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Aula 06 Gestão de Startups

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GESTÃO DE STARTUPS 
AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Elaine Cristina Hobmeir 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Chegamos a um ponto decisivo para as empresas startups. Ele trata de 
aspectos financeiros que definem diversas questões importantes que 
necessitam de uma definição clara para que o empreendedor não tome 
decisões incorretas, as quais podem prejudicar o andamento da empresa. 
Se escolher um tipo incorreto de empresa a ser criada, ele está 
praticamente decretando o final da startup, já que uma mudança nesse aspecto 
pode alterar de forma significativa fatores financeiros que levaram os 
investidores a escolher e apoiar o negócio. Quando é desenvolvida a procura 
de investimentos, o tipo de empresa já deve estar suficientemente definido. 
Os temas de estudo apontam para uma grande série de siglas, regras, 
normas e legislação envolvidas. Isso confirma o acerto do conselho de que, 
ainda que crie uma empresa de uma pessoa só, o empreendedor não pode 
prescindir de um apoio advocatício. 
Ele se mostra imprescindível frente o elevado número de possibilidades 
existentes. Falhas em aspectos legais podem ocasionar, em diversos pontos 
do ciclo de vida da startup, gastos financeiros que podem se mostrar 
irrecuperáveis. 
O exemplo mais comumente apresentado são as questões trabalhistas, 
que normalmente são decididas em favor do colaborador, ainda que muitas de 
suas reinvindicações possam ser despropositadas. 
CONTEXTUALIZANDO 
Ainda que possa parecer que se está exagerando, o contexto no qual os 
temas de estudo relativos às questões que envolvem aspectos legais devem 
ser tratadas na esfera jurídica. Esse fato traz a recomendação que tudo seja 
feito à luz de contratos (que devem ser feitos em todas as atividades da 
startup, por menores que possam parecer para justificar gastos advocatícios), 
como uma forma de prevenção de problemas futuros. 
 
 
3 
TEMA 1 – FUNDAMENTOS SOCIETÁRIOS PARA STARTUPS 
1.1 Conceitos e fundamentos societários 
Empresas startups são diferenciadas das empresas tradicionais. Elas 
desenvolvem seus trabalhos baseados em uma ideia e apoiadas em um perfil 
de incerteza e inovação. Existem diversos patamares a atingir de forma que os 
seus produtos e serviços atinjam uma condição de Product market-fit, como 
tivemos oportunidade de analisar quando foram estudadas as métricas. Isso é 
o que basta, em uma primeira visão, para compreender como elas podem ser 
criadas. 
Vamos expandir uma visão jurídica sobre as startups, considerando que 
suas atividades são objeto de estudo de diferentes áreas do direito, a saber: 
direito empresarial que rege o início das atividades da startup; direito civil que 
dá orientações para formação de contratos por meio dos quais será 
desenvolvida a atividade-fim da empresa criada; direito do consumidor não 
poderia faltar nessa lista e rege o respeito que a empresa deve dar aos seus 
clientes; colaboradores são objeto de estudo do direito trabalhista; finaliza a 
lista o direito tributário que dispõe sobre os tributos que incidem sobre as 
atividades que a empresa irá desenvolver. 
O que importa no momento é saber, em termos societários, quais as 
formas de constituição possíveis que estão colocadas na lista seguinte: 
 Microempreendedor Individual (MEI); 
 Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI); 
 Sociedade de Responsabilidade Limitada (Ltda.); 
 Sociedade anônima (S/A); 
 Sociedade em conta de participação (SPC). 
Saiba mais 
No link <https://filipesrose.jusbrasil.com.br/artigos/475146517/4-tipos-
societarios-possiveis-para-constituir-uma-startup>, você vai obter a definição e 
as características de cada um dos tipos de empresas que podem ser criados 
como empresas startups em postagem sobre o tema, colocada na revista 
JusBrasil, por Filipe Senhorinha (2017). 
 
 
4 
1.2 Distribuição de equity 
Brian Begnoche (Begnoche, S.d.) define equity como significado de 
posse e direito aos lucros, caracterizando esta figura como o tratamento de sua 
participação societária que pode ser representada por valores mobiliários como 
quotas, ações ou outros títulos, oferecidos como troca na compra de 
participação na empresa startup, passando a ser considerado como um dos 
seus donos. É uma aplicação de potencial retorno financeiro e uma das fontes 
de obtenção de recursos. 
1.3 Acordo de sócios 
Cruz (S.d.) pontua a razão da existência dessa condição está 
relacionada com a definição da participação societária tido como um 
instrumento contratual que contém cláusulas que tratam dos aspectos: 
exercício do direito de voto e quórum; dos diferentes mecanismos de venda de 
quotas (tag along – direito e drag along – dever); participação em aumento de 
capital; transferência de quotas; distribuição de dividendos; existência de 
conselhos de administração, fiscal, diretor; determinação do método de 
avaliação da sociedade. Os sócios podem (e devem) acordar na forma de 
pagamento dos dividendos. 
Saiba mais 
Leia mais sobre estes e outros pontos em publicação do autor que pode 
ser encontrada em: <http://www.andersenballao.com.br/artigos-
publicacoes/acordo-de-socios-para-investimentos-em-start-ups/>. 
1.4 Termos de investidores e fundos 
Segundo o dicionário criado pela Syhus (S.d.) é o documento também 
conhecido por seu nome original Term Sheet, que descreve termos por meios 
dos quais o investidor vai realizar um investimento financeiro. No mesmo 
documento, os fundos são definidos como o dinheiro que os credores e 
detentores de capital fornecem para uma startup em troca de títulos ou ativos. 
 
 
5 
Saiba mais 
Acesse o endereço: <https://syhus.com.br/2016/09/14/glossario-
financeiro-para-startups/> no qual o escritório Syhus coloca para seus clientes 
um glossário com diversos termos utilizados como aspectos financeiros que 
envolvem a criação de empresas startups. 
Apesar de ser um material extenso, que se recomenda assistir em 
pílulas, é interessante saber mais sobre as estruturas societárias nas startups 
no vídeo que você pode acessar em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=9uexdH7MxFM>. 
Acesse a dissertação de mestrado que você pode acessar em: 
<http://www.faccamp.br/new/arq/pdf/mestrado/Documentos/producao_discente/
EdmilsonEstevaoSilva.pdf>. O autor trata do ciclo de vida das empresas 
startups em uma visão do mundo do trabalho e que interessa neste momento 
particular do curso. 
Considere desenvolver uma atividade de pesquisa que o leve a criar um 
glossário para as startups, com citação de fontes de obtenção dos dados. 
Escolha alguma forma no estilo magazine para apresentação e apresente um 
pequeno protótipo, sem necessidade de desenvolvimento da solução sugerida. 
TEMA 2 – BOOTSTRAPING 
2.1 O que é 
Estamos frente a uma das situações nas quais não encontramos uma 
tradução que possa fugir de um termo jocoso, como não é incomum com 
termos de métodos inovadores criados nos laboratórios de pesquisa das 
universidades americanas. O termo bootstrapping, traduzido como “alças de 
botas”, tem como principal intenção ressaltar alguma coisa que seria 
impossível, como puxar as alças de sua bota para cima, para ser levantado. 
Dessa forma, será utilizado o termo original, mas compreendida a 
notação metafórica utilizada e que identifica processos que se tornam 
autossustentáveis sem que o empreendedor busque, para tanto, ajuda externa 
e aja com “suas próprias pernas ou ande com suas próprias botas”. Para as 
startups o termo é utilizado para identificar o fato de que a startup será iniciada 
sem investimento externo, com recursos próprios e mais apropriadamente com 
pouco dinheiro e muita economia.6 
Pode dar certo? Há exemplos que confirmam isso, muitos deles ainda 
provenientes do tempo em que as startups estavam envolvidas em uma aura 
diferente da objetividade exigida de coisas sérias como se estas empresas 
assim não o fossem. 
2.2 Como agir? 
Para empreendedores sonhadores e com muita vontade abrir mão de 
parte de sua startup não é algo que possa ser considerado agradável, razão 
pela qual muitas dos startups têm como sonho ou tenta iniciar seus trabalhos 
dessa forma. Além de tudo, a vontade de ser o seu próprio chefe é, para 
muitos, por demais atraente. 
Mas nem tudo são flores em mercados competitivos. Há situações e 
condições nas quais a presença de um investidor é algo imprescindível, para 
que ideias se transformem em produtos e/ou serviços. Conheça agora duas 
condições que podem facilitar a vida de sua startup. 
A primeira delas é conseguir captar recursos e fomentos para que sua 
ideia receba financiamento de aceleradoras, incubadoras, investidores e outras 
formas possíveis. As mais procuradas são os programas de investimento 
público para startups e que oferecem fomento à inovação. 
A segunda forma é uma pesquisa sobre formas de arranque e 
levantamento de capital para sua startup, alguns dos quais serão tratados na 
sequência e que envolvem conhecer a conceituação de: investidores-anjo; 
capital semente; venture capital; investimento coletivo (crowdfunding) e 
subvenções, editais e bolsas. Cada uma dessas formas deve ser estudada 
individualmente. Algumas delas, as mais comuns, serão analisadas 
separadamente na sequência deste material. 
Saiba mais 
Acesse um pequeno vídeo sobre a criação de startups com destaque 
para a abordagem bootstrapping que pode ser obtido em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=GfdBMkqWiHM>. 
Acesse uma interessante visão sobre o jogo de mercado no caso de 
uma startup que você pode acessar em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
23112016000200543>. 
 
 
7 
Acesse uma visão interessante sobre questões de inovação para 
startups com apoio de ferramentas de inovação que você pode acessar em: 
<http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/mostraucsppga/xviimostrappga/p
aper/viewFile/5542/1853>. 
Você teve referências sobre alguns termos financeiros que envolvem o 
lançamento de uma empresa startup: investidores-anjo; capital semente; 
venture capital; investimento coletivo (crowdfunding) e subvenções, editais e 
bolsas. Considere a possibilidade de desenvolver uma pesquisa sobre tais 
termos, como forma de aprofundar as bases de um conhecimento importante 
que foram colocadas no desenvolvimento deste material. 
TEMA 3 – CONCEITUAÇÕES FINANCEIRAS 
3.1 O propósito 
Vamos ao detalhamento de algumas das principais ideias para obtenção 
de capital para empresas startups. Há diversos aspectos de interesse que 
podem ser tratados com maior detalhamento. Vamos detalhar os conceitos de 
investidor-anjo, seed capital, venture capital, private equity, roadmap de 
investimento, como as mais comumente utilizadas. 
3.2 Investidor-anjo 
Segundo orientações colocadas na Fundace Know (2018) os 
investidores-anjo são pessoas investidoras que têm interesse de alocar seu 
capital próprio em empresas com alto potencial de crescimento e valorização, 
como se mostram muitas empresas enquadradas nessa categoria. Esses 
investidores podem ter capitais na faixa de 10 mil a um milhão de reais, 
aplicados em startups. 
Os valores investidos variam na razão do potencial do projeto e da 
capacidade de convencimento do empreendedor. Como contrapartida esse 
investidor passa a ter participação acionária nas companhias nas quais investe 
seu dinheiro. Os próximos tópicos tratam de outras formas relacionadas com o 
investidor-anjo ou dela derivada. 
 
 
8 
3.3 Investimento seed capital 
Segundo a orientação da Fundace Know para seus clientes, o capital 
semente segue imediatamente o investidor-anjo e normalmente investe valores 
de capital na faixa de 500 mil a 2 milhões muitas vezes criados como fundos 
para minimizar os riscos considerando que os valores são superiores. Os 
recursos podem ser distribuídos em diversas startups. 
3.4 Venture capital 
Outra forma de investimento apresentado pela empresa referenciada é 
denominada venture capital. A empresa considera que esse tipo de 
investimento se aplica a todos os investimentos de risco e os valores 
envolvidos crescem bastante estando na faixa de 2 a 10 milhões de reais. 
Geralmente, é utilizado para alavancar a startup para um outro patamar, após 
superada a sua fase de estabilização e entrada na fase de crescimento. 
3.5 Private equity 
A empresa referenciada considera que esse tipo de investimento é um 
recurso proveniente de um fundo. Em nosso país, a atividade é regulada e 
acompanhada pela ABVCAP – Associação Brasileira de Private Equity e 
Venture Capital e seus objetivos são maiores e utilizados geralmente para 
fusão ou venda de grandes organizações que tenham faturamento anual na 
faixa de 100 milhões de reais. 
3.6 Roadmap de investimento 
Toledo (2012) pontua essa forma de procedimento de investimento 
como a criação de um documento que explica de forma resumida, quais serão 
os valores que serão criados nos próximos meses de trabalho da startup. É 
apresentado como uma linha de tempo, sendo que os principais feitos 
desenvolvidos ou ainda esperados, marcados abaixo de cada marco 
assinalado. 
Saiba mais 
Assista uma reportagem do programa fantástico que referencia o que é 
um investidor-anjo em uma perspectiva que torna a ideia agradável para 
 
 
9 
qualquer empreendedor e que pode ser acessado em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=sGKkq4EQ0Jo>. 
Acesse um artigo sobre roadmap de investimentos para sua startup e 
que você pode obter em: <https://acestartups.com.br/como-preparar-sua-
startup-para-levantar-investimento/>. É uma visão antecedente ao processo de 
obtenção, o que lhe confere interesse particular. Acesse os vídeos que você 
pode encontrar nesta localidade, para aprofundar seu conhecimento sobre 
como obter investimentos para tirar a sua ideia do papel. 
Acesse o artigo que pode ser localizado em: 
<http://inovacao.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
23942007000300003&lng=es&nrm=iso>. 
Considere desenvolver uma pesquisa sobre investimentos públicos e 
incubadoras financiadas com recursos públicos para abertura de startups. 
Desenvolva o trabalho como se fosse montar um guia sobre como localizar, 
acessar e participar de programas de financiamento nessa categoria. 
TEMA 4 – CAP TABLE 
4.1 Conceituação 
Bleier (S.d.) considera que uma cap table nada mais é que uma tabela 
na qual são descritos os acionistas de uma empresa. Ela precisa detalhar de 
modo preciso a participação real de cada um deles na sociedade. O objetivo de 
uma tabela como essa é manter todos os integrantes da sociedade na mesma 
página, para que não existam conflitos de interesse no momento em que os 
direitos e participações estejam sendo discutidos. 
Uma cap table nada mais é que 
uma tabela onde são descritos os acionistas de uma empresa. Ela 
precisa detalhar de modo preciso a participação real de cada um 
deles na sociedade. O objetivo de uma tabela como essa é manter 
todos os integrantes da sociedade na mesma página, para que não 
existam conflitos de interesse no momento em que os direitos e 
participações estejam sendo discutidos (Bleir, S.d.) 
4.2 O que ela representa para a startup? 
A autora continua sua exposição detalhando os desafios que tal prática 
representa para as startups, no sentido estrito de como conseguir, a partir do 
documento referenciado, captar recursos financeiros.A autora considera que este 
 
 
10 
documento (que existe em duas versões: uma somente com os sócios fundadores e 
outra com todos os interessados no negócio) tem como finalidade dar aos acionistas 
uma visão mais ampla do negócio, de forma a permitir que, com algumas hipóteses 
torna facilitada a análise de potenciais resultados de um investimento. 
O documento deve ser mantido atualizado frequentemente. Essa prática é 
considerada saudável e necessária para a credibilidade entre as rodadas de 
investimento e o processo de “escalar” ou crescimento ao qual toda a startup almeja 
chegar. 
4.3 Estruturação de planejamento financeiro para preparação de rodada 
de investimento 
Dourado (2015) preparou para o instituto Endeavor Brasil e para seus clientes 
um pequeno relatório no qual apresenta cuidados que devem ser tomados com o 
preparo da startup para receber investidores. A autora considera que há quatro 
aspectos de importância e que devem ser levados em consideração nesta etapa do 
ciclo de vida da startup e que serão observadas pelos possíveis investidores. 
A autora pontua como aspectos importantes: a estruturação societária da 
empresa; a questão de propriedade intelectual resolvida; não apresentar aspectos 
trabalhistas problemáticos envolvidos e; apresentar contratos que especifiquem 
claramente os negócios efetivados, parcerias e outras informações que se façam 
necessárias. 
Com relação à estrutura societária, a autora recomenda ter pelo menos uma 
pessoa jurídica, sendo a S/A – Sociedade Anônima a preferida pelos investidores. 
Acordos entre os fundadores devem estar formalizados. 
Com relação à propriedade intelectual é preciso apresentar direitos autorais 
registrados e transferidos para a S/A e ter suas informações confidenciais 
devidamente protegidas. Se houver produtos ou serviços que possam ser 
patenteados, as patentes devem ter sido registradas. Se estiver na rede, é bom ter o 
domínio registrado e legalizado como propriedade da startup. 
Com relação a aspectos trabalhistas é preciso comprovar respeito à legislação 
em todos os casos. Todas as condições de contratação devem estar formalizadas por 
escrito. 
Com relação aos contratos tudo o que estiver sendo feito deve, se possível, ser 
objeto de um contrato. A autora considera estas quatro condições como condições 
sem as quais nas negociações para obtenção de recursos terão continuidade. 
 
 
11 
Saiba mais 
Leia mais sobre o que pode ser patenteado e se isso faz sentido para uma 
empresa startup que você pode obter em: <https://www.fgmarcas.com.br/registro-de-
patente-para-startups-faz-sentido/>. 
Leia o artigo que pode ser encontrado em <https://pris.com.br/blog/quando-
uma-startup-deve-se-preocupar-com-propriedade-intelectual/>. Acesse a segunda 
parte que é seu complemento e saiba quando e como as startups devem se preocupar 
com propriedade intelectual. A segunda parte da postagem está em: 
<https://pris.com.br/blog/quando-uma-startup-deve-se-preocupar-com-propriedade-
intelectual-parte-2/>. 
Assista um complemento ao link de interesse, acessando um vídeo que pode 
ser encontrado em: <https://www.youtube.com/watch?v=3ikZRYtlFgo>. 
Considere desenvolver uma pesquisa sobre uma taxonomia para empresas 
startups, considerando o ramo de negócio (tecnologia, saúde e assim por diante) para 
apresentar uma visão desta característica das startups brasileiras. 
TEMA 5 – OPERAÇÕES DE INVESTIMENTO1 
5.1 Conceito 
No site especializado em startups StartSe (2017) estão resumidas as principais 
operações de investimento, algumas que já vimos em tópicos anteriores. É importante 
retornar ao tema e confirmar que fontes de possíveis investimentos é o que não falta 
no mercado brasileiro. 
É possível relacionar: aceleradoras, ventures, incubadoras, bootstrapping, 
investimento anjo, capital semente (seed), incubadoras, aceleradoras, venture capital, 
venture building. Efetue uma leitura complementar sobre o tema. Os próximos tópicos 
tratam de quatro aspectos complementares importantes, ainda não tratados 
anteriormente. 
5.2 Técnicas para NDA – Non Disclosure Agreemment (acordo de 
confidencialidade) 
Vieira et al. (2018) consideram que a necessidade desta atividade surge 
sempre que acontece a admissão de parceiros, sócios ou investidores. Esses acordos 
são eficientes quando minimizar o compartilhamento não autorizado de informações 
intangíveis (ideias e projetos) que representa uma prática oportunista e incorreta. Tais 
 
1 Os termos colocados nos tópicos desse capítulo são provenientes de consultas efetuadas em 
Feigelson, Nybo e Fonseca (2018) indicado para leitura complementar. 
 
 
12 
contratos asseguram o compartilhamento de conhecimentos e riscos de forma segura 
e sigilosa. Eles apresentam cláusulas que abrangem sócios, acionistas, investidores, 
parceiros comerciais e colaboradores internos. Leia o artigo dos autores que pode ser 
baixado como PDF em seu equipamento, para poder aprender mais sobre questões 
sobre a efetivação de tais contratos. 
5.3 Term sheet 
Pamplona (S.d.) define o term sheet como um contrato muito importante que 
caracteriza a negociação entre o empreendedor e o investidor de venture capital. Ele 
rege as relações entre o investidor e o empreendedor e contém todos os direitos e 
obrigações que farão parte integrante dessa operação. Ambas as partes vão exigir o 
máximo em benefícios. É preciso consultoria jurídica considerando que existem 
diversas formas de estipular cláusulas que podem se tornar muito rigorosas no futuro. 
O term sheet pode ser definido como “[...] um documento de contrato muito 
importante que caracteriza a negociação entre o investidor e o empreendedor da 
empresa. Ele contém todos os direitos e obrigações que farão parte integrante dessa 
operação” (Pamplona, 2018). 
Ambas as partes vão exigir o máximo em benefícios. É preciso consultoria 
jurídica considerando que existem diversas formas de estipular cláusulas que podem 
se tornar muito rigorosas no futuro. 
Quando tudo dá certo, o term sheet também dará certo e em caso contrário 
será ele que ditará o que acontece em casos de insucesso ou de não cumprimento de 
alguma das cláusulas. Em escritórios de advocacia online é possível baixar diferentes 
modelos, o que sugerimos como atividade de pesquisa neste tópico. 
5.4 Due dilligence 
No portal Contábeis <http://www.planconsult.com.br/blog/afinal-o-que-e-
a-due-diligence/> esse processo está definido como diligência prévia, atividade 
que se refere ao processo de estudo, análise e avaliação detalhada de 
informações de uma empresa alvo da negociação e que normalmente é 
definida como target (o alvo), com o propósito de identificação de eventuais 
distorções relevantes, decorrentes das práticas empresariais. 
O colunista <http://www.planconsult.com.br/blog/afinal-o-que-e-a-due-
diligence/> considera ainda que este processo pode abarcar aspectos 
financeiros, contábeis, previdenciários, trabalhistas, imobiliários, tecnológicos, e 
 
 
13 
jurídicos da empresa-alvo. Na verdade, qualquer setor/departamento pode ser 
avaliado. 
É possível adotar como definição do termo o que está registrado no site 
da Contábeis (2018), onde é possível ler: 
O termo em inglês “Due Dilligence” pode ser traduzido para o 
português como diligência prévia e se refere ao processo de estudo, 
análise e avaliação detalhada de informações de uma empresa alvo 
da negociação e que normalmente é definida como Target (o alvo), 
com o propósito de identificação de eventuais distorções relevantes, 
decorrentes das práticas empresariais. 
5.5 Formalização do investimento 
A formalizaçãodos investimentos em uma startup é um documento final 
que regulariza as condições estabelecidas entre as partes. Cada modelo de 
investimento e cada escritório de advocacia pode ter um modelo diferente para 
registro da atividade de formalização. 
De uma forma geral é importante registrar: 
 A forma jurídica do investimento (participação societária, parceria, mútuo 
conversível e outras formas pactuadas); 
 Cláusulas de proteção aos sócios, acionistas e investidores; 
 Cláusulas de lock-up que obriga a permanência dos empreendedores na 
administração por determinado período; 
 Cláusulas de drag-alone que obriga os sócios minoritários a vender sua 
parte se o sócio majoritário assim proceder; 
 Cláusulas tag along por meio da qual o sócio minoritário obriga que suas 
ações sejam vendidas nas mesmas condições, em caso de alienação do 
controle da empresa pelos sócios majoritários. É uma cláusula que evita 
que os acionistas menores se mantenham na empresa com terceiros 
alheios ao negócio. 
 Cláusula de não diluição que estabelece que o aumento de capital social 
da empresa somente ocorre com a concordância das partes e das 
condições determinadas por elas. Ela pode proibir o acréscimo. Ela 
impede também a perda da importância de um participante na gestão da 
startup; 
 Cláusula de preferência, que garante que o acionista ou quotista tem 
preferência na hora de adquirir ações ou quotas. É uma cláusula que 
garante, principalmente, a estabilidade do negócio e impede que 
 
 
14 
terceiros entrem na startup sem a concordância dos sócios (Menezes 
Reblin Advogados Reunidos, 2017,). 
5.6 Cláusula de earn-out 
Outro modelo de contrato comum e que estabelece as faixas de 
investimentos para que ocorra o aporte de valores que incluem: metas, vendas, 
lucros e desenvolvimento. Em outras palavras, o investimento se condiciona ao 
atendimento de performances (Menezes Reblin Advogados Reunidos, 2017, 
on-line). 
5.7 Cláusula de confidencialidade 
Contratos podem ter cláusulas relativas à confidencialidade ou ela, por si 
própria pode ser objeto de um contrato separado. A proposta é a defesa de 
ideias inovadoras que foram utilizadas na criação da startup. As condições 
estabelecidas exigem que todos os detalhes da transação e do objeto do 
negócio não sejam divulgados a terceiros sob pena de sanções e indenizações 
(Menezes Reblin Advogados Reunidos, 2017, on-line). 
5.8 Cláusulas de declaração e garantias 
São cláusulas que buscam garantia que as partes se declarem legítimas 
para contratar e para assumir as obrigações previstas em ações diversas, 
havendo possibilidade de rescisão e multa, caso as declarações e garantias 
sejam comprovadas como falsas. 
Os autores da obra utilizada como base para este capítulo fazem uma 
recomendação para os empreendedores sobre o fato de que, para serem 
vazadas em termos legais válidos, todos os documentos, com algum teor legal, 
relativos à startup sejam desenvolvidos com apoio de um advogado particular 
ou de algum escritório que atenda diversas empresas com as mesmas 
características (Menezes Reblin Advogados Reunidos, 2017). 
Saiba mais 
Acesse o material da StartSe como uma proposta de revisão de 
conceitos obtidos em localidades que você já visitou sobre questões de 
investimentos para startups. A postagem pode ser localizada em: 
 
 
15 
<https://www.startse.com/noticia/investidores/11466/conheca-os-tipos-de-
investimento-para-startups>. 
Os materiais referentes a este capítulo, incluídas outras especificações, 
além das definições utilizadas, podem ser encontradas no livro de Feigelson et 
al. (2018). 
Leia o artigo de Ribeiro et al. (2005) sobre as incubadoras de startups, 
um importante aspecto e conhecimento para os futuros empreendedores. 
Assista ao vídeo sobre term sheet que pode ser encontrado em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=B9tPDSV3S94> para aprender um pouco 
mais sobre este importante tipo de contrato. 
Considera pesquisar modelos de contrato term sheet que você poderá 
encontrar em diversos escritórios jurídicos na grande rede e aprender um 
pouco mais sobre o desenvolvimento de cláusulas pertinentes. 
5.9 Fórum da semana 
Questionar com os colegas de curso aspectos mal compreendidos sobre 
as questões de investimento das empresas startups. 
TROCANDO IDEIAS 
Você pode considerar capacitado com os conhecimentos necessários 
para colocar em prática alguma ideia criativa e que tenha capacidade de 
impressionar os clientes a ponto de fazê-los abandonar a concorrência e optar 
pela compra de seus produtos e negócios. Da ideia até a concretização da 
startup é um longo caminho a ser percorrido em tarefas iniciais de busca de 
financiamento, criação e registro de acordo com aspectos societários e legais 
para, então, dar início a uma competição em uma arena de elevada 
instabilidade e com muitas decisões tomadas com alto grau de incerteza e 
riscos possíveis. 
A atividade de marketing e de gestão do relacionamento com o cliente 
são imperativas e seu desenvolvimento deve estar baseado na inovação e 
criatividade. Tudo o que foi visto é válido para startups e que o empreendedor é 
o “faz tudo” até chegar a startups compostas por sócios e colaboradores, aptas 
e entrar em um processo growth (crescimento) e atingir a sustentabilidade em 
mercados altamente competitivos. 
 
 
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NA PRÁTICA 
Você pode considerar como atividade prática básica para esta aula a 
consulta a diversos materiais disponíveis em quantidade na grande rede e 
montar dois glossários: um primeiro de termos relativos a investimentos e um 
segundo referente a termos jurídicos. Diversos temas foram estudados neste 
material, mas existem outros termos para além dos que foram vistos como 
conteúdo necessário, particularizando um glossário de termos particular para 
cada situação em particular. 
FINALIZANDO 
Um objetivo subjacente se destaca neste material. Para além de alertar 
para dificuldades para transformação de uma ideia em um negócio, apresentar 
caminhos para registro, obtenção de investimentos e vivência de diversas fases 
que uma startup atravessa em seu ciclo de vida, a construção deste material de 
estudo procura despertar empreendedores não claramente revelados, mas que 
têm ideias importantes e que podem ser transformadas em empresas de 
sucesso. 
Neste afã, foram indicados materiais complementares que destacam, no 
ecossistema das startups, a dimensão afetiva e humana, que supera a 
alienação que pode causar a busca da produtividade a qualquer custo. Com 
esta proposição explicitada recomendamos que esta orientação seja seguida 
para que empreendedores criem empresas que “tenham uma alma”. 
 
 
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