AULA_TEORICA_4 Projeto e desenvolvimento de produto

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NÍVEL Graduação EaD 
DISCIPLINA Projeto e desenvolvimento de produto 
AULA 4 
PROFESSOR Prof. Ricardo Lucena de Souza 
 
Conversa Inicial 
 
 Olá aluno! Seja bem-vindo à quarta aula da disciplina Projeto e Desenvolvimento de Produto! 
Para gerar um produto, temos que ter sempre em mente que podemos melhorar a sua concepção, em 
primeiro lugar é importante ter foco no cliente, mas o foco na busca de processos de fabricação enxutos 
e técnicas de produção sustentáveis também são de extrema importância! 
Na aula de hoje, iremos estudar sobre as ferramentas de projeto. 
Pronto para começar? 
 
 
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Contextualizando 
As ferramentas de projeto são extremamente importantes para a concepção. Com já estudamos 
anteriormente, a base de um projeto deve estar de acordo com as suas curvas de desenvolvimento, seus 
ciclos de vida, etc. Nesta fase, serão abordadas as principais ferramentas de projeto, porém, para que 
funcionem é importante conhecer as ferramentas, trabalhar com foco e disciplina, sempre respeitando 
a sua metodologia, para que, assim, chegue aos objetivos e resultados esperados. 
 
 
 
 
O projetista atual, deve conhecer os seus produtos, melhor do que ninguém, identificando suas 
características e trabalhando sempre na busca da melhoria e aprimoramento, qualificando suas forças 
e reconhecendo suas fraquezas. Além disso deve estar ligado às ameaças e oportunidades do 
mercado. 
Estar ligado aos fatores externos que influenciam a entrada do produto como a economia, 
política, sociedade e impacto tecnológico também são de suma importância para evitar grandes 
fracassos. 
 
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Objetivos da Aula 
Proporcionar para o aluno, o conhecimento base para que possa lembrar, entender, aplicar, analisar, 
sintetizar e classificar os seguintes temas: 
 Introdução: Ferramentas de Projetos; 
 Brainstorm de projeto; 
 Análise FFOA; 
 Ferramenta PEST; 
 Ferramenta MESCRAL. 
 
 
Introdução: Ferramentas de Projetos 
Acompanhe, no material online a videoaula preparada pelo professor Ricardo Lucena, ele explicará 
como será a divisão dos nossos estudos e, também, trará explicações sobre o primeiro tema da aula de 
hoje! 
 
 
 
 
 
 
 
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Os problemas de design usualmente são complexos, geralmente têm diversas metas, muitas 
restrições e um grande número de soluções possíveis. Quando estiver projetando um novo produto, você 
deve procurar atender as necessidades de uma ampla faixa de consumidores, explorar todos os canais 
de marketing e distribuição, assim como, as potencialidades dos pontos de venda. Também deve fazer 
com que o produto aproveite ao máximo os fornecedores de peças, componentes, os equipamentos de 
produção para que, assim, finalmente possa gerar lucro para a empresa. 
 
 
Definir um problema de design, incluindo todos esses aspectos, demanda muita preparação, que 
por sua vez exige respostas a várias questões. Confira a seguir alguns exemplos de questionamentos 
necessários na busca da resolução de problemas! 
 Qual é exatamente o problema que você está querendo resolver? 
 Por que esse problema existe? 
 Ele é uma parte específica de um problema maior ou mais amplo? 
 Solucionando-se esse problema maior, a parte específica também será 
resolvida? 
 Em vez disso, seria melhor atacar primeiro a parte específica? 
 Qual é a solução ideal para o problema? 
 
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 O que caracteriza essa solução ideal? 
 Quais são as restrições que dificultam o alcance dessa solução ideal? 
 
 
 
 
 
 
 
 
Responder às questões, ajuda a elaborar o mapa dentro do problema, identificando características 
como: objetivo, fronteiras e espaço. 
Agora, confira com atenção o esquema a seguir: 
 
 
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Todas essas considerações em torno da sua natureza, permitindo uma comparação entre as 
alternativas possíveis para a solução, tendem a produzir uma definição simples, concisa e operacional 
do problema e, deve especificar o objetivo de forma suficiente para saber quando a solução foi 
encontrada, ou seja, é necessário definir as fronteiras do problema, que são os limites da aceitabilidade 
das soluções potenciais. 
Confira alguns exemplos de questionamentos cabíveis para um determinado tipo de problema: 
 Até que ponto os componentes e materiais atualmente usados podem ser substituídos? 
 A potência do motor pode ser aumentada? 
 Podem-se adicionar outros acessórios? 
 Os produtos podem ser mais coloridos? 
 
A fronteira deve estabelecer o nível de profundidade na busca de soluções e o espaço é 
a reação que separa as soluções existentes da meta do problema, ou seja, é o campo onde 
será desenvolvido o trabalho na procura de soluções. 
Naturalmente esse espaço poderá ser maior ou menor, dependendo de como sejam definidos o 
objetivo e as fronteiras do problema. Quando se tratar de um simples redesenho de um produto, tanto 
o objetivo como as fronteiras podem ser mais estreitas em relação ao lançamento de um novo produto. 
Uma boa preparação do problema exige um questionamento de todos os seus aspectos, não se 
prendendo a forma como ele nos é apresentado e nem se restringindo a primeira definição que nos 
ocorra. 
 
 
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Para conhecer melhor: 
 
Design gráfico de uma empresa, normalmente é uma área cara. Confira um vídeo disponibilizado no 
material online que apresenta uma perspectiva criativa em relação a soluções, metas e fronteiras, tanto 
para quem precisa do serviço como, por exemplo uma “logo” para uma empresa quanto para quem precisa 
vender o seu trabalho na parte da criação, mas não consegue difundir em ambiente nacional. Nesse 
exemplo a empresa que faz a “ponte” entre as duas partes, lucra com isto também. 
 
Aplicação prática 
O responsável por projetos, sejam eles os mais simples ou os mais ousados, tem sempre o desafio 
de delimitar o problema para não ficar divagando a cada momento e não conseguir chegar a um 
denominador comum. 
Sugiro a você, pensar sobre os problemas de design ou outra ordem, pela perspectiva de definir qual 
é o seu problema e a meta que deseja alcançar, refletindo sobre soluções já existentes e como 
potencializá-las, definindo assim, as fronteiras de onde vai efetivar essa tarefa, seja no seu ambiente 
de trabalho ou mesmo no ambiente pessoal. 
Estabelecendo uma ordem em seus pensamentos, você terá resultados melhores e mais 
duradouros. 
 
 
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Brainstorm de projeto 
Brainstorm é um termo cunhado por Alex Osborn em 1953, autor do livro Applied Imagination 
(traduzido em português como O Poder Criador da Mente), responsável pela grande difusão dos métodos 
de criatividade, em todos os ramos de atividades. 
O brainstorm ou sessão de “aceitação” de ideias é realizado em grupo, composto de um líder e 
cerca de cinco membros regulares e outros cinco convidados. Os membros regulares servem para dar 
ritmo ao processo e, os membros convidados podem ser especialistas, que variam em função do 
problema a ser resolvido. De qualquer maneira, também é importante haver alguns não especialistas no 
grupo. 
 
O líder deve estar preparado para orientar o grupo, deve explicar qual é o problema, 
por exemplo, ele poderá dizer: 
 Vamos procurar ideias para melhorar o abridor de garrafas! 
 Também pode lançar desafios ao grupo, fazendo perguntas do tipo: Como posso fazer um abridor de garrafas melhor? 
 O que pode ser eliminado? 
 O que pode ser adicionado? 
 O que pode ser combinado? 
 O que pode ser invertido? 
 
 
 
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As sessões de brainstorm devem ser gravadas, ou deve haver alguém para anotar as ideias. 
Geralmente, são compostas por sete etapas, confira cada uma delas: 
Orientação 
Consiste em determinar a verdadeira natureza do problema, propondo-o por escrito e descrevendo 
os critérios para a aceitação da solução proposta. A maneira como o problema é proposto condiciona o 
trabalho do grupo, que pode se limitar a procurar soluções restritas (fronteiras estreitas) ou mais criativas 
(amplas). 
 
 
 
Preparação 
Consiste em reunir os dados relativos ao problema como outros produtos existentes, concorrentes, 
existência de peças e componentes, materiais, processos de fabricação, pregos, canais de distribuição e 
outros. 
Análise 
A análise permite examinar melhor a orientação e a preparação, verificando se ela foi completa, 
assim como determinar as causas e efeitos do problema e, inclusive, se vale a pena prosseguir. 
Ideação 
É a fase criativa, propriamente dita, quando são geradas as alternativas para a solução do 
problema. Nessa fase, é importante o papel do líder, estimulando a geração de ideias na direção 
 
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pretendida e coibindo os julgamentos, que devem ser adiados. Durante a ideação, a mente pula de uma 
ideia para outra, usando o mecanismo das analogias 
Incubação 
Frequentemente, a ideação entra numa fase de frustração, quando a fluência das ideias vai 
diminuindo. Nesse ponto, a sessão pode ser suspensa, para um afastamento deliberado do problema, 
por um período de um dia ou mais, após esse período de relaxamento pode surgir a iluminação, quando 
a solução poderá aparecer mais facilmente. 
Síntese 
Consiste em analisar as ideias juntando as soluções parciais em uma solução completa do problema. 
 
 
Avaliação 
Finalmente, as ideias são julgadas, fazendo-se uma seleção das mesmas com o uso dos critérios 
definidos na etapa de orientação. 
 
 
 
 
 
 
 
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Essas etapas não precisam ser seguidas rigidamente. Dependendo do problema, algumas delas 
podem ser omitidas, ou fundidas entre si. Há também casos de diversas realimentações, quando se 
retornam as etapas anteriores, para reorganizar ou aperfeiçoar algum aspecto anteriormente analisado. 
Clique no botão para conferir três tópicos importantes a serem destacados nessa metodologia! 
 A qualidade das ideias depende de uma boa preparação, considerando-se todos os aspectos 
pertinentes ao problema. De preferência, deve existir um ou dois membros do grupo que tenham 
familiaridade com o problema, a fim de esclarecer as dúvidas dos demais participantes da sessão, a 
visão de não especialistas também é importante para se fugir dos pensamentos tradicionais. 
 A quantidade de ideias é maior quando se separa a fase de ideação daquela de avaliação, de modo 
que a geração de ideias se processe livre de julgamentos. Contudo, o líder pode reposicionar o grupo, 
quando houver um desvio grande em relação a orientação inicial. Considerando que a criação segue 
um processo aleatório, a qualidade da solução depende da quantidade de ideias geradas, pois isso 
aumenta as chances de se selecionar uma boa ideia. 
 É importante conceder um certo tempo ao grupo, para a Incubação, com a duração de pelo menos 
um dia (retomar no dia seguinte). Esse período de relaxamento e de desligamento voluntário do 
problema é importante para que a própria mente reorganize as ideias. 
 
 
 
 
 
 
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O brainstorm baseia-se no princípio: “quanto mais ideias, melhor". É possível conseguir mais de 100 
ideias em uma sessão de uma a duas horas. As ideias iniciais geralmente são as mais óbvias e, aquelas 
melhores e mais criativas, costumam aparecer na parte final da sessão, se forem consideradas 
insatisfatórias, deve-se retornar ao processo após um período de incubação. 
Tem-se criticado o brainstorm justamente porque se geram muitas ideias e pelo fato de se acreditar 
que elas são superficiais, tornando assim, difícil fazer a avaliação posterior, entretanto, é bastante útil 
em alguns casos, quando se quer uma pesquisa ampla mesmo sem muita profundidade, por exemplo, 
quando se procura uma marca para uma nova cerveja. 
Confira a seguir um vídeo, no material online, que trata sobre a importância do facilitador no 
brainstorming, também conhecido como líder. 
Aplicação prática 
Muitos tentam buscar em seus pensamentos soluções imediatas e inteligentes, experimente mudar 
um pouco esta maneira de pensar e trocar essa prática por uma seção de brainstorm. Ao perceber uma 
oportunidade de melhoria, estude as fases de aplicação, se prepare e seja o líder de um brainstorm 
dentro da sua empresa, traga para seu lado pessoas com diferentes formações que o auxiliarão na fase 
de ideias com seus diferentes pontos de vista, seja metódico e disciplinado sem perder o foco em angariar 
um ótimo resultado que, com certeza trará um diferencial qualitativo e quantitativo. 
 
 
Agora, aproveite para acompanhar a videoaula, no material online, com as explicações sobre o 
tema que acabamos de estudar! 
 
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Análise FFOA (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) 
 
A análise das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças (FFOA) é uma forma simples e 
sistemática de verificar a posição estratégica da empresa. Forças e fraquezas são determinadas pela 
posição atual da empresa e, se relacionam quase sempre aos fatores internos. Oportunidades e ameaças 
são antecipações do futuro e, quase sempre se relacionam aos fatores externos ou ambiente de 
negócios. 
 
 
 
 
 
Há quaro etapas na análise FFOA, confira cada uma delas! 
Primeira etapa 
O brainstorm pode ser usado para gerar uma longa lista de itens sobre esses quatro tópicos. Muita gente 
não consegue avançar nesta primeira etapa porque certos fatos podem ser classificados igualmente nos 
quatro tópicos. Por exemplo, os consumidores gostaram do nosso último produto e estão comprando além 
do previsto. No primeiro instante, isso poderia ser classificado como importante força, contudo, poderia 
ser considerado também, uma fraqueza porque a empresa passou a depender muito do faturamento desse 
produto. Pode ser visto também como uma oportunidade para o desenvolvimento de outros produtos ou 
 
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ser encarado como uma ameaça para a empresa, se esse produto sofrer uma queda repentina nas vendas. 
Não se preocupe muito com essa classificação e escreva o máximo que puder. 
Segunda etapa 
Agrupe os itens similares ou aqueles relacionados entre si. Essa tarefa pode tornar-se mais fácil se os itens 
da primeira etapa forem escritos em pequenos cartões separadamente. 
Terceira etapa 
Analise os itens agrupados e generalize-os em forças, fraquezas, oportunidades e ameaças mais amplas, 
e coloque-os em ordem de prioridade. 
 
 
Quarta etapa 
Sintetize as informações, identifique os principais pontos que merecem mudanças e decida como introduzir 
essas mudanças. Se a análise FFOA estiver ocorrendo como parte de um planejamento mais geral, essa 
última etapa pode ser adiada até que outras informações relevantes sejam obtidas e analisadas. 
 
 
 
 
 
 
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De preferência, a análise FFOA deve ser feita por um grupo de pessoas da empresa que ocupem 
diferentescargos e tenham diferentes tipos de responsabilidades, porém, se isso não for possível, pode 
ser feito por uma única pessoa que conheça bem a empresa. Esse tipo de análise pode revelar fatos 
desagradáveis sobre a empresa - isso justifica porque ela é evitada em algumas instituições. 
A análise FFOA só será bem elaborada se for realista e honesta. Ela também precisa ser bem abrangente, 
pode revelar alguns fatos desabonadores, escondidos sob uma manta de aparente sucesso. Não se pode 
concluir que você tem uma empresa dinâmica, produzindo produtos desejados pelos consumidores se a 
pessoa que cuida do seu almoxarifado, por exemplo, é desorganizada, incompetente e incapaz de 
despachar as encomendas nos prazos e quantidades certas. 
 
 
A análise FFOA é a base para a elaboração de um plano estratégico para a empresa. Este deve 
aproveitar as oportunidades usando os pontos fortes e reforçando as fraquezas sem descuidar das 
ameaças para evitar surpresas desagradáveis. A seguinte lista de verificação pode servir de inspiração 
para a elaboração dos itens de FFOA: 
 
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Acesso o material online para conferir um artigo que demonstra a utilização da matriz FFOA, 
também conhecida como matriz de SWOT. 
 
Aplicação prática 
Quando temos um projeto e uma equipe competente, normalmente não temos grandes problemas 
em relação a definição do produto e na metodologia para gerar os processos de fabricação. Para 
conhecer bem o produto, temos que observá-lo com diferentes “focos”, pegue um produto de sua 
empresa e o avalie em relação a suas forças e fraquezas, depois em relação a suas oportunidades 
e ameaças. Depois de se questionar, apresente ideias de melhoria para “blindar” este produto, discuta 
com seus colegas, busque pessoas que possam comprar esta ideia e juntos, busquem um melhor 
resultado. 
 
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Ferramentas PEST (Política, Econômica, Social e Tecnológica) 
A análise dos aspectos políticos, econômicos, sociais e tecnológicos (PEST) procura determinar as 
condições externas, que podem influenciar ou ameaçar a empresa. Novos regulamentos do governo, 
aumento de taxas ou tarifas de importação, redução do mercado devido a mudanças demográficas ou 
ameaças provocadas pelas novas tecnologias, são fatos que provocam insônias nos executivos. A queda 
da taxa de natalidade pode ser uma ameaça para uma empresa que produz artigos para bebês. Contudo, 
os fatores PEST também podem ser úteis à empresa. A desregulamentação da economia está abrindo 
novos mercados, antes inacessíveis. Os incentivos a inovação ou empréstimos para desenvolvimento dos 
negócios podem viabilizar projetos antes inviáveis. Mudanças de hábitos dos consumidores podem 
contribuir para revitalizar alguns segmentos estagnados do mercado. O domínio de novas tecnologias 
pode ser uma “arma” importante para você ultrapassar os seus concorrentes. 
 
 
Confira a seguir, quatro fatores do PEST que contribuem para se refletir sobre o impacto que as 
mudanças mais gerais na economia e no ambiente de negócios provocarão sobre as operações da 
empresa, confira cada um deles: 
 
Político 
Mudanças nas leis e regulamentos introduzidos pelo governo. Podem incluir também mudanças 
políticas que contribuem para estabilizar ou desestabilizar o mercado. 
 
 
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Econômico 
As questões macroeconômicas podem ter uma grande influência sobre os negócios. Isso inclui o 
crescimento econômico, recessão, inflação, balança de pagamentos, mercado de ações e a política fiscal. 
As questões econômicas de impacto imediato incluem as taxas de juros, disponibilidade de crédito e 
certos indicadores econômicos como: salários, índice de preços e outros. 
 Social 
Tendências demográficas incluem mudanças na idade média da população, mobilidade social, 
migrações e aumento dos níveis de instrução. O crescimento da consciência ecológica provocou 
profundas mudanças nos hábitos de consumo em alguns setores nas últimas décadas. 
Tecnológico 
O avanço da informática e comunicações tem provocado mudanças profundas em alguns setores, 
assim como o desenvolvimento de novos materiais, novos processos e novas fontes de energia. 
 
Aplicação prática 
 
Na aplicação prática que sugeri no tema anterior você montou sua matriz FFOA (Forças, Fraquezas, 
Oportunidade e Ameaças), sugiro que, neste momento, para o mesmo produto abrir um pouco esta 
abrangência, analise quais são os impactos políticos (leis, regulamentações, etc.); econômicos (juros, 
crescimento do país); sociais (impactos na comunidade de melhorias, seu público alvo, etc.) e 
tecnológicos (quais as tecnologias necessárias atualmente utilizadas na empresa ou que estão por vir, 
quais mídias seu produto deve ser vinculado, como a tecnologia e seus sistemas podem trabalhar em 
favor do produto). Aplicando em conjunto as duas ferramentas e fazendo uma análise séria e baseada 
em fatos, mais pessoas perceberão a robustez de seus projetos e serão incentivadores e participadores 
de tal. 
 
 
Acesso o material online para ter acesso a um artigo que fala sobre a utilização da ferramenta PEST 
em conjunto com a FFOA (SWOT em inglês) para o sistema agroindustrial com foco na indústria 
produtora de leite no Brasil, assim como as explicações sobre esse tema e aproveite para revisar tudo o 
que estudamos até agora! 
 
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Ferramenta MESCRAI 
MESCRAI é a sigla de "Modifique (aumente, diminua), Elimine, Substitua, Combine, Rearranje, 
Adapte, Inverta". Esses termos funcionam como uma lista de verificação para estimular possíveis 
modificações no produto. Quando se pensa em modificar um produto, é possível que ocorram apenas 
as ideias mais óbvias, esquecendo-se das mais elaboradas. Assim, por exemplo, quando se quer reduzir 
o custo de um produto, é possível pensar em reduzir o seu tamanho e eliminar alguns acessórios ou 
substituir alguns componentes por outros mais baratos. Contudo, dificilmente ocorre a ideia de rearranjar 
os componentes para simplificar a montagem ou até aumentar de tamanho e usar tolerâncias de 
fabricação menos severas. A lista de verificação é útil para lembrar-se de outras alternativas possíveis 
que podem solucionar o problema. 
 
 
 
Tenha cuidado, pois o uso de listas de verificação pode cansar a mente, especialmente se for com 
produtos complexos ou de muitos componentes. Mas, quando elas ajudam a solucionar o problema, o 
lucro pode ser grande. Também podem proporcionar economia de tempo e evitar muitas frustrações. 
Confira a seguir um exemplo do uso de MESCRAI para modificar uma trava para porta: 
 
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Acesse o material online para acessar um blog que faz uma apresentação de aplicação prática da 
ferramenta MESCRAI sobre um enfoque diferente, que pode ser trabalhado em qualquer projeto, 
bastando criatividade e conhecimento do método. 
 
 
 
 
 
 
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Aplicação prática 
 Analisando um produto da sua empresa, reflita sobre como pode ser visto de maneira diferente. 
Os principais avanços e inventos vieram de pessoas que mudaram seus pensamentos ampliando as 
possibilidades de produtos. Pegue um produto do seu dia a dia ou que a empresa a qual você está 
trabalhando esteja projetando e, primeiramente entenda sua função, o que o cliente espera dele, 
entenda o que a empresa espera dele e então faça uma seção de brainstorm com cada característica do 
MESCRAI em separado. 
Modifique – Elimine – Substitua – Crie – Rearranje - Adapte – Inverta 
Tarefa adicional:e se você pensasse em realizar isto para sua carreira? Pense em fazer um 
MESCRAI em você mesmo e busque resultados diferentes da grande maioria. 
 
Acesse o material online para acessar a aula preparada pelo professor Ricardo e revisar todo o conteúdo 
visto nesse tema! 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Trocando Ideias 
 
São apresentadas rotineiramente diversas ferramentas voltadas a projetos, algumas pessoas 
conhecem por que as estudaram, testaram e aplicaram; outras, que ouviram falar e por força do 
modismo tentam realizar uma implantação imediata na empresa e quase sempre tem como resultado o 
fracasso na aplicação, gerando um preconceito errado sobre a não aplicabilidade da ferramenta. 
Você conhece, na prática algum exemplo semelhante do exemplificado acima? Os publique no 
fórum e troque ideias com os colegas. 
 
Na Prática 
1. Uma boa definição e visualização do problema são um dos principais ingredientes para buscar soluções 
efetivas para tal, portanto, devemos saber o que queremos resolver para buscar soluções existentes 
e nesta busca temos as fronteiras que delimitam o problema. Em relação às fronteiras, marque a 
única alternativa incorreta: 
 
a. ( ) Podemos definir a abrangência de acordo com a mudança específica de projeto; 
b. ( ) As fronteiras permitem estabelecer critérios para aceitação de soluções; 
c. ( ) Para um projeto de simples modificação de produto temos fronteiras mais estreitas; 
d. ( ) Não devem haver fronteiras dentro de projetos de inovações; 
 
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e. ( ) Em um projeto de lançamento de produto novo deve ter fronteiras mais abertas para que a 
criatividade flua. 
Gabarito da questão 1: 
Alternativa D. 
Todos os projetos devem ter fronteiras mais amplas ou mais estreitas, que são baseadas em 
características como tempo, investimento, necessidade de atendimento ao público alvo, etc. 
 
 
 
 
 
2. O brainstorm, conhecido por muitos por chuva de ideias, busca trazer a cada momento mais ideias 
ao processo, seja para um produto já existente ou mesmo em uma sessão para buscar produtos para 
revisar os rumos da empresa, na aplicação do brainstorm temos uma fase chamada de “ideação” onde 
o líder deve coibir julgamentos. Explique porque o líder tem em seu papel coibir julgamentos. 
Resposta: Após as fases iniciais do brainstorm (orientação, preparação e analise), precisamos coletar o 
máximo de ideias possíveis do grupo e qualquer tipo de censura pode resultar na queda da quantidade de 
ideias e por vezes uma boa ideia poderia ser dada pelo colega ao lado do que foi censurado e esta ideia 
poderia ser a que solucionaria o problema. 
 
 
 
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3. A análise de FFOA, se divide nos quatro pilares: força, fraqueza, oportunidades e ameaça. 
As duas primeiras, normalmente, são atribuídas a fatores externos da empresa e as duas últimas a 
fatores internos. Em um projeto devemos conhecer bem estas características. Marque a característica 
de relaciona de maneira errônea o pilar e seu exemplo: 
a. ( ) expansão do mercado – OPORTUNIDADE – fator externo; 
b. ( ) aumento da concorrência – AMEAÇA – fator externo; 
c. ( ) baixa reputação da marca – FORÇA – fator interno; 
d. ( ) falta de retenção dos atuais clientes – FRAQUEZA – fator interno; 
e. ( ) pequena margem de lucro – FRAQUEZA – fator interno. 
 
Gabarito da questão 3: 
Alternativa C. 
Uma baixa reputação da marca não seria uma força e sim uma fraqueza. 
 
 
 
 
 
 
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4. A ferramenta da matriz de PEST resulta em uma avaliação mais robusta de um projeto, ela não 
sobrepõe a matriz FFOA e sim a complementa. Marque a característica na qual os pilares desta matriz 
estão marcados de maneira correta. 
a. ( ) P (Políticos) / E (Econômicos) / S (Sociais) / T (Tecnológicos) 
b. ( ) P (Políticos) / E (Executivos) / S (Sociais) / T (Tecnológicos) 
c. ( ) P (Práticos) / E (Econômicos) / S (Sociais) / T (Temidos) 
d. ( ) P (Políticos) / E (Econômicos) / S (Sérios) / T (Tediosos) 
e. ( ) P (Práticos) / E (Executivos) / S (Sociais) / T (Tecnológicos) 
 
 
Gabarito da questão 4: 
Alternativa A. 
Essa alternativa exprime todas os pilares da matriz PEST. 
 
 
 
 
 
 
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5. A ferramenta MESCRAI (modifique, elimine, substitua, crie, rearranje, adapte e inverta) pode ser 
aplicada em diversos tipos de projetos tanto para serviços quanto para produtos, marque a única 
alternativa que não está ligada a ferramenta: 
 a) ( ) Ferramenta voltada a criatividade e busca de novas ou melhoria de atuais soluções; 
 b) ( ) pode ser utilizada em produtos ou serviços; 
c) ( ) para sua avaliação e análise, são necessários grandes aportes monetários pela empresa; 
d) ( ) aplicação do MESCRAI pode ser realizado por qualquer departamento bastando o 
conhecimento do métodos e aplicação da equipe; 
e) ( ) a ferramenta se bem aplicada pode trazer grandes lucros por gerar soluções criativas para 
problemas novos ou já existentes. 
 
Gabarito da questão 5: 
Alternativa C. 
A avaliação e análise da ferramenta MESCRAI é muito simples e não há necessidade de grandes 
aportes, bastando uma equipe com conhecimento do método e aplicada na busca de soluções. 
 
 
 
 
 
 
 
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Síntese 
Em nossa aula, vimos as diferentes ferramentas de projeto! Podemos concluir que a qualidade de 
um produto se inicia no projeto e, cabe ao responsável aplicar de maneira metódica, focada e disciplinada 
as ferramentas, para que, assim, possa ter a possibilidade de ter um projeto com qualidade reconhecida. 
Um grupo bem motivado pode trazer resultados expressivos em uma seção de brainstorm. Mas, 
somente com a prática contínua e com resultados as reuniões para busca de ideias serão cada vez mais 
aceitas e terão maior participação. 
Como base desta aula temos as ferramentas de reconhecimento do seu projeto e como ele está 
situado tanto internamente, quanto externamente na empresa. Aplicar as ferramentas de FFOA e PEST 
reduzirão muitos erros no projeto, seja na concepção do produto, definição do processo ou no próprio 
posicionamento da marca/produto em relação ao mercado consumidor. 
 
Por fim, pensar diferente, buscar soluções criativas com a ferramenta MESCRAI e agregar valor ao 
produto deixando-o mais eficiente, pode se transformar no diferencial de como será posicionado no 
mercado. 
Agora, não deixe de acompanhar a síntese da aula de hoje no material on-line, preparada pelo 
professor Ricardo! 
 
Até a próxima! 
 
 
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Referências Bibliográficas 
SELEME, Robson; PAULA, Alessandra de. Projeto de produto: desenvolvimento e gestão de 
bens, serviços e marcas. 3. reimp. Curitiba: IBPEX, 2009. 
BAXTER, Mike. Projeto de produto: guia prático para o design de novos produtos. 2. ed. 
São Paulo: E. Blücher, 2003.