Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Presbiteriana Mackenzie Escola de Engenharia – Depto. de Engenharia Civil 10 semestre de 2.013 Aula 9 Sinalização semafórica: definições 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.1. Legislação O CTB e o seu Anexo II • o Anexo II do CTB tem poucas informações sobre semáforos • ele traz apenas informações sobre as cores e o formato das lentes, ocupando menos do que quatro páginas do texto original • não são citados critérios de projeto (como itens de instalação); critérios de colocação ou metodologia de programação 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.1. Legislação (cont.) • não existem outros manuais oficiais sobre o assunto, exceto um com enfoque em programação semafórica, publicado pelo Denatran em 1.979 (disponível no site da disciplina) • um novo Manual está em elaboração (já passou por consulta pública), por um Grupo Técnico formado pelo Denatran 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.1. Legislação (cont.) Definição, conforme Anexo II do CTB: • Sinalização semafórica - subsistema da sinalização viária que se compõe de indicações luminosas acionadas alternada ou intermitentemente através de sistema elétrico/eletrônico, cuja função é controlar os deslocamentos • existem dois grupos: sinalização semafórica de advertência e de regulamentação 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.2. Sinalização semafórica de advertência • conforme o Anexo II, tem a função de advertir da existência de obstáculo ou situação perigosa, devendo o condutor reduzir a velocidade e adotar as medidas de precaução compatíveis com a segurança para seguir adiante • é composta de uma ou duas luzes amarelas, intermitentes 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.3. Sinalização semafórica de regulamentação • Controla o trânsito, alternando o direito de passagem • sequência de cores: - VEICULAR: vermelho; verde; amarelo; vermelho - PEDESTRE: vermelho; verde; vermelho intermitente; vermelho 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 Verde: indica permissão de prosseguir na marcha, podendo o condutor efetuar as operações indicadas pelo sinal luminoso, respeitando as normas gerais de circulação e conduta Amarela: indica “atenção”, devendo o condutor parar o veículo, salvo se isto resultar em situação de perigo Vermelha: indica obrigatoriedade de parar 9.3.1. Cores – veículos Definições do Anexo II do CTB 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.3.2. Cores – pedestres Definições do Anexo II do CTB Vermelha: indica que os pedestres não podem atravessar 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 Vermelha intermitente: assinala que a fase durante a qual os pedestres podem atravessar está a ponto de terminar. Isto indica que os pedestres não podem começar a cruzar a via e os que tenham iniciado a travessia na fase verde se desloquem o mais breve possível para o local seguro mais próximo 9.3.2. Cores – pedestres (cont.) Verde: assinala que os pedestres podem atravessar 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.4. Definições • Foco semafórico: unidade que fornece indicação luminosa • Grupo focal: conjunto formado por dois ou mais focos 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 • Movimento veicular não conflitante: fluxo de veículos que tem determinada origem e determinado destino e são compatíveis, ou seja, podem ocorrer simultaneamente • Movimentos conflitantes não compatíveis: fluxo de veículos que não podem transitar simultaneamente pela intersecção de forma segura • Aproximação: seção de entrada em uma intersecção, delimitada pela linha de retenção. Pode ter mais de um movimento 9.4. Definições (cont.) 1 2 3 • são três aproximações: seções 1, 2 e 3 9.4. Definições (cont.) • na figura estão representados 3 dos vários movimentos veiculares: origem em A e destino para B, C ou D E F • E e F são exemplos de movimentos conflitantes ponto de conflito A B C D • os movimentos AB, AC e AD não são conflitantes 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.4. Definições (cont.) • Estágio: configuração das indicações luminosas de uma intersecção que dá direito de passagem a determinados movimentos compatíveis • em projetos e programações, os movimentos compatíveis que recebem direito de passagem são representados no “Diagrama de estágios” 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.4. Definições (cont.) • Representação gráfica para o Diagrama de estágios – movimento veicular verde (permissão para passar): vermelho (parar e aguardar): • Representação gráfica - pedestres verde (permissão para passar): vermelho (parar e aguardar): 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.4. Definições (cont.) Exemplo de diagrama de estágios estágio A estágio B Rua Pizza R u a S a rd e lla 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.4. Definições (cont.) • Grupo semafórico: conjunto de grupos focais com indicações luminosas idênticas que controlam grupos de movimentos (veículos ou pedestres) que recebem simultaneamente o direito de passagem 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.4. Definições (cont.) • ou seja, são do mesmo grupo semafórico os grupos focais que sempre tem o início e o final do verde ocorrendo simultaneamente • Nos projetos e nas programações, os grupos focais que são do mesmo grupo semafórico devem receber a mesma denominação. Em geral, os grupos semafóricos são denominados por “Gn” (G1, G2, G3 etc) 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.5. Exemplo de grupos semafóricos Exemplo de grupos semafóricos: o grupo G1 é para a aproximação da R. Pizza (3 movimentos veiculares) e o G2 para R. Ravioli (esta, com 4 movimentos) Rua Pizza R u a R a v io li estágio A estágio B G1 G2 G2 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.5. Exemplo de grupos semafóricos (cont.) • no caso anterior, temos um exemplo de movimentos que podem ou não ser conflitantes • essa variação depende da demanda • em certos locais, a conversão é proibida nos horários de maior demanda, quando as brechas são reduzidas e os movimentos se tornam incompatíveis Rua Pizza R u a R a v io li 2 1 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.5.1. Exemplo de distribuição de grupos semafóricos Fonte: Google Earth Semáforo da R. Maria Antônia X R. Itambé 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.5.1. Exemplo de distribuição de grupos semafóricos (cont.) Croqui esquemático do semáforo da R. Maria Antônia X R. Itambé R. Maria Antônia Av. Higienópolis R . Ita m b é 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.5.1. Exemplo de distribuição de grupos semafóricos (cont.) Croqui esquemático do semáforo da R. Maria Antônia X R. ItambéR. Maria Antônia Av. Higienópolis R . Ita m b é Estágio 1 – Verde M. Antônia 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.5.1. Exemplo de distribuição de grupos semafóricos (cont.) Croqui esquemático do semáforo da R. Maria Antônia X R. Itambé R. Maria Antônia Av. Higienópolis R . Ita m b é Estágio 2 – Verde Itambé 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.5.1. Exemplo de distribuição de grupos semafóricos (cont.) Croqui esquemático do semáforo da R. Maria Antônia X R. Itambé R. Maria Antônia Av. Higienópolis R . Ita m b é Quando esses pedestres atravessam? 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.5.1. Exemplo de distribuição de grupos semafóricos (cont.) Croqui esquemático do semáforo da R. Maria Antônia X R. Itambé R. Maria Antônia Av. Higienópolis R . Ita m b é Estágio de pedestres (demandado!) 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.5.2. O estágio de pedestres demandado Utiliza-se um botão para acionamento do estágio de pedestres, a fim de evitar paradas desnecessárias, aumentando o respeito ao semáforo e melhorando a fluidez 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.5.3. Diagrama de estágios do caso anterior Quantos são os grupos semafóricos? Estágio 1 Estágio 2 Estágio de pedestres 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.5.3. Diagrama de estágios do caso anterior (cont.) Portanto, são cinco grupos semafóricos (G1 a G5) Estágio 1 Estágio 2 Estágio de pedestres G1 G2 G2 G3 G4 G4 G5 G5 G5 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.6. Entreverdes - tempos de segurança • Entreverdes: período entre o final do verde de um estágio e o início do verde do estágio subseqüente. É formado pelas seguintes parcelas: • tempo de amarelo = Ta (sempre ocorre) • tempo de vermelho de segurança = Tvs (depende das dimensões do cruzamento) Entreverdes = Ta + Tvs 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.6.1. Tempo de amarelo (Ta) • É relativo à velocidade dos veículos • Para o dimensionamento do amarelo, deve-se usar a velocidade regulamentada para a via pela sinalização vertical ou a estabelecida pelo CTB, conforme a hierarquia da via (Aula 5): - trânsito rápido (não tem semáforo) = 80 km/h - arterial = 60 km/h - coletora = 40 km/h - local = 30 km/h 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.6.1. Tempo de amarelo (cont.) • A tabela abaixo informa os tempos de amarelo (Ta) segundo as velocidades (considerando via sem rampa). Velocidade máxima regulamentada (Km/h) Tempo de amarelo calculado (s) Tempo de amarelo arredondado (s) < 40 2,98 3 50 3,48 4 60 3,98 4 70 4,47 5 80 4,97 5 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.6.2. Tempo de vermelho de segurança (Tvs) • tempo necessário para o veículo que cruzou a retenção saia da zona de conflito, tendo iniciado a travessia do cruzamento no final do amarelo • Em geral, é usado em cruzamentos de grandes dimensões 9.6.2. Tempo de vermelho de segurança (cont.) Pedestre paralelo (“carona”) Figura 2 Rua A V L C Ru a B Zona de conflito 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 Tvs = [ (L + C) / V] - tf onde: Tvs = tempo de vermelho de segurança (s); L = largura do cruzamento, incluindo a faixa de pedestre anterior (m); C = comprimento do veículo (m); V = velocidade do veículo; tf = tempo de partida dos veículos (s). 9.6.2. Tempo de vermelho de segurança (cont.) 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.6.2. Tempo de vermelho de segurança (cont.) Exemplo numérico: para uma via arterial, com tráfego predominante de autos, temos os seguintes tempos de vermelho geral, para as várias larguras L apresentadas calculado utilizado 2,17 3 50 m 0,97 1 30 m 0 0 10 m tempo de vermelho de segurança (s) Largura (L) valores obtidos para C = 6 m; V = 60 Km/h e tf = 1,2 s 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.7. Outras definições • Programação semafórica: estabelecimento da sequência (ou das sequências) de estágios e dos entreverdes para operação de um semáforo • Ciclo: tempo para uma sequência completa da operação de uma intersecção semaforizada • Plano semafórico: temporização da programação semafórica 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.7. Outras definições (cont.) Exemplo de diagrama de estágios de um cruzamento complexo 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.8. Representação esquemática de um ciclo para uma aproximação 0 19 22 50 Representação de um ciclo para uma aproximação (Rua H), com 19 s de verde, 3 s de amarelo e 28 s de vermelho. Neste caso, o tempo do ciclo é de 50 s unidade de tempo = segundos 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.9. Representação da distribuição dos tempos em um ciclo 19 22 47 50 0 G1 (R. H) G2 (R.V) • representação de um ciclo semafórico de um cruzamento, baseada nos tempos do item 9.8 unidade de tempo = segundos 9.10. Representação gráfica – plano, programação e ciclo semafórico, em diagrama de barras (exemplo) Rua H (G1) R. V (G2) GRUPOS SEMAFÓRICOS ESTÁGIOS Estágio 1 Estágio 2 0 19 22 47 50 (s) 1 ciclo semafórico 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 Rua Horizontal R u a V er ti ca l 0 50 (s) ESTÁGIO 1 Intervalo 1 19 Rua H Rua V Verde para a Rua Horizontal DURAÇÃO = 19 SEGUNDOS Início do ciclo 9.10 (cont.) 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 Rua Horizontal R u a V er ti ca l ESTÁGIO 1 Intervalo 2 0 50 (s) 19 22 Rua H Rua V Amarelo para a Rua Horizontal DURAÇÃO = 3 SEGUNDOS 9.10 (cont.) 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 Rua Horizontal R u a V er ti ca l 0 50 (s) ESTÁGIO 2 Intervalo 3 19 22 47 Rua H Rua V Verde para a Rua Vertical DURAÇÃO = 25 SEGUNDOS 9.10 (cont.) 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 Rua Horizontal R u a V er ti ca l 0 50 (s) ESTÁGIO 2 Intervalo 4 19 22 47 Rua H Rua V Amarelo para a Rua Vertical DURAÇÃO = 3 SEGUNDOS Fim do ciclo Intervalo 1 estágio 1 estágio 2 2 3 4 9.10 (cont.) 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 Rua Horizontal R u a V er ti ca l 0 50 (s) ESTÁGIO 1 19 Rua H Rua V Verde para a Rua Horizontal DURAÇÃO = 19 SEGUNDOS Início do novo ciclo 9.10 (cont.) 1 o s e m e s tred e 2 .0 1 3 9.11. Representação gráfica – diagrama de barras (exercício-exemplo) • elaborar o diagrama de barras para o seguinte caso: tempo de ciclo = 160 s tempo de verde de A = 58 s tempo de verde de B = 26 s tempo de verde de C = 64 s tempos de amarelo = 4 s três estágios (os grupos semafóricos A, B e C não ocorrem simultaneamente) 1 o s e m e s tre d e 2 .0 1 3 9.11. Representação gráfica – diagrama de barras (exercício-exemplo): resolução como não são simultâneos, temos um diagrama com 3 estágios (tempos em segundos) Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 0 58 62 88 92 156 160 A B C
Compartilhar