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SUMÁRIO 
1 - OSÉIAS .................................................................................................................3 
1.1. ÉPOCA E LOCAL DA ESCRITA .......................................................................................3 
1.2. CENÁRIO ..................................................................................................................3 
1.3. A ESPOSA DE OSÉIAS E OS FILHOS...............................................................................3 
1.4. ESTILO .....................................................................................................................4 
1.5. CANONICIDADE..........................................................................................................4 
1.6. HARMONIA COM OUTROS LIVROS DA BÍBLIA ..................................................................4 
1.7. USO NAS ESCRITURAS GRECO-CRISTÃS.........................................................................4 
1.8. PROFECIAS CUMPRIDAS ..............................................................................................4 
1.9. DESTAQUES DO LIVRO DE OSÉIAS................................................................................5 
2 - JOEL.....................................................................................................................5 
2.1. TEMPO DA ESCRITA....................................................................................................6 
2.2. AUTENTICIDADE ........................................................................................................6 
2.3. DESTAQUES DO LIVRO DE JOEL...................................................................................6 
3 - AMÓS....................................................................................................................7 
3.1. DESTAQUES DO LIVRO DE AMÓS..................................................................................8 
4 - OBADIAS...............................................................................................................9 
4.1. DESTAQUES DO LIVRO DE OBADIAS..............................................................................9 
5 - JONAS.................................................................................................................10 
5.1. AUTENTICIDADE ......................................................................................................10 
5.2. DESTAQUES DO LIVRO DE JONAS ...............................................................................11 
6 - MIQUÉIAS ...........................................................................................................12 
6.1. DESTAQUES DO LIVRO DE MIQUÉIAS ..........................................................................13 
7 - NAUM..................................................................................................................14 
7.1. HARMONIA COM OUTROS LIVROS DA BÍBLIA ................................................................14 
7.2. FUNDO HISTÓRICO...................................................................................................14 
7.3. DESTAQUES DO LIVRO DE NAUM................................................................................15 
8 - HABACUQUE .......................................................................................................15 
8.1. ESCRITOR ...............................................................................................................15 
8.2. CANONICIDADE........................................................................................................15 
8.3. DATA E CENÁRIO .....................................................................................................16 
8.4. ESTILO ...................................................................................................................16 
8.5. DESTAQUES DO LIVRO DE HABACUQUE ......................................................................16 
9 - SOFONIAS...........................................................................................................17 
9.1. AUTENTICIDADE ......................................................................................................18 
9.2. DESTAQUES DO LIVRO DE SOFONIAS ..........................................................................18 
10 - AGEU...............................................................................................................19 
10.1. ESCRITOR E CANONICIDADE ......................................................................................19 
10.2. ESTILO ...................................................................................................................19 
10.3. DATA E CIRCUNSTÂNCIAS..........................................................................................19 
10.4. MENSAGENS DE BENEFÍCIO DURADOURO....................................................................19 
10.5. DESTAQUES DO LIVRO DE AGEU ................................................................................20 
11 - ZACARIAS........................................................................................................20 
11.1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ................................................................................20 
Profetas Menores - 2 
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11.2. PROPÓSITO .............................................................................................................21 
11.3. VISÃO PANORÂMICA .................................................................................................21 
11.4. CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS ....................................................................................21 
12 - MALAQUIAS.....................................................................................................22 
12.1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ................................................................................22 
12.2. PROPÓSITO .............................................................................................................23 
12.3. VISÃO PANORÂMICA .................................................................................................23 
12.4. CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS ....................................................................................24 
12.5. O LIVRO DE MALAQUIAS E O NT ................................................................................24 
12.6. ESBOÇO .................................................................................................................24 
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1 - OSÉIAS 
Escrito por “Oséias, filho de Beeri” (1:1). Nele, a vida doméstica do escritor é 
comparada à relação de Deus com Israel (caps. 1-3). O livro mostra que Deus não aceita a 
mera cerimônia religiosa formal (6:6). Põe em relevo também a misericórdia e a benevolência 
de Deus (2:19; 11:1-4; 14:4). 
1.1. Época e Local da Escrita 
Oséias começou a servir como profeta numa época em que o Rei Uzias, de Judá (829-
778 a.C.), e o Rei Jeroboão II, de Israel (844-804 a.C.), eram contemporâneos; portanto, não 
depois de 804 a.C., o aparente fim do reinado de Jeroboão (Os 1:1). O ministério profético de 
Oséias estendeu-se até o reinado do Rei Ezequias, de Judá, que começou a reinar por volta 
de 745 a.C. Assim, estendeu-se por pelo menos 59 anos, ainda que, sem dúvida, abrangesse 
algum tempo dos reinados de Jeroboão II e de Ezequias, sendo assim um pouco mais longo. 
Embora Oséias registrasse uma profecia a respeito da destruição de Samária (13:16), ele 
não relatou seu cumprimento, o que provavelmente teria feito, caso a escrita do livro se 
tivesse estendido a 740 a.C., data da queda de Samária. Por conseguinte,o livro de Oséias 
foi evidentemente escrito no distrito de Samária e concluído algum tempo entre 745 e 740 
a.C.
1.2. Cenário 
O livro de Oséias diz respeito primariamente ao reino setentrional de Israel, de dez 
tribos (também chamado de Efraim, segundo o nome de sua tribo dominante, nomes estes 
que são usados de forma intercambiável no livro). Quando Oséias começou a profetizar, 
durante o reinado do Rei Jeroboão, Israel gozava de prosperidade material. Mas o povo 
rejeitara o conhecimento sobre Deus (4:6). Suas práticas iníquas incluíam derramamento de 
sangue, roubo, fornicação, adultério e a veneração de Baal e dos ídolos-bezerros (2:8, 13; e 
4:2, 13, 14; e 10:5). Depois da morte do Rei Jeroboão a prosperidade cessou, e passaram a 
prevalecer condições assustadoras, marcadas por inquietação e assassinatos políticos (II Re 
14:29-15:30). O fiel Oséias também profetizou em meio a tais circunstâncias. Por fim, em 
740 a.C., Samária caiu diante dos assírios, trazendo o fim ao reino de dez tribos (II Rs 17:6). 
1.3. A Esposa de Oséias e os Filhos 
Às ordens de Deus, Oséias tomou para si “uma esposa de fornicação e filhos de 
fornicação” (1:2). Isto não significa que o profeta se tenha casado com uma prostituta ou 
com uma mulher imoral que já tivesse filhos ilegítimos. Antes, indica que tal mulher se 
tornaria adúltera e que teria tais filhos depois de casar-se com o profeta. Oséias casou-se 
com Gômer, que “lhe deu à luz um filho”, Jezreel (1:3, 4). Mais tarde Gômer deu à luz uma 
filha, Lo-Ruama, e, depois, um filho, chamado Lo-Ami, sendo ambos evidentemente frutos 
de seu adultério, visto que não se faz nenhuma referência pessoal ao profeta com relação 
aos nascimentos deles (1:6, 8, 9). Lo-Ruama significa “[Com Ela] Não se Teve Misericórdia”, 
e o significado de Lo-Ami é “Não Meu Povo”, tais nomes indicando a desaprovação de Deus 
para com o volúvel Israel. Por outro lado, o nome do primogênito, “Jezreel”, que significa 
“Deus Semeará”, é aplicado de modo favorável ao povo, numa profecia de restauração 
([perguntas de estudo] 2:21-23). 
Após o nascimento desses filhos, Gômer, aparentemente, abandonou Oséias em troca 
de seus amantes, mas não se diz que o profeta se divorciou dela. Evidentemente, mais tarde 
ela foi abandonada pelos amantes e caiu na pobreza e na escravidão, pois Oséias 3:1-3 
parece indicar que o profeta comprou-a como se fosse escrava e acolheu-a de volta como 
esposa. Seu relacionamento com Gômer comparava-se ao de Deus com Israel, dispondo-se 
Deus a acolher de volta seu povo errante, depois que este se arrependeu de seu adultério 
espiritual (Os 2:16, 19, 20; 3:1-5). 
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Alguns peritos bíblicos acham que o casamento de Oséias é visionário, um transe, ou 
um sonho, que nunca se realizou. Contudo, o profeta não disse nem indicou que se tratava 
de uma visão, ou de um sonho. Outros acham que o casamento é uma alegoria ou parábola. 
Mas Oséias não usou terminologia simbólica ou figurada ao considerá-lo. Encarar isso como 
relato do casamento factual de Oséias com Gômer e da volta literal de Gômer ao profeta, dá 
força e significado à aplicação histórica e factual desses assuntos a Israel. Não distorce o 
claro relato bíblico, e harmoniza-se com o fato de Deus ter escolhido Israel, com o 
subseqüente adultério espiritual da nação, e seu retorno a Deus, quando o povo se 
arrependeu. 
1.4. Estilo 
O estilo de escrita de Oséias é conciso, até mesmo abrupto, às vezes. Há rápidas 
mudanças de pensamento. O livro contém expressões de grande sentimento e vigor, em 
forma de censura, avisos e exortações, bem como ternos apelos ao arrependimento. E 
contêm excelentes figuras de linguagem (4:16; 5:13, 14; 6:3, 4; 7:4-8, 11, 12; 8:7; 9:10; 
10:1, 7, 11-13; 11:3, 4; 13:3, 7, 8, 15; 14:5-7). 
1.5. Canonicidade 
O livro de Oséias é o primeiro na ordem dos chamados profetas menores nas Bíblias 
comuns em português, bem como nos antigos textos hebraicos e da Septuaginta. Jerônimo 
especificou que uma das divisões dos livros sagrados dos judeus era O Livro dos Doze 
Profetas, que por certo incluía o livro de Oséias para completar 12. Melito, do segundo 
século d.C., deixou um catálogo incluindo esses livros, como também o fizeram Orígenes e 
outros. 
1.6. Harmonia com Outros Livros da Bíblia 
Este livro se harmoniza com os pensamentos expressos em outras partes da Bíblia 
(compare Os 6:1 com Dt 32:39; Os 13:6 com Dt 8:11-14; 32:15, 18). O livro de Oséias fala 
de ocorrências registradas em outras partes das Escrituras, tais como incidentes envolvendo 
Jacó (Os 12:2-4, 12; Gn 25:26; 32:24-29; 29:18-28; 31:38-41), o Êxodo de Israel do Egito 
(2:15; 11:1; 12:13), a infidelidade de Israel com relação a Baal de Peor (Os 9:10; Nm 25) e ter 
a nação pedido um rei humano (Os 13:10, 11; I Sm 8:4, 5, 19-22). 
1.7. Uso nas Escrituras Greco-cristãs 
Jesus Cristo citou duas vezes Oséias 6:6, usando as palavras: “Misericórdia quero, e 
não sacrifício” (Mt 9:13; 12:7). Ele se referiu a Oséias 10:8 ao proferir o julgamento contra 
Jerusalém (Lc 23:30), e esta declaração foi usada em Apocalipse 6:16. Tanto Paulo como 
Pedro usaram Oséias 1:10 e 2:23. (Rm 9:25, 26; I Pd 2:10). Paulo citou Oséias 13:14 (LXX) 
ao considerar a ressurreição, perguntando: “Morte, onde está a tua vitória? Morte, onde está 
o teu aguilhão?” (I Co 15:55; compare também Os 14:2 com Hb 13:15).
1.8. Profecias Cumpridas 
As palavras proféticas de Oséias 13:16 a respeito da queda de Samária se cumpriram. 
A profecia de Oséias também mostrava que Israel seria abandonado por seus amantes entre 
as nações (Os 8:7-10). Deveras, não foram de nenhuma ajuda quando Samária foi destruída 
e os habitantes de Israel se tornaram cativos dos assírios, em 740 a.C. (II Rs 17:3-6.) 
A profecia de Oséias predisse que Deus enviaria um fogo para dentro das cidades de 
Judá (Os 8:14) No 14° ano do reinado do Rei Ezequias, o rei assírio Senaqueribe “subiu (...) 
contra todas as cidades fortificadas de Judá e passou a tomá-las” (II Rs 18:13). No entanto, 
Oséias também profetizou que Deus salvaria Judá (1:7). Isto ocorreu quando Deus frustrou 
o planejado ataque de Senaqueribe contra Jerusalém, e o anjo de Deus destruiu 185.000
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homens do exército assírio numa só noite (II Re 19:34, 35). Mas um “fogo” muito mais 
desastroso sobreveio quando Jerusalém e as cidades de Judá foram destruídas pelo Rei 
Nabucodonosor, de Babilônia, em 607 a.C. (II Cr 36:19; Jr 34:6, 7). 
Todavia, em harmonia com as profecias inspiradas de restauração, encontradas no 
livro de Oséias, um restante do povo de Judá e de Israel foi ajuntado e emergiu da terra do 
exílio, Babilônia, em 537 a.C. (Os 1:10, 11; 2:14-23; 3:5; 11:8-11; 13:14; 14:1-8; Ed 3:1-3). 
Paulo usou Oséias 1:10 e 2:23 para frisar a benignidade de Deus expressa para com os 
“vasos de misericórdia”, e Pedro também usou esses textos. Tais aplicações apostólicas 
mostram que as profecias também dizem respeito ao misericordioso ajuntamento de um 
restante espiritual, realizado por Deus (Rm 9:22-26; I Pd 2:10). 
No livro de Oséias há também profecias messiânicas. Mateus aplicou as palavras de 
Oséias 11:1 (“do Egito chamei o meu filho”) ao menino Jesus, que foi levado ao Egito, porém, 
mais tarde, reconduzido a Israel (Mt 2:14, 15). 
1.9. Destaques do Livro de Oséias 
 Profecias dirigidas primariamente a Israel (o reino setentrional, também chamado
de Efraim) e que salientam a extraordinária misericórdia de Deus.
 Escrito por Oséias depois de 745 a.C., pouco antes de Israel ser levado ao exílio
pela Assíria.
Os tratos de Deus com Israel são ilustrados pela vida doméstica de Oséias (1:1-3:5). 
 Ordena-se a Oséias que se case comuma mulher que mais tarde mostra ser
adúltera, o que ilustra a infidelidade de Israel para com Deus.
 Com sua esposa Gômer, Oséias tem um filho chamado Jezreel. Os dois próximos
filhos de Gômer, Lo-Ruama (que significa “[Com Ela] Não se Teve Misericórdia”), e
Lo-Ami (que significa “Não Meu Povo”), são evidentemente frutos de seu adultério;
os significados dos nomes referem-se a Deus retirar a misericórdia para com Israel
e rejeitar seu povo infiel.
 Tendo sofrido o julgamento divino por deslealmente ter-se voltado para a adoração
de Baal, Israel será restaurado e de novo usufruirá bênçãos, cumprindo o
significado do nome Jezreel (isto é, “Deus Semeará”).
 Ordena-se a Oséias que tome de volta sua esposa adúltera; ele assim o faz, mas
restringe as atividades dela, proibindo a fornicação indicativo da situação de Israel
até a época de retornar a Deus.
Julgamentos proféticos contra Israel (e Judá) por infidelidade para com Deus (4:1-
13:16) 
 Por envolver-se em fraude, assassinato, roubo, adultério, idolatria e prostituição
espiritual, o povo mostra que não conhece a Deus; assim, enfrentam uma
prestação de contas.
 A idolatria de Israel, sua corrupção moral, sua tola busca de alianças políticas com
potências antagônicas, (Egito e Assíria), em vez de confiar em Deus para ter
segurança, levará à devastação do país e os sobreviventes serem levados à Assíria.
Apelo para retornar a Deus (14:1-9) 
 Insta-se com o povo a pedir o perdão de Deus, a oferecer os novilhos de seus lábios,
e a não mais buscar proteção em alianças militares e cavalos de guerra.
 O retorno deles a Deus resultará em cura, em ele os amar liberalmente e numa
condição próspera sob a Sua bênção.
2 - JOEL 
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Livro inspirado das Escrituras Hebraicas, escrito por “Joel, filho de Petuel” (1:1). 
Virtualmente nada se sabe da vida deste profeta. Por suas referências a Judá, a Jerusalém e 
à casa de Deus ali, pode-se inferir que profetizou em Judá e que talvez morasse em 
Jerusalém (1:9, 14; 2:17, 32; 3:1, 2, 16-20). Por ter ele mencionado a “baixada de Jeosafá” 
(3:2, 12) dá a entender que escreveu seu livro depois da grande vitória de Deus a favor do 
Rei Jeosafá. Mas o período exato envolvido é duvidoso. 
2.1. Tempo da Escrita 
Os peritos atribuem diversamente ao livro de Joel datas desde antes de 800 a.C. até 
cerca de 400 a.C. A respeito de seus argumentos a favor de uma composição posterior ou 
anterior do livro, The International Standard Bible Encyclopaedia (A Enciclopédia Bíblica 
Padrão Internacional; editada por James Orr, 1960, Vol. III, p. 1690) observa: “Muitos dos 
argumentos aduzidos são da espécie negativa, i.e., a consideração daquilo que o profeta não 
menciona ou a que não se refere [inclusive os caldeus, os assírios, um rei de Judá e o reino 
de dez tribos], e o argumento baseado no silêncio é notoriamente precário.” De modo 
similar, não se pode determinar com certeza se Joel citou outros profetas ou foi citado por 
eles. Uma data após o exílio babilônico seria indicada se Joel (2:32) citou Obadias (17). Por 
outro lado, não só Obadias, mas até mesmo o bem anterior profeta Amós (compare Jl 3:16 
com Am 1:2) talvez tenha citado Joel. Isto significaria que Joel escreveu seu livro o mais 
tardar no tempo de Uzias (Am 1:1), talvez por volta de 820 a.C. Embora não seja conclusivo, 
o lugar ocupado pelo livro de Joel no cânon hebraico, entre Oséias e Amós, parece favorecer
o período anterior.
2.2. Autenticidade 
Os judeus não questionavam a canonicidade do livro de Joel, mas o colocaram em 
segundo lugar entre os profetas “menores”. Também se harmoniza por completo com o 
restante das Escrituras, como é evidente dos numerosos paralelos entre Joel e outros livros 
da Bíblia (compare Jl 2:2 com Sf 1:14, 15; Jl 2:4, 5, 10 com I Re 9:2, 7-9; Jl 2:11 com Ml 
4:5; Jl 2:12 com Jr 4:1; Jl 2:13 com Ex 34, Nm 14:18, Sl 86:15 e Sl 106:45; Jl 2:31 com Is 
13:9, 10, Mt 24:29, 30 e II Re 6:12-17). O cumprimento das profecias de Joel fornece ainda 
outro argumento em favor da sua autenticidade. Conforme predito, Tiro, Filístia e Edom 
sofreram os julgamentos de Deus (3:4, 19, quanto a pormenores). No dia de Pentecostes do 
ano 33 d.C., o apóstolo Pedro mostrou que o derramamento do Espírito de Deus sobre os 
discípulos de Jesus Cristo era cumprimento da profecia de Joel (Jl 2:28-32; At 2:17-21). 
Mais tarde, o apóstolo Paulo aplicou as palavras proféticas encontradas em Joel 2:32 tanto 
aos judeus como aos não-judeus que invocam a Deus com fé (Rm 10:12, 13). 
2.3. Destaques do Livro de Joel 
 Uma profecia vívida que enfatiza a vingança de Deus e a sua misericórdia.
 Foi possivelmente escrito por volta de 820 a.C., nove anos depois de Uzias se tornar
rei e cerca de um século depois da grande vitória de Deus sobre Moabe, Amom e os
habitantes de Seir, nos dias de Jeosafá.
Invasão de gafanhotos para assolar o país; está próximo o dia do Senhor (Joel 1:12:11) 
 Falar-se-á da vindoura praga durante gerações.
 A vegetação do país será assolada a ponto de cessarem as ofertas de cereais e de
bebida na casa de Deus.
 Manda-se que os sacerdotes pranteiem e clamem a Deus por socorro.
 O dia do Senhor é marcado por uma invasão destrutiva da “sua força militar”.
Israel é convidado a retornar a Deus; Seu Espírito será derramado (2:12-32) 
Profetas Menores - 7 
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 Os habitantes de Sião são convidados a ‘retornar’ a Deus; ele restabelecerá a
prosperidade deles e os protegerá contra o “nortenho”.
 Deus derramará seu Espírito sobre o seu povo, e dará portentos nos céus e na terra
antes de chegar seu “grande e atemorizante dia”.
 Aqueles que invocarem o nome de Deus escaparão durante o Seu grande dia.
As nações serão julgadas na “baixada de Jeosafá” (3:1-21) 
 As nações serão julgadas por terem maltratado o povo de Deus.
 São desafiadas a se prepararem para a guerra contra Deus e a descerem à baixada
de Jeosafá; ali serão esmagadas como uvas no lagar.
 Naquele tempo, Deus será refúgio para o seu povo.
 Egito e Edom tornar-se-ão um ermo, ao passo que Judá será habitada e produzirá
em abundância; Deus residirá em Sião.
3 - AMÓS 
A profecia deste livro hebraico da Bíblia foi dirigida primariamente ao reino 
setentrional de Israel. Pelo que parece, foi primeiro proferida oralmente, durante os reinados 
de Jeroboão II e de Uzias, respectivamente reis de Israel e Judá, cujos reinados coincidiram 
entre 829 e cerca de 804 a.C. (1:1) Por volta de 804 a.C. foi assentada por escrito, 
presumivelmente após o profeta voltar a Judá. Quanto a pormenores sobre o próprio 
profeta. 
A canonicidade deste livro, ou sua reivindicação de um legítimo lugar na Bíblia, jamais 
foi questionada. Desde os tempos primitivos, foi aceito pelos judeus, e aparece nos mais 
antigos catálogos cristãos. Justino, o Mártir, do segundo século EC, citou Amós em seu 
Dialogue With Trypho, a Jew (Diálogo com Trífon, um Judeu, cap. XXII). O próprio livro se 
acha em completo acordo com o restante da Bíblia, conforme indicado pelas muitas 
referências do escritor à história bíblica e às leis de Moisés (1:11; 2:8-10; 4:11; 5:22, 25; 
8:5). Os cristãos do primeiro século aceitavam os escritos de Amós como Escritura 
inspirada. Por exemplo, o mártir Estêvão (At 7:42, 43; Am 5:25-27), e Tiago, meio-irmão de 
Jesus (At 15:13-19; Am 9:11, 12), mencionaram o cumprimento de algumas das profecias. 
Outros eventos históricos atestam, de forma similar, a veracidade do profeta. É fato 
histórico que todas as nações condenadas por Amós foram, no devido tempo, devoradas pelo 
fogo da destruição. A própria grandemente fortificada cidade de Samária foi sitiada e 
capturada em 740 a.C., e o exército assírio levouos habitantes “para o exílio além de 
Damasco”, conforme predito por Amós. (Am 5:27; II Re 17:5, 6) Judá, ao sul, recebeu 
igualmente a devida punição quando foi destruída em 607 a.C. (2:5). E, fiel à palavra de 
Deus mediante Amós, descendentes cativos tanto de Israel como de Judá voltaram em 537 
a.C. para reconstruir sua terra natal (Am 9:14; Ed 3:1).
A arqueologia bíblica também confirma Amós como historiador fiel do seu tempo, 
quando, ao descrever o luxo ostentoso dos ricos, referiu-se a suas “casas de marfim” e a 
seus “leitos de marfim” (3:15; 6:4). Comentando algumas destas descobertas, Jack Finegan 
declara: “É de grande interesse que se descobriram numerosos marfins na escavação de 
Samária. Estes se acham, na maioria, em forma de placas ou pequenos painéis de relevo, e, 
presumivelmente, estavam certa vez presos à mobília e embutidos em painéis de parede” 
(Light From the Ancient Past - Luz do Passado Remoto, 1959, pp. 187, 188). 
O Espírito de Deus moveu Amós a usar linguagem simples, direta e pitoresca de 
maneira dignificada, própria para um profeta de Deus. Palavras simples, palavras 
poderosas, palavras cheias de significado, foram escolhidas para que tanto os enaltecidos 
como os humildes pudessem entender e compreender o sentido do que ele disse. Ele usou 
uma variedade de ilustrações, algumas com sabor rural, para dar vitalidade e vigor à sua 
mensagem. (Am 2:13; 4:2; 9:9) Eventos históricos são lembrados com exatidão (1:9, 11, 13; 
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4:11). Fazem-se alusões a práticas e costumes familiares do povo (2:8; 6:4-6). O todo 
constitui uma composição bem ordenada, com forma e objetivo definidos. 
Como um dos servos de Deus, Amós magnificou a palavra e o nome, a justiça e a 
soberania do Todo-poderoso. Ele descreve como “o Soberano Senhor, Deus dos exércitos”, é 
infinitamente grande, que nada está além do Seu alcance ou poder (Am 9:2-5). Até mesmo o 
sol, a lua, as constelações e os elementos estão sujeitos às ordens de Deus (5:8; 8:9). 
Portanto, para Deus é uma questão pequena demonstrar sua supremacia sobre as nações 
(1:3-5; 2:1-3; 9:7). 
Em harmonia com o significado de seu nome, Amós levou uma mensagem de peso, 
carregada de ais e de denúncias contra as nações pagãs, bem como contra Judá e Israel. Ele 
levou também uma consoladora mensagem de restauração, em que os fiéis a Deus poderiam 
depositar sua esperança. 
3.1. Destaques do Livro de Amós 
 Profecia dirigida especialmente a Israel, o reino setentrional de dez tribos, que tinha
seus centros de adoração do bezerro em Dã e em Betel.
 Escrito por volta de 804 a.C., enquanto Jeroboão II era rei em Israel.
A execução do julgamento de Deus é certa, não só contra as nações circunvizinhas, 
mas especialmente contra Israel (1:12:16) 
 Síria, Filístia e Tiro, pelo tratamento cruel dado a Israel.
 Edom (aparentado por meio de Esaú) e Amom (aparentado por meio de Ló), por
odiarem e maltratarem seus irmãos israelitas; Moabe, por queimar os ossos do rei
de Edom para virarem cal.
 Judá, por rejeitar a lei de Deus.
 Israel, por oprimir os pobres, por imoralidade, também por tratar com desrespeito
os profetas e os nazireus suscitados por Deus; não há escapatória da punição
divina.
A mensagem de julgamento de Deus contra Israel (3:16:14) 
 Israel fora especialmente favorecido por Deus; isto resulta em responsabilidade
especial.
 Quando Deus revela seu propósito aos seus servos, estes profetizam; assim, Amós
adverte que Deus ajustará contas pelas práticas religiosas falsas em Betel e pelas
defraudações feitas pelos amantes do luxo em Samária.
 Israel não retornou a Deus, apesar das punições já sofridas; agora advertido:
“Apronta-te para te encontrares com o teu Deus.”
 Mesmo ao advertir sobre ais vindouros, Deus exorta: “Buscai-me e continuai
vivendo”, “odiai o que é mau e amai o que é bom”.
Visões e profecias mostram que está próximo o fim de Israel (7:18:14) 
 Visão de desolação causada por gafanhotos; o profeta intercede.
 Visão de fogo destrutivo; Amós novamente intercede.
 Deus testará Israel com um prumo; não há mais desculpa para Israel.
 Sacerdote de Betel manda Amós parar de profetizar ali; Amós profetiza calamidade
para ele.
 Cesto de perecíveis frutas de verão, indicando que o fim de Israel está próximo.
 Fome de ouvir as palavras de Deus.
Punição e restauração (9:1-15) 
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 Não há lugar para onde escaparem; nada está fora do alcance do Soberano Senhor
Deus.
 A barraca (casa real) de Davi será reconstruída; cativos reajuntados usufruirão
segurança duradoura.
4 - OBADIAS 
O mais curto livro profético das Escrituras Hebraicas. Escrito por Obadias (a respeito 
de quem nada, exceto o nome, é conhecido), este livro contém uma proclamação do 
julgamento de Deus contra Edom, apresenta a razão para tal julgamento e aponta para a 
restauração da “casa de Jacó”. A extinção dos edomitas como povo e a restauração dos 
israelitas na sua terra confirmam o cumprimento exato da profecia de Obadias (17, 18). 
O motivo da profecia foi o tratamento ‘nada fraterno’ que os edomitas dispensaram aos 
“filhos de Judá” quando estes sofreram derrota. Os edomitas, através de seu ancestral, 
Esaú, eram aparentados aos israelitas. Os edomitas regozijaram-se com a calamidade de 
Judá, participaram em tomar despojos dos judeus, impediram-nos de fugir da terra e até os 
entregaram ao inimigo (12-14). Como fica evidente numa comparação da profecia de 
Obadias com as palavras de Jeremias (25:15-17, 21, 27-29; 49:7-22) e de Ezequiel (25:12-
14; 35:1-15), isto deve ter acontecido por ocasião da destruição de Jerusalém pelos exércitos 
babilônios e, por conseguinte, situaria a composição do livro por volta do ano 607 a.C. 
Visto que muitas das coisas preditas na profecia de Obadias também foram preditas 
no livro de Jeremias, isto tornava duplamente certo o cumprimento da palavra de Deus a 
respeito de Edom (veja Gn 41:32). 
4.1. Destaques do Livro de Obadias 
Julgamento de Deus contra Edom e a promessa de restauração para o povo de Deus 
 Escrito por volta de 607 aC, ano em que os babilônios desolaram Jerusalém.
Participação de Edom na violência feita aos descendentes de Jacó 
 Quando Jerusalém foi conquistada e seu povo foi levado ao cativeiro, Edom ficou
parado de lado (vv .10, 11).
 Ele não devia ter-se alegrado maliciosamente com a calamidade de Judá,
participando em saquear o povo de Deus e entregando os sobreviventes ao inimigo
(vv. 12-14).
A calamidade sobrevirá a Edom 
 Deus convoca as nações para se levantarem contra Edom em batalha (v. 1).
 Apesar de sua posição aparentemente segura, far-se-á que Edom desça (vv. 2-4).
 Ladrões ou ceifeiros levariam apenas o que desejassem e deixariam algo para trás;
quando Edom cair, ele será completamente saqueado; será enganado por aqueles
com quem entrou num pacto, e seus sábios e poderosos sofrerão destruição (vv. 5-
9). 
 A casa de Esaú receberá a mesma espécie de tratamento que dispensou a Judá; a
casa de Esaú deixará de existir (vv. 15, 18)
A casa de Jacó será restaurada 
 Sião se tornará santa; a casa de Jacó será o fogo que consome a casa de Esaú,
como restolho. (vv 17, 18).
 O povo restaurado de Deus tomará posse “das coisas a serem possuídas por eles”,
incluindo a “região montanhosa de Esaú” (vv.19, 20).
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 O reinado se tornará de Deus (v.21).
5 - JONAS 
Único livro das Escrituras Hebraicas que trata exclusivamente da comissão dum 
profeta de Deus para proclamar numa cidade não-israelita, e para ela, uma mensagem de 
destruição,proclamação que resultou no arrependimento desta cidade. As experiências 
relatadas neste livro eram exclusivas do seu escritor, Jonas, filho de Amitai. Evidentemente, 
sendo a mesma pessoa que o Jonas de 2 Reis 14:25, ele deve ter profetizado durante o 
reinado do Rei Jeroboão II, de Israel (c. 844-804 a.C). Por conseguinte, é razoável situar os 
eventos registrados no livro de Jonas no nono século a.C. 
5.1. Autenticidade 
Devido ao caráter sobrenatural de muitos eventos mencionados no livro de Jonas, ele 
tem sido muitas vezes atacado pelos críticos da Bíblia. O aparecimento dum vento 
tempestuoso e sua rápida cessação, o peixe que tragou Jonas e três dias depois vomitou o 
profeta ileso, e o crescimento e a morte súbitos dum cabaceiro, têm todos sido rotulados de 
não-históricos, porque tais coisas não ocorrem hoje em dia. Tal alegação poderia ter base se 
o livro de Jonas afirmasse tratar-se de ocorrências comuns lá naquele tempo. Mas não o faz.
Relata eventos ocorridos na vida de alguém especialmente comissionado por Deus. Por 
conseguinte, os que sustentam que tais coisas simplesmente não podiam ter acontecido 
devem negar, quer a existência de Deus, quer a Sua capacidade de influir nas forças 
naturais e na vida vegetal, animal e humana de modo especial, a bem de seu propósito (veja 
Mt 19:26). 
Alguns acham que a autenticidade do livro de Jonas está em dúvida porque não há 
nenhuma confirmação da atividade deste profeta nos registros assírios. Na realidade, porém, 
a ausência de tal informação não deve surpreender. Era costume de nações da antiguidade 
proclamarem seus êxitos, não seus fracassos e suas humilhações, e também apagar tudo o 
que lhes fosse desfavorável. Além disso, visto que não se preservaram nem se encontraram 
todos os registros antigos, ninguém pode dizer com certeza que nunca tenha existido um 
relato dos acontecimentos do tempo de Jonas. 
A falta de certos pormenores (tais como o nome do rei assírio, e o lugar exato em que 
Jonas foi vomitado em terra seca) tem sido citada como ainda outra prova de o livro de 
Jonas não ser história verídica. Esta objeção, porém, desconsidera que todas as narrativas 
históricas são relatos condensados, o historiador registrando apenas as informações que 
considera importantes ou necessárias para seu objetivo. Como o comentarista C. F. Keil 
observa apropriadamente: “Não existe sequer um dos historiadores antigos cujas obras 
possam ser consideradas tão completas assim: e os historiadores bíblicos visam ainda 
menos comunicar coisas que não tenham íntima relação com o principal objeto de sua 
narrativa, ou com o significado religioso dos próprios fatos” (Commentary on the Old 
Testament [Comentário Sobre o Velho Testamento], 1973, Vol. X, Introdução a Jonas, p. 
381). 
Visto que a evidência arqueológica tem sido interpretada como indicando que os 
muros que cercavam a antiga Nínive tinham apenas cerca de 13 km de circunferência, 
afirma-se que o livro de Jonas exagera o tamanho da cidade, ao descrevê-la como 
requerendo uma caminhada de três dias para atravessá-la (3:3). Esta, porém, não é uma 
razão válida para se questionar a referência bíblica. Tanto no uso bíblico como no moderno, 
o nome duma cidade pode incluir seus subúrbios. De fato, Gênesis 10:11, 12, mostra que
Nínive, Reobote-Ir, Calá e Resem constituíam “a grande cidade”. 
Não ter Jonas escrito na primeira pessoa tem sido usado para desacreditar o livro. 
Mas este argumento não leva em conta que era comum que os escritores bíblicos se 
referissem a si mesmos na terceira pessoa (Ex 24:1-18; Is 7:3; 20:2; 37:2, 5, 6, 21; Jr 20:1, 
2; 26:7, 8, 12; 37:2-6, 12-21; Dn 1:6-13; Am 7:12-14; Ag 1:1, 3, 12, 13; 2:1, 10-14, 20; Jo 
21:20). Até mesmo antigos historiadores seculares, inclusive Xenofonte e Tucídides, fizeram 
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isso. Todavia, é digno de nota que jamais foi questionada a genuinidade de seus relatos por 
tal motivo. 
Com a sua declaração inicial, “começou a vir a haver a palavra de Deus”, o livro de 
Jonas afirma proceder de Deus (1:1) Os judeus, desde os tempos mais antigos, têm aceitado 
como genuíno este e outros livros proféticos com introdução similar (Jr 1:1, 2; Os 1:1; Mq 
1:1; Sf 1:1; Ag 1:1; Zc 1:1; Ml 1:1). Isto, em si, fornece um bom argumento em favor da sua 
autenticidade. Como tem sido observado: “É, com efeito, inconcebível (...) que as autoridades 
judaicas tivessem recebido tal livro no cânon da Escritura sem a evidência mais conclusiva 
de sua genuinidade e autenticidade” (The Imperial Bible-Dictionary [O Dicionário Bíblico 
Imperial]), editado por P. Fairbairn, Londres, 1874, Vol. 1, p. 945. 
Ademais, este livro está em completa harmonia com o restante das Escrituras. Atribui 
a salvação a Deus (Jn 2:9; compare isso com Sl 3:8; Is 12:2; II Re 7:10), e a narrativa ilustra 
a misericórdia, a longanimidade, a paciência e a benignidade de Deus ao lidar com 
humanos pecaminosos (Jn 3:10; 4:2, 11; compare isso com Dt 4:29-31; Jr 18:6-10; Rm 
9:21-23; Ef 2:4-7; II Pd 3:9). 
Outra evidência que testifica a autenticidade deste livro da Bíblia é sua candura. Não 
encobre a atitude imprópria de Jonas para com sua comissão e para com a medida tomada 
por Deus, de poupar os ninivitas. 
A evidência mais conclusiva, porém, é suprida pelo próprio Filho de Deus. Disse ele: 
“Nenhum sinal (...) será dado [a esta geração], exceto o sinal de Jonas, o profeta. Porque, 
assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do enorme peixe, assim estará o 
Filho do homem três dias e três noites no coração da terra. Homens de Nínive se levantarão 
no julgamento com esta geração e a condenarão; porque eles se arrependeram com o que 
Jonas pregou, mas, eis que algo maior do que Jonas está aqui” (Mt 12:39-41; 16:4) A 
ressurreição de Cristo Jesus devia ser tão real quanto a libertação de Jonas do ventre do 
peixe. E a geração que ouvira a pregação de Jonas deve ter sido tão literal quanto a geração 
que ouviu o que Cristo Jesus disse. Homens míticos de Nínive jamais poderiam ressurgir no 
julgamento e condenar uma geração empedernida de judeus. 
A. Que espécie de criatura marítima era capaz de engolir Jonas? No passado, uma 
alegação favorita era que nenhuma criatura marítima era capaz de engolir um homem. Mas 
este argumento não é válido. O cachalote, com enorme cabeça quadrada, que constitui cerca 
de um terço do seu comprimento, é plenamente capaz de engolir um homem inteiro. 
(Mammals of the World [Mamíferos do Mundo], de Walker, revisado por R. Nowak e J. 
Paradiso, 1983, Vol. II, p. 901) É interessante saber que a evidência indica que o porto 
marítimo de Jope antigamente era sede de baleeiros. Por outro lado, é possível que o peixe 
que engoliu Jonas tenha sido o grande tubarão-branco. Um destes foi apanhado em 1939, 
tendo no estômago dois tubarões inteiros de 2 m de comprimento cada um do tamanho 
aproximado de um homem. E os grandes tubarões-brancos têm percorrido todos os mares, 
inclusive o Mediterrâneo. (Australian Zoological Handbook [Manual de Zoologia da 
Austrália], Os Peixes da Austrália, de G. P. Whitley, Sídnei, 1940, Parte 1 Os Tubarões, p. 
125; The Natural History of Sharks [A História Natural dos Tubarões], de R. H. Backus e T. 
H. Lineaweaver III, 1970, pp. 111, 113) Deve-se notar, porém, que a Bíblia simplesmente 
declara: “Deus providenciou um grande peixe para engolir Jonas”, sem especificar que peixe 
era. (1:17) De modo que não se pode determinar exatamente de que “peixe” se tratava. De 
fato, o conhecimento que o homem tem das criaturas que habitam os mares e oceanos é 
bastante incompleto. A revista Scientific American (setembro de 1969, p. 162) comentou: 
“Como se deu no passado, maior exploração do domínio abissal sem dúvida revelará 
criaturas ainda não descritas, inclusive membros de grupos que há muitose considerava 
extintos.” 
5.2. Destaques do Livro de Jonas 
 As experiências de Jonas, quando foi designado para profetizar a um povo pagão,
os habitantes de Nínive.
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 Foi escrito por volta de 844 a.C., uns 100 anos antes de a Assíria levar Israel ao
exílio.
A fuga de Jonas (1:12:10) 
 Jonas é comissionado para avisar os ninivitas da ira de Deus, mas toma um navio
que vai a Társis.
 Levanta-se uma grande borrasca e suscita o temor dum naufrágio.
 Os marujos temerosos clamam aos seus deuses, procuram aliviar o navio e então
lançam sortes para saber por causa de quem enfrentam a calamidade.
 A sorte recai em Jonas; ele manda que os marujos o lancem no mar, visto que a
borrasca ocorre por causa dele.
 Os marujos, não querendo fazer isso, procuram levar o navio de volta a terra;
quando isto fracassa, lançam Jonas no mar; a borrasca cessa imediatamente.
 Na água, Jonas é engolido por um grande peixe.
 De dentro das entranhas do peixe, ele ora a Deus e promete pagar o que votou.
 Finalmente, Jonas é vomitado em terra seca.
Jonas vai a Nínive (3:14:11) 
 Deus manda novamente que Jonas vá a Nínive para proclamar o Seu aviso.
 Jonas vai a Nínive e anuncia que a cidade será subvertida dentro de 40 dias.
 Os ninivitas arrependem-se; conforme mandados pelo rei, cobrem seus animais e a
si mesmos de serapilheira e clamam a Deus por misericórdia; Deus ‘deplora’ a
predita calamidade.
 Jonas fica furioso porque Nínive há de ser poupada; erige uma barraca fora da
cidade, senta-se na sombra dela e espera os acontecimentos.
 Deus faz surgir um cabaceiro e provê a Jonas uma bem-vinda sombra; no dia
seguinte, um verme ataca a planta e ela seca; aproveitando a reação de Jonas a
isso, Deus explica a Jonas por que Ele mostrou misericórdia para com os mais de
120.000 habitantes de Nínive.
6 - MIQUÉIAS 
Livro profético das Escrituras Hebraicas que contém a palavra de Deus dada por meio 
de Miquéias a respeito de Samária e Jerusalém. Consiste em três seções básicas, cada uma 
delas começando com a palavra “ouvi” (1:2; 3:1; 6:1). 
As palavras proféticas de Miquéias a respeito da desolação de Samária devem ter sido 
proferidas antes da destruição daquela cidade em 740 a.C., e suas declarações orais, 
evidentemente, foram assentadas por escrito antes do fim do reinado de Ezequias. 
No tempo de Miquéias prevaleciam condições morais deploráveis entre o povo de Israel 
e de Judá. Os líderes oprimiam o povo, especialmente os pobres. Juízes, sacerdotes e 
profetas andavam atrás de dinheiro. Idolatria, fraude, opressão, injustiças e derramamento 
de sangue abundavam. Era arriscado confiar até mesmo nos amigos confidenciais e nos 
membros da família (1:7; 2:1, 2; 3:1-3, 9-12; 6:12; 7:2-6). 
O livro de Miquéias apresenta candidamente os erros de Israel e de Judá. Ao passo 
que prediz a desolação de Samária e de Jerusalém por causa das suas transgressões (1:5-9; 
3:9-12), contém também promessas de restauração e de bênçãos divinas a seguir (4:1-8; 
5:7-9; 7:15-17). 
A autenticidade deste livro é bem confirmada. Harmoniza-se com o restante das 
Escrituras em mostrar que o Senhor é um Deus misericordioso e amoroso, que perdoa o 
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erro e passa por alto a transgressão (Mq 7:18-20; compare isso com Ex 34:6, 7; Sl 86:5). 
Desde os tempos mais primitivos, os judeus têm aceitado este livro como autêntico. Cerca 
de um século depois do tempo de Miquéias, suas palavras proferidas durante o reinado de 
Ezequias, a respeito da desolação de Jerusalém, foram citadas por certos anciãos de Judá, 
ao apresentarem um ponto em defesa do profeta Jeremias (Jr 26:17-19; compare isso com 
Mq 3:12). Séculos mais tarde, os principais sacerdotes e escribas dos judeus, à base da 
profecia de Miquéias, declararam confiantemente que o Cristo nasceria em Belém (Mt 2:3-6; 
compare isso com Mq 5:2). O cumprimento das profecias a respeito de Samária, de 
Jerusalém e do Messias, ou Cristo, marcam este livro como inspirado por Deus. É também 
digno de nota que as palavras de Jesus sobre os inimigos do homem serem pessoas da sua 
própria casa são paralelas a Miquéias 7:6 (Mt 10:21, 35, 36). 
6.1. Destaques do Livro de Miquéias 
Declaração cândida das transgressões de Israel e de Judá, previsão da desolação de 
Samária e de Jerusalém, e promessas de restauração 
 Abrange um período até a desolação de Samária em 740 a.C., e possivelmente
depois dela.
 As transgressões de Israel e de Judá são contrastadas com os requisitos justos de
Deus.
 Opressores deitados na cama, tramam apoderar-se de casas e de campos; ao
amanhecer o dia, executam suas tramas (2:1, 2)
 Transeuntes insuspeitosos são roubados; mulheres e crianças são vitimadas (2:8,
9)
 Os responsáveis pela administração da justiça exploram o povo como se este fosse
animais (3:1-3)
 Falsos profetas clamam: “Paz!” mas santificam a guerra contra todo aquele que
“não põe nada nas suas bocas” (3:5)
 Juízes, sacerdotes e profetas estão apenas atrás do lucro, mas alegam ter o apoio
de Deus (3:9-11)
 Virtualmente, não existem pessoas leais; príncipes e juízes procuram suborno, e
nem mesmo se pode confiar nos familiares (7:1-6)
 Deus libertou os do seu povo do Egito, e guiou-os e protegeu-os; nenhuma
quantidade de sacrifícios compensará a revolta deles (6:3-7)
 Ele requer que seu povo exerça a justiça, ame a benignidade e ande modestamente
com Ele. (6:8)
Os julgamentos de Deus contra Israel; Judá também ficará afetada 
 O julgamento de Deus resultará em Samária ser reduzida a um montão de ruínas;
a calamidade atingirá até mesmo Judá e Jerusalém. (1:3-16)
 A Israel sobrevirá calamidade; seus campos serão repartidos a outros. (2:3-5)
 Deus golpeará os do seu povo; estes comerão, mas não se fartarão, semearão, mas
não usufruirão os frutos. (6:13-16)
Os remanescentes serão ajuntados e a verdadeira adoração será enaltecida 
 Os remanescentes de Israel serão ajuntados “como o rebanho no redil”, tendo o rei
à sua frente e Deus à cabeça deles (2:12, 13)
 Na parte final dos dias, o monte da casa de Deus ficará elevado acima dos morros,
e pessoas de muitas nações afluirão a ele; serão ensinadas por Deus e não
aprenderão mais a guerra (4:1-4)
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 O povo restaurado andará no nome de Deus; Sião será forte diante dos seus
inimigos (4:5-13)
 Em Belém nascerá um governante, que pastoreará em nome de Deus; sob o seu
domínio, o assírio será rechaçado; os remanescentes de Jacó serão como o
refrescante orvalho e como um poderoso leão (5:2-9)
 Deus purificará seu povo da idolatria e executará vingança nas nações
desobedientes (5:10-15)
 Estribem-se em Deus; a alegria da “inimiga” acabará quando o povo arrependido de
Deus receber a atenção dele e vivenciar coisas maravilhosas, o que encherá as
nações observantes de medo; Deus perdoará os pecados do seu povo (7:7-20)
7 - NAUM 
Este livro é uma profética “pronúncia contra Nínive”, capital do Império Assírio. Este 
livro bíblico foi escrito por Naum, o elcosita (1:1). O cumprimento histórico daquela 
pronúncia profética atesta a autenticidade do livro. Algum tempo depois de a cidade egípcia 
de Nô-Amom (Tebas) sofrer uma humilhante derrota no sétimo século a.C. (3:8-10), 
escreveu-se o livro de Naum, completado antes da predita destruição de Nínive em 632 a.C. 
7.1. Harmonia com Outros Livros da Bíblia 
O livro de Naum concorda plenamente com o restante das Escrituras em descrever 
Senhor como “Deus que exige devoção exclusiva”, que é “vagaroso em irar-se e grande em 
poder”, mas de modoalgum se refreia de punir. (1:2, 3; compare isso com Ex 20:5; 34:6, 7; 
Jó 9:4; Sl 62:11) “Deus é bom, baluarte no dia da aflição. E ele tem conhecimento dos que 
procuram refugiar-se nele.” (1:7; compare isso com Sl 25:8; 46:1; Is 25:4; Mt 19:17.) Estas 
qualidades são claramente manifestadas em ele libertar os israelitas da opressão assíria e 
em executar vingança na Nínive culpada de sangue, depois de um considerável tempo de 
tolerância. 
São também dignas de nota as similaridades entre o capítulo 1 de Naum e o Salmo 97. 
As palavras de Isaías (10:24-27; 30:27-33), a respeito do julgamento de Deus contra a 
Assíria, são até certo ponto paralelas aos capítulos 2 e 3 de Naum (compare também Is 52:7; 
Na 1:15; Ro 10:15). 
7.2. Fundo Histórico 
Embora se assegurasse ao Rei Acaz, que não tinha fé, que a conspiração do rei sírio 
Rezim e do rei israelita Peca fracassaria na tentativa de depô-lo como rei (Is 7:3-7), ele 
imprudentemente apelou para o rei assírio Tiglate-Pileser III (Tilgate-Pilneser) em busca de 
ajuda. Por fim, esta ação “causou-lhe aflição, e não o fortaleceu”, porque Judá passou a 
estar sob o pesado jugo da Assíria (II Cr 28:20, 21) Mais tarde, o filho e sucessor de Acaz, 
Ezequias, rebelou-se contra o domínio assírio (II Re 18:7). Depois disso, o monarca assírio, 
Senaqueribe, invadiu Judá e tomou uma cidade fortificada após outra, resultando numa 
extensa desolação do país (veja Is 7:20, 23-25; 8:6-8; 36:1, 2). O próximo rei de Judá, 
Manassés, foi capturado por chefes do exército assírio e levado a Babilônia (então sob 
controle assírio – II Cr 33:11). 
Visto que Judá tinha assim sofrido por muito tempo sob a mão pesada da Assíria, a 
profecia de Naum a respeito da iminente destruição de Nínive era boas novas. Naum 
escreveu como se a Assíria já tivesse sofrido a queda: “Eis sobre os montes os pés daquele 
que traz boas novas, aquele que publica a paz. Ó Judá, celebra as tuas festividades. Paga os 
teus votos; porque não mais passará por ti nenhum imprestável. Certamente será decepado 
na sua inteireza” (Na 1:15). Não haveria mais interferência por parte dos assírios; nada 
impediria os judeus de assistir ou de celebrar as festividades. Sua libertação do opressor 
assírio seria completa (veja Na 1:9). Também, todos os outros povos que soubessem da 
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destruição de Nínive haveriam de “bater palmas”, ou regozijar-se, com a calamidade dela, 
porque a maldade da cidade causara-lhes muitos sofrimentos (3:19). 
A agressividade militar dos assírios tornara Nínive uma “cidade de derramamento de 
sangue” (3:1). Seu tratamento dos cativos de guerra era cruel e desumano. Alguns eram 
queimados ou esfolados vivos. Outros eram cegados ou se lhes cortavam o nariz, as orelhas 
ou os dedos. Freqüentemente, os cativos eram conduzidos por cordões com ganchos que 
furavam o nariz ou os lábios. Deveras, Nínive merecia ser destruída pela sua culpa de 
sangue. 
7.3. Destaques do Livro de Naum 
 Pronúncia contra Nínive, capital da Assíria.
 Escrito algum tempo antes de Nínive ser destruída em 632 a.C.
Deus executa vingança nos seus adversários. (1:1-6) 
 Deus exige devoção exclusiva; embora seja vagaroso em irar-se, não se refreia de
punir quando isto é merecido.
 Ninguém pode ficar de pé contra o calor da Sua ira; diante dele o mar se resseca, os
montes tremem, os morros se derretem, a terra é sublevada.
A execução dos iníquos dá alívio aos que esperam em Deus. (1:73:19) 
 Deus é baluarte protetor para os que confiam nele, mas exterminará os inimigos.
 Anunciar-se-ão boas novas a Judá; o “imprestável” será decepado, e a adoração
verdadeira será realizada sem impedimento.
 Deus recolherá os seus, mas Nínive será assolada e seus carros de guerra serão
queimados.
 A cidade culpada de sangue será saqueada como punição pelos seus pecados; nada
poderá salvá-la, seus guerreiros ficaram como mulheres.
 O golpe infligido ao rei da Assíria ficou incurável.
8 - HABACUQUE 
Livro das Escrituras Hebraicas, situado no oitavo lugar entre os chamados profetas 
menores nos textos hebraicos e da Septuaginta, bem como nas Bíblias comuns em 
português. Consiste em duas partes: 
 Um diálogo entre o escritor e Deus (caps.1, 2);
 Uma oração em endechas. Cap.3.
8.1. Escritor 
O escritor é identificado no próprio livro. A composição de ambas as partes é atribuída 
a “Habacuque, o profeta” (1:1; 3:1). 
8.2. Canonicidade 
A canonicidade do livro de Habacuque é confirmada por antigos catálogos das 
Escrituras Hebraicas. Embora não o mencionem por nome, o livro evidentemente era 
abrangido pelas referências deles aos ‘doze Profetas Menores’, pois, de outro modo, o 
número 12 ficaria incompleto. A canonicidade do livro inquestionavelmente é apoiada por 
citações dele nas Escrituras Gregas Cristãs. Embora Paulo não se referisse a Habacuque 
por nome, ele citou Habacuque 1:5 (LXX) quando falou a judeus sem fé (At 13:40, 41). Citou 
Profetas Menores - 16 
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Habacuque 2:4 (“Mas, quanto ao justo, continuará a viver pela sua fidelidade”) ao incentivar 
os cristãos a demonstrarem fé (Rm 1:16, 17; Gl 3:11; Hb 10:38, 39). 
Entre os Rolos do Mar Morto encontra-se um manuscrito de Habacuque (caps. 1, 2) 
num texto hebraico pré-massorético, com um comentário acompanhante. É digno de nota 
que neste texto se escreveu o nome de Deus com caracteres do hebraico antigo, ao passo 
que, no comentário, o nome divino é evitado, e, em lugar dele, se usa a palavra hebraica “ 
´El” (que significa “Deus”). 
Os peritos acreditam que este rolo foi escrito perto do fim do primeiro século a.C. Isto 
o torna o manuscrito hebraico mais antigo existente do livro de Habacuque. Este
manuscrito, em Habacuque 1:6, reza “caldeus”, confirmando assim a exatidão do texto 
massorético em mostrar que Deus suscitaria os caldeus (babilônios) como seus agentes. 
8.3. Data e Cenário 
A declaração “Deus está no seu santo templo” ( 2:20) e a nota que segue Habacuque 
3:19 (“Ao regente, nos meus instrumentos de cordas”) indicam que Habacuque profetizou 
antes de o templo construído por Salomão em Jerusalém ser destruído em 607 a.C. 
Também, a declaração de Deus: “Eis que suscito os caldeus” (1:6), e o teor geral da profecia, 
mostram que os caldeus, ou babilônios, ainda não haviam desolado Jerusalém. Mas, 
Habacuque 1:17 talvez sugira que já haviam começado a derrubar algumas nações. Durante 
o reinado do bom Rei Josias, de Judá (659-629 a.C.), os caldeus e os medos tomaram Nínive
(em 632 a.C.), e Babilônia estava então em vias de se tornar potência mundial. Na 3:7. 
Há alguns que, concordando com a tradição rabínica, sustentam que Habacuque 
profetizou mais cedo, durante o reinado do Rei Manassés, de Judá. Acreditam ter ele sido 
um dos profetas mencionados ou aludidos em II Reis 21:10 e II Crônicas 33:10. Sustentam 
que os babilônios não constituíam ainda ameaça, fato que tornava a profecia de Habacuque 
menos crível para os de Judá (veja Hc 1:5, 6). 
Por outro lado, na parte inicial do reinado de Jeoiaquim, Judá estava sob a esfera de 
influência do Egito (II Re 23:34, 35), e esta também podia ter sido uma época em que 
suscitar Deus os caldeus para punir os habitantes refratários de Judá seria para eles ‘uma 
atividade que não acreditariam, embora fosse relatada’ (1:5, 6). O rei babilônio 
Nabucodonosor derrotou Faraó Neco em Carquemis, em 625 a.C., no quarto ano do governo 
do Rei Jeoiaquim (Jr 46:2). De modo que Habacuque talvez profetizasse e registrasse a 
profecia antes daquele evento, possivelmente completando a escrita por volta de 628 a.C., 
em Judá. O uso do tempo futuro a respeito da ameaça caldéia evidentemente indica uma 
data anterior à vassalagem de Jeoiaquima Babilônia (620-618 a.C. - II Re 24:1). 
8.4. Estilo 
O estilo de escrita é tanto vigoroso como comovente. Usam-se ilustrações e 
comparações vívidas (1:8, 11, 14, 15; 2:5, 11, 14, 16, 17; 3:6, 8-11). Comentando o estilo de 
Habacuque, S. R. Driver disse: “A capacidade literária de Habacuque é considerável. 
Embora seu livro seja breve, é repleto de vigor; suas descrições são vívidas e vigorosas; tanto 
suas idéias como sua expressão são igualmente poéticas.” Essas qualidades, naturalmente, 
se devem em primeiro lugar à inspiração divina. 
O livro de Habacuque enfatiza a supremacia de Deus sobre todas as nações (2:20; 3:6, 
12), salientando a Sua soberania universal. Enfatiza também o fato de que os justos vivem 
pela fé (2:4). Gera confiança em Deus, mostrando que Ele não morre (1:12), que trilha as 
nações justificadamente, e que sai para a salvação do seu povo. (3:12, 13) Mostra-se que 
Senhor é o Deus de Salvação e a Fonte de energia vital para aqueles que exultam nele (3:18, 
19). 
8.5. Destaques do Livro de Habacuque 
 Resposta à pergunta: Executará Deus os iníquos?
Profetas Menores - 17 
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 Evidentemente, escrito por volta de 628 a.C., quando os caldeus passaram a ter
destaque, mas antes de Jeoiaquim se tornar seu vassalo.
Habacuque clama por ajuda, perguntando até quando Deus permitirá que os iníquos 
continuem (1:12:1) 
 Quando Deus responde que Ele suscitará os caldeus como Seu instrumento de
punição, Habacuque não consegue entender como o Santo podia pensar em um
agente tão traiçoeiro, um que transforma sua máquina de guerra num deus, cuja
rede de arrasto apanha homens quais peixes, e que impiedosamente mata povos.
 O profeta aguarda a resposta de Deus, reconhecendo que ele merece uma
repreensão.
Deus responde que ele tem um tempo designado, profere ai sobre o instrumento 
caldeu (2:2-20) 
 Deus garante que, embora possa haver uma aparente demora, a visão profética é
“para o tempo designado e prossegue arfando até o fim”, avidamente avançando
para o seu cumprimento.
 Pronúncias de ais indicam que o instrumento caldeu não ficaria sem punição por
saquear outras nações, decepar muitos povos, construir cidades mediante
derramamento de sangue, fazer outros beber o copo de vergonhosa derrota e por
empenhar-se em idolatria.
O profeta apela para Deus agir e ainda assim mostrar misericórdia durante o vindouro 
dia de aflição (3:1-19) 
 Relembrando manifestações passadas do poder de Deus, o profeta é tomado de
temor e tremor, mas está decidido a esperar tranqüilamente o dia da aflição,
rejubilando com o Deus da sua salvação.
 Mesmo que os próprios meios de sustentar a vida fracassem, Habacuque decide
rejubilar com o Senhor qual Deus de salvação, Aquele que o fortalece.
9 - SOFONIAS 
Este livro das Escrituras Hebraicas contém a palavra de Deus por meio do seu profeta 
Sofonias. Foi nos dias do Rei Josias, de Judá (659-629 a.C), que Sofonias realizou sua obra 
profética (1:1). No 12° ano do reinado de Josias, quando tinha uns 20 anos de idade, o rei 
começou uma extensa campanha contra a idolatria, e a partir do 18° ano do seu governo até 
o seu término, seus súditos “não se desviaram de seguir a Deus” (II Cr 34:3-8, 33). Portanto,
visto que o livro de Sofonias menciona a presença de sacerdotes de deuses estrangeiros, e a 
adoração de Baal e de corpos celestes em Judá, o tempo da sua composição pode ser 
razoavelmente colocado antes do começo das reformas de Josias, por volta de 648 a.C. (1:4, 
5). 
Idolatria, violência e fraude proliferavam em Judá quando Sofonias começou a 
profetizar. Muitos diziam no coração: “Deus não fará o que é bom e não fará o que é mau.” 
(1:12) Mas a profecia de Sofonias tornou claro que Deus executaria vingança nos 
transgressores impenitentes (1:32; 3:1-5). Seus julgamentos adversos recairiam não só 
sobre Judá e Jerusalém, mas também sobre outros povos - os filisteus, os amonitas, os 
moabitas, os etíopes e os assírios (2:4-15). 
A profecia de Sofonias deve ter sido especialmente confortante para os que se 
esforçavam a servir a Deus e que se devem ter sentido muito aflitos com as práticas 
detestáveis dos habitantes de Jerusalém, inclusive com seus corruptos príncipes, juízes e 
sacerdotes (3:1-7). Visto que pessoas de disposição justa devem ter aguardado a execução 
do julgamento divino nos iníquos, evidentemente dirigem-se a elas as palavras: “‘Estai à 
espera de mim’, é a pronunciação de Deus, ‘até o dia em que eu me levantar para o despojo, 
pois a minha decisão judicial é ajuntar nações, para que eu reúna reinos, a fim de derramar 
sobre elas a minha verberação, toda a minha ira ardente’” (3:8). Por fim, Deus daria atenção 
Profetas Menores - 18 
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favorável ao restante do seu povo, Israel, restabelecendo-o do cativeiro, e fazendo dele um 
nome e um louvor entre todos os outros povos (3:10-20). 
9.1. Autenticidade 
A autenticidade do livro de Sofonias é bem confirmada. Freqüentemente, as idéias 
expressas neste livro encontram um paralelo em outras partes da Bíblia (compare Sf 1:3 
com Os 4:3; Sf 1:7 com Hc 2:20 e Zc 2:13; Sf 1:13 com Dt 28:30, 39, e Am 5:11; Sf 1:14 com 
Jl 1:15; e Sf 3:19 com Mq 4:6, 7). Harmoniza-se completamente com o restante das 
Escrituras em destacar verdades vitais. Por exemplo: Deus é deus de justiça (Sf 3:5; Dt 
32:4). Embora ele ofereça a oportunidade de arrependimento, não permite que a 
transgressão fique indefinidamente sem punição (Sf 2:1-3; Jr 18:7-11; II Pd 3:9, 10). Nem a 
prata nem o ouro podem livrar os iníquos no dia da fúria de Deus (Sf 1:18; Pv 11:4; Ez 
7:19). Para ser favorecido com a proteção divina, é preciso comportar-se em harmonia com 
os julgamentos justos de Deus (Sf 2:3; Am 5:15). 
Outra evidência notável da canonicidade do livro é o cumprimento de profecia. A 
predita destruição sobreveio a Nínive, capital da Assíria, em 632 a.C (2:13-15), e a Judá e 
Jerusalém em 607 a.C. (1:4-18 - compare isso com II Re 25:1-10). Os etíopes, como aliados 
dos egípcios, evidentemente sofreram calamidade quando Nabucodonosor conquistou o 
Egito (2:12 - compare isso com Ez 30:4, 5). E os amonitas, os moabitas e os filisteus, por 
fim, deixaram de existir como povo (Sf 2:4-11). 
9.2. Destaques do Livro de Sofonias 
 Mensagens de julgamento divino contra Judá e Jerusalém, bem como contra outras
nações; também um anúncio do restabelecimento para Jerusalém.
 Escrito por Sofonias logo cedo no reinado de Josias, antes das reformas que este
iniciou por volta de 648 a.C.
Está próximo o dia do Senhor para julgar (1:1-2:3) 
 Deus acabará com tudo na face do solo.
 Em Judá e em Jerusalém, todos os que praticam a idolatria, que juram por Deus
bem como por um falso deus, que retrocedem de servir a Deus ou que não o
procuraram serão decepados.
 Os príncipes, os violentos, os enganadores estarão entre os que receberão atenção;
todos os que acham que Deus não agirá nem para o bem nem para mal verão sua
riqueza e sua propriedade reduzidas a nada.
 O dia do Senhor vem, um dia de fúria; nem a prata nem o ouro proverão escape.
 Os mansos da terra devem procurar a Deus, bem como a mansidão e a justiça;
então, provavelmente, serão escondidos no dia da Sua ira.
Punição dos vizinhos de Judá, e das mais distantes Etiópia e Assíria (2:4-15) 
 Os filisteus serão destruídos; Moabe ficará desolada assim como Sodoma, e Amom
será como Gomorra, por vituperar o povo de Deus.
 Os etíopes cairão pela espada; a Assíria será destruída; Nínive será devastada,
animais selváticos tomando posse das suas ruínas.
A rebelião e corrupção de Jerusalém (3:1-7) 
 A opressiva cidade, Jerusalém, também é marcada para julgamento; ela não
confiou em Deus e não se chegou a ele; seuspríncipes, juízes, profetas e sacerdotes
agiram todos de modo corrupto, em vez de usar sua influência para o bem.
 O povo não temeu a Deus, nem mudou de proceder, mesmo depois de presenciar
Seu julgamento contra outras nações.
Profetas Menores - 19 
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O derramamento da ira de Deus e o restabelecimento dum restante. (3:8-20) 
 A ira de Deus será derramada sobre nações e reinos.
 Povos receberão uma língua pura, a fim de invocar o nome de Deus e servi-lo
ombro a ombro.
 Apenas os humildes e os de condição humilde remanescerão entre o povo de Deus,
Israel, e usufruirão segurança sob a Sua proteção.
 Todos os responsáveis por afligir Israel serão punidos; o restante reunido será feito
“um louvor entre todos os povos da terra”.
10 - AGEU 
Livro inspirado das Escrituras Hebraicas, alistado entre os chamados profetas 
menores. Consiste em quatro mensagens de Deus para os judeus que retornaram do exílio 
babilônico, instando com eles a concluir a reconstrução do templo em Jerusalém. Sendo 
também profético, o livro predisse coisas tais como o enchimento da casa de Deus de glória 
e a derrubada de reinos humanos (2:6, 7, 21, 22). 
10.1. Escritor e Canonicidade 
O escritor foi Ageu, o profeta, que pessoalmente transmitiu cada mensagem 
encontrada no livro (1:1; 2:1, 10, 20). Ao passo que a maioria dos catálogos antigos das 
Escrituras não alistam nominalmente o livro de Ageu, este é evidentemente incluído em 
suas referências aos ‘doze Profetas Menores’, o número 12 ficando assim completo. Os 
judeus jamais questionaram o direito deste livro a um lugar entre as Escrituras Hebraicas, e 
a canonicidade do livro é definitivamente estabelecida pela citação de Ageu 2:6, que aparece 
em Hebreus 12:26 (Ag 2:21). 
10.2. Estilo 
A linguagem é simples e o seu significado é tornado plenamente claro. Suscitam-se às 
vezes perguntas que dão o que pensar (1:4, 9; 2:3, 12, 13, 19). O livro de Ageu contém forte 
repreensão, encorajamento, e profecias que inspiram esperança. 
10.3. Data e Circunstâncias 
As quatro mensagens registradas por Ageu foram proferidas em Jerusalém dentro 
dum período de cerca de quatro meses, no segundo ano do rei persa Dario Histaspes (520 
a.C), o livro, pelo que parece, sendo terminado em 520 a.C. (1:1; 2:1, 10, 20) Zacarias
profetizava com o mesmo propósito durante a atividade profética de Ageu (Ed 5:1, 2; 6:14). 
10.4. Mensagens de Benefício Duradouro 
Entre outras coisas, o livro de Ageu suscita fé em Deus, essencial aos servos de Deus. 
Mostra que Deus está com o seu povo (1:13; 2:4, 5) e também insta com eles a colocarem 
em primeiro lugar na vida os interesses Dele (1:2-8; Mt 6:33). O livro torna claro que uma 
adoração meramente formal não agrada a Deus (2:10-17; veja Is 29:13, 14; Mt 15:7-9), mas 
que as ações fiéis que se harmonizam com a vontade divina são as que resultam em bênção 
(Ag 2:18, 19; veja Pr 10:22). O escritor do livro bíblico de Hebreus aplica Ageu 2:6 como 
tendo um cumprimento maior em conexão com o Reino de Deus nas mãos de Jesus Cristo 
(Hb 12:26-29). 
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10.5. Destaques do Livro de Ageu 
 Quatro mensagens destinadas a motivar os judeus a prosseguir com a
reconstrução do templo de Deus.
 Escrito em Jerusalém 17 anos depois do retorno dos judeus do exílio, quando ainda
não se completara a construção do templo.
Mensagem aos que moram em casas apaineladas, ao passo que a casa de Deus jaz em 
ruínas (1:1-15) 
 Àqueles que acham que não é o tempo para se reconstruir o templo, Deus torna
claro que o abandono desta obra resultou na retirada da sua bênção, de modo que
as colheitas são escassas e os trabalhadores contratados recebem salário
inadequado.
 Zorobabel, Josué e os demais do povo reagem favoravelmente; promete-se-lhes que
Deus estará com eles na reconstrução do templo; começa a obra do templo.
Proclamação de que Deus encherá a sua casa de glória (2:1-9) 
 Aos olhos dos idosos que haviam visto a glória do templo de Salomão, o novo
edifício parece como nada.
 Deus exorta Zorobabel, Josué e os demais do povo a serem fortes, a não estar
desanimados, a continuar com a obra, assegurando-lhes que a glória do
reconstruído templo ultrapassará à do anterior.
Mostra-se às pessoas que o abandono da reconstrução do templo tornou tanto a elas 
como todo o seu trabalho impuros perante Deus (2:10-19) 
 Sacerdotes respondem a perguntas, indicando que a santidade não pode ser
transferida, mas que a impureza pode.
 Deus incentiva as pessoas por informá-las de que, a partir do dia de se lançar o
alicerce do templo Deus concederá sua bênção, não havendo mais colheitas
escassas.
Mensagem a Zorobabel sobre Deus fazer tremer os céus e a terra (2:20-23) 
 Quando Deus fizer tremer os céus e a terra, até mesmo derrubando o trono de
reinos, os inimigos voltarão suas espadas uns contra os outros; assim, nenhum
poder conseguirá impedir a reconstrução do templo.
 Deus tornará Zorobabel igual ao seu próprio anel de chancela, garantindo assim
que a posição dele será segura, não importa o que possa acontecer.
11 - ZACARIAS 
 Autor: Zacarias.
 Tema: a Conclusão do Templo e as Promessas Messiânicas.
 Data: 520—470 a.C.
11.1. Considerações Preliminares 
O primeiro versículo identifica o profeta Zacarias, filho de Baraquias e neto de Ido 
(1:1), como o autor do livro. Neemias informa ainda que Zacarias era cabeça da família 
sacerdotal de Ido (Ne 12:16). Por esta passagem, ficamos sabendo que ele era da tribo de 
Levi, e que passou a servir em Jerusalém, depois do exílio, tanto como sacerdote quanto 
profeta. Zacarias era um contemporâneo mais jovem do profeta Ageu. Esdras 5:1 declara 
que ambos animaram os judeus, em Judá e Jerusalém, a persistirem na reedificação do 
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templo nos dias de Zorobabel (o governador) e de Josua (o sumo sacerdote). O contexto 
histórico para os capítulos 1—8, datados entre 520—518 a.C., é idêntico ao de Ageu (ver a 
introdução de Ageu). Como resultado do ministério profético de Zacarias e Ageu, o templo foi 
completado e dedicado em 516—515 a.C. Em sua juventude, Zacarias havia trabalhado lado 
a lado com Ageu, mas ao escrever os capítulos 9—14 (que a maioria dos estudiosos data 
entre 480—470 a.C.), já se achava idoso. A totalidade das profecias de Zacarias foi 
enunciada em Jerusalém diante dos 50.000 judeus que haviam voltado a Judá na primeira 
etapa da restauração. O NT indica que Zacarias, filho de Baraquias, foi assassinado “entre o 
santuário e o altar” (i.e., no lugar da intercessão) por oficiais do templo (Mt 23:25). Algo 
semelhante ocorrera a outro homem de Deus que tinha o mesmo nome (ver II Cr 24:20, 21). 
11.2. Propósito 
Os dois propósitos que Zacarias tinha em mente ao escrever seu livro correspondem 
às duas divisões principais da obra: 
1. Os capítulos 1-8 foram escritos a fim de encorajar o remanescente judeu, em
Judá, a persistir na construção do templo;
2. Os capítulos 9-14 foram escritos para fortalecer os judeus que, tendo concluído o
templo, ficaram desanimados por não ter aparecido imediatamente o Messias.
Nesta passagem, é revelado também em que importará a vinda do Messias.
11.3. Visão Panorâmica 
O livro divide-se em duas partes principais 
A. A primeira parte (1-8) começa com uma exortação aos judeus para que voltem ao 
Senhor, para que também o Senhor se volte a eles (1:1-6). Enquanto encorajava o povo a 
terminar a reedificação do templo, o profeta Zacarias recebeu uma série de oito visões (1:7—
6:8), garantindo à comunidade judaica em Judá e Jerusalém, que Deus cuida de seu povo,governando-lhe o destino. As cinco primeiras visões transmitiam esperança e consolação; as 
últimas três envolviam juízo. A quarta visão contém uma importante profecia messiânica 
(3:8, 9). A cena da coroação em 6:9-15 é uma profecia messiânica clássica do AT. Duas 
mensagens (7;8) fornecem perspectivas presentes e futuras aos leitores originais do livro. 
B. A segunda parte (9-14) contém dois blocos de profecias apocalípticas. Cada um 
deles é introduzido pela expressão: “Peso da palavra do Senhor” (9:1; 12:1). O primeiro 
“peso” (9:1-11:17) inclui promessa de salvação messiânica para Israel, e revela que o Pastor-
Messias, que levaria a efeito tal salvação, seria primeiramente rejeitado e ferido (11:4-17; cf. 
13:7). O segundo “peso” (12:1-14:21) focaliza a restauração e conversão de Israel. Deus 
prediz que Israel pranteará por causa do próprio Deus “a quem traspassaram” (12:10). 
Naquele dia, uma fonte será aberta à casa de Davi para a purificação do pecado (13:1); 
então Israel dirá: “O Senhor é meu Deus” (13:9). E o Messias reinará como Rei sobre 
Jerusalém (cap. 14). 
11.4. Características Especiais 
Seis aspectos básicos caracterizam o livro de Zacarias: 
 É o mais messiânico dos livros do AT, em virtude de suas muitas referências ao
Messias, que ocorrem em seus catorze capítulos. Somente Isaías, com seus
sessenta e seis capítulos, contém mais profecias a respeito do Messias do que
Zacarias;
 Entre os profetas menores, possui ele as profecias mais específicas e
compreensíveis a respeito dos eventos que marcarão o final dos tempos;
 Representa a harmonização mais bem sucedida entre os ofícios sacerdotal e
profético em toda a história de Israel;
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 Mais do que qualquer outro livro do AT, suas visões e linguagem altamente
simbólicas assemelham-se aos livros apocalípticos de Daniel e Apocalipse;
 Revela um exemplo notável de ironia divina ao prever a traição do Messias por
trinta moedas de prata, tratando-as como “esse belo preço em que fui avaliado por
eles” (11:13), e
 A profecia de Zacarias a respeito do Messias no capítulo 14, como o grande Rei-
guerreiro reinando sobre Jerusalém, é uma das que mais inspiram reverente temor
em todo o AT.
O Livro de Zacarias ante o NT Há uma aplicação profunda de Zacarias no NT. A 
harmonização da vida pessoal de Zacarias, entre os aspectos sacerdotal e profético pode ter 
contribuído para o ensino do NT de que Cristo é tanto sacerdote quanto profeta. Além disso, 
Zacarias profetizou a respeito da morte expiatória de Cristo pelas mãos dos judeus, que, no 
fim dos tempos, leva-los-á a prantearem-no, arrependerem-se e serem salvos (12:10-13:9; 
Rm 11:25-27). Mas a contribuição mais importante de Zacarias diz respeito a suas 
numerosas profecias concernentes a Cristo. Os escritores do NT citam-nas, declarando que 
foram cumpridas em Jesus Cristo. Entre elas estão: 
 Ele virá de modo humilde e modesto (9:9; 13:7; Mt 21:5; 26:31, 56);
 Ele restaurará Israel pelo sangue do seu concerto (9:11; Mc 14:24);
 Será Pastor das ovelhas de Deus que ficaram dispersas e desgarradas (10:2; Mt
9:36);
 Será traído e rejeitado (11:12,13; Mt 26:15; 27:9,10);
 Será traspassado e abatido (12:10; 13:7; Mt 24:30; 26:31, 56);
 Voltará em glória para livrar Israel de seus inimigos (14:1-6; Mt 25:31; Ap 19:15);
 Reinará como Rei em paz e retidão (9:9,10; 14:9,16; Rm 14:17; Ap 11:15); e
 Estabelecerá seu reino glorioso para sempre sobre todas as nações (14:6-19; Ap
11:15; 21:24-26; 22:1-5).
12 - MALAQUIAS 
 Autor: Malaquias.
 Tema: acusações de Deus Contra o Judaísmo Pós-Exílico.
 Data: cerca de 430 - 420 a.C..
12.1. Considerações Preliminares 
“Malaquias” significa “mensageiro de Jeová”. A opinião de que “Malaquias”, em 1:1, 
seja um título descritivo, ao invés de um nome pessoal, é altamente improvável. Embora não 
tenhamos mais informações no restante do AT a respeito do profeta, sua personalidade fica 
bem patente neste livro. Era um judeu devoto da Judá pós-exílica, e contemporâneo de 
Neemias. Era, provavelmente, um profeta sacerdotal. Suas firmes convicções a favor da 
fidelidade ao concerto (2:4, 5, 8, 10), e contra a adoração hipócrita e mecânica (1:7-2:9), a 
idolatria (2:10-12), o divórcio (2:13-16) e o roubo de dízimos e ofertas (3:8-10), revelam um 
homem de rigorosa integridade e de intensa devoção a Deus. 
O conteúdo do livro indica que: 
 o templo já havia sido reedificado (516 - 515 a.C.), e que os sacrifícios e festas 
achavam-se plenamente restaurados; 
 um conhecimento geral da Lei havia sido reintroduzido por Esdras (c. 457 - 455
a.C. (ver Ed 7:10; 14, 25, 26)); e
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 uma apostasia subseqüente ocorrera entre os sacerdotes e o povo (c. 433 a.C.).
Além disso, 
 o ambiente espiritual e a negligência contra as quais Malaquias clamava, 
assemelhavam-se à situação que Neemias encontrara em Judá depois de ter 
voltado da Pérsia (c. 433 - 425 a.C.), para servir como governador em Jerusalém 
pela segunda vez (cf. Ne 13:4-30); 
 os dízimos e as ofertas eram negligenciados (3:7-12; Ne 13:10-13); e
 o concerto do casamento era violado, pois os homens judeus divorciavam-se para 
se casarem com mulheres pagãs, provavelmente mais jovens e bonitas (2:10-16; Ne 
13:23-28). É razoável acreditar que Malaquias haja proclamado sua mensagem 
entre 430—420 a.C. 
12.2. Propósito 
Quando Malaquias escreveu, os judeus repatriados passavam novamente por 
adversidade e declínio espiritual. Eles se haviam tornado cínicos, e questionavam a justiça 
de Deus, duvidando do proveito em se obedecer aos seus mandamentos. À medida que a 
sua fé minguava, iam se tornando mecânicos e insensíveis na sua observância ao culto 
divino, e indiferentes às exigências da Lei. Eles faziam-se culpados de muitos tipos de 
transgressões contra o concerto. Malaquias confronta os sacerdotes e o povo com o apelo 
profético: 
 Para se arrependerem de seus pecados e da hipocrisia religiosa para que não
fossem surpreendidos pelo castigo divino;
 Para removerem a desobediência que bloqueava o fluxo do favor e bênção de Deus;
e
 Para voltarem ao Senhor e ao seu concerto com corações sinceros e obedientes
12.3. Visão Panorâmica 
O livro, que consiste num sêxtuplo “peso da palavra do SENHOR contra Israel, pelo 
ministério de Malaquias” (1:1), está entremeado por uma série de dez perguntas retóricas e 
irônicas feitas por Israel com as respectivas respostas de Deus por intermédio do profeta. 
Embora o emprego de perguntas e respostas não seja exclusivo de Malaquias, seu uso é 
distintivo por ser crucial à estrutura literária do livro (ver o esboço). O “peso” (ou “mensagem 
repressiva”) do Senhor proclamado por Malaquias é assim constituído: 
 Deus reafirma seu fiel amor a Israel segundo o concerto (1:2-5);
 Deus repreende os profetas por serem vigilantes infiéis do relacionamento entre o
Senhor e Israel segundo o concerto (1:6-2:9);
 Deus repreende Israel por ter rompido o concerto dos pais (2:10-16);
 Deus relembra a Israel a certeza do castigo divino por causa dos pecados contra o
concerto (2:17-3:6);
 Deus conclama toda a comunidade judaica pós-exílica a arrepender-se, e a voltar-
se ao Senhor, para que tornasse a receber as suas bênçãos (3:7-12);
 A mensagem final refere-se ao “memorial escrito” diante de Deus a respeito
daqueles que o temem e lhe estimam o nome (3:13-18). Malaquias encerra seu livro
com uma advertência e promessas proféticas a respeito do futuro “dia do Senhor”
(4:1-6).
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12.4. Características Especiais 
Cinco

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