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APRESENTAÇÃO ECSO II

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – CCA
DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA VETERINÁRIA – DCCV
COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
Relatório de estágio curricular supervisionado obrigatório ii realizado no hospital veterinário da universidade federal do Piauí (hvu/ufpi) em clínica médica e cirúrgica de cães e gatos. 
Brenda Kauanny Oliveira de Freitas Roseno
Graduanda em Medicina Veterinária
Prof. Dr. Marcelo Campos Rodrigues
Orientador
INTRODUÇÃO
O Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório II (ECSO II) tem como finalidade básica proporcionar uma experiência prática da atividade profissional do Médico Veterinário ao estudante no último período letivo do curso, sendo um pré-requisito fundamental para a obtenção do grau de Bacharel em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). 
INTRODUÇÃO
 Hospital Veterinário Universitário – HVU- Jeremias Pereira da Silva – UFPI Campus Ministro Petrônio Portela – Teresina/PI;
 360 horas de atividades;
 Sob supervisão de um residente e orientação de um professor;
 Área de clínica médica e cirúrgica de pequenos animais.
INTRODUÇÃO
 Localizado no Centro de Ciências Agrárias – CCA;
 Animais de companhia;
 Silvestres;
 Grandes animais na Clínica de Grandes Animais (um dos seus anexos);
 Consultas, cirurgias, internação, vacinação, necropsia, exames laboratoriais, radiográficos, ultrassonográficos e citológicos. 
INTRODUÇÃO – Infraestrutura
A
B
C
D
E
F
G
H
A: FACHADA
B: RECEPÇÃO
C: CORREDOR DO HVU
D: FARMÁCIA
E: SALA DE COLETA
F: CONSULTÓRIO
G: SALA DE EMERGÊNCIAS
H: CANIL
INTRODUÇÃO – Infraestrutura
I
J
K
L
I: GATIL
J: PATOLOGIA CLÍNICA
K: SALA DE PREPARO
L: CENTRO CIRÚRGICO
INTRODUÇÃO – Anexos
A
B
C
D
E
F
G
A: PATOLOGIA ANIMAL
B: DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
E: CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS
F: FACHADA DA ADMIN. E CLÍNICA DE PEQ. ANIMAIS
C: LAB. DE SANIDADE ANIMAL
D: LAB. DE BIOTECN. DA REPROD. ANIMAL
G: CEMITÉRIO
INTRODUÇÃO
 Residência em nível de pós-graduação;
 Aprimoramento veterinário;
 Estágio extracurricular.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
 Período de 07 de março a 14 de junho de 2019;
 Modalidade de rodízio.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
OBJETIVO
Melhor aprendizado dos conhecimentos teóricos e práticos uma vez que cada setor é de fundamental importância para um melhor atendimento do animal.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS – CASUÍSTICA 
Tabela 01. Quantidade e frequência das espécies e dos sexos atendidos durante o estágio HVU/UFPI, na área de Clínica e Cirurgia de Cães e Gatos, no período de 07 de Março a 14 de Junho de 2019.
Cães
Gatos
 
Fêmeas
Machos
Fêmeas
Machos
Frequência (%)
45
63
11
15
33,6
47
8,2
11,2
100%
Fonte: Dados do sistema computacional Doctor Vet, HVU/UFPI, 2019.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS – CASUÍSTICA 
Tabela 02. Quantidade e frequência da idade de cães acompanhados durante o estágio no HVU/UFPI, na área da Clínica Cirúrgica de Cães e Gatos, no período de 07 de março a 14 de junho de 2019.
IDADE
QUANTIDADE
FREQUÊNCIA (%)
0 a 6 meses
18
16,6
6 meses a 1 ano
9
8,3
1 a 5 anos
39
36,2
5 a 10 anos
25
23,2
10 a 15 anos
16
14,8
>15 anos
1
0,9
TOTAL
108
100
Fonte: Dados do sistema computacional Doctor Vet, HVU/UFPI, 2019.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS – CASUÍSTICA 
Tabela 03. Quantidade e frequência da idade de gatos atendidos durante o estágio no HVU/UFPI, na área de Clínica e Cirurgia de Cães e Gatos, no período de 07 de março a 14 de junho de 2019.
IDADE
QUANTIDADE
FREQUÊNCIA (%)
0 a 6 meses
5
19
6 meses a 1 ano
6
23
1 a 5 anos
8
31
5 a 10 anos
5
19
10 a 15 anos
2
8
>15 anos
0
0
TOTAL
26
100
Fonte: Dados do sistema computacional Doctor Vet, HVU/UFPI, 2019.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS – CASUÍSTICA 
Tabela 04. Número de casos e frequência das suspeitas clínicas e diagnóstico em cães acompanhados no decorrer do estágio no HVU/UFPI na área de Clínica e Cirurgia de Cães e Gatos, no período de 07 de março a 14 de junho de 2019.
SUSPEITA CLÍNICA
N°DE CASOS
FREQUÊNCIA (%)
Erliquiose
18
16,7
Leishmaniose
12
11,1
Cistite
8
7,4
Piometra
6
5,6
Castração
5
4,6
Avaliação derotina
4
3,7
Cálculo vesical
4
3,7
Otite
4
3,7
Babesiose
3
2,8
Dermatite
3
2,8
Miíase
3
2,8
Neoplasias
3
2,8
Prolapso de globo ocular
3
2,8
Vacinação
3
2,8
Virose
3
2,8
Anaplasmose
2
1,8
Cinomose
2
1,8
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS – CASUÍSTICA 
Fraturas
2
1,8
Hérnia umbilical
2
1,8
Luxação coxofemoral
2
1,8
Sarna
2
1,8
TVT
2
1,8
Verminose
2
1,8
Entrópio
1
0,9
Gestação
1
0,9
Leptospirose
1
0,9
Luxação patelar
1
0,9
Parvovirose
1
0,9
EMERGÊNCIA
Intoxicação
2
1,8
Convulsão
1
0,9
Erliquiose
1
0,9
TOTAL
108
100%
Fonte: Dados do sistema computacional Doctor Vet, HVU/UFPI, 2019.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS – CASUÍSTICA 
Tabela 05. Número de casos e frequência das suspeitas clínicas e diagnóstico em gatos acompanhados no decorrer do estágio no HVU/UFPI na área de Clínica e Cirurgia de Cães e Gatos, no período de 07 de março a 14 de junho de 2019. 
SUSPEITA CLÍNICA
N°DE CASOS
FREQUÊNCIA (%)
Fraturas
4
15,4
Cistite
3
11,5
Piometra
3
11,5
DTUIF
2
7,7
Sarna
2
7,7
Vacinação
2
7,7
Viroses
2
7,7
Adenocarcinomade células escamosas
1
3,9
Gestação
1
3,9
Prolapso uterino
1
3,9
 
EMERGÊNCIA
 
Envenamento
2
7,7
Obstrução uretral
2
7,7
Convulsão
1
3,9
TOTAL
26
100%
Fonte: Dados do sistema computacional Doctor Vet, HVU/UFPI, 2019.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS – CASUÍSTICA 
Tabela 06. Número de casos e frequência dos procedimentos cirúrgico em cães acompanhados durante o decorrer do estágio no HVU/UFPI na área de Clínica e Cirurgia de Cães e Gatos, no período de 07 de março a 14 de junho de 2019.
PROC.CIRÚRGICO
N° DE CASOS
FREQUÊNCIA
Cistotomia
1
14,3
Colocefalectomia
1
14,3
Correção de hernial perineal
1
14,3
Enucleação
1
14,3
Nefrotomia
1
14,3
OSH terapêutica
1
14,3
Orquiectomia
1
14,3
TOTAL
7
100%
Fonte: Dados do sistema computacional Doctor Vet, HVU/UFPI, 2019.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS – CASUÍSTICA 
Tabela 07. Número de casos e frequência dos procedimentos cirúrgicos em gatos acompanhados no decorrer do estágio no HVU/UFPI na área de Clínica e Cirurgia de Cães e Gatos, no período de 07 de março a 14 de junho de 2019.
PROC.CIRÚRGICO
N° DE CASOS
FREQUÊNCIA
Mastectomia
2
25
OSH terapêutica
2
25
Laparotomia exploratória
1
12,5
OSH eletiva
1
25
Redução de fratura mandibular
1
12,5
Orquiectomia
1
12,5
TOTAL
8
100%
Fonte: Dados do sistema computacional Doctor Vet, HVU/UFPI, 2019.
CASOS CLÍNICOS
 CASO I
	NEFROLITÍASE EM CÃO
 CASO II
	DISPLASIA COXOFEMORAL
CASO CLÍNICO I: NEFROLITÍASE EM CÃO
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
INTRODUÇÃO
Este caso aborda um cão da raça Cocker Spaniel Inglês que foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Piauí, em Teresina-PI, no ano de 2019, apresentando disúria, hematúria e incontinência urinária. Com auxílio dos exames complementares foi possível chegar ao diagnóstico de nefrolitíase em rim esquerdo. O tratamento eleito foi o cirúrgico devido à gravidade e às outras alterações associadas. A cirurgia foi feita com sucesso e o animal reagiu bem ao pós cirúrgico, recebendo alta 5 dias após o procedimento. 
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
REVISÃO DE LITERATURA
 Concreções minerais compostas por cristais orgânicos e inorgânicos e uma quantidade pequena de matriz orgânica. 
 (FORRESTER; LEES, 1998)
 Lesar o epitélio do trato urinário, favorecer o desenvolvimento de infecção urinária, ou causar obstrução do fluxo de urina.
 (LULICH et al. 2004; NELSON; COUTO, 2006)
 São nomeados conforme sua localização (nefrólitos, ureterólitos, urocistólitos, uretrólitos), forma (lisa, facetada,piramidal, laminada, ramificada), composição mineral (oxalato de cálcio, urato, cistina, etc) e distribuição desta no cálculo (simples, misto, composto).
 (LULICH et al. 2004)
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
REVISÃO DE LITERATURA
 Schnauzer miniatura, Lhasa apso, Yorkshire Terrier, Bichon Frise, Shih Tzu, Poodle e cães SRD.
 (ROGERS et al. 2011)
 pH urinário favorável, infecções do trato urinário, alta concentração de cristalóides calculogênicos na urina, estase urinária, reabsorção tubular reduzida, diminuição do poder de inibição da cristalização, dieta, etc.
 (FORRESTER; LEES, 1998; LULICH et al. 2004).
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
REVISÃO DE LITERATURA
 Nem todos os cálculos estão associados com a presença de sinais clínicos. 
 (LULICH et al, 2004)
 A sintomatologia varia conforme o número, tipo e localização dos urólitos. Com freqüência são observados sinais de cistite, como hematúria, disúria e polaciúria. 
 (NELSON; COUTO, 2006)
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
REVISÃO DE LITERATURA
 Achados clínicos, radiográficos e ultrassonográficos. Pode-se contar também com a tomografia computadorizada. 
 Os achados da urinálise variam: piúria, hematúria, bacteriúria, cilindrúria e cristalúria. No hemograma pode-se encontrar leucocitose quando houver ITU ou pielonefrite. As anormalidades encontradas nos valores bioquímicos séricos podem ajudar a determinar as alterações metabólicas responsáveis pela litogênese. 
A radiografia simples e contrastada possibilita diagnosticar urólitos, pesquisar irregularidades da mucosa vesical, divertículos e rupturas urinárias.
 A ultrassonografia também ajuda a identificar urólitos, assim como avaliar o grau de obstrução.
(GRUN et al. 2006)
(LULICH et al. 2004)
(LULICH et al. 2004)
(FORRESTER; LEES, 1998)
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
REVISÃO DE LITERATURA
 Tratamento clínico, através da dissolução e/ou interrupção do crescimento subsequente de urólitos, ou cirúrgico, através da remoção dos mesmos. A remoção cirúrgica nos casos de nefrólitos é indicada nos casos não tratáveis apenas com a dissolução dietética, possíveis obstrução do trato urinário, aumento progressivo do urólitos e rim contralateral afuncional.
 A profilaxia baseia-se no conhecimento da composição mineral dos mesmos, a fim de se evitar recorrências.
(FILGUEIRA et al. 2010)
(FOSSUM et al. 2008)
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DESCRIÇÃO DO CASO – Atendimento clínico
Cão, Cocker Spaniel Inglês
2 meses
2,25Kg
Disúria, hematúria e incontinência urinária
Amoxicilina com clavulanato e Antiinflamatório
Vacinação atrasada e vermifugação em dia
Sem acesso a rua e com um cão contactante
Apatia, desidratação de 6%
Linfonodos reativos
Dor abdominal e vesícula urinária repleta
Mucosas normocoradas, temperatura retal 38,8°C
Sem ectoparasitas
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DESCRIÇÃO DO CASO – Atendimento clínico
Hemograma e Bioquímico
Ultrassonografia abdominal
Urinálise
Cloridrato de Tramadol(3mg/kg, IM)
Cloridrato de Tramadol (1,5mg/kg, VO, TID, 4 dias)
Cefalexina (15mg/kg, VO, BID, 5 dias)
Cloridrato de Ranitidina (1mg/kg, VO, BID, 5 dias)
Estimular a ingestão de água (90-100ml/dia)
Esvaziar vesícula urinária 4-5x/dia
Uso do colar elisabetano
Retornar após 3 dias
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DESCRIÇÃO DO CASO – Resultados dos exames complementares 
HEMOGRAMA
Valores dentro do padrão
Leucocitose significativa
Eosinopenia
URINÁLISE
Sangue oculto 
Albumina
Cristais
Bactérias
ULTRASSONOGRAFIA
Alterações em vesícula urinária – urolitíase
Dilatação ureteral
Hidronefrose grau II em rim esquerdo + dilatação ureter
Cistite
Sedimentos em vesícula urinária
Nefrólito em rim esquerdo
Pielectasia em rim direito
NEFROTOMIA DO RIM ESQUERDO
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DESCRIÇÃO DO CASO – Pré-operatório imediato
 
Jejum alimentar e hídrico de 6 horas;
Mucosas normocoradas e hidratação normal;
38,8°C;
Nível de consciência alerta;
Pulso forte;
FC: 108bpm (arritmia sinusal), FR: 36mpm, ausência de sopro, PAS: 125mmHg, ASA-II;
Cateterismo vesical;
Ampla tricotomia da região abdominal;
Cateterização veia cefálica – Ringer com lactato (5ml/kg/h).
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DESCRIÇÃO DO CASO – Procedimento anestésico
 MPA: Acepromazina (0,015mg/kg, IM) + Morfina (0,3mg/kg, IM) + Midazolam (0,2mg/kg, IM);
 Indução: Fentanil (2mg/kg, IV) + Cetamina (0,6mg/kg, IV) + Propofol (5mg/kg, IV);
 Bloqueio local peridural lombrossacral: Bupivacaína (1,2mg/kg);
 Manutenção anestésica: Isoflurano em oxigênio a 100% em circuito semi-aberto + infusão contínua de Dexmedetomidina (0,6mg/kg) durante 3h;
 Manitol 200mg/kg antes de clampear.
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DESCRIÇÃO DO CASO – Procedimento cirúrgico
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DESCRIÇÃO DO CASO – Procedimento cirúrgico
Com o uso de bisturi foi realizado incisão na linha média abdominal a partir do apêndice xifoide em direção caudal até o umbigo. Todo o conteúdo da cavidade abdominal foi inspecionado antes da exploração do trato urinário.
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DESCRIÇÃO DO CASO – Procedimento cirúrgico
Com elevação do mesocólon e retração do intestino delgado para o lado direito do animal foi possível a exposição do rim esquerdo. Localizando os vasos renais, estes foram ocluídos temporariamente com pinça vascular.
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DESCRIÇÃO DO CASO – Procedimento cirúrgico
O rim foi movido afim de expor a superfície lateral convexa, realizando em seguida com o bisturi uma incisão em cunha ao longo da linha média da borda convexa da cápsula do rim, dissecando através do parênquima renal e ligando os vasos quando necessário. Posteriormente a pelve renal foi examinada e os cálculos foram removidos.
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
Caso Clínico I: 
Nefrolitíase em cão
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DESCRIÇÃO DO CASO – Procedimento cirúrgico
Utilizando-se solução salina morna foi realizada a lavagem do rim.
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DESCRIÇÃO DO CASO – Procedimento cirúrgico
A nefrotomia foi fechada pela técnica sem sutura, por aproximação das estruturas incisadas, tais como: medula renal, córtex renal, cápsula fibrosa, cápsula adiposa e fáscia renal respectivamente, junto a aplicação de pressão digital por aproximadamente cinco minutos enquanto se restabelecia o fluxo sanguíneo através dos vasos renais.
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DESCRIÇÃO DO CASO – Procedimento cirúrgico
Em seguida o rim foi recolocado em seu local original e foi fixado um dreno abdominal para drenagem de líquido cavitário.
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DESCRIÇÃO DO CASO – Procedimento cirúrgico
Nylon 2-0
Polidioxanona 3-0
Nylon 3-0
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DESCRIÇÃO DO CASO – Pós-cirúrgico 
 Infusão contínua de Morfina (0,2mg/kg/h) + Cetamina (0,7mg/kg/h) + Lidocaína sem vasocontritor (0,04mg/kg/minuto) por 24 horas;
 Acetilcisteína (30mg/kg, IV, BID) e Amoxicilina (15mg/kg, IM, BID), ambas durante 3 dias consecutivos;
 Com término da infusão contínua foi prescrito Morfina (0,3mg/kg, IM, QID) e Meloxicam (0,1mg/kg, IM, SID);Observação o seu débito urinário. 
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DESCRIÇÃO DO CASO – Pós-cirúrgico
Amoxicilina com Clavulanato (13,5mg/kg, VO, BID, 7 dias);
Cloridrato de Tramadol 
(2mg/kg, VO, TID, 5 dias).
Manter o animal em local tranquilo e limpo;
Colar elisabetano;
Troca do curativo diariamente;
Retorno 7 dias para avaliação e possível retirada dos pontos.
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DISCUSSÃO
 Segundo Rogers et al. (2011) – raças predispostas: Schnauzer miniatura, Lhasa Apso, Yorkshire Terrier, Bichon Frise, Shih Tzu, Poodle e cães SRD;
 Grauer (2010) e Macphail (2014) - 5 a 10% dos urólitos localizados nos rins e ureteres. 	
	Ferreira (2005) e Silva et al. (2015) - maioria dos urólitos observados em cães estão presentes na bexiga e uretra;
 Os principais sinais clínicos no presente relato: polaciúria, disúria, hematúria e incontinência urinária
	Corroborando com Grauer (2011) que afirma que esses sinais são comumente observados em animais com urolitíase.
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DISCUSSÃO
 Sem alterações dignas de nota no hemograma e bioquímico 	
	Corroborando com Gieg et al. (2013) em que afirma que o hemograma e o perfil bioquímico costumam demonstrar resultados dentro dos valores de referência;
 A urinálise - sangue na urina, bacteriúria e cristalúria
	De acordo com Osborne et al. (2013) e Gieg et al. (2013) é comum em animais acometidos por urólitos;
 Presença de proteínas, leucócitos e cristais de fosfato triplo
 	Esta proteinúria segundo Nelson; Couto (2015), pode ser encontrada em doença renal, porém também pode ter origem não renal, inclusive fisiológica e para melhor avaliação de seu significado clínico o exame de relação proteína creatinina seria mais indicado, o qual foi realizado no presente estudo, mas a relação estava dentro da normalidade, o que implica dizer que a proteinúria neste caso é decorrente da lesão renal.
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
DISCUSSÃO
 Valores de uréia e creatinina mantiveram-se dentro dos padrões 
	Freitas et al. (2014) declara que estes valores só começam a variar na presença de 66 a 75% de comprometimento da função renal;
 Hidronefrose grau II - Macphail (2014) e Diniz et al. (2016) alegam que alguns casos podem evoluir para ocorrência de tal alteração devido à obstrução prolongada, afirmam ainda que avaliação ultrassonográfica é necessária para o diagnóstico precoce;
 O exame ultrassonográfico foi imprescindível para o diagnóstico 
	Lulich et al. (2011) - método mais sensível para averiguar presença, localização e quantidade de cálculos;
 Nefrotomia foi eleita, devido à localização do cálculo e ao fato de já existir evidência de complicações associadas a obstrução 
	Tobias (2011) e Dall’Asta et al. (2011) que indicam nefrotomia nestes casos;
 Fossum (2014) a nefrotomia pode reduzir temporariamente de 25 a 50% da função renal 	Manitol 20 minutos antes de clampear, para estimular a função do rim contralateral.
Caso Clínico I: Nefrolitíase em cão
CONCLUSÃO	
A nefrolitíase é uma patologia que se diagnosticada precocemente, permite a realização de um tratamento adequado e satisfatório, sem provocar demais alterações sistêmicas, que podem afetar a qualidade de vida do paciente. Com fundamento nos estudos evidenciados, a casuística dessa enfermidade tem se tornada cada vez mais comum na rotina clínica, de tal forma, torna-se substancial estudos mais aprofundados e análise minuciosa dos pacientes, objetivando a escolha do tratamento efetivo, com base na composição, dimensão e localização do cálculo identificado, bem como a responsabilidade de monitoração de animais já acometidos e tratados, cessando as possíveis recidivas da doença em conjunto com o manejo dietético adequado.
CASO CLÍNICO II: DISPLASIA COXOFEMORAL
Caso Clínico II: Displasia coxofemoral
INTRODUÇÃO
 O caso em questão relata uma cadela da raça Poodle, que foi atendida no Hospital Veterinário da UFPI apresentando claudicação e sensibilidade na articulação coxofemoral. Com os resultados dos exames complementares foi possível fechar o diagnóstico de Displasia Coxofemoral. A colocefalectomia foi o tratamento cirúrgico eleito, devido as condições financeira do paciente e a prática do cirurgião. O procedimento foi realizado e animal teve alta no dia seguinte.
Caso Clínico II: Displasia coxofemoral
REVISÃO DE LITERATURA
 A displasia coxofemoral, descrita pela primeira vez por Schenelle em 1935, é comumente relatada na espécie canina, acometendo principalmente animais de grande porte; 
 A articulação coxofemoral é formada pela cabeça femoral e pelo acetábulo. Essa configuração anatômica proporciona estabilidade, congruência, concomitantemente permitindo grande amplitude de movimentos como lateralidade e torção dos membros pélvicos;
 Alteração na cabeça, colo femoral e acetábulo durante a fase de desenvolvimento, por problemas no desenvolvimento muscular e ósseo. Pode ocasionar frouxidão, instabilidade e subluxação das estruturas articulares, progredindo para doença articular degenerativa.
(MINTO et al. 2012)
(VEZZONI, 2007)
(VEZZONI, 2007; BARROS et al. 2008)
Caso Clínico II: Displasia coxofemoral
REVISÃO DE LITERATURA
 Em estado avançado, promove espessamento da cápsula, estiramento ou ruptura do ligamento da cabeça do fêmur, degeneração da cartilagem, proliferação óssea, espessamento do colo femoral e atrofia muscular; 
 O aumento da instabilidade articular - efusão articular, o estiramento da cápsula articular e a frouxidão do ligamento redondo, provocando subluxação da cabeça femoral ao caminhar, alterando o conjunto de forças exercidas na articulação - arredondamento da borda e arrasamento do acetábulo e deformação da cabeça femoral, agravando ainda mais a instabilidade articular.
(SMITH, 1997; HULSEN; JOHNSON, 2002; BARROS et al. 2008)
(SANTANA et al. 2010; MINTO et al. 2012).
Caso Clínico II: Displasia coxofemoral
REVISÃO DE LITERATURA
 A estimulação constante pode lesionar as células da membrana sinovial - hipertrofia e hiperplasia, necrose do tecido - aumento produção de líquido sinovial - dor devido ao aumento da pressão intra-articular
 A cartilagem não possui vasos sanguíneos e terminações nervosas, portanto favorece surgimento de alterações irreversíveis antes do aparecimento dos sinais clínicos. A reparação tecidual da cartilagem se torna muito limitada devido à ausência de vascularização.
(HULSEN; JOHNSON, 2002; BARROS et al. 2008)
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 Cães de grande porte a ocorrência é maior - Border Collie, Pointer, Fila Brasileiro, Labrador Retriever, Boxer, Pastor Alemão, São Bernardo, Old English Sheepdog, Rottweiller e Golden Retriever;
 Não possui predisposição sexual, sendo diagnosticada tanto em machos quanto em fêmeas, podendo se desenvolver a partir dos cinco meses;
 Dentre os fatores etiológicos, destacam-se a hereditariedade, nutrição, hormônios e meio ambiente, os quais também podem agravar o quadro dos pacientes acometidos.
(BETTINI et al. 2007, SANTANA et al. 2010)
(BETTINI et al. 2007, RAWSON et al. 2005)
(BETTINI et al. 2007, SANTANA et al. 2010)
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 Cães jovens apresentam claudicação unilateral com aparecimento agudo e redução da atividade locomotora associada à dor, dorso arqueado e peso corporal deslocado para os membros torácicos. Nesses animais é observada intolerância ao exercício e musculatura fracamente desenvolvida;
 Nos cães mais velhos, a claudicação geralmente é bilateral e os sintomas são contínuos. Eventualmente surgem de forma aguda após atividade física forçada. Esses sinais são decorrentes das alterações articulares degenerativas crônicas. O cão senta-se frequentemente e levanta-se com dificuldade e, pode apresentar crepitação ao se movimentar-se. Pode ser observada hipertrofia da musculatura dos membros torácicos.
(HULSEN; JOHNSON, 2002)
(MORGAN, 1997)
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 Diagnóstico: resenha, histórico, sinais clínicos, exame ortopédico e radiográfico
 Diagnóstico definitivo: radiografias obtidas com o paciente bem posicionado, de maneira que possam ser visibilizados cabeça e colo femorais, além do bordo acetabular
 Durante a anamnese deve ser questionado o tipo de ambiente que o animal habita, se apresenta dificuldade de se levantar, intolerância ao exercício, claudicação, crepitação ao movimento, dor, atrofia da musculatura pélvica e hipertrofia da musculatura torácica.
(BETTINI et al. 2007)
(OHLERTH et al. 2001)
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 Os exames ortopédicos fazem parte do protocolo para se diagnosticar a doença e avaliar a presença, ou não, de frouxidão articular. Os três métodos mais conhecidos são o teste de Barlow (BARLOW, 1975), de Bardens (BARDENS; HARDWICK, 1968) e Ortolani (ORTOLANI, 1976). 
(SOUZA; TUDURY, 2003).
Posicionado em decúbito lateral com o membro a ser avaliado para cima Aplica-se uma força no fêmur no sentido ventrodorsal fazendo com que a cabeça do fêmur saia parcialmente ou totalmente do acetábulo. Em seguida é realizada a abdução do fêmur voltando à cabeça femoral para a fossa acetabular, que ao sair da borda do acetábulo, é produzido som de estalo que pode ser ouvido ou sentido pelas mãos do examinador, caracterizando o sinal de Ortolani positivo
Disponível em:<https://www.facebook.com/watch/?v=1857791394539972>Acesso em 20 de junho de 2019.
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 Tratamento clínico ou cirúrgico, dependendo da idade do paciente, da gravidade da doença e da presença de afecções concomitantes. Os objetivos de todas as formas de tratamento são diminuir a dor, melhorar a função do membro e garantir qualidade de vida;
 O tratamento clínico: analgésicos, anti-inflamatórios não-esteroidais ou esteroidais, sulfato de condroitina e glucosamina, controle do peso com dietas rigorosas, fisioterapia, acupuntura e manejo.
(BIRCHARD; SHERDING, 2003; SANTANA et al. 2010
(ROCHA et al. 2013)
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 A colocefalectomia femoral, é uma das cirurgias mais utilizadas em animais acometidos por DCF;
 Objetiva-se formação de pseudoartrose sem contato ósseo e deposição de tecido fibroso após ressecção da cabeça e do colo femoral, com posterior alívio da dor;
 Indicada para cães de todas as idades, porém tem melhores resultados em animais com peso inferior a 20 kg. Alivia a dor, pois a cabeça e o colo femorais são eliminados e não existe mais nenhum contato ósseo entre o fêmur e a pelve, criando nessa “falha” um tecido cicatricial.
(BOTEGA et al. 2014);
(DAVIDSON et al. 2006; OFF; MATIS, 2010);
(OFF; MATIS, 2010)
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 Outro procedimento que pode-se fazer, que abrange cães de todas as idades, é a miotomia pectínea. Este não exclui uma tentativa de outros procedimentos caso não se obtenha sucesso; 
 Miectomia, miotomia, tenectomia e tenotomia, descritas para aliviar a tensão produzida pelo músculo e transmitida para a articulação coxofemoral;
 Em longo prazo, o prognóstico de colocefalectomia femoral varia de bom a excelente, reduzindo a dor e levando a satisfação do proprietário devido à melhor funcionalidade do membro.
(OLMSTEAD, 1998)
(BRINKER et al. 1999)
(OFF; MATIS, 2010)
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DESCRIÇÃO DO CASO – Atendimento clínico
Cadela, Poodle
10 anos e 10 meses
10Kg
Claudicação do membro posterior
Não apoiava o membro e tinha dificuldade para locomover-se
Meloxicam e Sulfato de Condroitina
Alimentava-se bem, fezes e urina normais, castrada, sem doenças antecedentes
Vermifugação atrasada
Uso de ectoparasiticida há 30 dias.
Alerta, hidratada;
39°C
MPE com sensibilidade na articulação coxofemoral.
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DESCRIÇÃO DO CASO – Atendimento clínico
Hemograma e Bioquímico
Ecocardiográfico e eletrocardiográfico
Radiografia simples de pelve
Carprofeno (2,25mg/kg, VO, BID, 14 dias);
Cloridrato de Ranitidina (1,5mg/kg, VO, BID, 14 dias).
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DESCRIÇÃO DO CASO – Resultados dos exames complementares 
HEMOGRAMA e BIOQUÍMICO
Valores dentro do padrão
ECOCARDIOGRÁFICO E ELETROCARDIOGRAFIA
Disfunção diastólica em ventrículo direito;
Sobrecarga atrioventricular esquerda
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DESCRIÇÃO DO CASO – Resultados dos exames complementares 
RADIOGRAFIA DA PELVE
Sugestiva de doença articular degenerativa bilateral nas articulações coxofemorais (displasia e sub-luxação)
COLOCEFALECTOMIA DO FÊMUR DIREITO
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
B: Região pélvica vista médio lateral direita
B
A
A: Região pélvica vista 
ventro-dorsal
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DESCRIÇÃO DO CASO – Pré-operatório imediato
 Jejum alimentar e hídrico de 6 horas;
 Mucosas normocoradas, hidratração normal;
 39°C;
 Alerta, pulso forte, PAS: 160mmHg;
 FC: 112bpm, taquipnéia, ausência de sopro, ASA II;
 Ampla tricotomia do membro posterior direito;
 Cateterização da veia cefálica, fluidoterapia (Ringer com Lactato 5ml/kg/h).
 
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DESCRIÇÃO DO CASO – Procedimento anestésico
 MPA: Acepromazina (0,03mg/kg, IM) + Morfina (0,2mg/kg, IM) + Midazolam (0,2mg/kg, IM);
 Indução: Fentanil (2mg/kg, IV) + Cetamina (1mg/kg, IV) + Propofol (3mg/kg, IV);
 Bloqueio local peridural lombrossacral: Bupivacaína (0,3mg/kg) + Morfina (0,1mg/kg);
 Manutenção anestésica: Isoflurano em oxigênio a 100% em circuito semi-aberto.
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DESCRIÇÃO DO CASO – Procedimento cirúrgico
Com o bisturi incisou-se dorso-ventralmente a pele e subcutâneo na face medial da coxa com posterior miotomia pectínea, a fim de melhorar a visualização da área cirúrgica. Realizou-se dissecção romba da musculatura até a completa visualização da cápsula articular, sendo esta então incisada paralelamente ao eixo crânio-longitudinal do colo femoral. 
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
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DESCRIÇÃO DO CASO – Procedimento cirúrgico
Foi então realizada osteotomia do colo do fêmur perpendicular à mesa cirúrgica com o auxílio de uma serra oscilatória. O ligamento da cabeça do fêmur foi seccionado, com cabeça, colo femoral e trocânter menor removidos. A região foi inspecionada na busca de fragmentos ósseos ou áreas ásperas.
Fonte: Arquivo pessoal, 2019.
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DESCRIÇÃO DO CASO – Procedimento cirúrgico
A partir de então, realizou-se sutura da cápsula articular com fio absorvível monofilamentar polidioxanona 3-0 em padrão sultan, seguida pela aproximação e sutura da musculatura com padrão simples contínuo utilizando o mesmo fio. A aproximação do tecido subcutâneo foi realizada com fio poliglactina 3-0 em padrão cushing. A dermorrafia foi realizada utilizando fio Nylon 3-0 com padrão isolado simples.
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DESCRIÇÃO DO CASO – Pós-cirúrgico 
 Cefalotina (20mg/kg, IV, BID) + Meloxicam (0,2mg/kg, SC, SID) + Morfina (0,3mg/kg, IV, SID);
 Cloridrato de Tramadol (2mg/kg, BID) e Dipirona (25mg/kg, SC, TID).
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DESCRIÇÃO DO CASO – Pós-cirúrgico
Meloxicam (0,2mg/kg, VO, SID, 4 dias);
Cloridrato de Tramadol (4mg/kg, VO, QID, 3 dias);
Dipirona (25mg/kg, VO, BID, 3 dias);
Cefalexina (30mg/kg, VO, BID, 7 dias)
Manter animal em local restrito e piso antiderrapante;
Repouso absoluto por 21 dias;
Aumentar gradativamente o grau de exercício;
Uso do colar elisabetano;
Troca de curativo diariamente;
Compressa de gelo no local durante 15 minutos, QID, 3 dias;
Fisioterapia;
Retorno após 10 dias.
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DISCUSSÃO
 Dassler (2007), Conhaire; Snaps (2008) e Roberts; McGreevy (2010) - Maior prevalência de DCF é em raças caninas de grande porte egigantes devido ao maior índice de massa corporal (kg/m² de área de superfície), no presente relato o animal afetado pela afecção era de pequeno porte (<10kg), demonstrando que mesmo animais com baixo índice de massa corporal podem ser acometidos;
 Bettini et al. (2007), Souza et al. (2011) e Zhu et al. (2012) - maior frequência em animais com idade entre 3 meses e 2,5 anos de idade, o animal em questão afetado apresentava 10 anos e 10 meses de idade, o que corrobora com Minto et al. (2012) que relata na literatura a ocorrência da doença tanto em machos quanto em fêmeas de qualquer idade.
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DISCUSSÃO
 Sinais clínicos apresentados foram: dificuldade de levantar-se, deitar-se e claudicação 	
	Ferrigno et al. (2007); 
 Morgan (1997), afirma que nos cães mais velhos pode ser observada hipertrofia da musculatura dos membros torácicos em virtude do alívio de peso da região pélvica que torna-se atrofiada, sinal este não compatível à paciente do presente estudo. 
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DISCUSSÃO
 Acetábulos bilateralmente rasos, cabeça femoral direita e esquerda incongruentes e sub-luxação na articulação coxofemoral direita
	Concordando com os achados radiográficos descritos por Santana et al. (2010).
 Ao mesmo tempo que contradiz com Rocha et al. (2013) e Schulz (2014) que afirmam que este resultado mais grave de sub-luxação da articulação tem ocorrência em pacientes jovens, não se tratando da idade do animal em questão, o qual tinha 10 anos.
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DISCUSSÃO
 Levando em consideração a conformação da cabeça femoral e do acetábulo, o grau de desconforto e os resultados referentes à radiografia – Colocefalectomia
	Vasseur (1996) é um técnica de resgate, pois o funcionamento normal da articulação não será efetivo, mas haverá alívio de dor e aquisição de função razoável, melhorando a qualidade de vida;
 A técnica cirúrgica utilizada foi a descrita por Degregori (2018), exceto o procedimento de introdução de dreno abdominal para drenagem de líquido cavitário, visto que segundo Huppes et al. (2015) procedimentos longos com grande manipulação pode levar a formação de líquidos e gás indesejáveis por possível crescimento de bactérias anaeróbicas.
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DISCUSSÃO
 O procedimento cirúrgico foi realizado com sucesso, devido a isto, foi concedida alta no dia seguinte
	Lopez et al. (2008) é um procedimento simples, e quando comparado às outras técnicas, é menos invasiva;
 Como recomendação pós-cirúrgica - realização de fisioterapias
	 Berté et al. (2011) afirma que se feito passivamente melhora a deambulação e função do membro, recuperando as complicações por desuso.
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CONCLUSÃO
A displasia coxofemoral é uma afecção que acomete principalmente animais de grande porte, contudo animal de pequeno e médio porte também podem ser acometido pela afecção. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório II (ECSO II) proporcionou uma experiência teórico-prática de grande importância para minha capacitação e formação profissional, onde foi permitido colocar em prática o conteúdo aprendido durante a minha graduação, aperfeiçoando e agregando mais conhecimento que vão ser de fundamental importância para minha vida profissional diante o mercado de trabalho. Foi possível acompanhar a rotina do hospital e ter um contato direto com cada área de procedimentos atuandos no mesmo, como atendimento, emergência, enfermaria e cirurgia, o qual me proporcionou um excelente aprendizado, me tornando apta a desenvolver a minha futura profissão com mais responsabilidade.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – CCA
DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA VETERINÁRIA – DCCV
COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
Relatório de estágio curricular supervisionado obrigatório ii realizado no hospital veterinário da universidade federal do Piauí (hvu/ufpi) em clínica médica e cirúrgica de cães e gatos. 
Brenda Kauanny Oliveira de Freitas Roseno
Graduanda em Medicina Veterinária
Prof. Dr. Marcelo Campos Rodrigues
Orientador

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