Buscar

Contratos em Geral P1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

CONTRATOS EM GERAL P1
Teoria geral dos contratos
Introdução
1. Importância:
- Circulação de riquezas;
- Fonte de obrigações: a lei é fonte mediata (diz que o contrato gera obrigações) e o
contrato é a fonte direta.
2. Conceito:
- Negócio jurídico;
- Duas ou mais partes (bilateral ou plurilateral);
- Mediante autonomia da vontade (as partes são livres para expressar suas vontades).
3. Direito romano e idade média:
- Contrahere (contrato) a fim de estabelecer relações duradouras;
- Acordo de vontades com respeito à forma (solenidade);
- Na idade média, surge o princípio da consensualidade (as partes são livres quanto à
forma de contratar, o mero acordo gera contrato).
4. Idade média e contemporânea:
- Universalização (estado, enciclopédia, códigos – deixar tudo consensado para facilitar
celebração de contratos);
- CC Napoleônico: nação individualista e patrimonialista do direito civil;
- CC Alemão – BGB: surgimento da declaração de vontade destinada a produzir efeitos
jurídicos;
- Igualdade formal: partes iguais e livres perante a lei;
- Liberdade: autonomia de vontade – podem celebrar contrato com qualquer conteúdo;
- Força obrigatória dos contratos (pacta sunt servanda): se celebrou contrato, deve
cumpri-lo;
- Não intervencionismo: estado mínimo na relação contratual.
5. Dirigismo contratual: estado começa a dirigir os contratos.
- Igualdade formal: lei diz que são iguais;
- Igualdade material: há desigualdade econômica;
- Questão social e reivindicações trabalhistas;
- Direito do trabalho: limita a liberdade de contratar: torna especial alguns contratos para
respeitar normas a fim de beneficiar o trabalhador;
- Intervencionismo: ex – salário mínimo;
- CF/88: princípio da dignidade humana;
- CC/2002: função social do contrato e boa fé objetiva;
- Princípios do CC: eticidade, socialidade (social>individual) e operabilidade;
- Microsistemas (leis especiais): ECA, CDC, Estatutos (PCD, idoso, igualdade racial).
Visão estrutural do contrato:
1. Natureza jurídica:
- Fato jurídico decorrente da ação humana. O contrato é um negócio jurídico
decorrente da ação lícita.
- Ato humano que tem repercussão jurídica em que as partes escolhem os efeitos do
ato.
- O contrato é um negócio jurídico com:
- Acordo de vontades;
- Produção de efeitos jurídicos;
- Com efeitos de adquirir, resguardar, transferir, modificar, conservar e extinguir
direitos.
2. Plano de existência:
- O negócio jurídico, para existir, tem que ter os 4 elementos:
- Manifestação de vontade (autonomia da vontade): pessoas livres para expressar a
vontade;
- Agente (emissor da vontade): pode ser pessoa física ou jurídica;
- Objeto (dar, fazer ou não fazer): obrigação do contrato;
- Forma (modo de exteriorização da vontade): oral, escrito ou por gesto.
3. Plano de validade:
- Para que a existência do contrato seja válida:
- A manifestação da vontade tem que ser livre e de boa fé , se a manifestação não for
livre, há vício de consentimento – erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo;
- O agente tem que ser capaz e legítimo (não estar impedido);
- Objeto tem que ser lícito, determinado ou determinável (ex de obj. Determinável:
safra);
- A forma será prescrita (em lei) ou não defesa em lei (não proibida).
4. Plano de eficácia:
- Para ser eficaz, o contrato deve ter um termo ou uma condição.
- Termo inicial: data em que vai começar a fazer efeitos.
- Termo final: data em que o contrato vai parar de fazer efeitos.
- Condição é um evento futuro e incerto.
- Condição suspensiva: o contrato fica suspenso até que a condição ocorra.
 - Condição resolutiva: o contrato cessa os efeitos assim que a condição ocorrer.
- Modo/encargo (ônus imposto em negócio jurídico gratuito): ex: doação com encargo.
5. Forma de contrato:
- Em regra, a forma é livre (princípio do consensualismo);
- Quando a forma for da substância do negócio, deve ser respeitado, sob pena de
nulidade. A formalidade deve ser respeitada. (ex: escritura pública em imóveis de >30
s.m.);
6. Prova do contrato:
- A forma é usada para efeitos de prova.
- Por questão de prova, é recomendável o contrato ser escrito.
Princípios dos contratos: prova.
Para maior integração (preenchimento de lacunas), os princípios servem como modo de
interpretação das funções normativas.
1. Dignidade da pessoa humana: princípio constitucional, caracterizando direitos
fundamentais.
2. Autonomia da vontade:
A autonomia da vontade é a manifestação de vontade das partes. São dotadas de
liberdade de inciativa e de contratar. São lives, porém, devem respeitar a função social do
contrato, sob pena de invalidez.
3. Supremacia da ordem pública:
A supremacia da ordem pública versa que nenhum contrato pode contrariar a ordem
pública, não podendo afrontar os interesses coletivos.
Sendo assim, o Estado limita a liberdade contratual, intervindo nestes.
4. Consensualismo:
Nesta, o acordo de vontade gera os efeitos previstos na relação contratual. Há respeito a
palavra dada e existe confiança recíproca.
Em regra, a lei pode determinar formalidades em que as partes devem seguir, mesmo
havendo consensualismo.
Os contratos consensuais são aqueles que são formados perante um acordo.
São diferentes dos contratos reais, em que o nascimento se dá com a entrega da coisa.
5. Relatividade subjetiva dos efeitos do contrato:
Via de regra, os efeitos do contrato só abrangem as partes contratantes, e não as alheias
a ele.
Exceções: estipulação em favor de terceiro – um terceiro será beneficiado, mesmo não
sendo parte do contrato (ex: seguro de vida);
Contrato com pessoa a declarar: uma pessoa é nomeada a figurar no contrato, não
participando anteriormente.
Se houver ofensa a ordem pública, um terceiro (MP) vai entrar para declarar a nulidade do
contrato abusivo.
6. Força obrigatória:
Este princípio, a fim de trazer maior segurança jurídica, rege o respeito a palavra dada,
em que o contrato é lei entre as partes. Sendo cumprido integravelmente e
imutavelmente.
Se uma das partes se tornar inadimplente, a outra pode agir, pleiteando perdas e danos
ou buscando tutela específica para que obrigue a parte a cumprir, sob pena de multa.
7. Revisão dos contratos/Princípio da onerosidade excessiva:
As modificações superveniente s que ocorreram, por fato extraordinário e imprevisível, por
se tornarem excessivamente onerosa para uma das partes, podem ensejar na revisão ou
na resolução do contrato.
8. Princípios sociais dos contratos:
O contrato deverá ter cláusulas gerais, ser economicamente útil e socialmente valioso
para as partes.
9. Função social do contrato:
O contrato deve obedecer a função social, limitando a autonomia das vontades se estas
ferirem o respeito ao bem comum, afim de evitar lesão ou estado de perigo.
Lesão: prejuízo, desproporção entre as partes ou abuso da inexperiência de uma.
Estado de perigo: coloca uma das partes em situação de perigo, devido a uma situação
excessivamente onerosa.
10. Boa fé subjetiva:
Situação psicológica dos contratantes. Existe uma diferença de tratamento nas situações
de boa e má-fé. Na boa fé, a parte não tem ciência do potencial vício do contrato. A ordem
jurídica protege o possuidor de boa fé.
11. Boa fé objetiva:
Trata-se de eticidade, lealdade e respeito. São deveres anexos/de proteção. A boa fé
objetiva deve existir não somente na conclusão e execução do contrato, mas também no
pré contrato e no pós contrato.
Além de preencher todas as lacunas com esse princípio, também tem a função de criar
deveres anexos:
- Lealdade/confiança: transparência condizente com o declarado no contrato;
- Assistência: cooperação das partes para o contrato gerar os efeitos;
- Informação: às coisas fundamentais para celebrar. A omissão tanto dolosa quanto não
dolosa leva à indenização por perdas e danos.
- Sigilo dos dados das partes.
-A boa fé delimita o exercício dos direitos entre as partes. O direito não é absoluto, não
pode exceder os fins e bons costumes.
Desdobramentos:
1. vedação do comportamento contraditório: ir contra algo feito antes. busca proteger a
confiança.
2. supressio: perda de um direito do titular devido uma omissão por um lapso de tempo;
3. surrecio: surgimento de um direito a outro devido uma conduta ativa;
4. tu quoque: rompimento de confiança devido a traição do que foi contratado, situação de
surpresa e desvantagem.
Interpretação dos contratos:
1. Conceito:
Toda manifestação de vontade necessita de interpretação para que se saiba o seu
significado e alcance.
2. Tipos
Existem dois tipos de interpretação:
- Declaratória: para descobrir a real intuição das partes.
- Integrativa: usada para preenchimento de lacunas, levando em consideração a função
social do contrato e a boa fé objetiva.
3. Princípios básicos:
Logo, os princípios básicos de interpretação dos contratos são:
- Busca da real intenção das partes
- Teoria da declaração: se norteia pelo texto que representou a declaração da vontade (o
contrato), mas não aniquila a vontade das partes.
- Boa fé objetiva: necessidade de invocar este princípio para eventual suspensão da
eficácia da autonomia da vontade, a fim de rejeitar cláusula abusiva;
- Conservação ou aproveitamento: se uma cláusula contratual permitir duas
interpretações diferentes, prevalecerá a que possa produzir algum efeito. Sempre que
possível, conduzir a revisão judicial dos contratos e não a resolução contratual.
- Negócios jurídicos benéficos ou gratuitos: são os que envolvem uma liberalidade:
somente um dos contratantes se obriga, enquanto o outro apenas aufere um benefício. A
doação pura constitui o melhor exemplo dessa espécie. Devem ter interpretação estrita
porque representam renúncia de direitos.
4. Regras esparsas:
- Contratos de adesão (em que não existe liberdade para uma das partes): a parte que
quiser celebrar terá que aceitar aquele contrato específico. Só aderindo, não podendo
modificar. Quando houver cláusula ambígua ou contraditória, deve-se adotar a
interpretação mais favorável ao aderente.
- O contrato de fiança se dá por escrito e não admite interpretações extensivas.
- Transação: tem interpretação restrita. É um contrato para resolver litígio, logo, o
documento que sai dele é estrito.
- Testamento: o testamento tem que refletir a vontade do testador.
5. Interpretação dos contratos no Código de Defesa do Consumidor.
O CDC tem proteção constitucional e estabelece que, nos contratos de adesão e de
consumo, estes devem ter redação clara e ter conhecimento prévio do consumidor. Bem
como que as cláusulas ambíguas devem ter interpretação mais favorável ao consumidor.
6. Outras regras:
- O contrato é um todo unitário, devendo ser lido sistematicamente como um todo.
- Nas cláusulas com duplo sentido em relação aos efeitos, deve-se levar em conta a
cláusula que surtir efeitos. Verificar o modo pelo qual vinham se executando de comum
acordo.
- Cláusulas ambíguas: deve levar em consideração os usos e costumes. Na dúvida, de
forma menos onerosa para o devedor.
- Cláusulas inexistentes nas condições gerais: quem não realizou o contrato será
favorecido no lugar de quem não redigiu o contrato.
7. Pactos sucessórios:
- Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
- A partilha pode ser realizada desde que não prejudique os herdeiros necessários.
Classificação dos contratos – prova.
1. Efeitos:
- Unilaterais: só uma parte tem obrigação no contrato unilateral (Ex: doação). Só uma
parte terá benefícios. Gratuito.
Existe a possibilidade de um contrato unilateral oneroso, como o mútuo feneratício. Neste,
ocorre a entrega da coisa por uma parte e a outra terá a obrigação de restituir sem juros.
Só uma parte terá a obrigação de restituir, quando ocorrer a entrega da coisa.
Nos negócios jurídicos benéficos, sua interpretação deverá ser estrita.
- Bilaterais: ambos tem obrigações (Ex: compra e venda). Neste, rege o princípio do
exceptio nom adimpleti contractus: não posso exigir que um cumpra a obrigação enquanto
eu não fizer a minha. Contanto, nos contratos bilaterais, se uma parte suspeita que a
outra tem problemas econômicos e, com isso, não vá realizar o pagamento, ele pode
exigir que ela cumpra a sua obrigação primeiro.
Existem também os contratos bilaterais imperfeitos: contratos que originalmente eram
unilaterais, mas, em sua execução, viraram bilaterais: surge obrigação à outra parte.
Os contratos bilaterais são onerosos: ambas as partes terão benefícios e ônus.
- Plurilaterais: contrato com várias partes e todos terão a obrigação de atender uma
finalidade em comum (Ex: sociedade).
2. Contratos comutativos e aletórios:
- Comutativos: contrato com prestações certas e determinadas – maioria dos contratos
bilaterais.
A lesão ocorre somente em contratos comutativos. São obrigações certas e necessárias,
sem risco.
- Aleatórios: a prestação pode variar, dependendo de evento futuro ou incerto
- Aleatórios por natureza: ex: contrato de seguro – depende de um fator futuro e incerto
para mostrar o tamanho da obrigação.
- Acidentalmente aleatórios: venda de coisas futuras, expostas a risco ou não (ex: safra).
Formação dos contratos – início do contrato - prova.
1. Formação
- Partiários: elaboração por ambos os contratantes;
- Adesão: elaboração por uma das partes e a outra só aceita;
- Contratos-tipo: contratos intermediários, que trazem uma pequena margem de adesão
por aquele que não redigiu o contrato, admitindo a discussão do conteúdo.
2. Momento da execução:
- Instantânea: cumprimento logo após a formação do contrato. Ex: comprador vai ao
shopping e compra uma roupa. Logo com o pagamento, o contrato se executa.
- Execução diferida: cumprimento em um só ato, mas em um momento futuro. Se dá de
uma só vez, mas mais pra frente, ocorre um lapso temporal. Ex: compro um carro na
concessionária e preciso esperar o carro chegar, já paguei, mas o cumprimento não foi
instantâneo.
- Trato sucessivo: cumprimento no futuro, em atos restritos – execução continuada. Ex:
contrato de prestação de serviços de um ano.
3. Utilidade:
Nos contratos de execução diferida e tratos sucessivos, podem ocorrer a teoria da
imprevisão (evento imprevisível que torna a prestação muito onerosa).
A execução nos contratos de trato sucessivo é parcial, começa a fluir na data do
vencimento de cada prestação.
4. Quanto ao agente:
- Personalíssimo: só me interessa aquele contratante. Intransmissível, leva em
consideração as qualidades pessoais do contratante.
Se descobrir que celebrará o contrato com outro, na verdade, se forma outro contrato.
O contrato personalíssimo é anulável quando houver erro essencial sobre a pessoa.
- Impessoal: não me importa as características do agente, e sim o serviço. Transmissível,
podem ser cumprido independentemente de contratante, por terceiro.
- Individual: as vontades são individualmente consideradas, ainda que envolva várias
pessoas. Na compra e venda, por exemplo, pode uma pessoa contratar com outra ou com
um grupo e o contrato ser individual, uma vez que na sua constituição, a emissão de
vontade de cada uma é levada em conta na celebração. Gera obrigações somente às
pessoas participantes.
- Coletivo: acordo de vontades que vinculam pessoas que não participaram diretamente.
Acordo coletivo. Acordo que gera obrigações a todas as pessoas independentemente do
fato de terem participado ou não de uma assembleia que votou a aprovação de suas
cláusulas.
Formação dos contratos - classificação dos contratos – prova.
1. Quanto ao modo por que existem: se existem por si só ou se estão atrelados.
- Principais: existência própria, não estão derivados.- Acessórios: dependem da existência de outros contratos, em geral, servem para dar
garantia ao cumprimento do contrato principal (ex: fiança)
- Derivados: tem por objeto direitos estabelecidos em outro contrato (ex: sublocação –
aluga a sua locação). Os direitos do contrato derivado estão ligados ao principal, não tem
a ver com garantia.
A nulidade do contrato principal implica a nulidade do acessório, mas não o oposto.
A prescrição da pretensão da obrigação principal implica a da acessória, mas não o
oposto.
2. Quanto à forma:
- Solene: devem obedecer a forma prescrita em lei, sob pena de nulidade (ex: escritura
pública em imóvel acima de 30 salários-mínimos).
- Não solene: forma livre, bastando o consentimento.
- Consensuais: formação diretamente pelo acordo de vontades.
- Reais: formação com a entrega da coisa. Não basta apenas o consentimento para o
contrato ter início, necessita a entrega da coisa.
3. Quanto ao objeto:
- Preliminares: tem por objeto a elaboração de um contrato efetivo. Pré-contrato. Ex:
promessa de compra e venda.
- Definitivos: vários objetos são possíveis, variando de acordo com a natureza da coisa.
4. Quanto à designação (nome):
- Nominados: designação própria. Tem nome específico (ex: compra e venda, locação).
- Inominados: sem designação própria. Pode ser qualquer coisa, as partes escolhem as
obrigações como quiserem, basta o respeito às regras e princípios básicos do direito
contratual.
- Típicos: previstos em lei, estando no CC e derivados. Necessariamente tem nome, o que
é típico é nominado, mas não o oposto.
- Atípicos: não estão previstos em lei.
- Mistos: combinação de um contrato típico com cláusulas criadas pelas partes. Misturam
contratos diferentes. Compilação de contratos previstos na lei. Ex: a hospedagem não
está na lei, mas é um mix de contratos (depósito, locação, etc).
- Coligados: pluralidade de contratos interligados. Contratos típicos que estão ligados
entre si. Ex: venda, aluguel e transporte em um só contrato para o mesmo fim.
- União de contratos: vários contratos sem conexão entre eles, mas contratando no
mesmo instrumento. Contratos que não tem nada a ver dentro do mesmo instrumento.
Formação dos contratos – prova.
1. Manifestação da vontade: fundamental, porque o contrato é negócio jurídico.
- Vontade humana (subjetivo).
- Declaração (objetivo) expressão da vontade.
- Expressa (verbal, escrito, gesto) ou tácita.
2. Negociações preliminares:
- Fase da pontuação: negociações prévias ao contrato, sondagens, conversas. Em regra,
se não houver celebração, não existe responsabilidade, porém, se um contratante incute
a legítima expectativa de contratar e não o fizer, a outra parte pode pedir indenização por
perdas e danos.
- Boa fé objetiva: em todas as fases do contrato, pré contrato e pós contrato, conclusão e
execução.
3. Proposta:
- Contrato = proposta + aceitação.
- Proposta: declaração de vontade de uma parte com o objetivo de provocar a adesão de
outra. Procura de alguém que aceite a proposta.
- A proposta deve conter os elementos essenciais do negócio a ser celebrado. Se alguém
aceitar, o proponente é obrigado a cumprir com as obrigações, se vincula.
- Em regra, a porposta obriga o proponente.
Exceções:
1. Cláusula expressa: quando o proponente e reserva o direito de desfazer a proposta;
2. Estoque: a oferta se limita ao estoque, se acaba o estoque, o proponente não está mais
vinculado a cumprir com as obrigações.
- Oferta ao público: mesma coisa que proposta, mas se limita a um estoque. No CDC, a
oferta obriga o fornecedor a se vincular, o preço proposto tem que ser cumprido.
4. Aceitação: concordância com os termos da proposta
- A aceitação deve ser pura e simples, pode ser expressa ou tácita.
- Contraproposta: modificação na proposta.
- Hipóteses que a aceitação não tem força vinculante (não forma contrato)
1. Aceitação expedida a tempo, mas chega tarde ao conhecimento do proponente.
2. A retratação chega antes ou junto com a aceitação.
5. Momento de conclusão do contrato:
- Entre presentes: momento em que o aceitante aceita a proposta. Contrato simultâneo.
- Entre ausentes (e-mail, carta) duas teorias: informação/cognição e declaração/arguição.
1. Teoria da informação (não aceita).
- O contrato se forma com a chegada da resposta ao conhecimento do proponente.
- Ou seja, o início do contrato se dá com a leitura da resposta do aceitante pelo
proponente.
- Deixa ao árbitro de uma das partes quando será o momento de formação do contrato.
2. Teoria da declaração.
2.1 – Teoria da declaração propriamente dita: o contrato se forma no momento em que
escreve a aceitação da proposta. Teoria não aceita. Fica sob o árbitro da parte aceitante.
2.2 – Teoria da expedição: não basta a redação da resposta aceitando a proposta, mas
sim a expedição. No momento em que expediu a aceitação (ex: enviou a carta aceitando).
2.3. - Teoria da recepção: além de redigida e expedida a resposta, exige que a proposta
seja entregue ao proponente. Este tem que receber a aceitação.
6. Lugar de celebração do contrato:
- Em regra, se dá no local da proposta.
- Se a proposta for online, é no país em que o site está hospedado.
- Se proposta ação aqui, o direito aplicado será o do país do site.
* LEVAR CÓDIGO CIVIL NA PROVA.

Outros materiais