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Questão 1/5 - Filosofia Política Leia o texto abaixo: “O mito surge a partir da necessidade de explicação sobre a origem e a forma das coisas, suas funções e finalidade, os poderes do divino sobre a natureza e os homens. Ele vem em forma de narrativa, criada por um narrador que possua credibilidade diante da sociedade, poder de liderança e domínio da linguagem convincente, [...] mas adequando a estrutura do mito de uma forma que tranquilize os ânimos e responda às necessidades do coletivo”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SANTOS, Paula Perin dos. Origem e Função dos Mitos.:Disponível em: <http://www.infoescola.com/filosofia/origem-e-funcao-do-mito/>. Acesso em: 05 jun.2016. Considerando a distinção entre mito e filosofia, conforme a sua leitura do livro- base da disciplina Filosofia Política, é correto afirmar: A O nascimento da filosofia entre os gregos significou a ruptura definitiva com os mitos, a forma explicativa baseada em fabulações ilusórias. B A busca por explicações racionais, distanciadas da mera doxa (opinião) e baseada no logos (conhecimento) é o fundamento da ruptura entre os pré-socráticos e as mitologias. C O mito tem caráter pedagógico, não visa explicar o porquê das coisas. Essa passa a ser a função da filosofia. Ainda assim, filósofos da Antiguidade recorriam às narrativas mitológicas. D A filosofia estabelece a ruptura com os mitos, uma vez que as explicações divinas sobre a natureza e os homens perdem poder explicativo na Antiguidade grega. E O abandono de explicações mitológicas, por parte dos filósofos na Antiguidade clássica, foi a pré-condição do desenvolvimento científico. Questão 2/5 - Filosofia Política Observe a charge. Ela trata de elementos da teoria política de Rousseau. Na sequência, leia um fragmento de texto de Rousseau sobre a origem dos males da sociedade civil. “Há comumente muita diferença entre vontade de todos e a vontade geral. Este se prende somente ao interesse comum; a outra, ao interesse privado e não passa de uma soma de vontades particulares. [...] Se quando o povo suficientemente informado delibera, não tivessem os cidadãos qualquer comunicação entre si, do grande número de pequenas diferenças resultaria sempre a vontade geral e a deliberação sempre seria boa. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ROUSSEAU, J. J. Textos diversos. Apud NASCIMENTO, Milton Meire do. Rousseau: da servidão à liberdade. In WEFFORT, F. (org) Os Clássicos da Política (volume 1). São Paulo: Ática:., 2002. A partir deste fragmento de texto que você leu, associado ao livro da disciplina, Filosofia Política, assinale a alternativa correta a respeito do pensamento de Rousseau. A Rousseau parte da hipótese hobbesiana da belicosidade natural do ser humano, expressa na violação do direito de propriedade. B Rousseau tem uma visão negativa sobre o estado de natureza, um estado de conflito e exploração do homem pelo homem. C Rousseau estabelece uma concepção de Estado democrático baseado no poder popular e na coisa pública como guia dos interesses comuns dos cidadãos. D O contrato social é sinônimo de segurança coletiva, de preservação dos direitos individuais do cidadão em risco no estado de natureza. E O Estado democrático de direito tem, em Rousseau, um de seus teóricos. A extinção da propriedade privada é a finalidade do Estado, visando restaurar a igualdade social perdida. Questão 3/5 - Filosofia Política Leia o trecho de texto de Aristóteles: “Não é apenas necessário, mas também vantajoso que haja mando por um lado e obediência por outro; e todos os seres, desde o primeiro instante do nascimento, são, por assim dizer, marcados pela natureza, uns para comandar, outros para obedecer. […] A natureza, por assim dizer, imprimiu a liberdade e a servidão até nos hábitos corporais. Vemos corpos robustos talhados especialmente para carregar fardos e outros usos igualmente necessários; outros, pelo contrário, mais disciplinados, mas também mais esguios e incapazes de tais trabalhos, são bons apenas para a vida política, isto é, para os exercícios da paz e da guerra. […] Não pretendemos agora estabelecer nada além que, pelas leis da natureza, há homens feitos para a liberdade e outros para a servidão […]”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ARISTÓTELES. A Política. Martins Fontes, São Paulo: 1998. pp. 12, 13, 14. O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, associada à sua leitura do livro Filosofia Política, permite compreender que a cidadania: A possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos têm que trabalhar. B era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade. C estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica. D tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais. E vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade. Questão 4/5 - Filosofia Política Leia o fragmento do texto abaixo: “Está implícita nas análises do Estado [...] de que o governo pretende servir aos interesses da maioria, mesmo que, na prática, nem sempre o faça. O governo está a serviço do povo [...]. É por volta do final do século XVII que apareceram a redefinição do estado de natureza (condição natural do homem) e a formulação sistemática final dos direitos individuais, substituindo a lei divina como o fundamento das hierarquias políticas”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARNOY, Martin. Estado e Teoria Política. Papirus. Capinas: 2011. p. 21-23. De acordo com o livro-base da disciplina, Filosofia Política, a partir da tendência de secularização do pensamento político, os filósofos do século XVII e XVIII estão preocupados em justificar racionalmente e legitimar o poder do Estado sem recorrer a qualquer explicação religiosa. Podemos afirmar que estado de natureza em Hobbes e Rousseau significa: A Que os homens são iguais no estado de natureza, mas essa igualdade é interpretada de maneira distinta para os dois filósofos. B Tanto para Hobbes como para Rousseau, os homens são naturalmente egoístas, competitivos e ávidos por glória. C Hobbes e Rousseau consideram que a propriedade privada é a causa das discórdias e injustiças sociais, originadas no estado de natureza. D Os homens são naturalmente iguais e bons. A sociedade os corrompe. Em Hobbes esse desvio deve-se à propriedade privada. Em Rousseau, no egoísmo humano. E Hobbes e Rousseau consideram que a soberania popular e a vontade geral (ou bem comum) devem guiar as decisões do Estado. Questão 5/5 - Filosofia Política Leia o fragmento do Livro VII de A República de Platão: “Observa Gláucon, que não haverá injustiça em obrigar os nossos filósofos, com palavras razoáveis, a que cuidem dos animais e os protejam. Nós lhe diremos que é natural que em outras cidades os homens de sua classe não participem da política, porque se formam sozinhos e contra a vontade de seus respectivos governos; [...]) Mas a vós outros pusemos nós no mundo para serdes chefes da colmeia, rei de vós mesmos e do resto da cidade, melhor e mais completamente educados que aqueles e mais capazes, portanto, de participar dos assuntos públicos e da Filosofia”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PLATÃO. Diálogos III. A República. Livro VII. Ediouro.São Paulo: 1999, p. 157. Considerando a citação acima, o debate sobre a virtude em Platão e o que você leu no livro-base da disciplina, Filosofia Política, é correto afirmar que: A O homem filósofo em Platão nasce com a alma, a virtude inata e, quando aceita a sua natureza, é estimulado a cumprir sua função de dirigente na cidade. B Platão, assim como Sócrates, considera que o ensino da virtude é a tarefa do filósofo. Todos podem aprender e ser dirigentes da cidade. C Platão repudia quaisquer concepções aristocráticas, segundo as quais a política só deve ser praticada por pessoas especializadas. D Platão critica a tese de Sócrates de que não é o desejo que faz o filósofo. É a sua natureza que o transforma em mais capaz que outros de participar da vida pública. E Platão afirma que todo filósofo pode ser um criador de animais e qualquer cidadão comum pode ser um filósofo.
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