Buscar

teoria dos impulsos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A terceira grande teoria – Os impulsos
O impulso serve às necessidades corporais, energizando o comportamento através do entendimento cognitivo do que está lhe ocorrendo organicamente. 
O mecanismo básico se inicia com um déficit corporal, gerando uma necessidade (fome, sede, sono). Este déficit/ desequilíbrio orgânico gera tensão que impulsiona o organismo para a meta, ou aquilo que permitirá a saciedade do corpo e sua volta à homeostase/ equilíbrio orgânico.
Os dois teóricos que acreditavam na teoria do impulso eram Clark Hull e Sigmund Freud.
A teoria do impulso de Freud (pulsão):
Freud acredita que a sexualidade, o inconsciente e as pulsões possuem um lugar fundamental na construção da estrutura psíquica e na existência humana. Para ele, a pulsão está na fronteira entre o psíquico e o corporal. A fonte da pulsão é a excitação de um órgão e sua meta é o cancelamento da excitação. Ela não é equivalente à necessidade corporal, pois há uma diferença fundamental entre as duas: a necessidade é uma força momentânea provocada por um déficit que pode ser saciado; já a pulsão é uma força constante, considerada um estímulo para o psíquico, ou seja, situa-se fora dele, e da qual não se tem como fugir. 
Neste sentido, os órgãos do corpo possuem duas fontes de excitação: as necessidades fisiológicas (fome, sede, etc) e outra de natureza pulsional, vinculada ao corpo considerado sexual (voltado para o prazer) onde a satisfação total da pulsão é impossível e a saciedade temporária ocorre quando se alcança o objeto de desejo.
O conceito de pulsão depende de outros quatro:
1 – Pressão: é considerada o fator motor ou a exigência de trabalho da pulsão; pode ser entendida como um quantum de excitação que tende à descarga.
2 – Alvo: é aquilo que gera a satisfação da pulsão e o seu desaparecimento, através da eliminação do estado de tensão da fonte.
3 – Objeto: considera-se o objeto da pulsão aquele que possui a propriedade ou potencial de fazê-la atingir o seu alvo. “O objeto do investimento pulsional, assim como o objeto do desejo, é uma representação e não um objeto externo no sentido de uma coisa-mundo.”
4 – Fonte: advém de uma excitação de um órgão do corpo.
Fonte da pulsão (impulso) Pressão da pulsão Alvo da pulsão (meta) Objeto da pulsão
 Excitação de um órgão força de trabalho aquilo que reduz a tensão representação capaz de satisfazer 
 a pulsão 
 
A teoria da redução do impulso (Drive) de Clark Hull:
Clark Hull foi um teórico da abordagem comportamentalista. Ele acreditava que a base da motivação era um estado geral de necessidade corporal provocado por um déficit global das condições corporais ideais. Este desequilíbrio orgânico provocado por todas as necessidades momentâneas do corpo gera um impulso, que é uma fonte de energia agrupada e origem básica da motivação. Apesar de ativar o comportamento, o impulso não possui a capacidade de direcioná-lo. O direcionamento para a meta é aprendido durante a existência a partir de processos de reforço e consequência. Para Clarck Hull, a base do reforço que proporciona a aprendizagem e o hábito é a redução do impulso. 
Os impulsos eram divididos em:
Primários: estão associados aos estados de necessidades biológicas inatas e vitais, como: alimento, água, ar, a temperatura, micção, defecação, sono, a atividade, a relação sexual e o alívio da dor.
Secundários: configuram outros impulsos passíveis de motivar o organismo e estão relacionados aos estímulos situacionais ambientais. São aprendidos e possuem a capacidade de reduzir os impulsos primários.
FOME (Impulso primário) COZINHAR (impulso secundário)
FRIO VESTIR-SE
SONO DORMIR 
Críticas a teoria dos impulsos:
1ª) Se o impulso emerge das necessidades corporais, como explicar a existência de motivos que não tenham como fonte os desequilíbrios corporais?
2ª) Se a aprendizagem acontece através do reforço que está pautado na redução do impulso, como explicar as aprendizagens que não possuem nenhuma vinculação com necessidades orgânicas e a correspondente redução do impulso?
3ª) Se é o impulso que energiza o comportamento, como explicar as fontes externas de motivação?

Continue navegando