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6.1: Transformada de Laplace Muitos problemas práticos da engenharia envolvem sistemas mecânicos ou elétricos sob ação de forças descontínuas ou de impulsos. Para estes tipos de problemas, os métodos visto em Equações Diferenciais I, são difíceis de serem aplicados. Neste capítulo, usaremos a transformada de Laplace para desenvolver um outro método para resolver uma EDO. Transformada Integrais: Dada uma função conhecida K(s,t), Transformada Integrais de uma função f é uma função da forma F (s )=∫α β K (s , t ) f ( t )dt , −∞≤ α< β≤+ ∞ A Transformada de Laplace Seja f uma função definida para t ≥ 0 e que f satisfaz certas condições que veremos mais adiante . A Transformada de Laplace de f é definida por onde, a função K(s,t) = e-st é chamada de núcleo da transformada. Como as soluções das EDO lineares com coeficientes constantes são baseada na função exponencial, a transformada de Laplace é particularmente útil para essas equações. Note que a Transformada de Laplace é definida por uma integral imprópria, portanto temos que estudar sua convergência. Vamos rever alguns exemplos de integrais impróprias e funções contínuas por partes. L { f ( t )}=F ( s )=∫ 0 ∞ e−st f ( t )dt Exemplo 1 Considere a seguinte integral imprópria. Note que para s=0 a integral acima é divergente. Então vamos supor . Podemos calcular esta integral da seguinte forma: Assim, podemos concluir que: ∫0 ∞ est dt= lim b→∞ ∫0 b e st dt=lim b→∞ est s ∣0 b=1 s lim b→∞ (esb−1) ∫0 ∞ est dt Converge: ∫0 ∞ est dt=−1 s , se s< 0; e Diverge: ∫0 ∞ e st dt , se s≥ 0 . s≠0 Exemplo 2 Dada a integral imprópria Usando integração por partes Este limite é divergente, portanto a integral original é divergente. [ ] ( )[ ]1cossinlim cossinlim sinsinlim coslimcos 00 00 00 −+= += −= = ∞→ ∞→ ∞→ ∞→ ∞ ∫ ∫∫ bsbsb tstst tdtstst tdtsttdtst b bb b bb b b b ∫0 ∞ st cos tdt Função Contínua por Partes Uma função f é contínua por partescontínua por partes em um intervalo [a, b] se este intervalo pode ser particionado por um número finito de pontos, a = t0 < t1 < … < tn = b tal que (1) f é contínua em cada (tk, tk+1) Em outras palavras, f é contínua por partescontínua por partes em [a, b] , se ela é contínua nesse intervalo exceto por um número finito de saltos. (2) ∣ lim t →tk + f (t )∣< ∞ , k=0,… , n−1 (3) ∣ lim t→ tk + 1 − f ( t )∣< ∞ , k=1,… , n Exemplo 3 Considere a seguinte função f definida por partes: Pela definição de f e pelo seu gráfico abaixo, vemos que f é contínua por partes em [0, 3]. f ( t )={ t2 , 0≤t≤13−t , 1< t≤2t+ 1 2< t≤3 Exemplo 4 f ( t )={ t 2+ 1, 0≤t≤1 (2−t )−1 , 1< t≤2 4, 2< t≤3 Considere a seguinte função f definida por partes: Pela definição de f e pelo seu gráfico abaixo, vemos que f não é contínua por partes em [0, 3]. Teorema 6.1.2 Suponha que f é uma função com as seguintes propriedades: (1) f é contínua por partes em [0, b] para todo b > 0. (2) | f(t) | ≤ Keat quando t ≥ M, onde a, K, M são constantes, com K, M > 0. Então a Transformada de Laplace de f existe para s > a. Obs. Funções, f , que satisfaz a condição (2) acima é dita de ordem exponencial quando t → ∞. Esta condição é suficiente mas não necessária para a existência da Transformada de Laplace. Veja os seguintes exemplos, ambos não são de ordem exponencial. 1) , não existe a Transformada de Laplace 2) , existe a Transformada de Laplace L { f ( t )}=F ( s )=∫0 ∞ e−st f ( t )dt (finito) 2 )( tetf = )cos(2)( 22 tt etetf = Exemplo 5 Seja f (t) = 1 para t ≥ 0. Então a Transformada de Laplace F(s) de f é: L { 1 }=∫0 ∞ e−st dt= = lim b→∞ ∫0 b e−st dt = =−lim b→∞ e−st s ∣0 b= = 1 s , s> 0 Assim, L { 1 }=1 s , s> 0. Exemplo 6 Seja f (t) = eat para t ≥ 0. Então a Transformada de Laplace F(s) de f é: L { eat }=∫0 ∞ e−st eat dt = = lim b→∞ ∫ 0 b e−( s−a ) t dt = =− lim b→∞ e−( s−a) t s−a ∣0 b= = 1 s−a , s> a Assim, L { eat }= 1 s−a , s> 0. Exemplo 7 Seja f (t) = sin(at) para t ≥ 0. Usando integração por partes duas vezes, a Transformada de Laplace F(s) de f é encontrada como se segue: { } 0,)()(1 sin/)sin(lim1 coslim1 cos/)cos(lim sinlimsin)sin()( 222 2 00 0 00 00 > + =⇒−= +−= −= −−= === ∫ ∫ ∫ ∫∫ −− ∞→ − ∞→ −− ∞→ − ∞→ ∞ − s as asFsF a s a ate a saate a s a ate a s a ate a saate atdteatdteatLsF b stbst b b st b b stbst b b st b st A Linearidade da Transformada de Laplace Vamos supor que para as funções f e g, existam as suas Transformadas de Laplace para s > a1 e s > a2, respectivamente. Então, para s maior que o máximo entre a1 e a2, a Transformada de Laplace de c1 f (t) + c2g(t) existe. Isto é, logo L { c1 f (t )+ c2 g ( t ) }=∫0 ∞ e−st [c1 f ( t )+ c2 g ( t )]dt é finito { } { } { })( )( )( )()()( 21 020121 tgLctfLc dttgecdttfectgctfcL stst += +=+ ∫∫ ∞ −∞ − Exemplo 8 Seja f (t) = 5e-2t - 3sin(4t) para t ≥ 0. Então pela linearidade da Transformada de Laplace, e usando os resultados anteriores dos exemplos(6 e 7), a Transformada de Laplace F(s) de f é: { } { } { } 0, 16 12 2 5 )4sin(35 )4sin(35 )}({)( 2 2 2 > + − + = −= −= = − − s ss tLeL teL tfLsF t t 6.2: Resolvendo Problema de Valor Inicial A Transformada de Laplace tem este nome devido ao matemático franses Laplace, que estudou esta transformada em 1782. A técnica descrita aqui foi desenvolvida primeiramente por Oliver Heaviside (1850-1925), um engenheiro elétrico ingles. A Transformada de Laplace será usada para resolver PVI de EDO lineares com coeficientes constantes. A utilidade da Transformada de Laplace nesse contexto reside no fato de que a transformada de f ' está relacionada de maneira simples com à transformada de f, esta relação é dada pelo Teorema 6.2.1 que veremos a seguir. Teorema 6.2.1 Suponha que f é uma função que satisfaz as seguintes condições: (1) f é contínua e f ' é contínua por partes em [0, b] para todo b > 0. (2) | f(t) | ≤ Keat quando t ≥ M, para constantes a, K, M com K, M > 0. Então a Transformada de Laplace f ' exite para s > a, além disso Prof (ídeia): Supondo, f e f ' contínua em [0, b], nós temos Sem Perda de Generalidade(SPG), para f ' contínua por partes em [0, b], obtemos o mesmo resultado. L { f ' ( t )}=sL { f ( t )}− f (0 ) lim b→∞ ∫ 0 b e−st f ' ( t )dt = lim b→∞ [e−st f ( t )∣0b−∫ 0b (−s )e−st f ( t )dt ] = lim b→∞ [e−sb f (b)− f (0)+ s∫ 0b e−st f ( t )dt ] A Transformada de Laplace f ' Portanto se f e f ' satisfazem as hipoteses do Teorema 6.2.1, então Agora supondo f ' e f '' satisfazendo as condições especificadas para f e f ' , respequitivamente, do Teorema 6.2.1. Nós obtemos então Analogamente, podemos obter uma expressão para L{f (n)}, desde que f e suas derivadas satisfação condições similares do teorema 6.2.1. Este resultado é visto no Corolário 6.2.2 L { f ' ' ( t )}=sL { f ' ( t )}− f ' (0) =s [sL { f ( t )}− f (0 )]− f ' (0) =s2 L { f ( t )}−sf (0)− f ' (0 ) L { f ' ( t )}=sL { f ( t )}− f (0 ) Corolário 6.2.2 Suponha que f é uma função com as seguintes propriedades: (1) f , f ', f '' ,…, f (n-1) são contínuas, e f (n) contínuas por partes,em [0, b] para todo b > 0. (2) | f(t) | ≤ Keat, | f '(t) | ≤ Keat , …, | f (n-1)(t) | ≤ Keat para t ≥ M, e constantes a, K, M, com K, M > 0. Então a Transformada de Laplace f (n) existe para s > a, e é dada por L { f (n)( t )}=sn L { f ( t )}−sn−1 f (0 )−sn−2 f ' (0 )−⋯−sf (n−2)(0)− f (n−1 )(0 ) Exemplo 1: (1 de 4) Considere o PVI Fazendo: Tem-se r1 = -2 e r2 = -3, e a solução é: Usandoas Condições Iniciais: Portanto, Agora vamos resolver o Pvi usando a Transformada de Laplace. y ' '+ 5 y '+ 6y=0, y (0)=2, y ' (0)=3 y ( t )=ert ⇒ r 2+ 5r+ 6=0 ⇔ (r+ 2) (r+ 3)=0 y ( t )=c1 e −2 t+ c2 e −3 t y ( t )=9 e−2 t−7 e−3 t 7,9 332 2 21 21 21 −==⇒ =−− =+ cc cc cc Exemplo 1:O MetodoTransformada de Laplace (2 de 4) Assumindo que o PVI tem uma solução φ e que φ'(t) e φ''(t) satisfazem as condições do Corolário 6.2.2. Então e onde Fazendo Y(s) = L{y}, nós temos Substituindo as condições iniciais, nos obtemos Assim y ' '+ 5 y '+ 6y=0, y (0)=2, y ' (0)=3 L {y ' '+ 5 y'+ 6y}=L{y ' ' }+ 5L{y ' }+ 6L{y }=L {0}=0 [s2 L {y }−sy (0 )− y ' (0 )]+ 5 [ sL {y }− y (0) ]+ 6L {y }=0 (s2+ 5s+ 6) Y ( s )−( s+ 5) y (0 )− y ' (0 )=0 (s2+ 5s+ 6) Y ( s )−2( s+ 5)−3=0 L {y}=Y ( s )= 2s+ 13 (s+ 3) (s+ 2) Fazendo a decomposição da fração parcial, Y(s) é reescrita como: Portanto 2s+ 13 ( s+ 3) (s+ 2) = A ( s+ 3) + B ( s+ 2) 2s+ 13=A (s+ 2)+ B (s+ 3) 2s+ 13=( A+ B )s+ (2A+ 3B) A+ B=2, 2A+ 3B=13 A=−7, B=9 L {y}=Y ( s )=− 7 ( s+ 3) + 9 ( s+ 2) Exemplo 1: Fração Parcial (3 de 4) Da sesção 6.1: Portanto Reescrevendo Y(s) = L{y}, obtemos pela linearidade e assim chegamos a solução do PVI Y (s )=− 7 (s+ 3) + 9 (s+ 2) =−7L{e−3t }+ 9L {e−2t }, s>−2, L { eat }=F (s )=∫0 ∞ e−st eat dt=∫0 ∞ e−( s−a )t dt= 1 s−a , s> a L {y}=L {−7e−3t+ 9 e−2t } y ( t )=−7e−3t+ 9e−2t Exemplo 1: Solução (4 de 4) O Método Geral da Transformada de Laplace Considere uma EDO de coeficientes constantes Assuma que esta equação tem uma solução y = φ(t), e que φ'(t) e φ''(t) satisfazem as condições do Corolário 6.2.2. Então Faça Y(s) = L{y} e F(s) = L{ f }, então a y ' '+ b y '+ cy= f ( t ) L {a y' '+ b y '+ cy }=aL {y ' ' }+ bL {y' }+ cL {y }=L{ f ( t )} a [s2 L{y }−sy (0)− y ' (0)]+ b [ sL {y}− y (0 )]+ cL {y }=F (s ) (as2+ bs+ c ) Y ( s )−(as+ b) y (0)−a y ' (0 )=F ( s ) Y (s )=(as+ b) y (0 )+ a y ' (0) as2+ bs+ c + F (s ) as 2+ bs+ c Problema Algébrico Assim a EDO foi transformada na equação algébrica abaixo portanto devemos encontrar y = φ(t) tal que L{φ(t)} = Y(s). Note que não necessitamos resolver a equação homogênea e a não homogênea separadamente, nem temos um passo a mais em que usamos as condições iniciais para determinar os coeficientes da solução geral. Y (s )= (as+ b ) y (0)+ a y ' (0 ) as2+ bs+ c + F (s ) as2+ bs+ c Polinômio Característico Usando a Transformada de Laplace, no PVI Obtemos O polinômio do denominador é o polinômio característico associado à equação diferencial. A expansão em frações parciais de Y(s) usado para determinar φ obriga-nos a encontrar as raízes da equação característica. Equações de ordem superior, isto pode ser muito difícil, especialmente se as raízes são irracionais ou complexas. Y (s )= (as+ b ) y (0)+ a y ' (0 ) as2+ bs+ c + F (s ) as2+ bs+ c a y ' '+ b y '+ cy= f ( t ) , y (0 )= y0 , y ' (0)= y0 ' Problema Inverso A principal dificuldade em usar o método da transformada de Laplace é determinar a função y = φ(t) tal que L{φ(t)} = Y(s). Este é um problema inverso, em que tentamos encontrar φ tal que φ(t) = L-1{Y(s)}. Existe uma fórmula geral para encontrar L-1, mas requer conhecimentos da teoria das funções complexas de uma variável, e nós não consideraremos aqui. Pode ser mostrado que se f é contínua com L{f(t)} = F(s), então f é a única função contínua com f (t) = L-1{F(s)}. Tabelas podem ser construídas, onde podemos encontrar muitas das funções que serão tratadas aqui. No nosso texto temos a tabela 6.2.1 Linearidade da Transformada Inversa Frequentemente a Transformada de Laplace F(s) pode ser expressada como Seja Então a função será a Transformada de Laplace F(s), desde que L seja linear. Por resultado de unicidade, não existe outra função contínua f que tem a mesma transformada F(s). Assim L-1 é um operador linear com F (s )=F1 (s )+ F 2( s )+ ⋯+ F n( s ) f 1( t )=L −1 {F 1( s )}, … , f n( t )=L−1 {F n( s )} f ( t )= f 1( t )+ f 2( t )+⋯+ f n( t ) f ( t )=L−1 {F ( s )}=L−1 {F 1( s )}+⋯+ L−1 {F n( s )} Exemplo 2 Encontrar a inversa da Transformada de Laplace da função. Para encontrar y(t) tal que y(t) = L-1{Y(s)}, nos primeiro reescrevemos Y(s): Usando a Tabela 6.2.1, Assim Y (s )=2 s Y (s )= 2 s =2(1s ) L−1 {Y (s )}=L−1{2s }=2L−1{1s }=2(1)=2 y ( t )=2 Exemplo 3 Y (s )= 3 s−5 Y (s )= 3 s−5 =3( 1s−5) L−1 {Y (s )}=L−1{ 3s−5 }=3L−1{ 1s−5}=3 e5t y ( t )=3 e5t Encontrar a inversa da Transformada de Laplace da função. Para encontrar y(t) tal que y(t) = L-1{Y(s)}, nos primeiro reescrevemos Y(s): Usando a Tabela 6.2.1, Assim Exemplo 4 Y (s )= 6 s4 Y (s )= 6 s4 = 3 ! s4 L−1 {Y (s )}=L−1{3 !s4 }=t 3 y ( t )=t3 Encontrar a inversa da Transformada de Laplace da função. Para encontrar y(t) tal que y(t) = L-1{Y(s)}, nos primeiro reescrevemos Y(s): Usando a Tabela 6.2.1, Assim Exemplo 5 Y (s )= 8 s3 =( 82 ! )( 2 !s3 )=4( 2 !s3 ) L−1 {Y (s )}=L−1{4( 2 !s3 )}=4L−1{2 !s3 }=4t2 y ( t )=4t2 Y (s )= 8 s3 Encontrar a inversa da Transformada de Laplace da função. Para encontrar y(t) tal que y(t) = L-1{Y(s)}, nos primeiro reescrevemos Y(s): Usando a Tabela 6.2.1, Assim Exemplo 6 Y (s )=4s+ 1 s2+ 9 =4[ ss2+ 9 ]+ 13 [ 3s2+ 9 ] L−1 {Y (s )}=4L−1{ ss2+ 9}+ 13 L−1{ 3s2+ 9}=4 cos3t+ 13 sin 3t y ( t )=4 cos3t+ 1 3 sin 3t Y (s )=4s+ 1 s2+ 9 Encontrar a inversa da Transformada de Laplace da função. Para encontrar y(t) tal que y(t) = L-1{Y(s)}, nos primeiro reescrevemos Y(s): Usando a Tabela 6.2.1, Assim Exemplo 7 Y (s )=4s+ 1 s2−9 =4[ ss2−9 ]+ 13 [ 3s2−9 ] L−1 {Y (s )}=4L−1{ ss2−9}+ 13 L−1{ 3s2−9}=4 cosh3t+ 13 sinh 3t y ( t )=4 cosh3t+ 1 3 sinh 3t Y (s )=4s+ 1 s2−9 Encontrar a inversa da Transformada de Laplace da função. Para encontrar y(t) tal que y(t) = L-1{Y(s)}, nos primeiro reescrevemos Y(s): Usando a Tabela 6.2.1, Assim Exemplo 8 L−1 {Y (s )}=−5L−1{ 2 !( s+ 1)3}=−5t2e−t y ( t )=−5t2 e−t Y (s )=−10 (s+ 1)3 Y (s )=−10 (s+ 1)3 =−10 2 ! [ 2 !( s+ 1)3 ]=−5[ 2 !( s+ 1)3] Encontrar a inversa da Transformada de Laplace da função. Para encontrar y(t) tal que y(t) = L-1{Y(s)}, nos primeiro reescrevemos Y(s): Usando a Tabela 6.2.1, Assim Exemplo 9 Para a função Y(s) abaixo, nos encontramos y(t) = L-1{Y(s)} usando um expansão em frações parciais, como segue. Y (s )=3s+ 1 s2+ s−12 = 3s+ 1 (s+ 4)( s−3 ) = A s+ 4 + B s−3 3s+ 1=A( s−3)+ B( s+ 4 ) 3s+ 1=(A+ B) s+ ( 4B−3A) A+ B=3, 4B−3A=1 A=11/7, B=10/7 Y (s )=11 7 [1s+ 4 ]+ 107 [1s−3 ] ⇒ y ( t )=117 e−4t+ 107 e3t Exemplo 10 Para a função Y(s) abaixo, encontramos y(t) = L-1{Y(s)} completando quadrados no denominador e reorganizando o numerador, como segue. Usando a Tabela 6.2.1, obtemos y ( t )=4e3t cos t+ 2e3t sin t ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) +− + +− − = +− +− = +− +− = ++− − = +− − = 13 12 13 34 13 234 13 2124 196 104 106 104)( 222 222 ss s s s s s ss s ss ssY Exemplo 11: PVI (1 de 2) Considere o PVI Aplicando a transformadade Laplace na equação diferencial, e assumindo que as condições do Corolário 6.2.2 são satisfeitas, temos Fazendo Y(s) = L{y}, temos Substituindo as condições iniciais, obtém-se Assim y ' '−8 y'+ 25 y=0, y (0)=0, y ' (0 )=6 [s2 L {y }−sy (0 )− y ' (0 )]−8 [sL {y }− y (0) ]+ 25 L{y }=0 (s2−8s+ 25) Y ( s )−( s−8) y (0 )− y ' (0 )=0 L {y}=Y ( s )= 6 s2−8s+ 25 (s2−8s+ 25) Y ( s )−6=0 Completando quadrados, tem-se Assim Usando a Tabela 6.2.1, obtemos Portanto nossa solução do PVI é Y (s )= 6 s2−8s+ 25 = 6 (s2−8s+ 16)+ 9 Y (s )=2 [ 3(s−4)2+ 9 ] L−1 {Y ( s )}=2 e4t sin 3t y ( t )=2 e4t sin 3t Exemplo 11: Solução (2 de 2) Exemplo 12: Ploblema não Homogêneo (1 de 2) y ' '+ y=sin 2t , y (0)=2, y' (0)=1 [s2 L {y }−sy (0 )− y ' (0 )]+ L {y }=2 /(s 2+ 4 ) (s2+ 1) Y ( s )−sy (0 )− y ' (0 )=2 /(s2+ 4) Y (s )= 2s 3+ s2+ 8s+ 6 (s2+ 1 )(s2+ 4) (s2+ 1) Y ( s )−2s−1=2 /(s2+ 4) Considere o PVI Aplicando a transformada de Laplace na equação diferencial, e assumindo que as condições do Corolário 6.2.2 são satisfeitas, temos Fazendo Y(s) = L{y}, temos Substituindo as condições iniciais, obtém-se Assim Usando frações parciais, Então Resolvendo, obtemos A = 2, B = 5/3, C = 0, e D = -2/3. Então Onde Exemplo 12: Solução (2 de 2) Y (s )= 2s 3+ s2+ 8s+ 6 (s2+ 1 )(s2+ 4) = As+ B s2+ 1 + Cs+ D s2+ 4 Y (s )= 2s s2+ 1 + 5/3 s2+ 1 − 2/3 s2+ 4 y ( t )=2 cos t+ 5 3 sin t−1 3 sin 2t ( ) ( ) ( ) ( ) )4()4()()( 14682 23 2223 DBsCAsDBsCA sDCssBAssss +++++++= +++++=+++ 6.3: Função Degrau Algumas das mais interessantes aplicações elementares do método da Transformada de Laplace ocorre em solução de equações lineares descontínuas ou como funções de forças de impulso. Nesta seção, assumiremos que todas as funções aqui consideradas são contínuas por partes e de ordem exponencial, e que existe sua Transformada de Laplace, para s suficientemente grande. Definição da função degrau Seja c ≥ 0. A função degrau unitário, ou função Heaviside, é definido por Um degrau negativo pode ser representado por uc( t )={0, t< c1, t≥c y ( t )=1−uc( t )={1, t< c0, t≥c Exemplo 1 Esborçando o gráfico de Lembre que uc(t) é definido por Assim e portanto o gráfico h(t) é um pulso retangular. h ( t )=uπ ( t )−u2π( t ) , t≥0 uc( t )={0, t< c1, t≥c h ( t )={0, 0≤t< π1, π≤t< 2π0 2π≤t< ∞ Transformada de Laplace da Função Degrau A transformada de Laplace de uc(t) é { } s e s e s e e s dte dtedttuetuL cs csbs b b c st b b c st b c st c st c − −− ∞→ − ∞→ − ∞→ ∞ − ∞ − = +−= −== == ∫ ∫∫ lim 1limlim )()( 0 Funções Transladada Dada uma função f (t) definida para t ≥ 0, nós vamos considerar a função transladada na relação: g(t) = uc(t) f (t - c): Assim g representa uma translação de f a uma distância c na direção positiva de t. Na figura abaixo, o gráfico de f é o da esquerda e o gráfico de g é o da direita. g ( t )={ 0, t< cf ( t−c ) , t≥c Exemplo 2 O esborço do gráfico Como uc(t) é definido por Assim e portanto o gráfico de g(t) é uma parábola deslocada. g ( t )= f ( t−1)u1 ( t ) , where f ( t )=t 2 , t≥0 . uc( t )={0, t< c1, t≥c g ( t )={ 0, 0≤t< 1( t−1 )2 , t≥1 Teorema 6.3.1 Se F(s) = L{f (t)} existe para s > a ≥ 0, e se c > 0, então Reciprocamente, se f (t) = L-1{F(s)}, então Assim a translação de f (t) a uma distancia c positiva na direção de t corresponde por uma multiplicação de F(s) por e-cs. L { uc( t ) f ( t−c )}=e−cs L { f (t )}=e−cs F ( s ) uc( t ) f ( t−c )=L −1 { e−cs F ( s )} Teorema 6.3.1: Ideia da prova Nós precisamos mostrar que Usando a definição da Transformada de Laplace, nós temos L { uc( t ) f ( t−c )}=e−cs F (s ) { } )( )( )( )( )()()()( 0 0 )( 0 sFe duufee duufe dtctfe dtctftuectftuL cs sucs cus ctu c st c st c − ∞ −− ∞ +− −= ∞ − ∞ − = = = −= −=− ∫ ∫ ∫ ∫ Exemplo 3 Encontrar a Transformada de Laplace de Note que Assim f ( t )=( t−1)2 u1( t ) f ( t )={ 0, 0≤t< 1( t−1)2 , t≥1 L { f ( t )}=L {u1( t )( t−1 )2}=e− s L {t2}=2 e − s s3 Exemplo 4 Encontrar L{ f (t)}, onde f é Note que f (t) = sin(t) + upi/4(t) cos(t - pi/4), e f ( t )={sin t , 0≤t< π /4sin t+ cos( t−π / 4) , t≥π /4 { } { } { } { } { } 1 1 11 1 cossin )4/cos()(sin)( 2 4/ 2 4/ 2 4/ 4/ + + = + + + = += −+= − − − s se s se s tLetL ttuLtLtfL s s s pi pi pi pi pi Exemplo 5 Encontrar L-1{F(s)}, onde Solução: F (s )=3+ e −7s s4 ( ) 373 4 71 4 1 4 7 1 4 1 7)( 6 1 2 1 !3 6 1!3 2 1 3)( −+= ⋅+ = + = −−− − −− ttut s eL s L s eL s Ltf s s Teorema 6.3.2 Se F(s) = L{f (t)} existe para s > a ≥ 0, e se c é uma constante, então Reciprocamente, se f (t) = L-1{F(s)}, então Assim multiplicar f (t) por ect resulta em transladar F(s) a uma distancia c na direção positiva de t, e reciprocamente. Ideia da prova: L { ect f ( t )}=F ( s−c ) , s> a+ c ect f ( t )=L−1 {F ( s−c )} L { ect f ( t )}=∫0 ∞ e−st ect f ( t )dt=∫0 ∞ e−( s−c )t f ( t )dt =F (s−c ) Exemplo 4 Encontrar a Transformada Inversa de Para resolver, primeiramente completaremos quadrados: Desde que segue que G( s )= s+ 1 s2+ 2s+ 5 G( s )= s+ 1 s2+ 2s+ 5 = s+ 1 (s2+ 2s+ 1)+ 4 = (s+ 1) (s+ 1)2+ 4 L−1 {G( s )}=L−1 {F (s+ 1 )}=e−t f ( t )=e−t cos (2t ) f ( t )=L−1 {F ( s )}=L−1{ ss2+ 4}=cos (2t ) 6.4: Equações Diferenciais com Forçamentos Descontínuos. Nesta seção estudaremos casos de PVI no qual a função de forças é descontínuas. a y ' '+ b y '+ cy=g ( t ) , y (0)= y0 , y ' (0)= y0 ' Exemplo 1: PVI (1 de 12) Encontrar a solução do PVI Esse problema representa a carga em um capacitor em um circuito elétrico onde a voltagem é um pulso unitário em [5,20). Pode representar, também, a resposta de um oscilador amortecido sob a ação de uma força g(t). 2y'' +y '+ 2y=g (t ) , y (0)=0, y' (0)=0 onde g ( t )=u5( t )−u20( t )={1, 5≤t< 200, 0≤t<5 and t≥20} Assumindo as condições do Corolário 6.2.2 são satisfeitas. Então ou Fazendo Y(s) = L{y}, Substituindo as condições iniciais, obtemos Assim 2L {y' ' }+ L{y ' }+ 2L {y }=L {u5( t )}−L{u20( t )} [2s2 L {y}−2 sy (0)−2 y ' (0)]+ [sL {y }− y (0 )]+ 2L{y}=e −5s−e−20 s s (2s2+ s+ 2) Y ( s )−(2s+ 1) y (0 )−2 y ' (0 )=(e−5s−e−20 s) /s Exemplo 1: Transformada de Laplace (2 de 12) (2s2+ s+ 2) Y ( s )=(e−5s−e−20 s) /s Y (s )= (e −5s−e−20 s) s (2s2+ s+ 2) 2 y ' '+ y'+ 2y=u5 ( t )−u20( t ) , y (0)=0, y ' (0 )=0 Temos onde Se tomarmos h(t) = L-1{H(s)}, então pelo Teorema 6.3.1. y=φ( t )=u5 ( t )h( t−5)−u20(t )h ( t−20 ) Exemplo 1: Fatorando Y(s) (3 de 12) Y (s )= (e −5s−e−20 s) s (2s2+ s+ 2) =(e−5s−e−20 s )H ( s ) H ( s )= 1 s (2s2+ s+ 2) Reescrevendo H(s), como. Esta expansão em frações parciais produz as equações Assim Exemplo 1: Frações Parciais (4 de12) H ( s )= 1 s (2s2+ s+ 2) = A s + Bs+ C 2s2+ s+ 2 (2A+ B) s2+ (A+C )s+ 2A=1 ⇒ A=1/2, B=−1, C=−1/ 2 H ( s )= 1/2 s − s+ 1 /2 2s2+ s+ 2 Fazendo as contas, Exemplo 1: Completando quadrados (5 de 12) ( ) ( ) ( ) ++ ++ −= ++ + −= +++ + −= ++ + −= ++ + −= 16/154/14/14/1 2 12/1 16/154/1 2/1 2 12/1 16/1516/12/ 2/1 2 12/1 12/ 2/1 2 12/1 22 2/12/1)( 2 2 2 2 2 s s s s s s ss s s ss s s ss s s sH Assim e onde Para h(t) como dado acima, e do nosso resultado já determinado em função de h(t), a solução do PVI é então Exemplo 1: Solução (6 de 12) h( t )=L−1{H ( s )}=1 2 −1 2 e−t / 4cos(√154 t)− 12√15 e−t /4 sin( √154 t) φ( t )=u5( t )h ( t−5)−u20( t )h( t−20) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ++ − ++ + −= ++ ++ −= 16/154/1 4/15 152 1 16/154/1 4/1 2 12/1 16/154/1 4/14/1 2 12/1)( 22 2 ss s s s s s sH Assim a solução do PVI é E o gráfico desta solução é dado abaixo. Exemplo 1: Gráfico da Solução (7 de 12) φ( t )=u5 (t )h ( t−5)−u20( t )h (t−20 ) , onde h( t )=1 2 −1 2 e−t /4 cos (√15 t / 4)−1 2√15 e−t /4sin (√15t /4 ) A solução original do PVI pode ser vista como a composição de três PVIs separados: Exemplo 1: Composição dos PVIs (8 de 12) 0≤t< 5 : 2 y1 ' '+ y1 ' + 2y1=0, y1(0 )=0, y1 ' (0 )=0 5< t< 20 : 2 y2 ' '+ y2 ' + 2y2=1, y2(5 )=0, y2 ' (5 )=0 t> 20: 2 y3 ' '+ y3 ' + 2y3=0, y3(20 )= y2 (20 ) , y3 ' (20 )= y2 ' (20 ) Considere o primeiro PVI Do ponto de vista físico, o sistema está inicialmente em repouso, e uma vez que não existe nenhuma força externa, ele permanece em repouso. Assim a solução sob o intervalo [0, 5) é y1 = 0, e isto pode ser verificado analiticamente. Exemplo 1: Primeiro PVI (9 de 12) 2 y1 ' '+ y1 ' + 2y1=0, y1 (0)=0, y1 ' (0)=0 ; 0≤t< 5 Considere o segundo PVI Usando métodos do Capítulo 3, a solução é Fisicamente, o sistema responde como a soma de uma constante (à resposta a função constante força) e uma oscilação amortecida, durante o intervalo de tempo (5, 20). Exemplo 1: Segundo PVI (10 de 12) 2 y2 ' '+ y2 ' + 2y2=1, y2 (5)=0, y2 ' (5)=0 ; 5< t< 20 y2=c1 e −t /4 cos(√15 t /4)+ c2 e−t /4 sin (√15t /4 )+ 1/2 Considere o terceiro PVI Usando o método do Capítulo 3, a solução é Fisicamente, já que não há forças externas, a resposta é uma oscilação amortecida sobre y = 0, para t > 20. Exemplo 1: Terceiro PVI (11 de 12) y3=c1 e −t /4 cos ( √15 t / 4)+ c2e−t /4sin (√15 t /4) 2 y3 ' '+ y3 ' + 2y3=0, y3( 20)= y2(20 ) , y3 ' (20 )= y 2 ' (20 ) ; t> 20 Nossa Solução é Podemos mostrar que φ e φ' são contínuas em t = 5 e t = 20, e φ'' tem um salto de 1/2 em t = 5 e um salto de –1/2 em t = 20: Assim, o salto no termo de força g(t) nestes pontos é equilibrado por um salto no termo, 2y'' , de maior ordem da EDO. Exemplo 1: Suavidade da Solução (12 de 12) φ( t )=u5( t )h ( t−5)−u20( t )h( t−20) lim t→ 5− φ' ' ( t )=0, lim t → 5+ φ' ' ( t )=1/2 lim t→ 20− φ' ' ( t )≃−. 0072 , lim t → 20+ φ' ' ( t )≃−. 5072 Considere uma EDO de segunda ordem linear onde p e q são contínuas em algum intervalo (a, b) mas g é somente contínua por partes. Se y = ψ(t) é uma solução, então ψ e ψ ' são contínuas em (a, b) mas ψ '' tem saltos de descontinuidades nos mesmos pontos da g. Analogamente para equações de ordem n, onde a derivada da solução de ordem n terá saltos de descontinuidades nos mesmos pontos da função força g(t), mas a solução e suas derivadas de ordem menor que n serão contínuas sobre (a, b). Suavidade da Solução Geral y ' '+ p( t ) y'+ q (t ) y=g ( t ) Encontrar a solução do PVI O gráfico da função força g(t) é dado ao lado, e é conhecido como rampa de carga. y ''+ 4y=g( t ) , y(0 )=0, y' (0)=0 onde g ( t )=u5 ( t ) t−5 5 −u10( t ) t−10 5 ={0, 0≤t<5(t−5)/5 5≤t<101, t≥10 } Exemplo 2: PVI (1 de 12) Assumindo que esta EDO possui solução y = φ(t) e que φ'(t) e φ''(t) satisfaz as condições do Corolário 6.2.2. Então ou Fazendo Y(s) = L{y}, e substituindo as condições inicial, Assim L {y ' ' }+ 4L {y }=[L {u5( t )(t−5)}]/5−[L {u10( t )(t−10)}]/5 [s2 L {y}−sy (0 )− y ' (0 )]+ 4L{y }= e −5s−e−10 s 5s2 Exemplo 2: Transformada de Laplace (2 de 12) (s2+ 4 ) Y ( s )=(e−5s−e−10 s)/5s2 Y (s )= (e −5s−e−10 s) 5s2 (s2+ 4) y ' '+ 4y=u5( t ) t−5 5 −u10(t ) t−10 5 , y( 0)=0, y ' (0 )=0 Temos onde Tomando h(t) = L-1{H(s)}, então pelo Teorema 6.3.1. y=φ( t )=1 5 [u5( t )h (t−5)−u10( t )h( t−10 )] Exemplo 2: Fatorando Y(s) (3 de 12) Y (s )= (e −5s−e−10 s) 5s2 (s2+ 4) = e −5s−e−10 s 5 H ( s ) H ( s )= 1 s2 (s2+ 4) Exemplo 2: Frações Parciais (4 de 12) H ( s )= 1 s2( s2+ 4) = A s + B s2 + Cs+ D s2+ 4 (A+ C )s3+ (B+ D )s2+ 4 As+ 4B=1 ⇒ A=0, B=1/4, C=0, D=−1 /4 H ( s )= 1/4 s2 − 1/4 s2+ 4 Reescrevendo H(s), como. Esta expansão em frações parciais produz as equações Assim Exemplo 2: Solução (5 de 12) h( t )=L−1{H ( s )}=1 4 t−1 8 sin (2t ) y=φ( t )=1 5 [u5( t )h (t−5)−u10( t )h( t−10 )] Assim e onde Para h(t) como dado acima, e do nosso resultado já determinado em função de h(t), a solução do PVI é então + − = + −= 4 2 8 11 4 1 4 4/14/1)( 22 22 ss ss sH Exemplo 2: Gráfico da Solução (6 de 12) φ( t )=1 5 [u5( t )h( t−5)−u10( t )h( t−10)] , onde h ( t )=1 4 t−1 8 sin (2t ) Assim a solução do PVI é E o gráfico desta solução é dado abaixo. Exemplo 2: Composição em PVIs (7 de 12) 0≤t< 5 : y1 ' '+ 4y1=0, y1(0 )=0, y1 ' (0 )=0 5< t< 10: y2 ' '+ 4y2=( t−5)/5, y2 (5 )=0, y2 ' (5)=0 t> 10 : y3 ' '+ 4y3=1, y 3(10)= y2(10 ) , y3 ' (10)= y2 ' (10 ) A solução original do PVI pode ser vista como a composição de três PVIs separados: Exemplo 2: Primeiro PVI (8 de 12) y1 ' '+ 4y1=0, y1(0 )=0, y1 ' (0 )=0 ; 0≤t< 5 Considere o primeiro PVI Do ponto de vista físico, o sistema está inicialmente em repouso, e uma vez que não existe nenhuma força externa, ele permanece em repouso. Assim a solução sob o intervalo [0, 5) é y1 = 0, e isto pode ser verificado analiticamente. Veja gráficos abaixo. Considere o segundo PVI Usando métodos do Capítulo 3, a solução é da forma Assim a solução é uma oscilação sobre a reta (t – 5)/20, sob o intervalo de de tempo (5, 10). Exemplo 2: Segundo PVI (9 de 12) y2 ' '+ 4y2=(t−5)/5, y2(5 )=0, y2 ' (5 )=0 ; 5< t< 10 y2=c1 cos (2t )+ c2 sin (2t )+ t /20−1/4 Considere o terceiro PVI Usando métodos do capítulo 3, a solução é da forma Assim a solução é uma oscilação sobre y = 1/4, para t > 10. Exemplo 2: Terceiro PVI (10 de 12) y3 ' '+ 4y3=1, y3(10 )= y2(10 ) , y3 ' (10)= y2 ' (10 ); t> 10 y3=c1 cos (2t )+ c2 sin (2t )+ 1/ 4 Portanto a solução do PVI é Para encontrar a amplitude oscilatória do estado estácionário, devemos localizar um ponto de máximo ou mínimo para t > 10. Resolvendo y' = 0, o primeiro máximo é (10.642, 0.2979). Assim a amplitude da oscilação é aprox. 0.0479. Exemplo 2: Amplitude (11 de 12) y=φ( t )=1 5 [u5( t )h (t−5)−u10( t )h( t−10 )] , h (t )= 1 4 t−1 8 sin (2t ) Nossa solução é Neste exemplo, a função força g é contínua mas g' é descontínua em t = 5 e t = 10. Segue que φ e sua primeria e segunda derivadas são contínuas em toda parte, mas φ''' possui descontinuidade em t = 5 e t = 10 que são os mesmos pontos de descontinuidade de g' em t = 5 e t = 10. Exemplo 2: Suavidade da Solução (12 de 12) y=φ( t )=1 5 [u5( t )h (t−5)−u10( t )h( t−10 )] , h (t )= 1 4 t−1 8 sin (2t ) 6.5: Função Impulso Em algumas aplicações, é necessário tratar fenômenos de natureza impulsiva. Por exemplo, um circuito elétrico ou sistema mecânico sujeitos a uma voltagemou força g(t) de grande magnitude que agem em um período curto de tempo t0. Tais problemas levam a equação diferencial da forma ay'' +by' +cy=g ( t ) , onde g ( t )={K , t0−τ<t<t0 +τ0, caso contrário } e τ>0 é pequeno e K> 0 grande. Medindo Impulso Em um sistema mecânico, onde g(t) é uma força, o total de impulso desta força é medida pela integral Note que se g(t) tem a forma Então Em particular, se c = 1/(2τ), então I(τ) = 1 (independente de τ ). I (τ )=∫−∞ ∞ g ( t )dt=∫ t0−τ t 0+ τ g ( t )dt g ( t )={c, t0−τ<t<t0 +τ0, caso contrário } I (τ )=∫−∞ ∞ g ( t )dt=∫ t0−τ t 0+ τ g ( t )dt =2τ c , τ> 0 Função Impulso Unitário Suponha a função força dτ(t) tenha a forma Então como já vimos, I(τ) = 1. Queremos que dτ(t) aja em intervalos de tempo cada vez mais curtos (i.e., τ → 0). Veja gráfico. Note que dτ(t) fica mais alto e mais estreito com τ → 0. Assim para t ≠ 0, temos d τ( t )={1/2τ , −τ<t<τ0, caso contrário } lim τ→0 d τ( t )=0, e lim τ→ 0 I ( τ )=1 Função Delta de Dirac Assim para t ≠ 0, temos A Função impulso unitário δ é definida com as propriedades A função impulso unitário é um exemplo de uma função generalizada e é usualmente chamada de a função dela de Dirac. Em geral, para um impulso unitário em um ponto arbitrário t0, δ (t )=0 para t≠0, e∫ δ ( t )dt=1 δ (t−t 0)=0 para t≠t 0 , e∫ δ( t−t0 )dt=1 lim τ→ 0 d τ( t )=0, e lim τ→ 0 I ( τ )=1 Transformada de Laplace de δ (1 de 2) A transformada de Laplace de δ é definida por e assim L {δ( t−t0 )}=lim τ→ 0 L {d τ ( t−t0 )}, t0> 0 L {δ( t−t0 )}=lim τ→0 ∫0 ∞ e−st d τ (t−t0)dt=lim τ→0 1 2τ∫ t0−τ t0+ τ e−st dt =lim τ→ 0 −e−st 2sτ ∣t0−τ t0+ τ =lim τ →0 1 2sτ [−e−s( t0+ τ)+ e−s (t 0−τ )] =lim τ→ 0 e −st0 sτ [e sτ−e− sτ 2 ]=e−st 0[limτ→0 sinh (sτ )sτ ] =e −st0[limτ→0 scosh (sτ )s ]=e−st0 Assim a Transformada de Laplace de δ é Para a Transformada de Laplace de δ em t0= 0, tome limites da seguinte forma: Por exemplo, quando t0= 10, temos L{δ(t -10)} = e-10s. L {δ( t )}= lim t0→ 0 L {d τ ( t−t 0)}= lim τ0 →0 e −st 0=1 Transformada de Laplace de δ (2 de 2) { } 0,)( 00 0 >=− − tettL stδ Produto de Funções Contínuas por δ O produto da função delta e uma função contínua f pode ser integrável, usando o teorema do valor médio para integrais: Assim ∫−∞ ∞ δ ( t− t0 ) f ( t )dt= f ( t0) [ ] )( *)(lim )* where( *)(2 2 1lim )( 2 1lim )()(lim)()( 0 0 000 0 000 0 0 tf tf ttttf dttf dttfttddttftt t t = = +<<−= = −=− → → + −→ ∞ ∞−→ ∞ ∞− ∫ ∫∫ τ τ τ ττ τ τ τττ τ τ δ Considere a solução do PVI Então Seja Y(s) = L{y}, Substituindo as condições iniciais, obtemos ou 2L {y' ' }+ L{y ' }+ 2L {y }=L {δ( t−7)} [2s2 Y ( s )−2 sy (0)−2 y' ( 0)]+ [sY ( s )− y (0 )]+ 2Y( s )=e−7s Exemplo 1: PVI (1 de 3) (2s2+ s+ 2) Y ( s )=e−7s Y (s )= e −7s 2s2+ s+ 2 2 y ' '+ y '+ 2y=δ( t−7 ) , y (0)=0, y ' (0 )=0 Nos temos A expansão em frações parcial de Y(s) nos dá e portanto Exemplo 1: Solução (2 de 3) Y (s )= e −7s 2s2+ s+ 2 Y (s )= e −7s 2√15 [ √15 /4( s+ 1/4)2+ 15 /16 ] y ( t )= 1 2√15 u7( t )e −(t−7)/4sin √15 4 (t−7) Como as condições iniciais em t=0 são homogêneas e não existe excitação externa até t = 7, não há resposta no intervalo (0, 7). O impulso em t = 7 produz uma oscilação que decai, mas persiste indefinidamente. A Resposta é contínua em t = 7, apesar da singularidade do termo não homogêneo. No entanto y' tem uma descontinuidade em salto neste ponto t = 7, y'' tem uma descontinuidade infinita ai. Assim singularidade da função força é balanceada por uma singularidade correspondente com em y''. Exemplo 1: Comentários da Solução (3 of 3) 6.6: A Convolução Algumas vezes é possível escrever a Transformada de Laplace H(s) como H(s) = F(s)G(s), onde F(s) e G(s) são as transformadas de funções conhecidas f e g, respectivamente. Neste caso podemos esperar que H(s) seja a transformada do produto de f e g. Isto é, H(s) = F(s)G(s) = L{f }L{g} = L{f g}? Veremos a seguir um exemplo que mostra que esta igualdade não é verdadeira, a transformada de Laplace não comuta com a multiplicação usual. Nesta seção estudaremos a convolução de f e g, o qual pode ser visto como um produto generalizado, e para o qual a Transformada de Laplace faz comutar. Exemplo 1 Sejam f (t) = 1 e g(t) = sin(t). Calculando a Transformada de Laplace de f e g Assim e Portanto para estas funções não vale a igualdade L { f ( t ) g ( t )}=L { sin t }= 1 s2+ 1 L { f ( t )}=L { 1 }=1 s , L { g ( t ) }=L { sin t }= 1 s2+ 1 L { f ( t ) g ( t )}≠L { f ( t ) } L { g ( t ) } L { f ( t ) } L { g ( t ) }= 1 s (s2+ 1) Teorema 6.6.1 Suponham F(s) = L{f (t)} e G(s) = L{g(t)} ambas existem para s > a ≥ 0. Então H(s) = F(s)G(s) = L{h(t)} para s > a, onde A função h(t) é chamada como a convolução de f e g e a integral acima são conhecidas como integrais de convolução. Note que a igualdade das duas integrais de convolução pode ser obtidas fazendo a substituição u = t - τ. A integral de convolução é uma definição de um “produto generalizado” e pode ser escrito como h(t) = ( f *g)(t). f*g = g*f (comutatividade) f*(g1+g2) = f*g1 + f*g2 (distributividade) (f*g)*h) = f*(g*h) (associatividade) Ainda temos, f*0=0*f=0 ; (f*1)(t) f(t) e pode ser que f*f <0. ∫∫ −=− tt dτtgfτ)g(τ)dτf(t=h(t) 00 )()( ττ ≠ Teorema 6.6.1 Ideia da prova { })( )()( )()( )()( )()()( )()( )()()()( 00 0 0 0 0 0 0 )( 0 0 thL dtdgtfe dtdgtfe ddttfge utdttfedg duufedg dgeduufesGsF tst t st st st us ssu = −= −= −= +=−= = = ∫∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∞ − ∞ − ∞ ∞ − ∞ ∞ − ∞ ∞ +− ∞ ∞ −− τττ τττ τττ ττττ ττ ττ τ τ τ τ Exemplo 2 Encontre a Transformada de Laplace da função h abaixo. Solução: Note que f (t) = t e g(t) = sin2t, com Assim pelo Teorema 6.6.1, F (s )=L { f (t )}=L {t }=1 s2 G( s )=L {g ( t )}=L {sin 2t}=2 s2+ 4 h ( t )=∫0 t ( t−τ )sin 2 td τ L {h (t )}=H ( s )=F ( s )G (s )= 2 s2 (s2+ 4) Exemplo 3: Encontre a Transformada Inversa (1 de 2) Encontre Transformada de Laplace inversa de H(s), abaixo. Solução: Seja F(s) = 2/s2 e G(s) = 1/(s - 2), com Assim pelo Teorema 6.6.1, f ( t )=L−1 {F ( s )}=2t g ( t )=L−1 {G( s )}=e2t H ( s )= 2 s2( s−2 ) L−1 {H ( s )}=h( t )=2∫0 t ( t−τ )e2τ dτ Exemplo 3: Solução h(t) (2 de 2) Podemos simplesmente integrar para h(t), como segue. [ ] [ ] 2 1 2 1 2 1 2 1 1 2 11 22)(2)( 2 222 222 0 2 0 2 0 2 0 2 0 2 0 2 −−= −+−−= −−−−= −−= −=−= ∫ ∫∫∫ te eettte eetet deete dedetdetth t ttt ttt ttt ttt ττ τττττ τττ τττ Encontre a solução do PVI Solução: ou Seja Y(s) = L{y}, e substituindo as condições iniciais, Assim L {y ' ' }+ 4L {y }=L {g ( t )} [s2 L {y }−sy (0 )− y ' (0 )]+ 4L{y }=G( s ) Exemplo 4: PVI (1 de 4) (s2+ 4 ) Y ( s )=3s−1+ G (s ) Y (s )=3s−1 s2+ 4 + G( s ) s2+ 4 y ' '+ 4y=g ( t ) , y( 0)=3, y ' (0)=−1 Temos Assim Noteque se g(t) é dado, então a integral de convolução pode ser calculada. y ( t )=3cos 2t−1 2 sin 2t+ 1 2∫0 t sin 2 ( t−τ )g (τ )dτ Exemplo 4: Solução (2 de 4) )( 4 2 2 1 4 2 2 1 4 34 )( 4 13)( 222 22 sG sss s s sG s ssY + + + − + = + + + − = Lembrem que a Transformada de Laplace da solução y é Note Φ (s) depende somente do sistema de coeficientes e das condições iniciais, enquanto Ψ (s) depende somente do sistema de coeficientes e da função força g(t). Mas, φ(t) = L-1{Φ (s)} resolve o PVI homogêneo enquanto ψ(t) = L-1{Ψ (s)} resolve o PVI não homogêneo Exemplo 4: Solução da Transformada Laplace (3 de 4) Y (s )=3s−1 s2+ 4 + G( s ) s2+ 4 =Φ( s )+ Ψ ( s ) y ' '+ 4y=g ( t ) , y( 0)=3, y ' (0)=−1 y ' '+ 4y=0, y (0 )=3, y' (0 )=−1 y ' '+ 4y=g ( t ) , y( 0)=0, y ' (0 )=0 Examinando Ψ (s) mais de perto, A função H(s) éconhecida como a função de transferência, e depende somente do sistema de coeficientes. A função G(s) depende somente da excitação externa g(t) aplicada no sistema. Se G(s) = 1, então g(t) = δ(t) e por isso h(t) = L-1{H(s)} resolve solves o PVI não homogêneo Assim h(t) é a resposta do sistema para um impulso unitário aplicado em t = 0, e por isso h(t) é chamada de resposta ao impulso do sistema. Exemplo 4: Função de Transferência (4 de 4) Ψ (s )=G (s ) s2+ 4 =H (s )G( s ) , onde H ( s )= 1 s2+ 4 y ' '+ 4y=δ( t ) , y (0)=0, y ' (0 )=0 Considere o PVI geral Este PVI é também chamado de um Problema input-output. Os coeficientes a, b, c descreve propriedade físicas de um sistema, e g(t) é um input do sistema. Os valores y0 e y0' descreve o estado inicial, e a solução y é o output no tempo t. Usando a Transformada de Laplace, obtemos ou Problema de entrada-saída (Input-Output) (1 de 3) a y ' '+ b y '+ cy=g ( t ) , y (0 )= y0 , y ' (0 )= y0 ' a [ s2Y (s )−sy (0)− y ' (0)]+ b [ sY ( s )− y (0 )]+ cY (s )=G ( s ) Y (s )= (as+ b ) y0+ a y0 ' as2+ bs+ c + G( s ) as2+ bs+ c =Φ (s )+ Ψ ( s ) Temos Como antes, Φ (s) depende somente do sistema de coeficientes e das condições inicial, enquanto Ψ (s) depende somente do sistema de coeficientes e da função força g(t). Mas, φ(t) = L-1{Φ (s)} resolve o PVI homogêneo Enquanto ψ(t) = L-1{Ψ (s)} resolve o PVI não homogêneo Solução da Transformada de Laplace (2 de 3) a y ' '+ b y '+ cy=0, y(0 )= y0 , y ' (0)= y0 ' a y ' '+ b y '+ cy=g ( t ) , y (0 )=0, y' (0 )=0 a y ' '+ b y '+ cy=g ( t ) , y (0 )= y0 , y ' (0 )= y0 ' Y (s )= (as+ b ) y0+ a y0 ' as2+ bs+ c + G( s ) as2+ bs+ c =Φ (s )+ Ψ ( s ) Examinando Ψ (s) mais de perto, Como antes, H(s) é a função de transferência, e depende somente do sistema de coeficientes, enquanto G(s) depende somente da excitação externa g(t) aplicada no sistema. Assim se G(s) = 1, então g(t) = δ(t) e por isso h(t) = L-1{H(s)} resolve o PVI não homogêneo Assim h(t) é a resposta do sistema para um impulso unitário aplicado em t = 0, e por isso h(t) é chamada a resposta ao impulso do sistema, com Função de Transferência (3 de 3) a y ' '+ b y '+ cy=δ( t ) , y (0 )=0, y ' (0)=0 Ψ (s )= G (s ) as2 +bs+c =H (s )G( s ) , onde H ( s )= 1 as2 +bs+c ψ ( t )= L−1 {H ( s )G (s )} =∫0 t h( t−τ ) g ( τ )dτ Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide 100 Slide 101 Slide 102 Slide 103
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