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Principais Doenças e Pragas em Frutíferas Discente: Viviandra M. Monteiro de Castro Trindade Graduanda do curso de Agronomia – 8º Semestre Doenças da bananeira Redução na produção 30-50% Sintomas: folhas jovens, pontos verde-amarelados entre as nervuras das folhas jovens; estrias amarelas; mancha oval alongada; lesões c/ centro cinza e bordos amarelos; áreas necrosadas devido junção. SIGATOKA AMARELA Pseudocercospora musae (Zimm) Doença mais grave da cultura – 30-100% Sintomas: folhas novas: pequenos pontos de cor café na face inferior das folhas jovens; estrias necróticas cor café; manchas negras com halo amarelado. Centro cinza claro deprimido; coalescimento das lesões e queima das folhas SIGATOKA NEGRA Paracercospora fijiensis (Morelet) CONTROLE DAS SIGATOKAS Controle químico: priorizado no período chuvoso Óleo mineral horas mais frias (toxidez) – 12 –15 L/Há Preventivo: Mancozeb, Clorotalonil, Carbendazin, Propiconazole, Triadimenol. Negra: Custo controle – US: 1.500/Ha/ano 38 a 50 aplicações de fungicidas Controle cultural: Desfolha sanitária; drenagem do solo; combate às ervas daninhas; nutrição, sombra Controle genético -Sigatoka Amarela Thap maeo, Caipira, Figo, FHIA 18, Terra, Terrinha, Prata Zulu, Pelipita, FHIA 01, FHIA 02, FHIA 20. -Sigatoka negra Caipira (AAA) = Yangambi FHIA 18 (AAAB) FHIA 01 (AAAB) FHIA 02 (AAAA) Prata Zulu (AAB) Comparativamente, a freqüência de lesões na sigatoka-negra é muito maior à observada na sigatoka-amarela, sendo por isso mais agressiva. Quando a folha seca totalmente, é possível observar as estrias escuras bem características da doença. MAL-DO-PANAMÁ (Fusarium oxysporum f. sp. Cubense) Amarelecimento progressivo das folhas mais velhas para as mais novas Formação de “guarda-chuvas” MAL-DO-PANAMÁ (Fusarium oxysporum f. sp. Cubense) Rachadura do pseudocaule na região próximo ao solo –liberação de gases descoloração pardo-avermelhada dos vasos, quando a doença está avançada Normalmente, plantas com menos de 4 meses de idade não exibem sintomas!! CONTROLE DO MAL-DO-PANAMÁ Controle químico: Tiabendazol 485 g/L Preventivo: Mudas sadias, correção do pH, eliminação de touceiras afetadas, drenagem do solo, adubação equilibrada com matéria orgânica, cálcio e Mg e drenagem do solo. Genético: Resistentes à raça 4 - Nanica, Nanicão, Grande Naine e Valery. Resistentes às raças 1 e 2 - Caipira, Thap Maeo, FHIA 01 e FHIA 03. Resistentes às raças 1 e 4 - Terrinha, Terra, FHIA 20 e FHIA 21. Malformação foliar e necrose dos brotos em plantas jovens. Murcha, amarelecimento e seca das folhas em plantas adultas, iniciando pelas mais velhas; MOKO (bactéria: Ralstonia solanacearum) Escurecimento vascular do pseudocaule e do rizoma, concentração dos sintomas na região central MOKO (bactéria: Ralstonia solanacearum) Nos frutos: escurecimento da polpa seguido de podridão seca e amarelecimento precoce MOKO (bactéria: Ralstonia solanacearum) Características que diferenciam o moko do mal-do-panamá: Sintomas nos frutos (podridão) e o escurecimento dos vasos do pseudocaule são centrais; exsudação de pus bacteriano; rachaduras no pseudocaule; sintomas na planta jovem. CONTROLE DO MOKO PREVENÇÃO! Controle químico: Não existe produto comercial eficiente de caráter preventivo.... Preventivo: Uso de mudas sadias e quando importadas devem ser submetidas a quarentena. Controle cultural: Eliminação de touceiras afetadas e mantendo o solo livre de ervas pela aplicação de herbicida. Desinfestação de implementos, restos culturais e ferramentas com formol a 10%. BROCA-DO-RIZOMA MOLEQUE-DA-BANANEIRA (Cosmopolites sordidus) MOLEQUE-DA-BANANEIRA (Cosmopolites sordidus) Abertura de galerias no rizoma e partes inferiores do pseudocaule MOLEQUE-DA-BANANEIRA (Cosmopolites sordidus) Tombamento das plantas devido a ação dos ventos e peso dos cachos Abertura: "mal do Panamá" amarelecimento das folhas e secamento das folhas e morte do broto devido a destruição da gema apical. CONTROLE DO MOLEQUE-DA-BANANEIRA Cultural e preventivo: Seleção de mudas (rizoma); Desbate, deixando 3 plantas/cova; eliminação de restos culturais e plantas daninhas Biológico: Uso de fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana e Metharizium anisopliae nas iscas Químico: tratamento das mudas com calda inseticida (mergulhar os rizomas durante 10 a 15 minutos). . aplicação de inseticida granulado sistêmico na cova aos 30 dias e 6 meses após o plantio Doenças do mamoeiro Os frutos jovens, quando atacados, cessam o seu desenvolvimento, mumificam e caem. Mas ocorre em qualquer fase do seu crescimento (tem preferência por frutos maduros) ANTRACNOSE (Colletotrichum gloeosporioides) Os sintomas apresentados são pequenos pontos pardo avermelhados e/ou pretos na casca do fruto os quais aumentam de tamanho formando manchas deprimidas que podem medir até 5 cm de diâmetro; Lesões velhas produzem esporulação rósea intensa. CONTROLE DA ANTRACNOSE Cultural: frutos atacados devem ser retirados das plantas e enterrados. Desinfetar galpões, vasilhames de transporte e embalagens. Químico: pulverizar, principalmente na pré colheita, quinzenalmente com fungicidas à base de cobre ou mancozeb (3-8l. calda/planta).. Nas sementeiras/ transplantio mudas: "tombamento"ou "damping -of“ PODRIDAO-DO-PÉ/ GOMOSE Phytophthora palmívora Butt e P. parasítíca Dast Manchas aquosas no colo seguidas de apodrecimento, apodrecimento de raízes, amarelecimento de folhas, murchamento e curvatura do ápice. PODRIDAO-DO-PÉ/ GOMOSE Phytophthora palmívora Butt e P. parasítíca Dast O fruto verde é mais resistente, porém pode ser infectado. Nos frutos maduros observa-se uma podridão cujos tecidos ficam consistentes e recobertos por um micélio aéreo branco e cotonoso Preventivas, pulverização utilizando-se fungicidas cúpricos alternados com mancozeb ou etilfosfito de alumínio Evitar solos excessivamente argilosos e encharcados; evitar ferimentos do caule e nos frutos; fazer plantios mais altos, drenagem; destruição de restos culturais. CONTROLE DA GOMOSE Químico: Raspar a área afetada e aplicar uma pasta cúprica 0,5% ou uma pasta com etil-fosfitode-alumínio na dosagem de 4,8 g do ingrediente ativo por litro de água Nos frutos, inicialmente, aparecem áreas circulares encharcadas, que evoluem para pústulas marrons e salientes, podendo atingir 5mm de diametro. Varíola (Asperisporium caricae) As folhas sao afetadas, aparecendo manchas marrons de no máximo 4mm de diametro, circundadas por um halo clorótico. Varíola (Asperisporium caricae) CONTROLE DA VARÍOLA As recomendações para o controle da antracnose são suficientes para controlar esta doença O principal sintoma da doença resulta de uma exsudação intensa de látex dos frutos. O látex exsudado tem um aspecto aquoso, sendo mais fluído do que o látex normal que é do tipo leitoso. MELEIRA Papaya Meleira Vírus – PMeV O látex exsudado escurece com o tempo devido sua oxidação. Os frutos afetados apresentam manchas claras na casca e, quando cortados, mostram manchas também na polpa. MELEIRA Papaya Meleira Vírus – PMeV Roseta foliar com exsudação de latex. MELEIRA Papaya Meleira Vírus – PMeV Queima: lesão apical nas folhas jovens MELEIRA Papaya Meleira Vírus – PMeV CONTROLE DE MELEIRA Preventivo: eliminar as plantas doentes; instalar viveiros e pomares novos o mais distante possível de outros pomares; desinfestar todo o material a ser utilizado no processo de desbrota, desbaste de frutos e colheita; procurar reduzir ao máximo os ferimentos nas plantas, durante a realização de tratos culturais; 37 Manchas fisiológicas- mudanças de temperatura Encaroçamento Fitotoxidez DOENÇAS ABIÓTICAS Manchas Fisiológicas “Sarampo”: alta temperaturae queda MANCHAS FISIOLÓGICAS Abrasão da areia: vento no fruto MANCHAS FISIOLÓGICAS Queda de temperatura MANCHAS FISIOLÓGICAS Excesso de cálcio? deformação do fruto MANCHAS FISIOLÓGICAS Injúria pelo frio: geladeira GELÉIAS E ESPONJAS FITOTOXIDEZ: Deriva de produto no solo Poucas raízes: sensibilidade a excesso de água. Dificuldade de identificar Prevenção: plantio em leira INDUNDAÇÃO: Alta precipitação pluviométrica Uniformidade não é doença!!! Excesso de rega ENCHARCAMENTO EM RECIPIENTES DE MUDAS DOENÇAS DA GRAVIOLEIRA BROCA-DO-COLETO Heilipus catagraphus Germar Massa de cor escura (mistura de serragem mais excremento) no tronco (A) e pode perder parte da área foliar em decorrência do secamento dos ramos, ou morrer (Figura B). A presença de orifícios circulares pequenos no tronco (Figura C) indica a emergência de adultos de H. catagraphus CONTROLE DA BROCA-DO-COLETO Doses de Clorpirifós (10 mL/litro de óleo; 20 mL/litro de óleo e 30 mL/litro de óleo) causaram uma taxa de mortalidade inicial acima de 70%, 80% e 90%, Controle cultural: catação manual dos adultos e destruição. Controle químico: É recomendado o pincelamento do inseticida misturado com óleo vegetal (ex.: óleo de cozinha) Broca-das-sementes Bephrateloides pomorum Adultos de Bephrateloides pomorum: macho (A, D) e fêmea (B, C). Comportamento de oviposição de Bephrateloides p. sobre o fruto da gravioleira SINTOMAS Adulto da broca-da-semente emergindo do interior da semente do fruto-da-gravioleira (A); frutos com orifícios por onde emergiram. CONTROLE DA BROCA-DA-SEMENTE Papel-jornal (A), sacos de TNT vermelho (B), saco de tela plástica (C). Químicos: Inseticidas cipermetrina e clorpirifós: pulverizações fruto e planta Ensacamento de frutos: sacos plásticos, papel jornal, sacos de TNT (tecido-não-tecido) e saco de tela plástica. Seqüência para a confecção de uma armadilha adesiva com fêmeas virgens de Bephrateloides pomorum. BROCA-DO-FRUTO/POLPA: Cerconota anonella Lagartas de Cerconota anonella com diferentes tamanhos e coloração (A e B); câmara pupal (C). Excrementos de digestão de Cerconota anonella sobre o fruto da gravioleira. CONTROLE O ensacamento do fruto - deve ser iniciado ainda em estádio de quiescência, tendo como faixa ideal de dois a seis centímetros de comprimento Tamanho do fruto em quiescência da gravioleira antes de serem ensacados CONTROLE Químicos: inseticidas Clorpirifós, Cipermetrina e Nim: pulverizações diretamente sobre os frutos Uso de armadilhas no solo Broca-do-tronco Cratosomus bombina INJÚRIAS CAUSADAS Larva (A) e orifício de saída do adulto de Cratosomus sp. (B) Orifício exsudando a mistura de fezes mais serragem. CONTROLE Controle químico: mistura de inseticida mais óleo deve ser pincelada sobre os orifícios, ou injetada com auxilio de uma seringa em orifícios maiores Controle cultural: É recomendada a poda de limpeza, sendo que os ramos secos e brocados devem ser destruídos. Os adultos podem ser coletados e destruídos. Causa uma depressão na casca, lesões escuras, apodrecendo a casca e o câmbio, facilmente visualizada. CANCRO-DEPRESSIVO OU CANCROSE (Phomopsis sp.) CONTROLE Calda bordaleza Dificuldades para visualizar os sintomas na fase iniciais, se tornam visíveis em estágios avançados da doença. Cultural: Podar todos os ramos da base das plantas quando estas atingirem 1m de altura, e imediatamente pincelar a pasta recomendada para o controle da broca-do-tronco Químico: puIverizar/pincelar o troncocaule e axilas dos ramos, com fungicidas à base de benomil (200 g/100L de água), tiofanato metílico(300 g/100 deágua) ou oxicloretode cobre a (500 g/100 de água) Morte das brotações novas e dos ramos e formação de lesões necróticas escuras e irregulares nas folhas, flores e frutos de qualquer idade. ANTRACNOSE/ PODRIDÃO-NEGRA-DOS-FRUTOS (Colletotrichum gloeosporioides) Controle Cultural: Trato culturais, controle de pragas e adubações adequadas. Eliminar ramos e frutos secos do pomar. Efetuar poda de limpeza, visando eliminar os ramos secos da planta. Controle adequado de brocas. Químico: Aplicações de oxicloreto de cobre (150 g/100L), intercalados com benomil (120 g/100L). DOENÇAS DO ABACAXI Abertura do olho (A) Curvatura do talo/caule (B) Redução comprimento das folhas e desenvolvimento geral da planta (C) Lesão na base da folha com exsudação de substância gomosa. FUSARIOSE (Fusarium subglutinans) Ção c 68 Mudas filhote: Exsudação de substância gomosa na base (A) Mudas mortas em decorrência do ataque do patógeno (B) Sintomas externos e internos da fusariose: Frutas e mudas infectados de uma mesma planta; Sintomas externos de infecção; Exsudação de resina a partir dos frutilhos infectados; Lesão na polpa do fruto. CONTROLE Químicos: proteção das inflorescencias: carbureto de cálcio, solução de acetileno ou ethephon; pulverização: benomyl e captan; carbaril, à calda fungicida, para aumentar a eficiência de controle Cultural: Seleção, plantas com sintomas devem ser arrancadas e substituídas por sadias mantidas em viveiro; Ensacamento dos frutos Genético: Cultivares resistentes: Perolera e Manzana Os frutilhos apresentam internamente podridão marrom-escura, sem formação de goma. Podem apresentar coloração amarelo-alaranjada nos frutilhos infectados. MANCHA-NEGRA-DO-FRUTO Penicilliium funiculosum Presença de ácaros - vetores CONTROLE Químico: Endosulfan, para controlar a entomofauna presente nas inflorescências (ácaro S. ananas.) As pulverizações devem ser iniciadas logo após a indução floral e serem suspensas quando ocorrer o fechamento das flores. Podridão-negra ou podridão-mole (Ceratocystis paradoxal; Chalara paradoxa) –Pós-colheita Sintomas Internos: Decorrentes da infecção pelo pedúnculo por meio de corte da colheita (A) E por ferimento na casca (B) Cuidados no Pós-colheita Fruto colhido comparte do pedúnculo; Acondicionadas em caixas de papelão 76 Controle Cultural: evitar as colheitas durante os dias chuvosos, assim como os ferimentos, e deixar sempre um pedaço do pedúnculo nos frutos. Desinfeccção nos locais de embalagens e armazenamento mantendo arejados. Frig. temp. 10°C Químico: realizar tratamento com fungicidas protetores após a colheita, principalmente na base do fruto Tenaz 250 SC: 250 g/L Zoom: 125 g/L BROCA-DO-FRUTO Thecla basalides Adulto Recém-eclodida Lagarta desenvolvida, “tatuzinho” ou lesma Controle Químico: aplicação período de inflorescência O tratamento pode ser feito com carbaril (260 g/100L); diazinon (90 ml/100 L) Biológico: Dipel WG: Bacillus t. 540 g/kg COCHONILHA Dysmicoccus brevipes Sintomas de murcha associada a cochonilha Inflorescência comprometida CONTROLE Controle químico Fumigação: brometo de metila a 40 g/L Diazinon (90 ml/100 L), ethion (75 ml/100 L), fenitrothion (15 ml/100 L), fenpropathrin (80 g i.a/100 L), monocrotophos e parathion methyl (90 ml/100 L) vamidothion (30 ml/100 L de água). Cultural: Destruição dos restos culturais, e emprego de mudas isentas da praga. OBRIGADA
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