma rentabilidade definida no vencimento do ttulo. Usando um exemplo similar, digamos que voc contratou um CDB cuja rentabilidade dada pela Taxa SELIC. Pois bem, voc s saber o valor da Taxa SELIC no perodo quando ocorrer o vencimento do ttulo. Assim, o ttulo caracterizado como ps-fixado. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO Incide Imposto de Renda em funo do prazo da aplicao (alquotas abaixo). Quanto mais tempo investido, menor a alquota. Para prazos inferiores a 30 dias, o IOF (Imposto sobre operaes financeiras) tambm ser cobrado. Abaixo as alquotas praticadas: ü! aplicaes at 180 dias: 22,5% ü! aplicaes at 181 a 360 dias: 20% ü! aplicaes at 361 a 720 dias: 17,5% ü! aplicaes acima de 720 dias: 15% Continuando, vamos apresentar o Recibo de Depsitos Bancrios (RDB). O RDB PRATICAMENTE IDæNTICO ao CDB, pois possui uma nica diferena: o RDB inegocivel e intransfervel. Ou seja, todas as caractersticas vistas no CDB aplicam-se ao RDB, salvo a possibilidade do RDB ser negociado pelo seu titular antes do vencimento. Se voc adquirir um RDB, no pode negocia-lo com outro interessado, muito menos transferi-lo. Por sua vez, a Letra de Cmbio possui o mesmo conceito implcito. Trata-se de uma forma de captao de recursos por instituio financeira (operao passiva da instituio) formalizada como um ttulo de renda fixa para o ser adquirente. Mas, h duas diferenas interessantes. A primeira refere-se ao emissor. A letra de cmbio oferecida por sociedades de crdito, investimento e financiamento (Financeiras), onde o emitente o devedor, o beneficirio a pessoa fsica ou jurdica que investe o seu dinheiro, e o aceitante a financeira. Assim, quando a Financeira faz um emprstimo a alguma pessoa (como um CDC, por exemplo), este devedor emite uma letra de cmbio. Na posse deste ttulo, a Financeira o negocia no sistema financeiro, em geral vendendo para instituies financeiras e at mesmo pessoas fsicas. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO E aqui encontra-se a segunda diferena em relao ao CDB e RDB. A letra de cmbio, quando negociada pela Financeira no sistema financeiro, possui como lastro as operaes de crdito realizadas pela prpria Financeira. Assim, a Financeira concede emprstimos. Ao fazer isso, os seus devedores emitem letras de cmbio e estas so negociadas no sistema financeiro para que as Financeiras levantem fundos para realizar mais operaes de emprstimos e financiamentos. E, como dito, o lastro (fundamento econmico-financeiro) da letra de cmbio a carteira de crdito da Financeira. Assim como no CDB e REDB, a letra de cmbio um ttulo de renda fixa que pode ser contratado nas modalidades ps e pr-fixada, possui garantia junto ao Fundo Garantidor de Crdito at o limite de R$ 250 mil por CPF por instituio e tributada pelo imposto de renda. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO CARTÍES DE CRDITO, CARTÍES DE DBITO E SOCIEDADES ADMINISTRADORAS DE CARTÍES DE CRDITO A importncia dos cartes de crdito e dbitos nos dias atuais implcita. Cada vez mais servem como substitutos ao papel moeda e moedas metlicas. A praticidade e o incentivo ao consumo so os principais motivos para a utilizao destas vias (crdito e dbito). So popularmente conhecidos como dinheiro de plstico, em contraponto ao dinheiro de papel ou de moeda. Para facilitar a exposio do tema, vamos dividi-lo em 3 tpicos: cartes de dbito, cartes de crdito e administradora de cartes. CARTÌO DE DBITO Os cartes de dbito so emitidos por instituies bancrias, a fim de permitir a movimentao da conta corrente a partir da realizao de operaes de compra (dbitos). No representam em si uma grande novidade. Mas, conferem grandes facilidades aos bancos emissores e aos consumidores que os utilizam. Reduzem os custos operacionais dos bancos, pois podem substituir os saques nas agncias. Garantem o recebimento de recursos ao fornecedor dos bens transacionados,pois as compras com carto de dbito so autorizadas mediante a existncia de fundos na conta do consumidor. Desta forma, a autorizao de determinada compra feita com o dbito do valor correspondente da conta do consumidor e posterior crdito (geralmente no dia til seguinte data da compra) na conta do fornecedor. A emisso de carto de dbito considerada servio essencial quele que tem uma conta de depsito vista e, portanto, no pode haver cobrana de tarifa para que o carto de dbito seja emitido. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO CARTÌO DE CRDITO Carto de crdito um meio de pagamento, utilizado em compras a crdito. Ou seja, sua principal caracterstica possibilita comprar agora, atravs de carto eletrnico, e pagar no futuro atravs de um boleto bancrio. Em geral, a empresa emissora do carto se associa a um banco ou outra instituio financeira, responsvel pelo financiamento do crdito aberto para os titulares dos cartes. Outra caracterstica relevante do carto de crdito a possibilidade de contratao de um limite de crdito. Ë medida que o consumidor vai efetuando compras, o limite disponvel se reduz; medida que o cliente vai liquidando as dvidas, o limite se recompe, possibilitando novas aquisies. Quando a dvida extinta, o detentor do carto volta a ter o limite inicial total, podendo-o utilizar sempre que desejar. Geralmente h duas modalidades de carto: bsico e diferenciado. O carto de crdito bsico est associado exclusivamente ao pagamento de compras, contas ou servios. O preo da anuidade para sua utilizao deve ser o menor preo cobrado pela emissora entre todos os cartes por ela oferecidos. As instituies financeiras esto obrigadas a oferecer o carto bsico, que pode ser nacional e/ou internacional. Esse carto no pode ser associado a programas de benefcios e/ou recompensas. J o carto diferenciado modalidade que permite a vinculao com determinado programa de recompensas ou benefcios. Ou seja, a utilizao do carto diferenciado permite ao titular auferir benefcios e recompensas diversas, dependendo do contrato estabelecido com a instituio financeira. Estes programas de recompensas ou benefcios so geralmente expressos na forma de pontos. Cada ponto equivale a um determinado valor em Reais gasto no carto de crdito. Estes pontos podem ser trocados por benefcios e recompensas diversas, como passagens, produtos, e demais bens. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO As instituies financeiras emissoras esto autorizadas pelo Banco Central a cobrar as seguintes tarifas sobre os cartes de crdito bsicos e diferenciados: i.! anuidade; ii.! para emisso de 2» via do carto; iii.!para retirada em espcie na funo saque; iv.!no uso do carto para pagamento de contas; e v.! no caso de pedido de avaliao emergencial do limite de crdito. A fatura do carto de crdito pode ou no ser totalmente quitada. Evidentemente, atrasos no pagamento originam taxas, multas e juros. No entanto, o titular do carto, quando efetuar o pagamento da fatura, deve no mnimo, realizar o pagamento de 15% do valor total da fatura. Este percentual est definido na atual verso da Circular 3.512 do Banco Central. importante salientar que, mesmo tendo sido mudado algumas vezes recentemente, o PERCENTUAL ATUALMENTE DE 15% Esta medida, definida pelo CMN, tem o objetivo de reduzir os riscos de superendividamento dos consumidores. Afinal, como o no pagamento acarreta na cobrana de elevados juros, elevando o total a ser pago, aumenta-se o endividamento dos consumidores. Com ele possvel acelerar as operaes financeiras, obter crditos e adquirir bens e servios sem maiores complicaes, incentiva a circulao de moeda e impulsiona o comrcio e o desenvolvimento econmico, no exige proviso de fundos, o financiamento facilitado e dispensa a necessidade de prvia habilitao do cliente perante uma instituio financeira antes de cada compra. Ou seja, graas ao carto de crdito, o empresrio no desperdia seu tempo e dinheiro em cogitaes sobre as condies de solvncia do consumidor, pois quem garante seu pagamento a prpria empresa emissora do carto de crdito. Mas, quais so as pessoas envolvidas em uma negociao com carto de crdito? 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO So trs: i.! a empresa emissora que, concedendo-o ao comprador e pagando o fornecedor, realiza o intermdio da operao e facilita a compra e venda; ii.! o titular do crdito (consumidor, titular do carto) pessoa credenciada pela empresa emissora, mediante o pagamento de taxa anual, que adquire bens ou servios do fornecedor; e iii.!o fornecedor que, filiado empresa emissora, vende produtos ou mercadorias, ou presta servios ao usurio, recebendo daquela o respectivo valorÓ. A empresa emissora (administradora) emite, em favor do consumidor, um carto de crdito que lhe permite pagar suas contas numa rede de estabelecimentos afiliados. Estes so reembolsados posteriormente pela administradora, descontada uma porcentagem de remunerao, que equivale a um percentual da transao. O emissor, geralmente uma instituio financeira, ou banco, que figura como um intermedirio entre o titular do carto e o fornecedor de bens ou servios. O emissor aquele que em troca de um determinado valor, se compromete a efetuar os pagamentos pelo titular do carto. O titular do carto de crdito aquele habilitado pelo emissor a se utilizar do carto para aquisies de bens ou servios. Adicionalmente, cumpre ao consumidor o pagamento das faturas do carto. Como j citado, o no pagamento (ou pagamento mnimo de 15% do valor) enseja a cobrana de taxas, multas e juros. O fornecedor ou vendedor aquele que se compromete a vender produtos ou prestar servios, e que mantm um contrato de filiao com o emissor, regulando as relaes entre ambos. em virtude deste contrato que o emissor se compromete a pagar o fornecedor. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO O pagamento ao fornecedor, realizado pela instituio emissora, pode ser feito antes ou depois do pagamento da fatura do carto pelo consumidor. Vamos citar um exemplo. Suponha que o consumidor efetue uma compra de R$ 100,00, que ser cobrado em uma fatura daqui a 30 dias. O fornecedor pode optar por receber este valor imediatamente, ao invs de esperar pelos 30 dias. Ao fazer esta operao de adiantamento de recebveis, paga uma determinada taxa de juros de, digamos, 5% a.m. desta forma, recebe R$ 95,00 imediatamente. Quando a fatura for paga pelo consumidor, o banco recebe os R$ 100,00, sendo adiferena de R$ 5,00 a remunerao pelo adiantamento de recebveis. E, por fim, a grande novidade relativa aos cartes de crdito se deu com a alterao da regra relacionada ao rotativo dos cartes. Desde de 3 de abril de 2017, com a entrada em vigor da Resoluo 4.549 do CMN, o saldo devedor da fatura de carto de crdito, quando no pago integralmente at o vencimento, somente pode ser mantido em crdito rotativo at o vencimento da fatura subsequente (em geral, 30 dias). Ou seja, no caso de atraso da fatura, o valor s pode acumular juros no rotativo do carto at o vencimento da prxima fatura. Mesmo que o titular do carto no consiga quitar este valor, outro crdito haver de ser contratado para quitar o saldo devedor do carto. O objetivo desta medida foi o de trocar uma dvida com altssima taxa de juros por outra, com taxas menores. Ufa! J foram apresentados conceitos demais. Que tal um resumo? Vamos l! ü! Possibilita comprar agora, atravs de carto eletrnico, e pagar no futuro atravs de um boleto bancrio. ü! Possui 2 espcies: bsica e de benefcios ü! Possui um limite de crdito 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO ü! O pagamento mnimo deve, no mnimo, ser de 15% do total da fatura ü! Enseja a cobrana das seguintes tarifas: anuidade, 2a via, realizao de saques, pagamento de contas e concesso de crdito emergencial. ü! Fazem parte das transaes com carto de crdito a instituio emissora, o consumidor e o fornecedor. ü! O saldo devedor da fatura de carto de crdito, quando no pago integralmente at o vencimento, somente pode ser mantido em crdito rotativo at o vencimento da fatura subsequente ADMINISTRADORA DE CARTÍES necessrio fazer mais comentrios sobre as empresas emissoras de cartes de crdito, tambm chamadas de administradora de cartes. Esta entidade, se considerada isolada, no uma instituio financeira, pois no faz o intermdio de fundos entre os agentes superavitrios e deficitrios na economia, mas to somente o intermdio operacional da transao. Mas, quem de fato a administradora de cartes? So empresas que prestam um servio de intermediao entre os portadores de cartes, as instituies financeiras emissoras (as quais financiam a operao, quando h adiantamento de recebveis ou no pagamento da fatura), os fornecedores e as bandeiras (Visa, Mastercard, entre outras). Geralmente atuam no fornecimento de infraestrutura para a realizao das transaes, na instalao de terminais que aceitam cartes de crdito/dbito, na compensao e liquidao das operaes. A remunerao da administradora de cartes originada, geralmente, da cobrana de taxas e mensalidades dos estabelecimentos comerciais. Por exemplo, podem cobrar 2% do valor da compra do estabelecimento nas operaes a crdito e 1% nas operaes a dbito. O consumidor no paga estes custos diretamente, apesar deles estarem embutidos no preo final da mercadoria. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO As administradoras de cartes geralmente so sociedades controladas por instituies financeiras emissoras. Este fato possibilita a reduo de custos na operao, pois o pagamento de tarifas e taxas diversas devidas nas operaes de crdito e dbito podem ser direcionadas a apenas uma instituio, ao invs de duas. Um bom exemplo ocorreu quando o Banco Ita adquiriu a totalidade de aes da ento RedeCard, denominando-a apenas Rede. Como resultado, as taxas antes pagas ao Ita (como instituio financeira emissora) e RedeCard, como administradora de cartes, passou, na prtica, a ser paga ao mesmo grupo econmico (Grupo Ita). De fato, esta transao possibilitou a reduo de algumas taxas e mensalidades. Um bom exemplo a adoo do Mobile Rede, servio que atende profissionais autnomos que no possuem condio de pagar mensalidades de mquinas de cartes de crdito e dbito e podem fazer operaes deste tipo pelo celular. Apenas citando que o professor no tem qualquer vnculo ou relao com o Ita ou Rede. O exemplo serve apenas para ilustrar a tendncia atual das administradoras de cartes, fato que pode muito ser cobrado na prova de Conhecimentos Bancrios e/ou Atualidades do Mercado Financeiro. Portanto, vamos resumir: ü! A administradora de cartes promove a integrao entre a instituio emissora, consumidor, bandeiras e fornecedores. ü! No uma instituio financeira, se considerada individualmente. H que se considerar que, recentemente, instituies financeiras tm adquirido administradoras de carto, de modo que concentram as operaes. ü! Sua remunerao derivada, principalmente, das mensalidades cobradas na utilizao das mquinas que aceitam cartes de crdito e dbito e de taxa sobre as vendas, cobradas dos fornecedores 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO ü! comum as administradoras de cartes e as instituies financeiras participarem do mesmo grupo econmico, como o caso citado do Ita e Rede. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA e Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO SERVIOS FINANCEIROS E OPERAÍES DE CRDITO Neste tpico sero comentados diversos servios financeiros, alm de algumas operaes de crdito solicitadas pelo edital. ARRECADAÌO DE TRIBUTOS E TARIFAS PòBLICAS. O prprio nome do tpico sugestivo e esclarece muito a respeito do tema. Os convnios de arrecadao e pagamentos, realizados entre um ente pblico ou privado (Unio, Estados, Municpios, concessionrios de servios pblicos e clientes bancrios privados) e uma instituio financeira oficial ou privada, podem compreender a arrecadao (pelas instituies financeiras) de tributos de competncia federal, estadual ou municipal, contribuies sociais, preos pblicos devidos a concessionrias de servios pbicos, alm da gesto de folha de pagamentos de clientes da instituio financeira. A instituio financeira fica responsvel pelo recebimento, contabilizao e prestao de contas, no caso de recebimento de tributos/contribuies sociais/preos pblicos e pela gesto de pagamentos relativos a salrios e outras formas de remunerao do trabalho para seus clientes bancrios que utilizam deste servio. Citando o exemplo do Banco do Nordeste, h que se comentar que o Banco oferece um sistema que permite a transferncia de arquivos a cada quinze minutos, possibilitando aos conveniados a verificao dos pagamentos rapidamente. Nesse caso, o conveniado dever estar apto para recepcionar os arquivos dentro da sistemtica. Se o contribuinte for cliente do Banco, seus tributos podem ser pagos pela internet ou nos terminais de autoatendimentode nossas agncias localizadas em toda a regio Nordeste, norte de Minas Gerais e do Esprito Santo. Em geral, os seguintes tributos so arrecadados via rede bancria: ü!Federais 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA 7 Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO ¥! IR Ð Imposto de Renda (recebido atravs de DARF Ð Documento de Arrecadao Federal) ¥! II - Imposto de Importao (recebido atravs de DARF) ¥! IE Ð Imposto de Exportao (recebido atravs de DARF) ¥! IPI Ð Imposto sobre Produtos Industrializados (recebido atravs de DARF) ¥! FGTS Ð Fundo de Garantia por Tempo de Servios (recebido atravs de GFIP Ð Guia de Recolhimento do FGTS e Informaes da Previdncia) ¥! INSS Ð Instituto Nacional da Seguridade Social (recebido atravs de GPS Ð Guia de Previdncia Social) ¥! ITR Ð Imposto Territorial Rural (recebido atravs de DARF) ¥! IOF Ð Imposto sobre Operaes Financeiras Contribuies (recebido atravs de DARF) ü!Estaduais ¥! ICMS Ð Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios; ¥! IPVA Ð Imposto sobre a Propriedade de Veculos Automotores; ¥! ITCD Ð Imposto sobre a Transmisso de Causa Mortis e Doao de Quaisquer Bens ou Direitos ü!Municipais ¥! IPTU - Imposto Predial e Territorial; ¥! ISSQN - Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza. CONTAS GARANTIDAS. A conta garantida modalidade de crdito representada por uma conta corrente aberta com valor limite movimentado como se uma conta corrente fosse. A ideia da conta garantida a seguinte: o cliente da instituio financeira, mesmo sem possuir crdito, pode movimentar uma conta corrente at determinado valor limite. Ë medida que recursos vo sendo recebidos pelo cliente so direcionados para cobrir o saldo devedor da conta garantida. Os juros so geralmente cobrados periodicamente (mensalmente) sobre os valores utilizados nos dias teis. Adicionalmente, o limite disponibilizado para cada 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA 0 Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO cliente bancrio depende de sua capacidade de pagamento e necessidades, fatores pactuados diretamente com a instituio financeira. O prazo deste tipo de operao de 12 meses, podendo ser renovada a cada perodo. CAPITAL DE GIRO Crditos para capital de giro so operaes comuns para empresas. As empresas realizam suas operaes comerciais geralmente com recebimento a prazo. Ou seja, a venda e entrega do produto feita anteriormente ao recebimento dos valores financeiros. Ocorre que, devido a este intervalo de tempo entre a realizao da operao comercial e seu recebimento, as empresas podem ficar sem recursos para suas obrigaes de curto prazo (de giro). Neste contexto podem recorrer a alguma instituio financeira e pactuar um emprstimo de capital de giro, que ir suprir a necessidade de capital das empresas para as mais diversas finalidades. A amortizao do capital de giro emprestado feita periodicamente, mais comumente entre 24 e 36 meses. Adicionalmente, muito comum o oferecimento de garantias para as operaes de capital de giro, normalmente por duplicatas. O oferecimento de garantias possibilita a reduo na taxa de juros. DESCONTO DE TêTULOS Operaes de desconto so caracterizadas como modalidade de crdito que envolve direitos creditrios. Imagine que voc possui uma empresa que vende cestas bsicas. Toda e qualquer venda realizada feita mediante a emisso de boletos com vencimento em 30 dias. Isto , voc vende a cesta bsica hoje com a promessa de receber daqui a 30 dias o valor da venda. No entanto, voc pode precisar destes recursos antes destes 30 dias. Neste caso, voc pode se dirigir ao banco e descontar o ttulo de crdito (boleto), que 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA 0 Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO representa um direito creditrio, e receber o dinheiro naquele momento com certo desconto, que a remunerao do banco para a realizao da operao. Nas operaes de desconto a instituio financeira concede um emprstimo utilizando como garantia o direito creditrio. Geralmente, no vencimento do boleto os recursos so automaticamente direcionados instituio financeira que realizou a operao de desconto. A diferena entre o valor descontado antes do vencimento e o valor recebido quando do vencimento do boleto a remunerao da instituio financeira. Resta comentar a possibilidade de realizar operaes de desconto com os mais variados ttulos de crdito, ou seja, ttulos que representam valores a receber, como notas promissrias e cheques. A ideia a mesma. Por exemplo, podemos imaginar a assuno de uma dvida formalizada atravs da emisso de uma nota promissria. O devedor emite a promessa de pagamento (nota promissria) para determinada data. O credor pode decidir descontar a nota promissria antes do vencimento; a instituio financeira realiza o desconto e concede o crdito com valor descontado do valor da nota promissria. O mesmo acontece com cheque pr-datado. CORPORATE FINANCE As operaes de corporate finance so aquelas destinadas a aumentar o valor das empresas aos seus acionistas. Os bancos de investimento so os grandes realizadores deste tipo de servio. Para tanto, necessrio prover equilbrio entre as formas de financiamento das empresas e suas aplicaes, ou seja, prover um mix de solues atravs de uma combinao de financiamento de capital entre os investimentos em projetos que aumentem a rentabilidade a longo prazo da empresa, juntamente com o pagamento de excesso de caixa sob a forma de dividendos aos acionistas. HOT MONEY Hot money, em sua origem, designa fundos aplicados em ativos financeiros, em diversos pases, que atraem pela possibilidade de ganhos rpidos devido a 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA c Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO elevadas taxas de juros ou a grandes diferenas cambiais. So operaes de curtssimo prazo, em que os recursos podem ser deslocados de um mercado para outro com muita rapidez. Esses recursos so administrados por especuladores no mercado de cmbio e caracterizam-se por alta volatilidade, em oposio s aplicaes de bancos centrais, bancos de investimento ou investidores domsticos. Por essa particularidade, so considerados causadores de turbulncias nos mercados financeiros, em algumas situaes. No Brasil, o termo hot money, amplamente empregado por bancos comerciais, por extenso de sentido aplica-se tambm a emprstimos de curtssimo prazo (de 1 a 29 dias). Esses emprstimos tm a finalidade de financiar o capital de giro das empresas para cobrir necessidades imediatas de recursos. COMPROR/VENDOR O Compror uma linha de crdito rotativo, para que a empresa financie o pagamento de fornecedores. Ou seja, ao precisar pagar seus fornecedores,a empresa pode recorrer instituio financeira para que ela financie esta aquisio. O valor pago vista diretamente ao fornecedor e o cliente assume um emprstimo com o banco com um prazo mais extenso para liquidao. O Vendor, por sua vez, aplica-se ao vendedor. Ou seja, o Vendor um limite de crdito rotativo que permite o vendedor faturar e receber a vista. uma operao que permite empresa dar mais prazo para o pagamento das compras de seus clientes e dispor do valor vista por meio da utilizao de recursos disponibilizados pelo banco. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO LEASING A discusso sobre arrendamento mercantil muito interessante, por se tratar de operao na qual a instituio que realiza o leasing (arrendadora) adquire o bem escolhido pelo cliente (arrendatrio) para a utilizao deste. Portanto, preciso definir a funo de cada uma das partes nesta operao: ü! Arrendador à Segundo a definio legal, trata-se de pessoa jurdica que realiza a operao de arrendamento mercantil. No entanto, o Conselho Monetrio Nacional estabeleceu que podem obter tratamento tributrio favorecido nas operaes de leasing apenas (i) as pessoas jurdicas que tenham como objeto principal de sua atividade a prtica de operaes de arrendamento mercantil (sociedades de arrendamento mercantil), (ii) bancos mltiplos com carteira de arrendamento mercantil, (iii) bancos mltiplos com carteira de investimento, de desenvolvimento e/ou de crdito imobilirio, (iv) os bancos de investimento, (v) os bancos de desenvolvimento, (vi) as caixas econmicas e (vii) as sociedades de crdito imobilirio, sendo que as pessoas numeradas dos itens iii ao vii podem apenas realizar o leasing financeiro. Portanto, muita ateno: a Lei permite a realizao do arrendamento mercantil por pessoa jurdica, mas, na prtica, dada o benefcio tributrio, apenas as instituies elencadas acima realizam estas operaes ü! Arrendatrio à Pessoa fsica ou jurdica que escolhe o bem a ser arrendado e possui sua posse (mas no a propriedade) at o final do contrato. ü! Bem arrendado à escolhido pelo arrendatrio para ser por ele utilizado pelo menos no perodo de durao do arrendamento; o bem adquirido pela instituio arrendadora e, por isto, de sua propriedade, apesar da posse do bem ser do arrendatrio. Das definies acima possvel concluir que, no arrendamento mercantil, a operao ativa realizada sobre a negociao de um direito de uso de um bem por um perodo de tempo determinado. Como contrapartida, o arrendador 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO recebe um nico pagamento por isto, ou uma srie peridica de pagamentos at o final do contrato. E o arrendamento mercantil pode ser classificado em financeiro ou operacional, a depender dos riscos e benefcios inerentes propriedade do bem. As definies, caractersticas e explicaes seguem abaixo: ¥! Arrendamento Mercantil Financeiro o! As contraprestaes e demais pagamentos previstos no contrato, devidos pelo arrendatrio, sejam normalmente suficientes para que a arrendadora recupere o custo do bem arrendado durante o prazo contratual da operao e, adicionalmente, obtenha um retorno sobre os recursos investidos; o! As despesas de manuteno, assistncia tcnica e servios correlatos operacionalidade do bem arrendado sejam de responsabilidade do arrendatrio o!O preo para o exerccio da opo de compra seja livremente pactuado, podendo ser, inclusive, o valor de mercado do bem arrendado. Em resumo, trata-se de leasing financeiro aquele cujos pagamentos prestados pelo arrendatrio so suficientes para cobrir os custos do arrendador e, adicionalmente, fornecer retorno a este. Como as despesas durante o uso do bem so do arrendatrio e este pode optar pela aquisio da propriedade do bem ao final do contrato por preo livremente pactuado (em geral um valor residual), entende-se que no arrendamento mercantil financeiro h substancial transferncia de riscos e benefcios ao arrendatrio. Este o fundamento do leasing financeiro, no se esquea! ¥! Arrendamento Mercantil Operacional o! ocorre quando a prprio produtor ou fabricante do bem faz o arrendamento, ficando responsvel pela manuteno tcnica do bem o! as contraprestaes a serem pagas pelo arrendatrio contemplem o custo de arrendamento do bem e os servios inerentes a sua colocao 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO disposio do arrendatrio, no podendo o valor presente dos pagamentos ultrapassar 90% (noventa por cento) do "custo do bem; o! o prazo contratual seja inferior a 75% (setenta e cinco por cento) do prazo de vida til econmica do bem; o! o preo para o exerccio da opo de compra seja o valor de mercado do bem arrendado; e o! no haja previso de pagamento de valor residual garantido. Neste caso, entende-se como arrendamento mercantil operacional aquele no qual os riscos e benefcios da operao estejam de maneira substancial com o arrendador. As definies acima nos permite concluir isto, sobretudo se considerarmos que a produo do bem cabe ao arrendador, assim como sua assistncia tcnica. E, por fim, cabe citar que o prazo mnimo de arrendamento de dois anos para bens com vida til de at cinco anos e de trs anos para os demais. Por exemplo, se considerarmos o leasing de um veculo popular com vida til de 5 anos, possvel realizar um arrendamento deste bem com prazo mnimo de 2 anos. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO CRDITO DIRETO AO CONSUMIDOR O CDC uma importante modalidade de crdito/financiamento presente no sistema financeiro nacional. concedido para a aquisio de bens durveis (novos ou usados) e servios. Algumas definies so importantes. O CDC concedido pela instituio financeira, bancria ou no bancria, como as Financeiras, para a aquisio de bens durveis. Ateno! Pois o CDC destina-se aos bens durveis, ou seja, aqueles cujo consumo se estende no decorrer do tempo, como automveis, eletrodomsticos, equipamentos profissionais, materiais de construo, entre outros. Apenas atente ao fato de que, no caso de carros usados, o CDC pode financiar a aquisio de veculos com at 10 anos de fabricao. O financiamento de bens comuns feito por outras modalidades de crdito, como o crdito pessoal. Adicionalmente, o CDC tambm cumpre a funo de financiar a aquisio de servios. Este tipo de operao menos comum, mas tambm acontece, certo? O grande diferencial das operaes de CDC a possibilidade da garantia da operao ser o prprio bem financiado. Mas, como isto feito? Vamos a um exemplo. Voc est interessado na aquisio de um veculo novo. Vai at a concessionria e escolhe o bem, bem como a modalidade de pagamento. Digamos que 50% do valor sero pago vista, e os 50% restantes a prazo. O financiamento pode ser contratado junto a qualquer instituio financeira autorizada pelo Bacen. Digamos que, na prpria concessionria, h o correspondente de uma Financeira, a qual aceita realizar o financiamento. Para garantir a operao, o veculo ser alienado fiduciariamente financeira. Esta operao, com importantes caractersticas jurdicas que sero estudadas na Aula 04, garante um eventual inadimplemento do contrato de financiamento. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO Ou seja, caso o adquirente do veculo no cumpra com o pagamento do CDC, a Financeira pode executar a garantia, ou seja, ficar com a posse do veculo em definitivo. Ao vend-lo a um terceiro recupera o valor no quitado pelo financiado. Evidente que, aps o pagamento total do valor contratado no CDC, a propriedade do bem adquirido ser transferida em definitivo ao financiado (consumidor). Resta citar que este tipo de garantia no obrigatoriamente exercido nos CDCs, sendo uma faculdade pactuada entre as partes. Sua adoo, alm de garantir a operao e a instituio que concede o financiamento, permite a reduo nas taxas e remuneraes cobradas, beneficiando tambm o financiado. O prazo do CDC est geralmente compreendido entre 3 e 48 meses. No caso de veculos, o prazo pode se estender, em casos especiais, em at 72 meses, sendo mais comuns as operaes de 60 meses. Alm disto, o CDC pode financiar entre 67% e 100% da operao. Portanto, o CDC pode financiar o valor total do bem ou servio adquirido. H ainda mais particularidade referente ao Crdito Direto ao Consumidor. o chamado Crdito Direto ao Consumidor com Intervenincia (CDCI). No CDCI a empresa que vende o produto ou presta o servio oferece a linha de financiamento cliente e, posteriormente, vende o direito do recebimento das parcelas do emprstimo para a instituio financeira. Caso o consumidor no pague o financiamento, a instituio financeira cobra o prejuzo da empresa que vendeu o produto ou prestou o servio. Geralmente, o CDCI oferecido a grandes clientes bancrios, como as redes de varejo, que se estabelecem como intervenientes nos financiamentos concedidos para a compra de bens e servios pelos seus clientes. interessante se atentar que nesta operao h a transferncia do risco de inadimplemento. Na operao comum de CDC, o risco fica por conta da instituio que concede o crdito, mesmo havendo a garantia do bem 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO financiado. No CDCI, o risco repassado a instituio interveniente, pois eventual calote do tomador do crdito pago pelo interveniente. Bom, j o suficiente sobre o assunto. Abaixo, segue o resumo dos temas tratados: ü! CDC modalidade de crdito concedido para aquisio de bens durveis (novos ou usados) e servios. ü! H a possibilidade de converter o bem financiado em garantia da operao, o que interessante instituio financeira e ao tomador do crdito. ü! No CDCI h a figura do interveniente, que garante o adimplemento do contrato. ü! Os prazos figuram entre 3 e 48 meses, sendo que, no caso de veculos, pode chegar a 70 meses 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO CRDITO RURAL O crdito modalidade especial de financiamento, concedido por instituio financeira, destinada exclusivamente s atividades agropecurias com os seguintes objetivos: i.!estimular os investimentos rurais para produo, extrativismo no predatrio, armazenamento, beneficiamento e instalao de agroindstria, sendo esta quando realizada por produtor rural ou suas formas associativas; ii.! favorecer o custeio oportuno e adequado da produo, do extrativismo no predatrio e da comercializao de produtos agropecurios; iii.! incentivar a introduo de mtodos racionais no sistema de produo, visando ao aumento da produtividade, melhoria do padro de vida das populaes rurais e adequada conservao do solo e preservao do meio ambiente; iv.! propiciar, atravs de modalidade de crdito fundirio, a aquisio e regularizao de terras pelos pequenos produtores, posseiros e arrendatrios e trabalhadores rurais; v.! desenvolver atividades florestais e pesqueiras. vi.! quando destinado a agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, o crdito rural ter por objetivo estimular a gerao de renda e o melhor uso da mo-de-obra familiar, por meio do financiamento de atividades e servios rurais agropecurios e no agropecurios, desde que desenvolvidos em estabelecimento rural ou reas comunitrias prximas, inclusive o turismo rural, a produo de artesanato e assemelhados. vii.! quando destinado a agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, o crdito rural poder ser destinado construo ou reforma de moradias no imvel rural e em pequenas comunidades rurais. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO prudente elencar todos os objetivos perseguidos pelo crdito rural. Em resumo, atendem ao desenvolvimento agropecurio, no predatrio, seja atravs da produo, da comercializao, a regularizao de terras, entre outros objetivos afins. Ateno! para a seguinte particularidade. Quando destinado a agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, o crdito rural: (i) ter por objetivo estimular a gerao de renda e o melhor uso da mo-de- obra familiar, por meio do financiamento de atividades e servios rurais agropecurios e no agropecurios, desde que desenvolvidos em estabelecimento rural ou reas comunitrias prximas, inclusive o turismo rural, a produo de artesanato e assemelhados; e (ii) poder ser destinado construo ou reforma de moradias no imvel rural e em pequenas comunidades rurais. um pouco maante decorar todos estes objetivos, mas importante. Seguindo, o crdito rural concedido: i.!produtores rurais extrativistas no predatrios e ii.! indgenas, assistidos por instituies competentes, iii.! pessoas fsicas ou jurdicas que, embora no conceituadas como produtores rurais, se dediquem s seguintes atividades de (a) produo de mudas ou sementes bsicas, fiscalizadas ou certificadas; (b) produo de smen para inseminao artificial e embries; (c) atividades de pesca artesanal e aquicultura para fins comerciais; e (d) atividades florestais e pesqueiras. Mas, para que o crdito rural seja concedido, algumas obrigaes devem ser cumpridas. O tomadordo crdito deve ser pessoa idnea e passvel de ser fiscalizado pela instituio que concede o crdito. A liberao do crdito deve ser feita diretamente ao agricultor, ou s instituies formais que ele pertence, tais como as cooperativas. A liberao do crdito deve ser realizada em funo do 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO ciclo da produo e da capacidade de ampliao do financiamento e, por fim, prazos e pocas de reembolso devem ser ajustados natureza e especificidade das operaes rurais, bem como capacidade de pagamento e s pocas normais de comercializao dos bens produzidos pelas atividades financeiras. Por fim, resta apenas mais uma caracterstica importante. O Poder Pblico assegurar crdito rural especial e diferenciado aos produtores rurais assentados em reas de reforma agrria Ufa! Quanta coisa, no ? Apesar de parecer muita informao, este conhecimento pode garantir pontos preciosos. Adicionalmente, estas caractersticas do crdito rural so pouco conhecidas dos candidatos, o que te garante pontos difceis! O crdito rural to prioritrio no Sistema Financeiro Nacional que 25% de todos os depsitos vista feitos em instituies bancrias so provisionados servem de funding ao crdito rural. As instituies bancrias no esto obrigadas a ofertar o crdito rural. Mas, no o fazendo, ficam obrigadas a (i) depositar estes valores (25% dos depsitos vista) compulsoriamente no Banco Central sem qualquer remunerao, ou (ii) repassar estes recursos no mercado interbancrio ao Banco do Brasil, para que ele possa conceder o crdito rural. H outras fontes de financiamento ao crdito rural, que seguem abaixo: i.! Recursos do Tesouro Nacional; ii.! Recursos do BNDES; iii.! Caderneta de Poupana Rural; iv.! Recursos do FAT Ð Fundo de Amparo ao Trabalhador; e v.! Outros recursos livres, inclusive os captados no exterior. O conhecimento da origem dos recursos que financiam o crdito rural muito importante, pois definem se o crdito rural controlado ou no controlado. Vamos entender. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO O crdito rural controlado aquele cuja remunerao da operao determinada, ou seja, a taxa de juros da operao limitada. Desta forma, o crdito rural financiado por depsitos vista, oriundos do Tesouro Nacional e do BNDES e os derivados da poupana concedido com taxa de juros efetiva controlada de 5,5% ao ano. (ateno a este nmero, pois ele passou a vigorar em 01.07.12) J o crdito rural no controlado aquele cujo funding advm de fontes livres, como os captados no exterior. Neste tipo de financiamento a taxa de juros e livremente pactuada entre as partes, no havendo controles. A formalizao do crdito rural, em regra, no feita por um contrato, mas sim pela emisso de um ttulo com garantias. Os ttulos mais comuns so os seguintes: i.!Cdula Rural Pignoratcia Ð um ttulo de crdito garantido por penhor rural ou mercantil; ii.! Cdula Rural Hipotecria Ð ttulo com garantia representada pela hipoteca de imveis; iii.! Cdula Rural Pignoratcia e Hipotecria - ttulo com garantia representada tanto por penhor rural ou mercantil, como pela hipoteca de imveis; iv.! Nota de Crdito Rural Ð ttulo sem garantias reais. Bom, acredito que temos o bastante. O tema crdito rural muito extenso, pois h diversas linhas de financiamento, formas de funding, pessoas capazes (ou no) de receber o financiamento, entre outras consideraes. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA ==e700c== Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO TêTULOS DE CAPITALIZAÌO O ttulo de capitalizao um ttulo de crdito que objetiva a formao de poupana e insere um componente de sorte na modalidade: o sorteio de prmios. Antes de tratar das caractersticas, h que se explicar o que um ttulo de crdito. Os ttulos de crdito so documentos que representam um direito creditrio de seu detentor. Ou seja, a pessoa que adquire um ttulo de crdito passa ter um direito de receber determinado valor pactuado nas condies do ttulo no vencimento do documento. Desta forma, o interessado em adquirir determinado ttulo de capitalizao, ao compr-lo, aceita as condies sobre o prazo de vencimento do ttulo, os valores que poder sacar no vencimento, os prmios oferecidos nos sorteios, dentre outras caractersticas. O ttulo de capitalizao s pode ser negociado por Sociedades de Capitalizao, entidades constitudas como sociedade annima e fiscalizadas pela Superintendncia de Seguros Privados, e conter, obrigatoriamente, as seguintes informaes: a)! Glossrio - Definio dos termos mais importantes para a compreenso das Condies Gerais; b)! Objetivo - Define a finalidade do ttulo, que a formao de um capital no prazo e condies estabelecidos nas Condies Gerais. c)! Natureza do Ttulo - Informa sobre a sua indivisibilidade em relao Sociedade de Capitalizao, sendo facultada a transferncia de titularidade; d)! Incio de Vigncia - Prazo em que se dar o incio do contrato, isto , define a data em que a Sociedade assume a administrao do ttulo; e)! Pagamento - Informaes sobre o nmero de pagamentos, a vigncia, atraso de pagamento, entre outros; 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO f)! Cancelamento dos Ttulos - Informa as condies nas quais a Sociedade de Capitalizao poder cancelar o ttulo, porm ela no poder, em nenhum caso, se apossar do capital constitudo; g)! Ordenao e Identificao de Ttulos - Informa o tamanho da srie (nmero de ttulos emitidos numa mesma srie). Em geral, quanto maior a srie menor a chance de ser sorteado; h)! Sorteios - Define de que forma so realizados os sorteios e os valores dos prmios. Tais valores so sempre definidos como mltiplos do ltimo pagamento efetuado; i)! Resgate - Informa sobre o Resgate do ttulo de capitalizao, definindo o prazo de carncia e a taxa de juros de capitalizao do ttulo. Traz tambm uma tabela que, em funo do nmero de pagamentos realizados, fornece o percentual em relao soma dos pagamentos efetuados que o titular tem direito em caso de resgate, isto , qual o percentual do valor efetivamente pago a que o subscritor tem direito em caso de resgate. j)! Atualizao de Valores Ð Informa como realizada a atualizao mensal da proviso matemtica, devendo-se utilizar a taxa de remunerao bsica aplicada caderneta de poupana (TR). Esta taxa no inclui a taxa de juros de 0,5% ao ms aplicado caderneta de poupana. k)! Impostos e Taxas - Informa os Impostos e as taxas incidentes, ou que venham a incidir, sobre os valores do ttulo. Apesar de parecermuita informao, fique tranquilo. As disposies contidas no ttulo de capitalizao so bvias e intuitivas. Como o ttulo possui 2 partes, caracterizado como ttulo de crdito, pressupe um depsito de valores que ser sacado com remunerao ao final, alm de sorteios, as informaes devem estar no contrato do ttulo, que chamado de Condies Gerais. Portanto, as informaes supracitadas devem constar nas Condies Gerais do ttulo de capitalizao. 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO Seguindo, alm das informaes constantes do ttulo de capitalizao, eles possuem determinadas caractersticas que o distingue de outras formas de aplicao. So as seguintes: Caractersticas do Ttulo de Capitalizao ü! Capital Nominal Ð o valor que o adquirente do ttulo ir resgatar ao final do plano de capitalizao. Ou seja, o valor de aquisio do ttulo mais correo e juros. ü! Sorteios Ð os sorteios so o grande atrativo do ttulo de capitalizao. Como a remunerao baixa, no geral menor que a caderneta de poupana e investimentos similares de baixssimo risco, os sorteios podem proporcionar uma remunerao extra que faa o ttulo valer a pena em relao a outros investimentos disponveis no mercado. Os sorteios podem ser mensais, semanais, se basearem nos nmeros sorteados na Mega Sena e assim por diante. ü! Prmio - o valor pago pelo ttulo de capitalizao. Aqui cabem alguns comentrios. Os pagamentos feitos na aquisio de ttulo de capitalizao podem ser nicos ou mensais. No plano nico, o pagamento feito de uma vez s; no plano mensal, mensalmente. Os ttulos com prazo de at 12 meses admitem apenas pagamento fixo, ou seja, sem atualizao de valores. Nos planos superiores, pode ocorrer a atualizao de valores dos pagamentos a cada 12 meses, de acordo com ndice oficial de inflao (ou outro que o substitua). Adicionalmente, o valor do prmio composto por 3 quotas: Quota de Capitalizao, Quota de Sorteio e Quota de Carregamento. ü! Quota de Capitalizao - as Quotas de Capitalizao representam o percentual de cada pagamento que ser destinado constituio do Capital. Elas devero ser apresentadas sempre em destaque nas Condies Gerais do ttulo de capitalizao Em geral, no representam a totalidade do pagamento, 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO pois, como foi dito acima, h tambm uma parcela destinada a custear os sorteios e outra destinada aos Carregamentos da Sociedade de Capitalizao. Nos ttulos com Pagamento ònico (PU), a Quota de Capitalizao mnima varia de acordo com o prazo de vigncia, segundo a tabela abaixo: Prazo de vigncia (meses) Percentual mnimo destinado capitalizao 12 50% Acima de 12 e at 24 60% acima de 24 70% J nos ttulos com pagamentos mensais (PM), os percentuais destinados formao da proviso matemtica devero respeitar os seguintes valores mnimos: Prazo de Vigncia Ms de Vigncia (meses ) 1¼ 2¼ 3¼ 4¼ At 23 10% 10% 30% 30% at o final Acima de 23 10% 10% 10% 30% at o final Porm, ainda devero satisfazer a seguinte condio: a partir do terceiro ms, para os ttulos com at vinte e trs meses de vigncia e a partir do quarto ms para os demais, a mdia aritmtica do percentual de capitalizao at o final da vigncia, dever corresponder a, no mnimo, 70% (setenta por cento) dos pagamentos mensais. Para finalizar cabe destacar que nos ttulos em que no haja sorteio, os 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO percentuais destinados formao da proviso matemtica devero corresponder, no mnimo, a 98% (noventa e oito por cento) de cada pagamento. ü! Quota de Sorteio - as Quotas de Sorteio tem como finalidade custear os prmios que so distribudos em cada srie. Por exemplo, se numa srie de 100.000 ttulos com Pagamento ònico os prmios de sorteios totalizarem 10.000 vezes o valor deste pagamento, a cota de sorteio ser de 10% (10.000/100.000), isto , cada ttulo colabora com 10% de seu pagamento para custear os sorteios. ü! Quotas de Carregamento Ð as Quotas de carregamento devero cobrir os custos com reservas de contingncia e despesas com corretagem, colocao e administrao do ttulo de capitalizao, alm dos custos de seguro e de peclio, se previsto nas Condies Gerais do ttulo de capitalizao. ü! Prazos Ð os ttulos de capitalizao no podem possuir prazo inferior a 1 ano. No vencimento o investidor pode resgatar o valor nominal do ttulo. ü! Carncia para Resgate Ð o prazo de carncia limita a liquidez do ttulo. Ou seja, estabelece normas que permitem o saque do valor do ttulo pelo investidor. Assim, caso o investidor queira sacar os valores aplicados no ttulo antes de finalizar o perodo de carncia, fica impossibilitado de o fazer, ou o faz com restries, como, por exemplo, o pagamento de multas sobre o valor aplicado. Bom, estas so as caractersticas do ttulo de capitalizao. Caso alguma questo da prova cobre esta modalidade de produto bancrio, provavelmente ir solicitar o conhecimento das caractersticas que acabamos de citar. Para finalizar o tpico resta citar as espcies de ttulos de capitalizao. Recentemente, tendo em vistas as inovaes ocorridas no mercado bancrio, os ttulos de capitalizao adquiriram novas formas para compensar a falta de rentabilidade. A Federao Nacional das Companhias de Seguros, Previdncia e Capitalizao prope a seguinte classificao para os ttulos de capitalizao: ü! Clssico Ð inclui os ttulos que tratamos at o momento. Ou seja, so aqueles que os aplicadores utilizam com a finalidade de poupana e investimento, 13548497799 - PRISCILA OLIVEIRA Prof. Vicente Camillo www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 83 CONHECIMENTOS BANCçRIOS E ATUALIDADES P/ BANCO DO BRASIL TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 02 Ð PROF. VICENTE CAMILLO aportando pagamentos mensais, ou nicos, com a finalidade de receber, ao final do plano, os valores reajustados e, eventualmente, a chance de ganhar algum prmio em sorteio. ü! Compra Programada Ð so os ttulos destinados a aquisio de um bem. Nesta modalidade, a empresa de capitalizao garante ao comprador do ttulo, no trmino do prazo de vigncia, o resgate com opo de receber o bem ou servio previamente identificado na aquisio do ttulo A vantagem dessa modalidade de ttulo de capitalizao que no existe necessidade de fiador e, visto que o comprador responsvel pelo seu ttulo, o custo, em caso de inadimplncia, no ser repassado aos demais que compraram o ttulo da mesma srie. ü! Popular Ð so os ttulos de baixo custo, cujo interesse est voltado s chances de ganhar os sorteios programados. Desta forma, os resgates do valor aplicado no interessam ao poupador, pois a remunerao baixssima. Em contrapartida, o valor de cada prmio individual para os ttulos
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