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HABILIDADES MÉDICAS – PNEUMOLOGIA SAUL J. MARTINS T18P 1 SIMULADO PNEUMOLOGIA 2 1. O fator de risco individual mais bem documentado para o desenvolvimento da DPOC é: A. o déficit de alfa-1-antitripsina B. a hemosiderose C. o câncer de células pequenas D. a asbestose E. as queimaduras das vias respiratórias 2. Escolha dentre os exames abaixo, o mais indicado para o estudo de bronquiectasias: A. Tomografia computadorizada B. Ultrassonografia C. Ressonância magnética D. Tele-radiografia em inspiração e expiração E. Tomografias lineares da árvore brônquica 3. No tratamento ambulatorial da doença pulmonar obstrutiva crônica a sequência mais eficaz e racional de introdução de drogas é a seguinte: A. corticoides / beta2 agonistas / xantinas / anticolinérgicos B. beta2 agonistas / xantinas / corticoides / anticolinérgicos C. xantinas / beta2 agonistas / anticolinérgicos / corticoides D. anticolinérgicos / beta2 agonistas / xantinas / corticoides E. beta2 agonistas / anticolinérgicos / xantinas / corticoides 4. A capacidade residual funcional é a soma de quais dos volumes pulmonares em combinação? A. volume corrente + volume residual B. volume residual + volume de reserva expiratório C. volume de reserva expiratório + volume de reserva inspiratório D. volume corrente + volume reserva expiratório E. volume corrente + volume de reserva inspiratório 5. Homem de 70 anos, desenvolve quadro de febre, tosse com expectoração amarelada, dispneia e diarreia. Considerando que ele é fumante, não conta história de perda de consciência ou alcoolismo, qual o agente etiológico mais provável para sua infecção? A. Klebsiella pneumoniae B. Anaeróbios C. Haemophillus influenzae D. Pseudomonas aeruginoosa E. Mycoplasma pneumoniae HABILIDADES MÉDICAS – PNEUMOLOGIA SAUL J. MARTINS T18P 2 6. Um paciente DPOC é internado por infecção de partes moles em membro inferior esquerdo. Evolui com piora clínica, queda do nível de consciência e dispneia. A gasometria arterial demonstra alcalose respiratória com hipoxemia e acidose metabólica. A hipótese diagnóstica adequada é: A. carbonarcose por excesso de oferta de O2 B. distúrbio ventilação-perfusão C. ventilação de espaço morto D. acidose mista do DPOC E. SARA secundária a sepse 7. Em relação ao diagnóstico de DPOC, marque a afirmativa correta: A. Os achados radiológicos são fundamentais para a confirmação do diagnóstico de DPOC B. A espirometria permite identificar a limitação do fluxo aéreo, fator considerado como indispensável na definição de DPOC C. A espirometria é útil no acompanhamento do paciente, porém carece de parâmetros que auxiliem no estadiamento da DPOC D. O achado de uma radiografia de tórax normal praticamente afasta a possibilidade de DPOC E. As alterações funcionais na asma e DPOC são indistinguíveis, pois o mecanismo fisiopatogênico de ambas é semelhante. 8. Homem fumante de 60 anos procura o Ambulatório com história de tosse e falta de ar que piora à noite, há três meses. Qual o melhor conjunto de possibilidades diagnosticas para este paciente? A. Neoplasia de pulmão - Síndrome dispéptica - Angina pectoris. B. Infecção de vias aéreas superiores - Síndrome dispéptica - Insuficiência coronariana. C. Doença pulmonar obstrutiva crônica - Esofagite de refluxo - Tuberculose. D. Broncoespasmo - Angina pectoris - Síndrome dispéptica. E. Neoplasia de laringe - Angina pectoris - Síndrome dispéptica. 9. Um homem de 58 anos com passado de tabagismo vem se queixando de dispneia aos esforços que está piorando progressivamente com o passar dos meses. Apresenta em seu exame clínico baqueteamento digital e estertores crepitantes em velcro em ambas as bases pulmonares. O diagnóstico provável é: A. insuficiência cardíaca congestiva B. cor pulmonale crônico C. fibrose pulmonar idiopática D. nesidioblastose E. sarcoidose 10. Assinale a alternativa CORRETA: A. H. pylori induz metaplasia intestinal no estômago e é sobre essa lesão que o linfoma MALT se desenvolve B. nos pacientes com H. pylori e úlcera duodenal, a somatostatina costuma estar elevada HABILIDADES MÉDICAS – PNEUMOLOGIA SAUL J. MARTINS T18P 3 C. a hipergastrinemia que acompanha a infecção pelo H. pylori tem como principal causa uma diminuição na população de células D antrais D. o linfoma MALT não regride com a erradicação do H. pylori E. a sorologia Elisa para o H. pylori em pacientes jovens é indicada principalmente para controle de cura, pós-tratamento de erradicação da bactéria 11. Um paciente de 60 anos, grande fumante, faz tratamento e acompanhamento no pneumologista devido a DPOC em estágio avançado (retentor crônico de CO2), utilizando tiotrópio e formoterol inalatórios de forma regular. Deu entrada nos hospital descompensado após um período de 7 dias com aumento do volume de escarro e alteração para uma cor esverdeada. A radiografia de tórax mostrava apenas os sinais de hiperinsuflação pulmonar, sem infiltrados parenquimatosos. O médico prescreveu oxigênio por máscara, gatifloxacina, fenoterol, ipratrópio e metilprednisolona venosa, além de indicar períodos de BiPAP. Após uma melhora inicial, o paciente piorou o seu quadro respiratório subitamente, evoluindo com rebaixamento da consciência e necessidade de intubação traqueal e ventilação mecânica. Sobre este caso, podemos afirmar, EXCETO: A. O motivo mais provável da descompensação é o fato do paciente ter, na verdade, uma pneumonia, que não apareceu na radiografia em incidência póstero anterior B. O BiPAP é um método de ventilação não invasiva indicado quando o paciente não apresenta acidose respiratória descompensada C. A oxigenioterapia a fluxo baixo (2 L/min) é suficiente para elevar a PO2 do paciente para a faixa normal D. Os esteroides por via venosa estão indicados no DPOC descompensado, portanto, a prescrição da metilprednisolona está correta E. Após a compensação do quadro respiratório, o paciente deve ser colocado em oxigenioterapia domiciliar se tiver uma PO2 em ar ambiente abaixo de 55 mmHg 12. O diagnóstico de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) deve ser clinicamente considerado como hipótese primária nos seguintes indivíduos, EXCETO: A. Acima de 40 anos B. Que apresentam na espirometria relação VEF1/CVF acima de 0,70 após o uso de broncodilatador C. Com queixa de dispneia, tosse crônica, expectoração frequente ou sibilância. D. Com história tabágica acima de 20 anos/maço E. Com história de exposição ocupacional ou fogão a lenha. 13. A descompensação respiratória aguda de um paciente portador de D.P.O.C. pode estar relacionada a fatores pulmonar e extrapulmonar. NÃO são fatores relacionados à descompensação aguda: A. Neoplasia pulmonar primária, evolução da própria doença B. Infecção respiratória, uso de sedativos C. Isquemia miocárdica, tromboembolismo pulmonar D. Infecção das vias aéreas superiores, arritmias E. Inalação de gases tóxicos, broncoaspiração. HABILIDADES MÉDICAS – PNEUMOLOGIA SAUL J. MARTINS T18P 4 GABARITO 1. O fator de risco individual mais bem documentado para o desenvolvimento da DPOC é: A. o déficit de alfa-1-antitripsina CORRETO: O fator de risco individual mais bem documentado para o desenvolvimento da DPOC é a deficiência de alfa-1-antitripsina, relacionada a enfisema panlobular e decréscimo de função respiratória, tanto em fumantes como não fumantes. A deficiência do sistema enzimáticorepresentado pela alfa-1-antitripsina é herança genética autossômica recessiva e causa desequilíbrio entre proteases e antiproteases, com dano pulmonar consequente. B. a hemosiderose INCORRETO : C. o câncer de células pequenas INCORRETO : D. a asbestose INCORRETO : E. as queimaduras das vias respiratórias INCORRETO : Gabarito: A 2. Escolha dentre os exames abaixo, o mais indicado para o estudo de bronquiectasias: A. Tomografia computadorizada CORRETO: A tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) traz as mesmas contribuições, além de ser mais útil quando há suspeita de bronquiectasias e precisa-se do estudo do enfisema para indicação de bulectomia ou cirurgia redutora de volume pulmonar B. Ultrassonografia INCORRETO : C. Ressonância magnética INCORRETO : D. Tele radiografia em inspiração e expiração INCORRETO : E. Tomografias lineares da árvore brônquica INCORRETO : Gabarito: A 3. No tratamento ambulatorial da doença pulmonar obstrutiva crônica a sequência mais eficaz e racional de introdução de drogas é a seguinte: A. corticoides / beta2 agonistas / xantinas / anticolinérgicos INCORRETO: B. beta2 agonistas / xantinas / corticoides / anticolinérgicos INCORRETO : HABILIDADES MÉDICAS – PNEUMOLOGIA SAUL J. MARTINS T18P 5 C. xantinas / beta2 agonistas / anticolinérgicos / corticoides INCORRETO : D. anticolinérgicos / beta2 agonistas / xantinas / corticoides INCORRETO : E. beta2 agonistas / anticolinérgicos / xantinas / corticoides CORRETO : o tratamento da DPOC sempre vai começar com beta-2 miméticos, ou com anticolinérgicos, depois vamos ter que utilizar xantinas, a última opção sendo os corticoides Gabarito: E 4. A capacidade residual funcional é a soma de quais dos volumes pulmonares em combinação? A. volume corrente + volume residual INCORRETO: B. volume residual + volume de reserva expiratório CORRETO : a capacidade residual funcional e a soma entre o volume residual e o volume expiratório de reserva C. volume de reserva expiratório + volume de reserva inspiratório INCORRETO : D. volume corrente + volume reserva expiratório INCORRETO : E. volume corrente + volume de reserva inspiratório INCORRETO : Gabarito: B 5. Homem de 70 anos, desenvolve quadro de febre, tosse com expectoração amarelada, dispneia e diarreia. Considerando que ele é fumante, não conta história de perda de consciência ou alcoolismo, qual o agente etiológico mais provável para sua infecção? A. Klebsiella pneumoniae INCORRETO: B. Anaeróbios INCORRETO : C. Haemophillus influenzae CORRETO : A exacerbação ou agudização dos sintomas é evento clínico significativo na DPOC. Pode ser definida como piora rápida dos sintomas habituais do paciente, por exemplo, dispneia, tosse e mudança de quantidade e aspecto da expectoração. Sintomas não específicos, como dor torácica, sibilância, febre, insónia ou confusão mental, também podem estar presentes. Entre os agentes infecciosos mais comuns destacam-se: Haemophilus influenza, Strepíococcus pneumoniae, Moraxella Catarrhalis e os vírus respiratórios. D. Pseudomonas aeruginoosa INCORRETO : E. Mycoplasma pneumoniae INCORRETO : HABILIDADES MÉDICAS – PNEUMOLOGIA SAUL J. MARTINS T18P 6 Gabarito: C 6. Um paciente DPOC é internado por infecção de partes moles em membro inferior esquerdo. Evolui com piora clínica, queda do nível de consciência e dispneia. A gasometria arterial demonstra alcalose respiratória com hipoxemia e acidose metabólica. A hipótese diagnóstica adequada é: A. carbonarcose por excesso de oferta de O2 INCORRETO: B. distúrbio ventilação-perfusão INCORRETO : C. ventilação de espaço morto INCORRETO : D. acidose mista do DPOC INCORRETO : E. SARA secundária a sepse CORRETO : e um caso clássico de angústia respiratória causada pela infecção (ferimento) o evento desencadeador sendo a infecção do membro inferior. Alteração da permeabilidade das membranas do endotélio causa extravasamento de líquido com edema intersticial e alveolar. Após a instalação do fator predisponente ocorrerá à liberação de mediadores da inflamação. Diante da inflamação aparece a alteração da permeabilidade da membrana alvéolo-capilar. Ocorre grande afluxo de neutrófilos para o território pulmonar. gerando as alterações encontradas na SARA. A liberação de proteases está relacionada a agressão à membrana celular, colagenases e elastases. Em resposta se verifica o aumento da atividade pró-coagulante, com deposição de fibrina. Gabarito: E 7. Em relação ao diagnóstico de DPOC, marque a afirmativa correta: A. Os achados radiológicos são fundamentais para a confirmação do diagnóstico de DPOC INCORRETO: A radiografia torácica na DPOC deve ser solicitada como parte complementar do diagnóstico e ajuda no diagnóstico diferencial com neoplasias, bronquiectasias. infecções, pneumotórax etc. B. A espirometria permite identificar a limitação do fluxo aéreo, fator considerado como indispensável na definição de DPOC INCORRETO : Considera-se doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) a obstrução ou limitação do fluxo aéreo, não totalmente reversível e com repercussões sistémicas a longo prazo. C. A espirometria é útil no acompanhamento do paciente, porém carece de parâmetros que auxiliem no estadiamento da DPOC CORRETO : O diagnóstico espirométrico deve ser o principal elemento para diagnóstico, tratamento e orientação quanto à evolução da DPOC. D. O achado de uma radiografia de tórax normal praticamente afasta a possibilidade de DPOC INCORRETO : a radiografia de tórax pode ser normal em DPOC E. As alterações funcionais na asma e DPOC são indistinguíveis, pois o mecanismo fisiopatogênico de ambas é semelhante. HABILIDADES MÉDICAS – PNEUMOLOGIA SAUL J. MARTINS T18P 7 INCORRETO : O principal diagnóstico diferencial é o da asma brônquica. O início precoce da asma, quase sempre na infância, a variabilidade dos sintomas, a reversibilidade do padrão obstrutivo à espirometria, a associação com atopia e a história familiar permitem a diferenciação das doenças. Gabarito: C 8. Homem fumante de 60 anos procura o Ambulatório com história de tosse e falta de ar que piora à noite, há três meses. Qual o melhor conjunto de possibilidades diagnosticas para este paciente? A. Neoplasia de pulmão - Síndrome dispéptica - Angina pectoris. INCORRETO: B. Infecção de vias aéreas superiores - Síndrome dispéptica - Insuficiência coronariana. INCORRETO : C. Doença pulmonar obstrutiva crônica - Esofagite de refluxo - Tuberculose. CORRETO : Fumante com tosse e dispneia noturna, sem outras sintomas tipo emagrecimento, hemoptise, dor torácica, indica mais provável uma doença pulmonar crônica obstrutiva, e quais são os principais diagnósticos diferenciais da DPOC? A esofagite de refluxo e a tuberculose. D. Broncoespasmo - Angina pectoris - Síndrome dispéptica. INCORRETO : o broncoespasmo não aparece somente a noite, as crises noturnas deveriam aparecer com uma frequência menor, antes de ser diárias E. Neoplasia de laringe - Angina pectoris - Síndrome dispéptica. INCORRETO : para neoplasia de laringe deveria aparecer disfonia, sinais de caquexia tumoral, etc. Gabarito: C 9. Um homem de 58 anos com passado de tabagismo vem se queixando de dispneia aos esforços que está piorando progressivamente com o passar dos meses. Apresenta em seu exame clínico baqueteamentodigital e estertores crepitantes em velcro em ambas as bases pulmonares. O diagnóstico provável é: A. insuficiência cardíaca congestiva INCORRETO: veja a resposta da alternativa C B. cor pulmonale crônico INCORRETO : veja a resposta da alternativa C C. fibrose pulmonar idiopática CORRETO : Um quadro clínico clássico: paciente com cansaço aos esforços, passado de tabagismo, baqueteamento digital e estertores do tipo “velcro” no exame físico, tem como principal hipótese diagnóstica a fibrose pulmonar idiopática. Esta é uma condição de etiologia provavelmente autoimune, onde há inicialmente inflamação no interstício do pulmão. Com o tempo, esta inflamação é “trocada” por fibrose e o quadro clínico sofre deterioração progressiva e má resposta aos imunossupressores e glicocorticoides. A tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) de tórax é o método diagnóstico de escolha D. nesidioblastose INCORRETO : veja a resposta da alternativa C E. sarcoidose HABILIDADES MÉDICAS – PNEUMOLOGIA SAUL J. MARTINS T18P 8 INCORRETO : veja a resposta da alternativa C Gabarito: C 10. Assinale a alternativa CORRETA: A. H. pylori induz metaplasia intestinal no estômago e é sobre essa lesão que o linfoma MALT se desenvolve INCORRETO: A metaplasia intestinal ocasionada pelo H. pylori tem correlação com desenvolvimento do adenocarcinoma gástrico e não com o linfoma MALT. B. nos pacientes com H. pylori e úlcera duodenal, a somatostatina costuma estar elevada INCORRETO : A somatostatina costuma estar baixa nos pacientes infectados com o H. pylori, pois há destruição pelo microrganismo da população de células D produtoras desse peptídeo. C. a hipergastrinemia que acompanha a infecção pelo H. pylori tem como principal causa uma diminuição na população de células D antrais CORRETO : Como a somatostatina é inibitória da produção de gastrina, esta última se encontra elevada nos pacientes que irão desenvolver úlcera duodenal D. o linfoma MALT não regride com a erradicação do H. pylori INCORRETO : O linfoma MALT pode ter como único tratamento a erradicação do H. pylori. E. a sorologia Elisa para o H. pylori em pacientes jovens é indicada principalmente para controle de cura, pós-tratamento de erradicação da bactéria INCORRETO : A sorologia Elisa não deve ser realizada para controle de cura da infecção pelo H. Pylori, já que mesmo após sua erradicação a sorologia permanece positiva. Gabarito: C 11. Um paciente de 60 anos, grande fumante, faz tratamento e acompanhamento no pneumologista devido a DPOC em estágio avançado (retentor crônico de CO2), utilizando tiotrópio e formoterol inalatórios de forma regular. Deu entrada nos hospital descompensado após um período de 7 dias com aumento do volume de escarro e alteração para uma cor esverdeada. A radiografia de tórax mostrava apenas os sinais de hiperinsuflação pulmonar, sem infiltrados parenquimatosos. O médico prescreveu oxigênio por máscara, gatifloxacina, fenoterol, ipratrópio e metilprednisolona venosa, além de indicar períodos de BiPAP. Após uma melhora inicial, o paciente piorou o seu quadro respiratório subitamente, evoluindo com rebaixamento da consciência e necessidade de intubação traqueal e ventilação mecânica. Sobre este caso, podemos afirmar, EXCETO: A. O motivo mais provável da descompensação é o fato do paciente ter, na verdade, uma pneumonia, que não apareceu na radiografia em incidência póstero anterior INCORRETO: mesmo se fosse uma pneumonia, a gatifloxacina teria sido eficaz em controlar a infecção e permitir a compensação do quadro - a oxigenioterapia no DPOC é uma “faca de dois gumes”. Por um lado, é medida obrigatória se o paciente estiver hipoxêmico, pois a hipoxemia pode deteriorar a função cerebral e cardiovascular, podendo provocar até mesmo a morte. Por outro lado, um fluxo alto de oxigênio pode levar à hiperoxemia, que no paciente DPOC avançado pode culminar em depressão respiratória e carbonarcose. HABILIDADES MÉDICAS – PNEUMOLOGIA SAUL J. MARTINS T18P 9 B. O BiPAP é um método de ventilação não invasiva indicado quando o paciente não apresenta acidose respiratória descompensada CORRETO : A ventilação não-invasiva (BiPAP, CPAP) é um recurso que pode auxiliar a melhora da dispneia no DPOC descompensado. Contudo, em pacientes com rebaixamento da consciência ou com acidose respiratória descompensada (pH < 7,25), a intubação traqueal com ventilação mecânica invasiva é a conduta mais apropriada. Neste caso, a ventilação não-invasiva pode ser até prejudicial... C. A oxigenioterapia a fluxo baixo (2 L/min) é suficiente para elevar a PO2 do paciente para a faixa normal CORRETO : O paciente do enunciado apresentou uma descompensação (ou exacerbação) do DPOC. A causa mais comum é a infecção bacteriana da árvore brônquica (na maioria das vezes, sem pneumonia na radiografia de tórax), causada pelo pneumococo, hemófilo ou moraxela. O paciente, neste caso, descompensa após observar uma alteração de seu escarro (mudança da cor ou aumento do volume). O tratamento da descompensação deve incluir: oxigenioterapia em baixo fluxo, broncodilatadores inalatórios (ipratrópio e beta2- agonistas de curta ação), corticoide sistêmico e antibioticoterapia voltada para os germes acima assinalados (ex.: gatifloxacina). Na prática, baixos fluxos de oxigênio (1-2L/min) são suficientes para manter a saturação de O2 acima de 92%, o suficiente para garantir uma boa oxigenação tecidual. D. Os esteroides por via venosa estão indicados no DPOC descompensado, portanto, a prescrição da metilprednisolona está correta CORRETO : veja a resposta da alternativa C E. Após a compensação do quadro respiratório, o paciente deve ser colocado em oxigenioterapia domiciliar se tiver uma PO2 em ar ambiente abaixo de 55 mmHg CORRETO : DPOC significa “doença pulmonar obstrutiva crônica”, um termo que engloba geralmente no mesmo paciente lesões do tipo bronquite obstrutiva crônica e enfisema pulmonar. Na grande maioria dos casos, é causado pelo tabagismo. Os pacientes com DPOC evoluem lentamente com piora da lesão brônquica e parenquimatosa pulmonar, passando por várias fases da doença. A fase mais avançada (estágio IV) é definida pela presença de hipoxemia persistente e retenção crônica de CO2 e bicarbonato (retenção de bases). O VEF1.0 (volume expiratório forçado no primeiro segundo) encontra-se abaixo de 40% do previsto. Estes indivíduos apresentam uma grave disfunção pulmonar, de caráter crônico, limitando bastante a sobrevida e prejudicando muito a qualidade de vida. Após ser compensado, o paciente poderá receber alta. A terapia de manutenção (ambulatorial) inclui broncodilatadores inalatórios de meia-vida longa (tiotrópio, formoterol) e, eventualmente, corticoides inalatórios (em casos selecionados). A oxigenioterapia domiciliar (pelo menos 15h por dia de oxigênio em baixo fluxo) é reservada para os casos de hipoxemia crônica muito grave (PO2 < 55 mmHg em ar ambiente) ou hipoxemia associada a sinais de cor pulmonale ou policitemia. Gabarito: A 12. O diagnóstico de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) deve ser clinicamente considerado como hipótese primária nos seguintes indivíduos, EXCETO: A. Acima de 40 anos INCORRETO: veja a resposta da alternativa C B. Que apresentam na espirometria relação VEF1/CVF acima de 0,70 após o uso de broncodilatador HABILIDADES MÉDICAS – PNEUMOLOGIA SAUL J. MARTINS T18P 10 INCORRETO : veja a resposta da alternativa C C. Com queixa de dispneia, tosse crônica, expectoração frequente ou sibilância. CORRETO : A tosse é o sintomamais encontrado, pode ser diária ou intermitente e pode preceder a dispneia ou aparecer simultaneamente a ela. O aparecimento da tosse no fumante é tão frequente que muitos pacientes não a percebem como sintomas de doença, considerando-a como o “pigarro do fumante”. A tosse produtiva ocorre em aproximadamente 50% dos fumantes. A dispneia é o principal sintoma associado à incapacidade, redução da qualidade de vida e pior prognóstico. É geralmente progressiva com a evolução da doença. Muitos pacientes só referem a dispneia numa fase mais avançada da doença, pois atribuem parte da incapacidade física ao envelhecimento e à falta de condicionamento físico. D. Com história tabágica acima de 20 anos/maço INCORRETO : veja a resposta da alternativa C E. Com história de exposição ocupacional ou fogão a lenha. INCORRETO : veja a resposta da alternativa C Gabarito: C 13. A descompensação respiratória aguda de um paciente portador de D.P.O.C. pode estar relacionada a fatores pulmonar e extrapulmonar. NÃO são fatores relacionados à descompensação aguda: A. Neoplasia pulmonar primária, evolução da própria doença CORRETO: As causas da piora da função pulmonar, caracterizando descompensação ou agudização de um paciente com DPOC podem ser inúmeras tais como: infecção, desencadeantes ambientais, alterações cardíacas, embolia pulmonar, pneumotórax, alteração na medicação e deterioração da doença da base. B. Infecção respiratória, uso de sedativos INCORRETO : veja a resposta da alternativa A C. Isquemia miocárdica, tromboembolismo pulmonar INCORRETO : veja a resposta da alternativa A D. Infecção das vias aéreas superiores, arritmias INCORRETO : veja a resposta da alternativa A E. Inalação de gases tóxicos, broncoaspiração. INCORRETO : veja a resposta da alternativa A Gabarito: A
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